Apologética? Proselitismo? Conversão dos dissidentes? Não é bem assim…

E agora senhores bem-intencionados conservadores, é a mídia malvada quem está deturpando as palavras do Santo Padre e forjando uma ruptura inexistente em relação ao Magistério Pré-Conciliar ou será que algo não foi bem traduzido pelo serviço de informação do Vaticano? Será que doravante o sentido oficial da unidade dos cristãos será tão somente a união das diversas denominações cristãs em prol da “paz” e da “cultura do encontro”? Mas, esperem um pouco, como fica aquele documentozinho do Papa Pio XI em face a essa mudança de rumo?

Trechos selecionados da Carta Encíclica Mortalium Animos do Papa Pio XI:

Católicos conservadores e o difícil exercício de conversar sobre a crise na Igreja.
Católicos conservadores e o difícil exercício de conversar sobre a crise na Igreja.

“Assim sendo, é manifestamente claro que a Santa Sé, não pode, de modo algum, participar de suas assembléias e que, aos católicos, de nenhum modo é lícito aprovar ou contribuir para estas iniciativas: se o fizerem concederão autoridade a uma falsa religião cristã, sobremaneira alheia à única Igreja de Cristo.”

 “Assim, Veneráveis Irmãos, é clara a razão pela qual esta Sé Apostólica nunca permitiu aos seus estarem presentes às reuniões de acatólicos por quanto não é lícito promover a união dos cristãos de outro modo senão promovendo o retorno dos dissidentes à única verdadeira Igreja de Cristo, dado que outrora, infelizmente, eles se apartaram dela.”

 “Assim, de que vale excogitar no espírito uma certa Federação cristã, na qual ao ingressar ou então quando se tratar do objeto da fé, cada qual retenha a sua maneira de pensar e de sentir, embora ela seja repugnante às opiniões dos outros?

E de que modo pedirmos que participem de um só e mesmo Conselho homens que se distanciam por sentenças contrárias como, por exemplo, os que afirmam e os que negam ser a sagrada Tradição uma fonte genuína da Revelação Divina?

Como os que adoram a Cristo realmente presente na Santíssima Eucaristia, por aquela admirável conversão do pão e do vinho que se chama transubstanciação e os que afirmam que, somente pela fé ou por sinal e em virtude do Sacramento, aí está presente o Corpo de Cristo?

Como os que reconhecem nela a natureza do Sacrifício e a do Sacramento e os que dizem que ela não é senão a memória ou comemoração da Ceia do Senhor?

Como os que crêem ser bom e útil invocar súplice os Santos que reinam junto de Cristo – Maria, Mãe de Deus, em primeiro lugar – e tributar veneração às suas imagens e os que contestam que não pode ser admitido semelhante culto, por ser contrário à honra de Jesus Cristo, “único mediador de Deus e dos homens”? (1 Tim 2, 5).”

* * *

CELEBRAÇÃO DAS VÉSPERAS
NA SOLENIDADE DA CONVERSÃO DE SÃO PAULO APÓSTOLO

HOMILIA DO PAPA FRANCISCO

Basílica de São Paulo Extra-muros
Domingo, 25 de Janeiro de 2015

[Encerramento da Semana anual de Oração pela Unidade dos Cristãos (18 a 25 de janeiro)]

Na sua viagem da Judeia para a Galileia, Jesus passa através da Samaria. Não tem dificuldade em encontrar os samaritanos considerados hereges, cismáticos, separados dos judeus. A sua atitude leva-nos compreender que o confronto com quem é diferente de nós pode fazer-nos crescer.

Jesus, cansado da viagem, não hesita em pedir de beber à mulher samaritana. Sabemos que a sua sede estende-se muito para além da água física: é também sede de encontro, desejo de abrir diálogo com aquela mulher, oferecendo-lhe assim a possibilidade de um caminho de conversão interior. Jesus é paciente, respeita a pessoa que tem à sua frente, revela-Se-lhe progressivamente. O seu exemplo encoraja a procurar um confronto sereno com o outro. As pessoas, para se compreenderem e crescerem na caridade e na verdade, precisam de se deter, acolher e escutar. Desta forma, começa-se já a experimentar a unidade. A unidade faz-se a caminho, jamais se fará parados. A unidade faz-se caminhando.

Tara Curlewis, Secretária Geral do Conselho Nacional das igrejas da Austrália, espera a chegada do Papa Francisco por ocasião das vésperas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, domingo, 25 de janeiro de 2015. Foto: ClickVaticano.
Tara Curlewis, Secretária Geral do Conselho Nacional das igrejas da Austrália, espera a chegada do Papa Francisco por ocasião das vésperas na Basílica de São Paulo Fora dos Muros, em Roma, domingo, 25 de janeiro de 2015. Foto: ClickVaticano.

A mulher de Sicar interpela Jesus sobre o verdadeiro lugar da adoração a Deus. Jesus não toma partido em favor do monte nem do templo, vai mais além, vai ao essencial derrubando todo o muro de separação. Remete para a verdade da adoração: «Deus é espírito; por isso, os que O adoram devem adorá-Lo em espírito e verdade» (Jo 4, 24). É possível superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado, pondo de lado qualquer atitude polémica ou apologética e procurando, juntos, individuar em profundidade aquilo que nos une, ou seja, a chamada a participar no mistério de amor do Pai, que nos foi revelado pelo Filho através do Espírito Santo. A unidade dos cristãos – é nossa convicção – não será o fruto de sofisticadas discussões teóricas, onde cada um tenta convencer o outro da justeza das suas opiniões. Virá o Filho do Homem e encontrar-nos-á ainda nas discussões. Temos de reconhecer que, para se chegar à profundeza do mistério de Deus, precisamos uns dos outros, encontrando-nos e confrontando-nos sob a guia do Espírito Santo, que harmoniza as diversidades e supera os conflitos, reconcilia as diversidades.

Pouco a pouco, a mulher samaritana compreende que Aquele que lhe pediu de beber é capaz de a saciar. Jesus apresenta-Se-lhe como a fonte donde jorra a água viva que mata a sua sede para sempre (cf. Jo 4, 13-14). A existência humana revela aspirações ilimitadas: busca de verdade, sede de amor, de justiça e de liberdade. Trata-se de desejos apenas parcialmente saciados, porque o homem, do fundo do seu próprio ser, é movido para um «mais», um absoluto capaz de satisfazer definitivamente a sua sede. A resposta a estas aspirações é dada por Deus em Jesus Cristo, no seu mistério pascal. Do lado trespassado de Jesus, jorraram sangue e água (cf. Jo 19, 34): Ele é a fonte donde brota a água do Espírito Santo, isto é, «o amor de Deus derramado nos nossos corações» (Rm 5, 5) no dia do Baptismo. Por acção do Espírito, tornamo-nos um só com Cristo, filhos no Filho, verdadeiros adoradores do Pai. Este mistério de amor é a razão mais profunda da unidade que liga todos os cristãos e que é muito maior do que as divisões ocorridas no decurso da história. Por este motivo, na medida em que nos aproximamos humildemente do Senhor Jesus Cristo, acontece também a aproximação entre nós.

O encontro com Jesus transforma a samaritana numa missionária. Tendo recebido um dom maior e mais importante do que a água do poço, a mulher deixa lá o seu cântaro (cf. Jo 4, 28) e corre a contar aos seus compatriotas que encontrou o Messias (cf. Jo 4, 29). O encontro com Ele restituiu-lhe o significado e a alegria de viver, e a mulher sente o desejo de comunicá-lo. Hoje, há uma multidão de homens e mulheres, cansados e sedentos, que nos pedem, a nós cristãos, para lhes dar de beber. É um pedido a que não nos podemos subtrair. Na chamada a ser evangelizadores, todas as Igrejas e Comunidades eclesiais encontram uma área essencial para uma colaboração mais estreita. Para se poder cumprir eficazmente esta tarefa, é preciso evitar de fechar-se em particularismos e exclusivismos e também de impor uniformidade segundo planos meramente humanos (cf. Exort. ap. Evangelii gaudium, 131). O compromisso comum de anunciar o Evangelho permite superar qualquer forma de proselitismo e a tentação da competição. Estamos todos ao serviço do único e mesmo Evangelho!

E, neste momento de oração pela unidade, quero recordar os nossos mártires de hoje. Dão testemunho de Jesus Cristo; são perseguidos e mortos, porque cristãos, sem que os perseguidores façam distinção entre as confissões a que pertencem: são cristãos e, por isso, são perseguidos. Isto, irmãos e irmãs, é o ecumenismo do sangue.

Recordando este testemunho dos nossos mártires de hoje e com esta jubilosa certeza, dirijo as minhas cordiais e fraternas saudações a Sua Eminência o Metropolita Gennadios, representante do Patriarcado Ecuménico, a Sua Graça David Moxon, representante pessoal em Roma do Arcebispo de Cantuária, e a todos os representantes das diversas Igrejas e Comunidades eclesiais aqui congregados na Festa da Conversão de São Paulo. Além disso, saúdo com grande prazer os membros da Comissão Mista para o Diálogo Teológico entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas Orientais, aos quais desejo um frutuoso trabalho na sessão plenária que terá lugar em Roma nos próximos dias. Saúdo também os alunos do Ecumenical Institute of Bossey e os jovens que beneficiam de bolsas de estudo oferecidas pelo Comité de Colaboração Cultural com as Igrejas Ortodoxas, operativo no Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos.

Hoje estão presentes também religiosos e religiosas pertencentes a diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais que, nestes dias, participaram num convénio ecuménico organizado pela Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, em colaboração com o Pontifício Conselho para a Promoção da Unidade dos Cristãos, por ocasião do Ano da vida consagrada. A vida religiosa, como profecia do mundo futuro, é chamada a dar testemunho, no nosso tempo, daquela comunhão em Cristo que ultrapassa toda a diferença e é feita de opções concretas de recepção e diálogo. Consequentemente, a busca da unidade dos cristãos não pode ser prerrogativa apenas de qualquer indivíduo ou comunidade religiosa particularmente sensível a tal problemática. O conhecimento recíproco das diferentes tradições de vida consagrada e um fecundo intercâmbio de experiências podem ser úteis para a vitalidade de toda a forma de vida religiosa nas diferentes Igrejas e Comunidades eclesiais.

Amados irmãos e irmãs, hoje nós, que estamos sedentos de paz e fraternidade, com coração confiante invocamos do Pai celeste, por meio de Jesus Cristo único Sacerdote e Mediador e por intercessão da Virgem Maria, do Apóstolo Paulo e de todos os Santos, o dom da comunhão plena de todos os cristãos, a fim de que possa resplandecer «o sagrado mistério da unidade da Igreja» (Conc. Ecum. Vat. II, Decr. sobre o Ecumenismo Unitatis redintegratio, 2) como sinal e instrumento de reconciliação para o mundo inteiro. Assim seja.

35 comentários sobre “Apologética? Proselitismo? Conversão dos dissidentes? Não é bem assim…

  1. Una vero est fidelium universalis Ecclesia, extra quam nullus omnino salvatur, in qua idem ipse sacerdos est sacrificium Iesus Christus, cuius corpus et sanguis in sacramento altaris sub speciebus panis et vini veraciter continentur, transubstantiatis pane in corpus, et vino in sanguinem potestate divina: ut ad perficiendum mysterium unitatis accipiamus ipsi de suo, quod accepit ipse de nostro.

    Ora, existe uma Igreja universal dos fiéis, fora da qual absolutamente ninguém se salva, e na qual o mesmo Jesus Cristo é sacerdote e sacrifício, cujo corpo e sangue são contidos verdadeiramente no sacramento do altar, sob as espécies do pão e do vinho, pois que, pelo poder divino, o pão é transubstanciado no corpo e o vinho no sangue; de modo que, para realizar plenamente o mistério da unidade, nós recebemos dele o que ele recebeu de nós.

    Algo mais? “ecumênico” ?

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  2. Ele ja deixou claro em Caserta quando visitou os evangelicos — Eu não desejo converter ninguém – cada um que encontre Jesus em sua comunidade!!
    Um papa dizer isso….cadê os malabaristas para explicar uma coisa destas?? Somem ou falam de cachorrinhos no céu ou coelhos e como a midia distorce as coisas….

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  3. http://gloria.tv/media/mf7xMwSrnWo

    O problema é que enquanto tentamos fazer boa vizinhança, as seitas evangélicas avançam em seu projeto de tomar de assalto toda a América Latina. Manter diálogo fraterno com Ortodoxos, anglicanos e luteranos é fácil…agora, desafio qualquer um a tentar fazer esta boa vizinhança com a Igreja Universal do Reino de Deus, com a Pentecostal Deus é Amor, com a Assembléia de Deus, é muito difícil, quase impossível, posso dizer.
    Atualmente, as comunidades reformadas tradicionais tem se tornado cada vez mais irrelevantes, eles já não tem aquele espírito belicoso de séculos atrás. Entretanto, com as seitas é outra história: eles são anticatólicos por princípio. Para os neopentecostais, nós, católicos, somos idólatras, seguidores da besta, infiéis e estamos inexoravelmente condenados ao inferno, a não ser que “aceitemos Jesus”. Para os neopentecostais, “com católico não se conversa, católico a gente converte”. Por isso creio que a apologética nunca foi tão necessária como nos dias de hoje. O povo simples precisa saber responder acerca das razões de sua fé, para não cair nas falácias de uns pastorezinhos, com suas bíblias na mão e cinco passagens bíblicas decoradas e deturpadas.
    As seitas não têm nenhum interesse em trabalhos conjuntos, nem em parcerias. Eles querem é dominar tudo: da politica à mídia. Eu tenho certeza que se essa bancada evangélica chegar ao poder neste país, acreditem, eles serão muito mais fanáticos que os radicais islâmicos. O povo católico não deve cair no engano de achar que eles estão do nosso lado, pois eles não estão.
    Invistamos no ensino e na pregação. Não tenhamos medo da apologética.

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    1. Perfeito, padre Anderson, só faltou dizer que várias dessas seitas – especialmente a Universal do Bispo Macedo- estão judaizando o cristianismo e apoiam incondicionalmente o sionismo.
      Edir Macedo fez uma réplica do Templo de Salomão em São Paulo e contou com a presença de Dilma Rousseff e Geraldo Alckmin – um sedizente católico – na inauguração.
      Aqui no Rio de Janeiro há um ex-pastor metodista chamado Marcos Abraão, que fez circuncisão e fundou uma igreja de “judeus messiânicos”. Esse Marcos Abraão fez campanha para a eleição do judeu-maçom Marcelo Itagiba como deputado federal.
      Basta rastrear a origem dos recursos dessas seitas neopentecostais para descobrir que estão comprometidas como a seita judeu-maçônica.

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    2. Concordo com o Sr., Pe. Anderson, e penso que o Santo Padre, sendo latino-americano, deveria ter mais sensibilidade para esta nossa realidade pastoral. Isto vale também para a teologia da libertação e os movimentos sociais marxistas, apoiados infelizmente pela CNBB (MST, movimentos indígenas, etc.), que levaram a Igreja no Brasil à situação atual, com o abandono “em massa” por parte dos fiéis. Em algumas dioceses, já mais de 50% da população são evangélicos. Entretanto, infelizmente, tem-se a impressão de que o Papa é muito ambíguo em suas posturas, por vezes deixando transparecer que deseja “revitalizar” os representantes e os princípios da teologia da libertação. Por exemplo, sua afirmação no início do pontificado – “Igreja pobre para os pobres” – tem um sentido acentuadamente ideológico. Ele, latino-americano, deve saber disso! Agora, o que não compreendo é que alguns padres jesuítas que conheço afirmam que, enquanto provincial na Argentina, o Pe. Bergoglio SJ fazia parte de uma ala mais conservadora da Companhia, contrária a TL, chegando até mesmo a provocar uma divisão na Província argentina da Companhia de Jesus.

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  4. Cleaners, cleaners… Ouçam as palavras de Bergoglio e cessem toda e qualquer apologética a seu favor!

    “É possível superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado, pondo de lado qualquer atitude polémica ou apologética”

    Mostrem que vocês acham que o que ele disse está certo, obedeçam ao Bispo de Roma e calem-se!
    Se não sabem o que quer dizer apologética, simplesmente procurem no dicionário ou no Google!

    Tenham um bom dia!

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    1. Pq vc não colocou o trecho todo Renato ? Conveniente pegar só uma frase?So many past controversies between Christians can be overcome when we put aside all polemical or apologetic approaches, and seek instead to grasp more fully what unites us, namely, our call to share in the mystery of the Father’s love revealed to us by the Son through the Holy Spirit. Christian unity – we are convinced – will not be the fruit of subtle theoretical discussions in which each party tries to convince the other of the soundness of their opinions. Para ele as controvérsias são questão de “opinião ” ????????

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    2. Os cleaners seriam absolutamente sensatos se cumprissem as exortações que o Sumo Pontífice faz: Excluam, pois, todos os seus “apostolados virtuais”. Devolvam suas credenciais imaginárias à Santa Sé e nos poupem de suas “interpretações oficiais” sobre cada pronunciamento escandaloso do Pontífice.

      Aliás… talvez os senhores sigam melhor as exortações bergoglianas, indo trabalhar numa CEB ou juntando-se à Pastoral Revolucionária da Juventude. Que tal lutarem contra o “capital financeiro”, “pararem os bancos” e as “transnacionais”, tal qual Stédile, convocado por Francisco para “seguir adelante”?

      Sejam sensatos!

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  5. Concordo com o Papa. Desde que:

    – os não católicos reconheçam que acreditarmos na transubstanciação não tem problema, o essencial tá preservado;

    – os não católicos reconheçam que também somos validamente batizados, mesmo tendo recebido o batismo católico em bebê;

    – os não católicos reconheçam que podemos rezar a virgem Maria e aos santos, sem nos tornarmos merecedores do inferno por isso;

    – os não católicos aceitem que não pecamos por rezar a missa reconhecendo-a como renovação do sacrifício do calvário;

    – os não católicos (batistas, testemunhas de Jeová e outros, que não aceitam a divindade de Cristo) admitam que podemos adorar Jesus como Deus, sem nos tornarmos idólatras hereges e merecedores do inferno por isso;

    – sua Santidade explique melhor o que é “O compromisso comum de anunciar o Evangelho”, afinal se pra uns anunciar o Evangelho é anunciar Jesus e pra outros isso é proselitismo. Sendo “anunciar o Evangelho” o essencial e havendo divergência nesse essencial comum a todos, como resolver esse impasse? ;

    – Sua Santidade reflita sobre suas palavras finais: “invocamos do Pai celeste, por meio de Jesus Cristo único Sacerdote e Mediador e por intercessão da Virgem Maria, do Apóstolo Paulo e de todos os Santos, o dom da comunhão plena de todos os cristãos”, e reconheça serem tais palavras ofensivas a fé dos protestantes para os quais pedir intercessão da Virgem e dos santos é pecado.

    Assim, dá pra ver que o que impede a união dos cristãos não são as teimosias dos católicos, mas justamente a dos não católicos. Como eles não dão um passo pra mudar isso, o que cabe a nós fazer?

    Por falar em teimosia e inflexibilidade católica, faria mais uma pergunta a sua Santidade :

    “Quando diz que os perseguidos “são cristãos e, por isso, são perseguidos”, não acha que está sendo injusto com os nossos irmãos muçulmanos? Na verdade os cristãos não são perseguidos por serem cristãos, mas por não serem muçulmanos. Se aceitássemos o Islã e admitíssemos que Maomé é maior que Jesus, o problema estaria resolvido. Nossa inflexibilidade e teimosia em querer Jesus acima de tudo é que é a culpada por nosso próprio martírio. Afinal, já que apologética e polêmica não levam a nada, e o importante é a união das pessoas, porque não ceder nesse ponto, e pararmos de obrigar os seguidores do Islã, de nos martirizar?”

    Se isso tudo parece absurdo, mais absurda essa idéia de desprezar as divergências inconciliáveis e pregar um ecumenismo cor de rosa, e uma evangelização sem identidade.

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  6. No geral o texto não é tão ruim como parece. Realmente não se conseguirá a v volta à unidade plena com acusações mutuas e disputa entre confissões cristãs. O que deveria ter ficado claro é que a unidade que busca é unidade plena de doutrina e comunhão na única Igreja de Cristo. Dá perceber também que mesmo se referindo a diversas com,unidades cristãs não católicas ao final o papa invoca a Virgem Maria e a intercessão dos santos. Pelo menos ele não escondeu que a Igreja crer na intercessão destes. quanto ao texto da samaritana há que evidenciar sim, que Jesus foi além da questão do templo, mas também afirmou que a salvação vinha dos judeus…Menos mal.

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  7. Justeza das suas opiniões? Nós católicos não temos opiniões. Seguimos o que a Igreja Católica ensina, infalivelmente. “Quem reza com herege é herege”. (Papa Agatão – Site Santa Maria das Vitórias)

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  8. Não sei de como funcionaria um tal ecumenismo incensado por aí, por ex., com os protestantes particularmente os esotéricos pentecostalistas, talvez mais de 90% deles, se detestam a Igreja católica e usam de todos os ardis para subornarem os incautos para aderirem às suas seitas.
    Idem, doutras religiões com principios sumamente discordantes, como espiritismo, religiões orientais, islamismo etc., de como juntos prosseguirmos juntos para a Casa do Pai se nos diferenciamos paradoxalmente e não devermos expor-lhes a Verdade, demonstrando as fragilidades de suas religiões, por sinal, todas de fundamentações humanas, sem exceção.
    Só se for por meio de algum passe de mágica, pois o entronizado ecumenismo rolando por aí mais se parece sincretismo religioso, traição à fé e à Igreja!
    Os sectarios protestante das 10 001 congregações dissidentes entre si, por ex., – tentáculos da DITADURA DO RELATIVISMO – funcionam doutrinariamente como na cada de mãe Joana: cada um para si, interprete como quiser e ao final fica tudo certo, desacertado.
    Os sedizentes evangélicos são tais quais como os comunistas: oportunistas de plantão; aproveitam-se de desinformados católicos para levarem para seus grupamentos, mas os que forem cooptados, piorarão, cairam nas malhas e serão como eles: disseminadores da verdade self-service, temperada à moda da casa; ao contrario, os protestantes, em geral, são uns ignorantes; se encontram alguém que lhes prove que a doutrina não é bem como propalam, caem fora rapidinho, quer pastores ou obreiros: não são de nada!

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  9. Tornei-me católico devido a apologética feita por sites como a Monfort e o Cris Macabeus, que pacientemente me mostrou as razões de ser católico e me indicou boas leituras para me converter. Deus fez o resto.

    Rezemos pelo Papa Francisco…

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    1. A apologética do site Montfort acabou depois que o velho Professor morreu. A espada foi junto com ele para a cova.

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  10. Amigos, salve Maria.

    Apenas não pensem que este discurso é novo e nunca antes pronunciado pelos conciliares. Bento XVI afirmou praticamente o mesmo em um discurso ao conselho protestante alemão:

    “(…) Foi um ERRO DA ERA CONFESSIONAL ter visto mais SOMENTE O QUE NOS SEPARA, e não ter percebido em modo existencial aquilo que TEMOS EM COMUM nas grandes diretrizes da Sagrada Escritura e nas profissões de fé do cristianismo antigo. É este o GRANDE PROGRESSO ECUMÊNICO das últimas décadas: que NOS DEMOS CONTA DESTA COMUNHÃO, e no rezar e cantar juntos, no empenho comum pelo ethos cristão defronte ao mundo, no testemunho comum do Deus de Jesus Cristo neste mundo, reconheçamos TAL COMUNHÃO COMO NOSSO FUNDAMENTO QUE NÃO PERECE”.

    http://noticias.cancaonova.com/discurso-de-bento-xvi-ao-conselho-evangelico-alemao/

    Abraços a todos,

    Sandro de Pontes

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    1. Sandro de Pontes,

      Não concordo que seja a mesma coisa. Enfatizar o que temos em comum é uma coisa, dizer que não devemos fazer apologética (defesa da fé) é outra. Afinal de contas, nós temos muitas coisas em comuns, por exemplo com os ortodoxos (os mesmos sacramentos, o episcopado, a veneração dos santos), os luteranos (a regeneração batismal, o Credo niceno), etc. Bento XVI pode ser culpado de um demasiado otimismo aí, mas não disse nada descaradamente errado.

      Agora o que Francisco está sugerindo é que devemos buscar a unidade dos cristãos independentemente das diferenças de opinião, deixando de lado toda polêmica ou apologética. Isso é manifestamente errado. Mas é parte da providência de Deus. Ele cuida da Sua Igreja, mesmo quando os Papas erram.

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    2. Sandro de Pontes,
      Não concordo que seja a mesma coisa. Enfatizar o que temos em comum é uma coisa, dizer que não devemos fazer apologética (defesa da fé) é outra. Afinal de contas, nós temos muitas coisas em comum, por exemplo com os ortodoxos (os mesmos sacramentos, o episcopado, a veneração dos santos), os luteranos (a regeneração batismal, o Credo niceno), etc. Bento XVI pode ser culpado de um demasiado otimismo aí, mas não disse nada descaradamente errado.

      Agora o que Francisco está sugerindo é que devemos buscar a unidade dos cristãos independentemente das diferenças de opinião, deixando de lado toda polêmica ou apologética. Isso é manifestamente errado. Mas é parte da providência de Deus. Ele cuida da Sua Igreja, mesmo quando os Papas erram.

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  11. Essa obsessão monomaníaca chamada “ecumenismo”, conseguiu, sem resultado prático algum, desfigurar quase que completamente os ambientes católicos. Pois foi em nome do ecumenismo que se fizeram todas as reformas, desde o Concílio e em nome dele. Quantos “irmãos separados” vieram se reunir a Roma? Respondo: meia dúzia de gatos pingados anglicanos, que, sob o Pontificado de Bento XVI, vieram fugindo, inclusive a nado, da liquidação final daquela seita insular. Curiosamente, esses “irmãos separados”, dentre os quais havia até “bispos” da tal seita, eram filo-tradicionalistas. Parece que buscavam a Tradição. Não sei se a encontraram nos ambientes conciliares.

    Para a atual “gerência” eclesiástica, não interessam as condições reais da Igreja, que precisa lutar como nunca para manter sua identidade e não se dissolver no caos doutrinal, como aconteceu com todas as seitas oriundas da pseudo-reforma protestante. Ninguém, de fato, conseguiria, ainda que sob mero viés sociológico, sustentar que essas seitas são algo mais que uma contrafação e caricatura do Cristianismo, com sua “teologia” atomizada em centenas de doutrinas discordantes entre si, isso sem falar do caso mais aberrante de degradação religiosa, que é o pentecostalismo com a sua espúria “teologia da prosperidade” – a mais frontal negação do Evangelho até hoje vista: “Procurai avidamente o dinheiro! Blasfemai, procurando fazer de Deus o lacaio da vossa cobiça imunda! Ide e gozai sofregamente de todos os prazeres que o mau uso do dinheiro traz! Animalizai-vos!”. Eis aí com quem Francisco gosta de almoçar, enquanto persegue quem se nega a aplaudi-lo.

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  12. É simplesmente demoníaco essa manipulação da própria Escritura para justificar a prevaricação e a negligência do mandato:

    “Ide, pois, e fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em o nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo; e ensinado-as a observar todas as coisas que vos tenho mandado. E eis que eu estou convosco todos os dias até o fim do mundo.
    (Mateus 28:19-20)

    É Gramsci a todo vapor fazendo na Igreja de Roma, o mesmo estrago que fez na Igreja na América Latina!
    Me repugna até a alma essa hipocrisia de mencionar: “ecumenismo de sangue”… “são perseguidos e mortos, porque cristãos, sem que os perseguidores façam distinção entre as confissões a que pertencem”, enquanto se omite covardemente que esses “perseguidores” são os mesmos muçulmanos que eles tanto defendem.
    Por outro lado, não houve nenhum “ecumenismo de sangue” quando Católicos e Protestantes se massacravam uns aos outros na Irlanda. Conversa pra boi dormir.
    Eu sabia que a perseguição viria, já somos criticados e zombados todos os dias pelos mundanos e pelos apóstatas protestantes, por sermos Católicos Romanos. Esses a quem Bergoglio elogia e até se ajoelha pra receber suas “bênçãos”, nos chamam de idólatras, escarnecem de nossa fé na Eucaristia, de nossa devoção à Virgem Maria, da nossa veneração à relíquia dos Santos, das nossas festas e dias santos de guarda. Eles desagregam nossas famílias ao semearem o joio da divisão de suas heresias, levando muitos à apostasia e colocando filhos contra pais e irmãos contra irmãos.
    O que eu não esperava é que a perseguição mais dura viesse tão avassaladora de dentro da nossa própria casa que é a Igreja. Nossa Senhora havia avisado em La Salette, mas a gente sempre pensa num futuro remoto.
    O escândalo do abuso sexual cometido por parte de membros do clero e que abalou a Igreja recentemente foi apenas prenúncio de um abuso espiritual de uma dimensão sem precedentes.
    Oprimir, tiranizar, tirar proveito da situação inferior de nossos irmãos, é ofender violentamente a pessoa do Pai, que nos criou, a todos, igualmente, à Sua imagem e semelhança. Diz-se desses pecados que bradam ao céu e clamam a Deus por vingança porque o diz o Espírito Santo; e porque a sua iniqüidade é tão grave e manifesta, que provoca Deus a puni-los com os mais severos castigos.
    E estamos testemunhando ao vivo e à cores o castigo que se abateu sobre a Igreja depois da renúncia de Bento XVI.
    Vivemos no espírito a mesma aflição das vítimas de abuso sexual, pois é difícil para as vítimas saberem em quem confiar após terem sido abusadas dentro de suas próprias casas, por alguém no qual depositavam amor e confiança.
    O padre ou Bispo, que deveria ocupar o lugar de defensor e protetor, protegendo aqueles confiados aos seus cuidados, além de não assumir sua função, coloca-se justamente num papel contrário.
    Portanto eu entendo a dificuldade que tem muitos Católicos conservadores de conversar sobre a crise na Igreja. No fundo, se sentem como aquelas crianças abusadas sexualmente. Muitas dessas vítimas sofrem caladas por medo da ira do parente abusador, medo das possibilidades de vingança ou da vergonha dos outros membros da família ou, pior ainda, por não desejarem prejudicar o abusador ou provocar uma desagregação familiar ou por receio de serem consideradas culpadas ou castigadas.
    E o demônio deita e rola nessas situações porque sabe que esse tipo de Católico não lhe oferecerá resistência. Simplesmente está paralisado pela dimensão dos escândalos e pela gravidade dos abusos.
    Mas eu me recuso a aguentar calada esse tipo de ataque que nos fere no âmago de nossa fé, mesmo porque se nos calarmos as pedras falarão.
    Estamos sendo apedrejados todos os dias por tentarmos manter nossa Fé, Católica, Apostólica e Romana…e as pedras mais violentas vem diretamente de Roma. É doloroso? Sim, mas São Cipriano de Cartago, Bispo de Cartago e Mártir nos explica e consola:

    “E como a prova não poderia ser menos significativa, e a confissão de Cristo não poderia ser apenas uma questão de prazer, eles, os mártires, são experimentados por torturas, através de crucificações, por muitos tipos de castigos. A dor, que é o teste da verdade, é trazida para mostrar que Cristo, o Filho de Deus, o qual é confiado aos homens por suas vidas, não só poderia ser anunciado pela voz, mas pelo testemunho dos sofrimentos. Então nós O acompanhamos, nós O seguimos, nós O temos como o Guia de nosso caminho, a Fonte da luz, o Autor da salvação, prometendo tanto o Pai como o céu para esses que buscam e acreditam. O que o Cristo é, nós os cristãos deveremos ser, se nós imitarmos o Cristo”.

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  13. Há muitos que dizem Senhor ,Senhor ,mas e daí?Fazer a vontade do Pai ,adorar em Espírito e verdade ,isto não se separa. Fé sem obras é inútil.A santidade onde fica nisso tudo? E daí se Os protestantes Leem o mesmo Evangelho ,o joio e o trigo não crescem no mesmo campo?Toda vez que o Papa fala de ecumenismo ,este da igreja do anticristo, eu me lembro da parábola das dez virgens ,as prudentes e as loucas.muita gente está sendo enganada.Tem que fazer a vontade de Deus ,aí seremos a mãe ,o irmão e a irmã de Nosso Senhor Jesus Cristo. a voz do Bom Pastor é inconfundível.

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  14. Eu acredito que essa diferenças só acontecerão pelo castigo, pela perseguição vindoura. Os protestantes reconhecerão a fé verdadeira diante da grave crise que irá assolar os Cristãos no futuro.

    Uma vez eu vi uma piada que mostrava dois Cristãos brigando contra o diabo. De repente, um olha para o outro e começa a brigar entre si quando se descobrem membros de Igrejas diferentes, e esquecem o inimigo maior e em comum. Se São Paulo nos ensina que nosso inimigo “não nem é nem a carne nem o sangue”, de fato, alguma coisa precisa ser feita para sanar essa enorme chaga na cristandade.

    Eu, não acredito no ecumênismo e no irenismo no modo como acontece. Me mostrem os frutos ecumênicos, um herege, ateu ou afin que tenha se convertido a fé Católica graça ao ecumênismo. Não tem.

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  15. De modo geral, nós católicos somos um bolas-murchas para atrair pessoas para a Igreja e muito ignorantes em conhecimento doutrinario.
    Trabalhei numa empresa protestante, discutia com eles e não aguentavam os argumentos, a todos que encostava no canto da parede, a partir daí parece que ficavam desconfiados comigo, parecendo-se inimigos e nenhum deles passou para a Igreja, que eu conheça.
    Nunca vi um caso pessoal que saiba de um protestante voltar para a Igreja, mas cãoversões para o picareta, vigarista e falsário evangelismo dos protestantes é direto e reto; se fôssemos mais católicos e estudássemos mais o CIC, o catecismo católico, a coisa não seria assim, pois acho que o crescimento de seitas dá-se em função da IGNORANCIA E DA APOSTASIA À VERDADEIRA IGREJA DE CRISTO, preferindo as religiões das facilidades, onde cada qual faz o que quiser; tenho exemplos em família dessas cãoversões.
    Ainda que seja no esquema pessoal, cada um deles tenta com bastante força e empenho levar mais um para lá: “os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz”, e daria para aplicar aqui.

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    1. É isso mesmo! Bola murcha, a começar pelo clero. Pra quem não sabe, parte considerável do clero não acredita mais em nada, nada mesmo! Nem em Cristo, nem Eucaristia, nem Virgem Maria: nada vezes nada! Isso me diz um amigo que é padre, e ouve alguns de seus colegas que o procuram pra desabafar. Muitos vivem à base de calmantes ou se entregam à bebida. Ele atribui essa falta de fé ao lixo de formação que eles têm nos seminários. Muitos são ordenados e não ficam no ministério nem dois anos.

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  16. Sou só eu, ou soa muito estranho o agir do Espírito Santo quando Francisco fala? Desde sua última encíclica tenho notado isso.

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  17. Prezado João Renato, salve Maria.

    Por isso escrevi que “Bento XVI afirmou praticamente o mesmo” que Francisco. E o que ele afirmou foi o seguinte: é preciso estar unido aos acatólicos já neste momento, antes de qualquer conversão, sendo esta união atual o FUNDAMENTO PERENE do cristianismo do século XXI. Mas concordo que existe esta diferença por você apontada: Bento não diz que não devemos debater, já Francisco dá um passo além e ensina que os debates são infrutíferos, etc…porém, substancialmente os dois são favoráveis àquilo que a Igreja sempre condenou: o estar unido espiritualmente com pessoas que empedernidamente rejeitam a fé católica.

    Abraços,

    Sandro de Pontes

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  18. Prezado João Renato, salve Maria.

    Aliás, já que você entrou no assunto, o escândalo maior a respeito do que disse Bento XVI é relacionado a afirmação de que os estados confessionais católicos teriam errado (sic) ao enxergarem mais o que divide do que aquilo que nos une aos protestantes. Esta afirmação é blasfema, porque os estados confessionais católicos no mundo todo criaram suas constituições a partir da doutrina perene da Igreja, retirada da revelação (vide judaísmo no antigo testamento e o ensinamento a respeito das autoridades no novo testamento), além dos ensinamentos de Santo Agostinho, São Tomás de Aquino, os ensinamentos dos santos da idade média e documentos pós revolução francesa como Libertas, Immortale Dei e muitos outros). Ou seja, dizer que os estados católicos erraram é dizer que a Igreja errou (e de fato ele diz isso mesmo, mas não com estas palavras).

    Abraços,

    Sandro de Pontes

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  19. Não “confraternizo”…não rezo com protestantes…!!!
    Quem não acredita na PRESENÇA DE JESUS na EUCARISTIA,em Corpo,Alma Sangue e Divindade….quem detesta minha MÃE ESPIRITUAL e RAINHA–MARIA SANTÍSSIMA….quem passa a vida toda se “achando” justo,arrebatável e não se Confessa nunca,porque não aceita,não crê,no SACRAMENTO DA RECONCILIAÇÃO….quem lê e decora Textos Bíblicos,de uma “bíblia” com menos dos 73 Livros….quem não reza pelos Falecidos, porque não acredita na exitência do PURGATÓRIO….quem não acredita,nem aceita a INTERCESSÃO DOS SANTOS….quem não acredita na existência dos SANTOS ANJOS….quem não reza o TERÇO….quem passa a vida toda sem Comungar o Corpo e Sangue do SENHOR….quem não aceita o PRIMADO DE PEDRO…. quem teve sua “igrejinha” vinda do pecado de um Padre com uma Freira,um Rebelde ,que dividiu o CORPO MÍSTICO DE CRISTO (Martinho Lutero e Cia.!!)…… quem faz de JESUS uma espécie de “papai-noel”..me dá..me dá..(Telogia da Prosperidade)…… quem só aceita o CRISTO GLORIOSO e recusa o CRISTO CRUCIFICADO….. quem rejeita a CRUZ ,e não faz nunca o SINAL-DA-SALVAÇÃO…… quem não aceita o Sofrimento como meio de Purificação de Almas….quem nos acusa de “adoradores de estátuas”….quem deseja “roubar” nossa FÉ…..e esvaziar nossa IGREJA. CATÓLICA……para mim,são HEREGES, todos os que agem e pensam desse modo,e com essas pessoas, NÃO faço “acordos” espirituais ..!!!!
    Com esses coitados NÃO falo em Religião,pois não há como existir pontos de concordância!!! Eu sou radical: não condescendo em referencia aos meus PRINCÍPIOS RELIGIOSOS CATÓLICOS,para agradar a……HEREGES!!! Educadamente discarto imediatamente esses Assuntos com qualquer Herege!!!
    Com eles…NÃO tenho NADA…NADINHA.para apreender,em matéria de CRISTIANISMO!!!
    Penso que BERGOGLIO deveria fazer como eu faço: trato polidamente,… pois eu me uno…..mas NÃO me misturo com “vangélicos”!!!…
    É ilusão pensarmos que eles retornarão ao CATOLICISMO….a lavagem espiritual-mental neles ,é bem feita…eles são bem treinados,e resistentes.Não acatam nossos argumentos,nunca! Já decidiram sua sorte espiritual…Não acatam a DOUTRINA CATOLICA,mesmo.
    Respeito a pessoa herege,…mas não incentivo…nem escuto os seus….”blá-blá-blâs”!!!!!!……… A mim eles não convencem! Ponto final.

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  20. E quem é esse papa com as suas exortações escandalosas para contrariar Nosso Senhor Jesus Cristo e propor que se acabe a missão da Igreja? Como pode um papa atiçar os católicos a rejeitar o que a Igreja, por mandato Divino, sempre fez?

    Diz Bergoglio: “É possível superar muitas controvérsias entre cristãos, herdadas do passado, pondo de lado qualquer atitude polémica ou apologética”, logo depois de usar o exemplo da samaritana, como se o Redentor fosse indiferente com a religião. Porém, o papa Francisco omite de propósito que Jesus, depois de mostrar à mulher que a água que Ele der a beber não a deixará mais ter sede, também denuncia o erro dela, para que abandone os caminhos errados.

    Certamente pode-se dizer que Jesus foi no mínimo polêmico quando lemos no Evangelho: Disse-lhe Jesus: Vai, chama teu marido e volta cá. A mulher respondeu: Não tenho marido. Disse Jesus: Tens razão em dizer que não tens marido. Tiveste cinco maridos, e o que agora tens não é teu. Nisto disseste a verdade. (São João 4,16-18)

    Segundo a reta interpretação da Igreja, a samaritana representa todos de Samaria, estes que tiveram cinco povoações, cinco deuses, e na época adoravam o Deus de Israel ao lado dos ídolos, fora da verdadeira Religião. Mas Deus só fez aliança com Israel, só era marido de Israel, não aceitava ser adorado ao lado de demônios, por isso o marido de Samaria não era dela, o que Jesus diz à samaritana esclarecendo que a salvação vem apenas dos judeus – isto é, naquele tempo, porque os judeus hoje não seguem mais a Religião de Deus que Moisés seguiu, a qual foi suprimida há 2000 anos dando lugar à Religião de Cristo, a Igreja Católica.

    Vemos, portanto, quão distante está o ensinamento de Francisco das atitudes de Cristo, pois Nosso Senhor e Salvador revela, ensina e converte, já Bergoglio encanta o mundo inteiro mas não o faz mudar. E que adianta enfeitiçar o mundo com misericórdia, mostrar a beleza, o bom, o fácil das promessas de Cristo, e não afirmar com força que precisa-se ser digno delas?

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  21. Um murro na “boca do estômago” doeria menos, muito menos!

    Com a palavra S. S. Leão XIII (HUMANUM GENUS):

    “O Gênero Humano, após sua miserável queda de Deus, o Criador e Doador dos dons celestes, ‘pela inveja do demônio’, separou-se em duas partes diferentes e opostas, das quais uma resolutamente luta pela verdade e virtude, e a outra por aquelas coisas que são contrárias à virtude e à verdade. Uma é o reino de Deus na terra, especificamente, a verdadeira Igreja de Jesus Cristo; e aqueles que desejam em seus corações estar unidos a ela, de modo a receber a salvação, devem necessariamente servir a Deus e Seu único Filho com toda a sua mente e com um desejo completo. A outra é o reino de Satanás, em cuja possessão e controle estão todos e quaisquer que sigam o exemplo fatal de seu líder e de nossos primeiros pais, aqueles que se recusam a obedecer à lei divina e eterna, e que têm muitos objetivos próprios em desprezo a Deus, e também muitos objetivos contra Deus.”

    As palavras de Jesus Cristo Nosso Senhor terão que se cumprir…Mas que dói, isso dói!

    Não tenho condições no momento de dizer mais nada.

    Boa noite.

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  22. Muitas vezes Nosso Senhor Jesus Cristo ao se referir a Sua Igreja, chamou de “pequeno rebanho”. A multidão que seguia a Nosso Senhor, nos milagres, nas multiplicações de pães e peixes, na entrada em Jerusalém; na hora de pegar a Cruz fugiram, inclusive os apóstolos. O então Papa Bento XVI, numa de suas “conservadoras” homilias, foi claro ao dizer que Cristo não quer quantidade. Bem, acredito que não somos ingênuos, ignorantes, principalmente os ordenados, para ver que a atual situação da Santa Igreja é triste. Aquilo que os grandes inimigos tentaram durante os 20 séculos, destruir a Igreja de fora, hoje, nos últimos 60 anos eles estão conseguindo de dentro dos muros da Santa Igreja. Nunca um protestante, um comunista ferrenhos, participariam de cerimônias litúrgicas “modo extraordinário”; pois não haviam abertura para o “todos podem”. Com a mais devida vênia aos agora Beatos e Santo papas conciliares, que deram margem a pecados conviverem tranquilamente com os sacramentais e Sacramentos da Graça; o mal, que é a negação do Deus Vivo, firmou-se ainda mais entre os homens. A participação de pastores protestantes num Concílio da Igreja Católica, o triste encontro ecumênico de Assis, Visitas a Sinagogas, Mesquitas, só renegam a vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo para a Salvação do Gênero Humano. É chegado o triste momento em que aquela indagação feita pelo próprio Nosso Senhor, se realizará: Quando o Filho do Homem, voltar a esse mundo, encontrará Fé ainda? Pois que apesar de haver um papado, apesar de haver sacerdotes, orações, liturgias, e práticas aparentemente piedosas; há um certo ranço de vícios, há uma permissividade do mal, do pecado, da heresia, impregnados nos muros das igrejas, das outrora casas de formação religiosas, conventos, seminários, etc. As famílias, se deterioram ante a uma nova capa de sociedade familiar, onde cada um é filho de outro, pai de outro, mãe de outro, nos comparando as bestas, algumas, selvagens. Os poucos que resistem a autodestruição da sociedade, da família e da própria Igreja; são perseguidos, repudiados por aqueles que, deveriam confirmar na Fé, na Moral e nos Bons Costumes. Pode até ser que haja uma certa manobra da mídia nas notícias que se espalham, mas infelizmente, ainda que seja um milímetro de verdade, já é mais que suficiente para desagradar a Deus Nosso Senhor. Já dizia São Pio X, que o erro não tem direito a existência, muito menos a propaganda: logo os escândalos que as almas consagradas cometem, clamam aos céus pela Justiça Divina. Justiça essa, que foi aplacada pelo Sangue do Cordeiro, por Aquele que foi enviado pelo Pai, pois os sacrifícios de outrora, já não mais agradavam a Deus. Não troquemos os mais de 2000 anos da Verdadeira Doutrina, por algumas décadas de evolução, inovação. Santa Teresa D’Avila dizia que não procuremos caminhos novos, mas sim; caminhos já pisados pelos Santos. Infelizmente agora é preciso tomar cuidado com essa frase, pois o rall contém nomes que colocam dúvidas quanto a sua vida, não bem condizente com a palavra de Deus. Mas ficamos com os Santos já consagrados anterior ao Concílio, pois esses, ainda que tenha tido uma vida desregrada, no momento da sua morte, não houve dúvida quanto ao seu arrependimento.
    Peçamos a Nossa Senhora que sejamos fiéis até o fim, recitando a belíssima Oração composta por Saõ Bernardo:

    Lembrai-vos, ó puríssima Virgem Maria, que jamais se ouviu dizer que algum daqueles que têm recorrido à vossa proteção, implorando vosso socorro e invocando vosso auxílio, fosse por vós desamparado. Animado, pois, com igual confiança, a vós, ó Virgem entre todas singular, como à minha mãe recorro; de vós me valho, e gemendo sob o peso dos meus pecados, me prosto a vossos pés. Não desprezeis as minhas súplicas, ó Mãe do filho de Deus humanado, mas dignai-vos de as ouvir propícia e de me alcançar o que vos rogo. Amém.

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