Um padre deve realizar todas as suas ações, todos os passos, todos os hábitos em harmonia com a sublimidade de sua vocação. O padre que no altar celebra os mistérios eternos, assume, como fosse, uma forma divina; assim ele não deve ceder quando desce do Alto Monte e sai do Templo do Senhor. Onde quer que ele esteja, ou em qualquer trabalho que ele realize, nunca deve deixar de ser um padre, acompanhado pela dignidade, sobriedade e decoro de um padre. Ele deve, portanto, ser santo; deve ser sagrado, de forma que suas palavras e trabalhos expressem seu amor, enfatize sua autoridade e imponha respeito. A dignidade exterior é mais poderosa do que eloqüentes palavras… Por outro lado, se ele esquece a dignidade de seu caráter, se não mostra em seu comportamento exterior mais sobriedade do que os seculares, incorre no descontentamento daquelas próprias pessoas que aplaudem sua frivolidade mas não demoram em desprezar tanto a ele como aquilo que ele representa.
Giuseppe Melchiorre Sarto, bispo de Mántua – futuro São Pio X