“Não se encontra em comunhão porque ela se coloca fora da Tradição católica e rompeu a unidade com o Papa”. A FSSPX ou a CNB da Alemanha?

A Conferência dos Bispos Alemães publicou hoje um esclarecimento sobre a Fraternidade Sacerdotal São Pio X. O Texto.

Site da Conferência Episcopal AlemãBispos exigem melhorias na Cúria

1. A Fraternidade Sacerdotal São Pio X se separou da Igreja Católica. Os Bispos e padres que pertencem à Fraternidade não têm permissão de celebrar a Santa Missa ou administrar outros sacramentos, mesmo após o levantamento das excomunhões dos bispos.

 

 De maneira especial, as ordenações da Fraternidade anunciadas para este ano violam de maneira grave a Ordem e o Direito da Igreja. Pediremos à Sé Apostólica um esclarecimento urgente sobre quais são as conseqüências legais que um bispo incorre ao levá-las a cabo.

 

Além disso, os responsáveis na Cúria deveriam produzir melhorias rápidas no âmbito da coordenação interna e da comunicação com as conferências episcopais. Isso vale especialmente para situações de conflito.

 

São necessários esclarecimentos

 

2. Dessa forma, a Fraternidade Sacerdotal São Pio X não se encontra em comunhão com a Igreja Católica porque ela se coloca fora da Tradição católica e rompeu a unidade com o Papa.

 

Cabe à Fraternidade Sacerdotal superar o cisma e através de um processo de reintegração alcançar a unidade com o Papa e o com Magistério da Igreja.

 

Para essa finalidade, o Santo Padre Bento XVI lhes estendeu a mão, levantando as excomunhões dos Bispos, como um gesto de boa vontade.

 

Cabe à Sé Apostólica esclarecer se a Fraternidade Sacerdotal está preparada para aceitar e afirmar de maneira inequívoca a convicção religiosa de toda a Igreja e especialmente do Magistério do Papas e dos concílios.

 

Os documentos do Concílio Vaticano Segundo pertencem indissociavelmente à Tradição católica, não apenas os textos sobre a liberdade religiosa e as relações com as religiões não cristãs, sobre o ecumenismo e sobre a Igreja no mundo de hoje em dia, mas também as declarações sobre a colegialidade dos bispos em seu relacionamento com a autoridade pontifícia.

 

Incertezas sobre o Caminho da Igreja

 

3. Lamentamos que com relação a esse assunto também surjam incertezas sobre o caminho da Igreja. Experimentamos isso em conversas e correspondências. Muitos bispos já se expressaram anteriormente de maneira clara.

 

As disposições teológicas e pastorais, especialmente do Concílio Vaticano Segundo, constituem a base natural de nossos esforços para renovar espiritualmente a Igreja na Alemanha e para conferir nova pujança à resposta de Fé para as questões religiosas de nosso tempo em palavras e atos.

 

Esperamos que as semanas passadas tenham despertado um novo interesse na dinâmica e na orientação do Concílio Vaticano Segundo. Queremos aproveitar essa chance.

 

Suposta corrente anti-semita e opressiva

 

4. Especialmente deprimente é a negação do Holocausto por parte de um Bispo da Fraternidade Sacerdotal São Pio X e respectivas correntes anti-semitas na Fraternidade Sacerdotal. Até agora falta um distanciamento sério das pessoas envolvidas em tais posições inaceitáveis, conforme a Sé Apostólica já tinha exigido mais cedo.

 

O Papa Bento XVI afirmou muitas vezes e de maneira inequívoca que a Igreja Católica reprova o antijudaismo e anti-semitismo. Alegramo-nos que o Santo Padre também pode retomar o diálogo com representantes judeus notáveis nas semanas passadas.

 

Na Alemanha foram realizados alguns encontros significativos com representantes judeus, nos quais houve a oportunidade de falar abertamente sobre preocupações e receios e de aprofundar laços recíprocos. Estamos muito gratos por isso e retomamos esses esforços.

 

Vozes sem caridade, extremamente unilaterais ou até mesmo pejorativas

 

 5. Infelizmente, nas últimas semanas foram feitos comentários sobre os resultados atuais, os quais distorceram o contexto e o apresentaram de maneira polêmica.Também no âmbito interno da Igreja houve vozes e atividades que faltaram com a caridade, que foram extremamente unilaterais ou até mesmo pejorativos e que prejudicaram a unidade.

 

Deploramos esse estilo de relacionamento mútuo. Sobretudo repudiamos toda a tentativa de pôr em dúvida a reputação e a integridade do Papa, de negar a constituição da Igreja Católica e atuar de maneira separatista.

 

Ainda não foi esclarecido se haverá uma plena comunhão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X com a Igreja Católica. Até agora muitos parecem que são contra falar sobre isso.

 

Porém, essa questão não pode nos mover de maneira predominante, mas sim a preocupação com o fortalecimento e a renovação da vida eclesial e com o seu testemunho no serviço concreto e multiforme.

 

Nesses esforços atuamos com padres e diáconos, com colaboradoras e colaboradores no serviço eclesial e juntos com todos os fiéis, que de maneira múltipla colocam à disposição sua força e suas capacidades.

 

A Igreja vive a partir dessa cooperação de engajamento e dons, a fim de corresponder à missão do Senhor Ressuscitado. Confiamos nele unanimemente e pedimos a sua benção.

 

 Fonte: Kreuz.net

Tradução: T.M. Freixinho

22 comentários sobre ““Não se encontra em comunhão porque ela se coloca fora da Tradição católica e rompeu a unidade com o Papa”. A FSSPX ou a CNB da Alemanha?

  1. Quer dizer então que agora os modernistas querem se passar por defensores da ”verdade”, e que FSSPX não quer seguir essa ”verdade”!

    Além do mais, os modernistas estão adotando expressões e argumentos dos católicos, como os membros da FSSPX, para que eles (os modernista) se passem como defensores da ”Tradição”?!

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  2. Eu não consigo entender. Seguindo a opnião de que o ultimo concilio não emitiu nenhum dogma, não criou nada de novo e tudo que tem nele tem que ser interpretado segundo a tradição, aceitá-lo ou não, não tem importancia nenhuma. Como entender então o pensamento mordernista?

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  3. Estão ousados demais!Precisam de alguém que lhes cortem as asas.
    O Vaticano deveria escrever uma declaração sim, só que deveria fazer um comunicado curto e seco: “A conferência episcopal alemã ou qualquer outra não tem autoridade para se expressar sobre nenhum aspecto das discussões que a Santa Sé tem mantido com a FSSPX”.

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  4. Eles estão desesperados, tentando a todo custo emparreirar a plena regularização canônica da FSSPX.

    O texto do Pe. João Batista caiu como uma luva.

    Mantenhamo-nos firmes em oração pelo Papa, e pela Igreja em geral.

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  5. Meus amigos, sem querer atacar a ou defender os Bispo Alemães, uma coisa é certa: eles estão repetindo o que a Santa Sé já disse, na Nota da Secretaria de Estado: A Fraternidade não tem nenhum reconhecimento canônico dentro da Igreja e não podem exercer licitamente o ministério. Acho que quem comemora com o levantamento da excomunhão, tem também que seguir o que a Igreja disse nesta nota. Senão, é falta de honestidade para com o Papa.
    Obrigado!

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  6. Caro Helêncio,

    Você tem que ver o pronunciamento da Conferência dos Bispos Alemães juntamente com os pronunciamentos da Conferência dos Bispos Suiços e Austríacos. Eles estão agindo em bloco e instrumentalizaram a declaração infeliz de Dom Williamson para criar o super dogma do Holocausto e tentar impedir a plena regularização canônica da FSSPX. Veja que eles que se fazem passar por obedientes até agora não pediram a excomunhão do Hans Küng, ainda que este contradiga os ensinamentos da Igreja e não esteja nem aí para o que Papa pense.

    Veja que Dom Zollitish, Presidenta da Conferência dos Bispos Alemães, em vez de apoiar o seu colega no episcopado, Dom Mixa, acabou puxando-lhe a orelha e reforçando o “super dogma” do Holocausto, olvidando completamente o argumento pertinente de Dom Mixa de que o aborto é o holocausto de nossos dias.

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  7. Concordo com Helênio. A fraternidade ainda está fora da comunhão plena. Eles precisam exercitar a virtude da humildade. Tudo o que fazem é ilicito. Fora da Igreja não há salvação. Podee ter Gloria, aleluia, etc se não estiverem dentro da barca, estarão perdidos.

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  8. Prezada Maria,

    Obrigado por seu comentário. Acho que a gente não pode confundir as coisas. Muitas vezes, muitas pessoas da Igreja deixam a desejar. O Papa merece mais solidariedade, obediência, apoio, etc. Isso falta em muitos auxiliares seus.
    Mas se nós não aceitarmos aquilo que o Papa está nos dizendo, estamos fazendo o jogo dos progressistas.
    Eu penso, sem paixão, sem ódio, que se a gente vê bem o que foi dito no Levantamento da Excomunhão (não levantamento do Decreto), e na Nota da Secretaria de Estado, se queremos ajudar o Papa, temos que reconhecer que a Fraternidade ainda não está em comunhão com a Igreja, os padres não estão aptos para os sacramentos. Senão, eu acho que estamos fazendo o Papa de bobo. Ficamos felizes porque ele levantou a excomunhão que pesava sobre os quatro bispos e não aceitamos o resto do que ele disse.
    Que é que você acha? Ajude-me a refletir.
    Tenha um bom dia.

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  9. Caro Helênio,

    Já que você me pediu para ajudá-lo a refletir eu gostaria de fazer dois comentários.

    O primeiro diz respeito a um trecho de uma frase sua: “a Fraternidade ainda não está em comunhão com a Igreja”

    Eu diria que faltou uma palavra essencial nesta frase, ou seja ‘PLENA’. Existe sim uma comunhão, apenas ela precisa ser regularizada canonicamente para ser plena. O Cardeal Castrillon já se manifestou algumas vezes dizendo que existe comunhão, que os membros da FSSPX são católicos e não incorreram propriamente em cisma.

    Estamos rezando para que ocorra essa regularização canônica o quanto antes, para o bem de Igreja, para a aplicação dos sacramentos da maneira tradicional e para que sejam um polo irradiador de ensino da Missa de Sempre aos padres diocesanos interessados.

    A outra observação é que devemos prestar a atenção num fenômeno muito comum. Repare que basta o Papa fazer uma manifestação a favor da Tradição e logo logo vem a turma do abafa e emite imediatamente uma declaração para amenizar as palavras do Santo Padre. Muitas vezes nos sentimos como que bobocas e nos questionamos: “será que estou entendendo bem ou esse pronunciamento está minimizando ou reduzindo o pronunciamento anterior do Papa?” Até mesmo o Santo Padre e outros prelados de ouro, provavelmente movidos por mil pressões e com razões pastorais, de vez em quando nos aparecem com declarações um pouco confusas.

    Nessa hermenêutica da loucura como bem disse um amigo meu, temos que ler os acontecimentos com muita cautela e perceber como os agentes progressistas estão nos passando as notícias. Para isso creio que é importante ler em várias fontes e principalmente pedir que Deus nos ilumine.

    Agora só para a sua reflexão. Não é estranho que aqueles que estão em “plena comunhão” tenham que recorrer aos de “comunhão incompleta” para aprender a celebrar a Missa de Sempre? Isso está acontecendo direto nos EUA.

    Não é estranho que um sacerdote em plena comunhão muitas vezes só encontre um ombro amigo e uma amizade sadia ao lado de seus pares em “comunhão incompleta”?

    O Motu Proprio está aí, e quem obedece? Onde estão os bispos de plena comunhão que em vez de obedecer ao papa só criam obstáculos para os jovens padres que querem celebrar a Missa de Sempre, dando-lhes indiretas para que “peguem mais leve”, celebrem a missa nova, mas mantenham uma homilia aguada, não falem muito da crise na Igreja ou que não usem batina em público porque naturalmente faz muito calor, você sabe né…

    Minha humilde opinião é que não teríamos Motu Proprio nem levantamento das excomunhões se não fora a perseverança no combate de Dom Lefebvre, de Dom Mayer e dos irmãos da FSSPX. Deus é Deus e não está preso a História. Obviamente existe uma possibilidade de que a Missa de Sempre poderia ter ressurgido de alguma outra forma. Porém, olhando para os acontecimentos essa possibilidade seria um milagre. E se não houvesse número de combatentes, a Missa de Sempre provavelmente estaria até hoje restrita a aprisionada em mosteiros. O povo não teria conhecimento e não tendo conhecimento não poderia amá-la e pedir por ela.

    Que Nossa Senhora das Dores nos ajude e ilumine a todos.

    Um bom dia para você também.

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  10. Cara Maria,

    O que seria estar em comunhão “plena” com a Igreja? Que eu saiba, ou se está em comunhão ou não.

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  11. Prezada Maria,

    Vejo que a sra (srta) pensa bem para falar. Isso é muito bom.
    Mas, permita-me mais uma vez insistir num ponto. Você disse que às vezes até o Papa pode vir com uma declaração confusa. Mas eu acho que no caso de que estamos falando, a nota da Secretaria de Estado veio exatemente para tirar qualque dúvida.
    Quanto ao Motu Próprio, existe um detalhe não muito salientado: o Papa diz que o uso da liturgia tradicional supõe a aceitação da Forma Ordinária. Aí voltamos ao mesmo principio: alegrar-se com o Motu Próprio exige aceitar a Catolicidade da liturgia de Paulo VI, senão, mais uma vez, estamos fazendo o Papa de bobo, pegando do que ele faz e diz, só o que nos interessa.

    Espero sua opinião.

    Helênio José Ribeiro

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  12. “A lei suprema é a salvação das almas”.
    Esse é o motivo pelo qual, em “comunhão” ou não, a FSSPX faz (e não deixará de fazê-lo) seu trabalho.
    Uma coisa que percebo que muitas vezes QUEREM NOS FAZER ESQUECER é que não vivemos em tempos normais. A situação atual da Igreja exige que tais padres (FSSPX) atendam os pedidos dos fiéis que percebem claramente a loucura na qual se encontra todo o clero “em comunhão”.
    Agora, que é claríssimo também, a intenção, como bem disse a Maria, de quererem sempre minimizar as questões em favor da Tradição, ah! isso é!
    Pois vejam, nos coloquemos no lugar do Papa: 2009, 40 anos de Pós CVII, a Igreja infestada de modernistas, maçom, comunistas, liberal e tudo o que de pior poderia se esperar de um clero (e o que é pior, todos em pleno exercício, completamente “em comunhão”), todos os números referentes às práticas religiosas, lá em baixo, a sociedade, de um modo geral, cada vez mais mundana e sem ninguém que a mostre o caminho certo (afinal, a onda é seguir o mundo, não?…) e, em meio a toda essa loucura, o Papa “dá a cara” e olhando pra tudo isso, levanta (anula, tira, para mim não interessa o termo que queiram utilizar) as excomunhões de um grupo que aos olhos de todos esses citados acima, são da pior espécie. Haveria de se esperar gesto melhor? Até hj, não consigo entender como o Papa pôde tomar tal atitude, pois ele sabe bem de quem está rodeado. “Claro”, dirão eles, “a FSSPX não quer conversar com as outras religiões, não quer utilizar nossas salas para a confissão, vai querer usar aquele assustador confessionário, com eles não funciona essa coisa de colegialidade, liberdade religiosa? Hupmf! Nem pensar! Eles pararam no tempo, vivem como se estivessem na Idade Média e vão por a perder todas as nossas conquistas do CVII” E essa brincadeira, poderia se estender infinitamente, à respeito do que acham, os que pensam conhecer a FSSPX.
    No entanto, essas objeções são das mais… inocentes, diria.
    A questão é que a Igreja hj possui uma POSTURA totalmente alheia à que Ela sempre teve. Hj os padres, em nome de uma “paz” mentirosa, nenhum quer saber do Reinado Social de NSJC. Nenhum quer saber do Triunfo da Igreja Católica, única e soberana depositária da mensagem salvífica de Cristo. Querem que Ela triunfe, mas que as outras triunfem também, afinal “é muita pretensão achar que só nós estamos certos…”, já dizia um padre em uma certa entrevista.
    É claro que o Papa sabia do que lhe esperava com esse gesto. Mas, era necessário. Mesmo porque, já estava meio estranho manter “em comunhão” aos que celebram missas vestidos de palhaços e “consagram” em jarras de suco e manter fora, os que só querem salvar as almas, o bem da Santa Igreja e do Papa.
    Mas toda essa perseguição à FSSPX só mostra como está correto o caminho o qual ela vem trilhando. Pior, bem pior, seria se para manter-se bem visto por todos (aqueles…) passasse a defender a idéia de que não há mais estado de necessidade na Igreja, não há nenhum problema com a Missa Nova (“afinal, nós estamos lá também”… como diriam alguns Bispos “tradicionais”…) e negar toda uma história de combate por Cristo alegando que “se estava no erro”…

    Creio, na minha pequena opinião, que não é esse o caminho que a FSSPX deseja seguir e creio também que apesar de tudo, há muito ainda que fazer e que se esperar…

    Enfim, meus caros, passemos, um de cada vez, pela porta estreita, pois a larga, já estão se espremendo, todos misturados, para passar por ela.

    Nossa Senhora Aparecida, rogai por nós.

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  13. Caro Hêlenio,

    Como disse em posts anteriores, todos nós católicos devemos aceitar a VALIDADE da Missa Nova. Ela foi promulgada por um Vigário de Cristo, a quem Jesus conferiu o poder de ligar e desligar na Terra. Isso não se discute. Todavia, isso não significa que devemos achá-la melhor, mais piedosa e até mesmo mais católica do que a Missa celebrada durante tantos séculos antes dela. Talvez se você se aprofundar um pouquinho nos bastidores que introduziram a Missa Nova vai entender melhor essa questão.

    Quanto à catolicidade partilho abaixo trecho do livro “O Reno se Lança no Tibre”. Não sou eu, mas um cardeal renomado e respeitadíssimo que falará sobre a Missa Nova. Veja com que caridade esse respeitável cardeal foi tratado por seus colegas.

    “No dia 30 de outubro, dia seguinte a seu 72º aniversário, o Cardeal Ottaviani interveio para protestar contra as modificações radicais a que se estava propondo submeter a Missa. “Estamos procurando suscitar o espanto, até o escândalo no povo cristão, introduzindo modificações em um rito tão venerável que foi aprovado através de tantos séculos e que continua sendo tão familiar? Não está certo tratar o rito da Santa Missa como se fosse um pedaço de pano que se submete à moda, segundo a fantasia de cada geração.” Falando sem ler, em razão de sua cegueira parcial, ele ultrapassou os dez minutos a que se tinha pedido que todos se limitassem. O Cardeal Tisserant, decano dos Presidentes do Concílio, mostrou seu relógio ao Cardeal Alfrink, que presidiu a sessão. Quando o Cardeal completou quinze minutos com a palavra, o Cardeal Alfrink tocou a sineta. Mas o orador estava tão empolgado com o assunto que não a escutou – a não ser que a tenha deliberadamente ignorado. A um sinal do Cardeal Alfrink, um técnico desligou o microfone. O Cardeal Ottaviani verificou o fato apalpando seu microfone, e humilhado teve que voltar ao seu lugar. O mais poderoso Cardeal da Cúria tinha sido reduzido ao silêncio e os Padres Conciliares aplaudiram com alegria.” (página 34)

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  14. Deveria-se pedir a todos os membros da Teologia da Libertação a entrar na plena comunhão com a Igreja.

    Deveria-se pedir à RCC que entre na plena comunhão com a Igreja.

    Deveria-se pedir a hierarquia de países inteiros como Portugal que entrassem na plena comunhão com a Igreja.

    Deveria-se pedir que as católicas por direito de decidir, que todos os partidários do fim do celibato sacerdotal, dos metodos anticoncepcionais, do divórcio, do sacerdócio feminino, da colegialidade episcopal, do ecumenismo, do sincretismo, das missas “faça-se como quiser” entrassem na plena comunhão com a Igreja.

    A GRANDE PARTE DO CLERO DITO CATÓLICO DE HOJE EM DIA, NA PRÁTICA VIVE À MANEIRA PRESBITERIANA OU EPISCOPAL. Hoje os padres se lançam contra os bispos, os bispos contra a Santa Sé. Hoje os cleros nacionais obedecem – quando existe coincidência de interesses – às conferências episcopais.
    Hoje dizem à FSSPX “obedecam cegamente ao Concílio Vaticano II em tudo!”

    Então, se Roma emite a Declaração Dominus Iesus, os CATÓLICOS EM PLENA COMUNHÃO NÃO OBEDECEM.
    Saiu a Encíclica Ecclesia de Eucharistia, e os CATÓLICOS EM PLENA COMUNHÃO NÃO OBEDECERAM.
    Saiu o decreto Redemptionis Sacramentum, e os CATÓLICOS EM PLENA COMUNHÃO NÃO OBEDECERAM.
    Então o Santo Padre lançou um motu próprio para permitir a todo o clero do orbe fazer a experiência da Tradição, rezando a Missa Gregoriana e todos os livros litúrgicos, e os CATÓLICOS EM PLENA COMUNHÃO SE JULGARAM NO DEVER DE CENSURAR O DOCUMENTO, PERMITINDO A MISSA EM CERTOS CASOS, IGNORANDO O FATO EM OUTROS, E PROIBINDO A MISSA, COMO SE TIVESSEM UM PODER SUPERIOR AO DO PAPA!

    Então, ao constatarem que o Santo Padre retirou as excomunhões dos verdadeiros católicos, e os reabilitou moralmente, julgam-se na autoridade de fazerem o que querem, dizerem o que lhes vêm à telha, e deixarem bem claro que eles são os senhores verdadeiros, e que o que o papa faz não vale nada, pois não passou no aval deles.

    Afinal, eles são os senhores, não é verdade? Se eles decidem que um padre não pode ser sagrado bispo, aí de Roma…

    ***

    Agora, diante de tudo isso, aparecem pessoas que conseguem ver problemas em nós, e nos pedem COMUNHÃO PLENA!!!
    Conseguem ver um cisco (que é a irregularidade canônica) na FSSPX, e deixam passar uma trave gigantesca nos olhos dos que estão na “plena comunhão”.

    Me digam, quem está com a alma em maior perigo: os fiéis da FSSPX, que têm o único mal de não constarem no Direito Canônico, ou os “verdadeiros católicos”, os que estão em “plena comunhão”?
    Quem está nas trevas do pecado e do liberalismo? A FSSPX ou eles?

    A FSSPX não possui nem um milhão de seguidores. Por outro lado, os “plenamente católicos” são centenas de milhões, existem países inteiros que estão sem um padre tradicional…

    Qual a maior urgência? Nós… Ou eles?

    Eu confio em Deus, e espero que D. Fellay e toda a FSSPX chegue UM DIA à normalidade canônica, e que chegue sem mal-entendidos, sem ambiguidades, sem acordos comprometedores, sem pesos na consciência.

    Pensem, católicos. Pensem no que disse D. Hoyos! “sobre a FSSPX, “não estamos diante de uma heresia nem de um cisma”.
    ÓTIMO.
    Heresia leva ao inferno. Não é o nosso caso.
    Cisma leva ao inferno. Não é o nosso caso.
    D. Hoyos terminou dizendo: “Eles estão na Igreja, falta apenas uma plena, uma mais perfeita comunhão – como foi dito no encontro com Dom Fellay –, uma mais plena comunhão, PORQUE A COMUNHÃO EXISTE”.

    ***

    Agora, me digam: os que estão na paz canônica, estes estão EM REAL COMUNHÃO?
    Eles estão em dia com o Direito Canônico, mas eles estão 100% com a Moral Católica, 100% com a Doutrina Católica, 100% com a submissão ao Romano Pontífice, 100% com a Igreja?

    Pois é. Hoje os canonicamente desobedientes estão em melhor situação que os canonicamente obedientes. Hoje temos pessoas “fora” da Igreja e que são católicas, e pessoas “dentro” da Igreja, e que são hereges e liberais completos.

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