Por Dominque Bro – Le Forum Catholique
Se começa a dizer cada vez mais, tendo em conta o terremoto causado pelo affaire Williamson, que o Cardeal Castrillón poderia rápida e facilmente fazer a FSSPX sair do estado canônico vago em que se encontra desde o levantamento das excomunhões, sem, no entanto, negociar a pesada instauração de um estatuto de grande amplitude (Prelazia pessoal). Noutras palavras, a FSSPX seria reconhecida “legal” e “católica” no seu estado atual, com os seus próprios estatutos, seus próprios estabelecimentos, seus anexos (as comunidades amigas), tudo esperando pelo melhor. E se poderia então organizar tranqüilamente colóquios sobre as “questões ainda abertas”. Todos os sacramentos dispensados no seio da FSSPX (confissões, casamentos, ordenações) seriam tidos como oficialmente lícitos. O termo apropriado (ver a seguir) para tal disposição é o de “faculdades temporárias”. Não obrigaria ninguém sobre o fundo e regulamentaria de maneira elegante a dificuldade. A solução conviria tão melhor ao Papa, que é de maneira ligeiramente semelhante, todas coisas iguais, que ele regulariza provisoriamente a Igreja da China dando poderes aos bispos nomeados sem o consentimento de Roma. É o que evoca a entrevista que Mons. Fellay deu à revista americana Angelus, reproduzida pela última Fideliter, março-abril de 2009.
A primeira das duas respostas extraídas da entrevista se refere ao “grande estatuto” (Prelazia pessoal), a segunda ao “pequeno estatuto” (as faculdades temporárias). Parece efetivamente que o superior geral não afasta uma concessão unilateral do “pequeno estatuto”:
Angelus – Qual espécie de solução canônica é atualmente proposta, se existe uma?
Mons. Fellay – é ainda muito cedo para dizer com precisão. Sabemos que Roma trabalha há muito tempo sobre esse projeto canônico e que uma proposta nos será apresentada em tempo oportuno. […] Segundo nosso plano de rota, isso deveria vir após a solução dos problemas essenciais a serem resolvidos nas discussões.
Angelus – é possível que faculdades temporárias sejam dadas à Fraternidade, enquanto as discussões doutrinais ocorrem paralelamente?
Mons. Fellay – também, ao risco de me repetir, diria que ainda é muito cedo para dizer. Nós pensamos que daqui algum tempo teremos precisões sobre este ponto. Haveria certamente um perigo de reduzir o problema da Fraternidade a um problema de direito canônico.
Gostaria de saber se a questão dos Tribunais eclesiásticos da FSSPX já está resolvido ou ainda terá que ser discutido?
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Você pode ler sobre, em ‘O Matrimônio na Tradição – Uma aplicação da jurisdição de suplência’ no link:
http://br.geocities.com/indicedc/crise_igreja/sobrevivernacrise.html#matrimonio
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Artigo de interesse:
http://blog.ilgiornale.it/tornielli/2009/03/10/caso-williamson-in-arrivo-una-lettera-umile-e-forte-del-papa/
Que Nosso Bom Deus abençoe a Santa Igreja, o Santo Padre, a Fraternidade! E também a nós, católicos que tanto temos sofrido com a crise…
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