A guerra na cúria: rumores sobre transferência de Mons. Ranjith para Colombo.

ranjith1Conforme mencionado anteriormente aqui há cerca de um ano, as crescentes pressões contra o formidável Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Arcebispo Malcolm Ranjith, finalmente deixará seu cargo. O vaticanista italiano Andrea Tornielli informou hoje que a nomeação de Ranjith como Arcebispo de Colombo, capital de sua terra natal, o Sri Lanka, será anunciado no próximo sábado.

Tornielli sugere que Ranjith poderia se tornar Cardeal (somente um ocupante da Sé de Colombo se tornou Cardeal) no que será o Segundo exílio da Cúria Romana – o seu primeiro exílio ocorreu em 2004, quando, na condição de secretário adjunto da Propaganda Fide, ele foi nomeado repentinamente Núncio para a Indonésia pelo Papa João Paulo II.

Tornielli menciona também que um prelado de uma nação de língua inglesa poderia ser o novo Secretário do Culto Divino, um homem que iria “pacificar o campo de batalha litúrgico” …

Veja todas as notícias relacionadas a Dom Ranjith aqui.

Fonte: Rorate Caeli

Curtas da semana.

O onipotência pastoral: Direito a veto e até a sugestão de sermão. [Atualização: 29/04/09, às 13:58]

(Estadão) A missa de 1.º de Maio na Catedral da Sé, às 9 horas de sexta-feira, que deveria reunir trabalhadores e empresários em torno do altar, conforme o cardeal arcebispo d. Odilo Scherer prometeu no ano passado, será uma celebração classista, voltada só para os trabalhadores, porque a Pastoral Operária, da Arquidiocese de São Paulo, resistiu à mudança.  […] Além de empresários, ele queria convidar funcionários públicos e empregados de outra categorias. “Esta não é a nossa visão, porque para nós o 1.º de Maio sempre será o Dia do Trabalhador, dia de luto e de lutas”, advertiu o metalúrgico aposentado Waldemar Rossi, militante da Pastoral Operária e um dos articuladores da manifestação. […] Rossi sugeriu a d. Pedro Luiz, em nome da pastoral, que denuncie o “assalto ao dinheiro público para salvar empresas que se dizem em crise”, defenda os direitos dos trabalhadores, aponte a precarização do trabalho (contratos temporários, bicos), fale do achatamento de salários e a pressão dos poderosos contra o movimento social. D. Pedro Luiz informou que vai aproveitar essas sugestões na homilia, ao lado mensagens bíblicas e de uma referência a São José Operário, cuja festa a Igreja comemora no dia 1.º de maio.  […] Responsável pela pastoral social na Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), d. Pedro Luiz informou que a nota sobre o 1.º de Maio, que a Assembleia Geral de Itaici vai divulgar, seguiu a mesma linha da Pastoral Operária de SP. A começar pelo título – Dia do Trabalhador, em vez de Dia do Trabalho. O texto, aprovado ontem, mas ainda não divulgado, fala da crise econômica mundial e seus reflexos na vida dos brasileiros.

Nova cruzada de Rosários pela consagração da Rússia e propagação da devoção ao Imaculado Coração de Maria.

Dom Fellay e Bento XVIDom Bernard Fellay anuncia em sua importante última Carta aos amigos e benfeitores uma nova cruzada de rosários (já adiantada neste blog em 13 de abril). Alguns excertos: “Sim, do mesmo modo que nos surpreendemos pela publicação do decreto do dia 21 de janeiro, assim também pela violência da reação dos progressistas e da esquerda em geral contra nós. É verdade que encontraram a desejada oportunidade nas pouco felizes declarações de Dom Willamson e através de uma injusta amalgama, puderam maltratar nossa Fraternidade como um bode expiatório. Na realidade fomos um simples instrumento na luta muito mais importante: a da Igreja, que com razão leva o título de “militante”, contra os espíritos perversos que infestam os ares como diz São Paulo. […] Através do que aconteceu nestes últimos meses é preciso reconhecer um momento mais intenso desta luta. E é muito claro que aquele que está na mira é o Vigário de Cristo, no seu empenho de iniciar uma certa restauração da Igreja. Teme-se por uma aproximação da Cabeça da Igreja e o nosso movimento, teme-se uma perda dos resultados do Vaticano II, e se põem tudo em movimento para neutralizá-la. O que pensa o Papa realmente a este respeito? Onde ele se situa? Os judeus e os progressistas lhe exigem que escolha: ou eles ou nós… […] Tanto eles como nós estamos obrigados ao juramento antimodernista e submetidos às outras condenações da Igreja. Por isso não aceitamos abordar o Concílio Vaticano II a não ser sob a luz destas declarações solenes (profissões de fé e juramento antimodernista) feitas diante de Deus e da Igreja. E se aparece uma incompatibilidade, então necessariamente o errado são as novidades.[…] Num caminho tão difícil, diante de oposições tão violentas, lhes pedimos queridos fiéis recorrer à oração mais uma vez. Achamos que é o momento indicado para lança uma ofensiva de maior envergadura, profundamente enraizada na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, na que Ela mesma promete um resultado feliz, pois que anunciou que ao final o seu Imaculado Coração triunfará. Nós lhe pedimos este triunfo através dos meios que Ela mesma pediu: a consagração, pelo Pastor Supremo e todos os bispos do mundo católico, da Rússia ao seu Coração Imaculado, e a propagação da devoção ao Seu Coração Doloroso e Imaculado”.

“Mas… que festa? A liturgia é um drama”.

Dom Nicola Bux

“Creio que este sentido do sagrado poderá ser recuperado quando compreendermos que a Missa não é nunca um espetáculo, um entretenimento ou uma propriedade de cada sacerdote, mas sim um verdadeiro e próprio drama. Frequentemente, enchemos a boca para dizer a palavra “festa”, mas… que festa essa? Na Missa recordamos o sacrifício de Cristo, esta é a verdade. Cristo se imolou por nós e logo se usa a palavra festa… É correto falar de festa somente depois de termos compreendido e aceitado o conceito de que Cristo deu a vida por nós. Só então é lícito falar de festa, mas nunca antes. […] Uma boa Liturgia deve ter o seu centro na cruz. Contudo, ao ser colocada freqüentemente de um lado ou em lugares pouco visíveis, esta perdeu o seu significado verdadeiro e autêntico. Parece muito mais um objeto secundário do que um centro de adoração. Às vezes, tenho a sensação de que uma cruz no centro do altar produz tédio, quase incômodo. Para sermos duros: a maioria das vezes, ninguém olha para ela. Para voltar a dar à Liturgia o sentido do sagrado, é necessária uma devoção. Basta de Missas celebradas como acontecimentos mundanos e entretenimento”. Palavras de Monsenhor Nicola Bux à Pontifex.

Nova encíclica a ser publicada em 29 de junho.

“Creio que prevejo que será 29 de junho, festa de São Pedro e São Paulo, a data definitiva”, afirmou o Cardeal Renato Raffaele Martino, presidente do Conselho Pontifício Justiça e Paz, sobre a publicação da nova encíclica social “Caritas in veritate”, que recordará as encíclicas Populorum Progressio, de Paulo VI, e Sollicitudo rei socialis, de João Paulo II.

Dom José Cardoso Sobrinho recebe Prêmio Cardeal Von Galen.

Prêmio a Dom José.“Num auditório superlotado por cerca de 1.200 pessoas, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, recebeu em Recife o Prêmio Cardeal Von Galen, concedido pela instituição internacional Human Life International (HLI). “Foi uma surpresa muito grande para mim”, comentou o prelado. D. José ressaltou que o prêmio não é pessoal, dele, mas da Igreja Católica. Ele acrescentou “apenas ter seguido os princípios da Igreja e do Direito Canônico.” O egrégio prelado recebeu inúmeras manifestações de simpatia e apoio. E até a solidariedade de pessoas de países longínquos como Austrália e Suécia, segundo informou o site da Abril. O arcebispo esclareceu que se tivesse guardado silêncio diante do crime, teria sido cúmplice, “quase conivente”. “Cumpri meu dever”, resumiu. Na cerimônia participaram monsenhor Ignacio Barreiro, JD, STD, chefe do bureau da Human Life International em Roma, representado ao Rev. Padre Thomas Euteneuer, Presidente do Human Life International, e o próprio Raymond de Souza.” Fonte: Valores Inegociáveis.

Cardeal Walter Kasper, FSSPX e Vaticano II: não há saída.

(kreuz.net) Áustria. O Presidente do Conselho Pontifício para a Unidade, Cardeal Walter Kasper, duvida de uma reconciliação com a Fraternidade de São Pio X. Ele disse isso durante uma conferência de imprensa em Viena. O levantamento das excomunhões não seria nenhuma reabilitação, mas sim simplesmente uma retomada do diálogo. Ao mesmo tempo, o Cardeal Kasper falou que o ecumenismo com os protestantes não era “nenhuma opção, mas sim uma obrigação sagrada”. Para essa finalidade, a Igreja estaria “condenada a crescer junto”. Secretum Meum Mihi acrescenta: “A Fraternidade São Pio X teria de afirmar as decisões do Concílio Vaticano Segundo e do catecismo Católico: ‘não há saída’, disse Kasper.  Kasper disse que a comunidade deve dar passos em direção ao Vaticano. O objetivo é, no que seja possível, trazê-los de novo para dentro da Igreja e não arriscar uma separação permanente. O Cardeal acusou a Fraternidade São Pio X de um “entendimento tradicional rígido”. Fontes importantes indicam a próxima substituição de Kasper na chefia do Conselho para a Unidade dos Cristãos. O nome mais cotado é de Dom Ludwig Mueller of Regensburg, membro da Congregação para Doutrina da Fé, e que não agrada muito aos protestantes por ter desprezado seu último Sínodo Regional. Dele também partiu a exigência de que a FSSPX cancelasse suas ordenações, o que motivou a transferência das mesmas do seminário alemão para Ecône.

“O ódio à língua latina é inato nos corações dos inimigos de Roma”, Dom Prosper Gueranger.

Também Secretum Meum Mihi nos informa sobre o caso do Pe. Jean Claude Cheval, pároco de Saint Jean de Brébeuf, Courseulles-sur-mer, França, que havia sido destituído em setembro de 2008 de seu cargo pelo senhor bispo Mons. Pierre Pican por celebrar uma vez ao mês a Santa Missa no Novus Ordo em latim. Pe. Jean recorreu ao Tribunal da Signatura Apóstolica em Roma e na última sexta-feira santa foi reinstalado em seu cargo. O bispo apelou da decisão.

Papa-móvel barrado em Israel.

(Le Figaro)  Shin Beth, o serviço de segurança israelense, se opôs ao uso do Papa-móvel na visita de Bento XVI a Nazaré, no próximo mês de maio, por motivos de segurança. “Todos os lugares que o Papa deve visitar foram coordenados entre o Vaticano e as autoridades de segurança israelenses, bem como os lugares onde se vai utilizar o papa-móvel. Certos lugares são mais sensíveis que outros”, informou um responsável pela segurança. Bento XVI visitará a Jordânia de 8 a 11 de maio e Israel entre os dias 11 e 15. O Papa celebrará pela primeira vez uma missa a céu aberto na Terra Santa, no dia 14, em Nazaré. Seus predecessores Paulo VI e João Paulo II em suas viagens à Terra Santa  sempre celebraram a missa em igrejas e santuários.

Pesaj em basílica Argentina. Organização: B’Nai B’rith.

(AICA) No último 13 de abril, B’nai B’rith celebrou a Pesaj (páscoa judaica) com cristãos de distintas denominações na basílica de São Francisco, em Buenos Aires, com a colaboração da Fundação Judaica e o patrocínio da Confraternidade Argentina Judaico-Cristã. A celebração, no marco do diálogo interreligioso, começou com a projeção de um audiovisual apresentando as tarefas que realiza B’nai B’rith – loja maçônica exclusiva para judeus – argentina desde 1930. O presidente de B’nai B’rith Argentina, o arquiteto Boris Kalkicki, agradeceu a hospitalidade expressa por frei Bunader e enfatizou que o público presente era “testemunho de um ato único e impensável em nossa cidade, em nosso país e no orbe há até muito poucos anos”.

Gripe Suína: O comparecimento às Missas está suspenso na cidade do México.

Nossa Senhora de Guadalupe.‹‹ Acontecimentos dramáticos no México: As celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem – Missa dominical pela televisão – Início de correntes de oração à Nossa Senhora de Guadalupe

México (trechos da matéria publicada na kath.net). A Arquidiocese da Cidade do México reagiu com uma medida preventiva drástica à disseminação dramática da gripe suína mortal: as celebrações públicas da Missa em dias úteis estão suspensas até segunda ordem. No domingo, os fiéis foram admoestados a assistir as missas através da televisão. No sábado, o Ministério da Saúde do México decidiu fechar as escolas públicas em três estados mexicanos até o dia 6 de maio. Além disso, um alerta foi emitido para que não haja visita a museus, bibliotecas, cinemas, restaurantes e locais de adoração com grande afluxo de pessoas. O Arcebispo da Cidade do México, Cardeal Rivera, conclamou a todos os mexicanos a formarem uma corrente de orações e pedir a intercessão de Nossa Senhora de Guadalupe, Patrona do continente americano, a fim de superar rapidamente a atual situação de crise. “Protegei-nos com o teu manto”, conforme se diz na oração mariana, “livrai-nos dessa enfermidade”.  – Oração para vencer a gripe suína: Santa Maria de Guadalupe, a ti rogamos proteção e amparo, para que em breve vençamos essa epidemia que afligiu o nosso país, pois tu nos amas com um afeto especial. Com o teu cuidado maternal velas sobre nós e com a tua intercessão maternal estás sempre disponível para nós››.  Nossa nota: já é possível notar os modernistas se aproveitando da epidemia para impôr aos católicas suas práticas.

Cardeal Antonio Cañizares Llovera está internado.

O Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Antonio Canizares Llovera (64), está internado na Clínica Gemelli, e segundo informações da Agência de Notícias “EFE” ele sofre de uma trombose.

“O Arcebispo precisa se retratar”.

De acordo com o Direito Canônico, o Arcebispo Zollitsch de Freiburg corre o risco de se tornar um herege. Por Padre Franz Schmidberger.

(kreuz.net, Stuttgart) No sábado de Aleluia, o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Robert Zollitsch negou o caráter expiatório da Paixão e Morte de Cristo no programa “Horizonte”. Deus teria apenas se solidarizado com os homens através da Paixão de seu Filho, a fim de apoiá-los no sofrimento e na morte. Possivelmente, Jesus teria também carregado os pecados dos homens sobre si. Porém, ele não os teria expiado, mas apenas suportado, para estar mais próximo das pessoas a partir de um sentido de vínculo em comum.

Recentemente, o Padre Schmidberger celebrou uma Missa em Gießen, na diocese de Mainz

Falso, certamente herético. Temos aqui uma negação do sacrifício expiatório como reparação legal em relação ao Pai. Essa negação deve ser avaliada claramente como heresia de acordo com o Magistério da Igreja!

Ao dizer tal coisa, o Arcebispo é instado a retirar publicamente a sua afirmação falsa.

A passagem decisiva na entrevista é a seguinte:

Transmissão de Hesse: também o senhor não mais diria que Deus efetivamente deu o seu próprio Filho porque as pessoas eram pecadoras. O senhor não diria mais a coisa dessa maneira?
Mons. Zollitsch: Não, ele deu o seu próprio Filho em solidariedade conosco até nessa última necessidade de morte para mostrar “o quanto vocês valem para mim”. “Vou com vocês, estou totalmente com vocês em cada situação”.

Com isso o Presidente da Conferência Episcopal Alemã e Arcebispo de Freiburg, Robert Zollitsch, negou um dogma de Fé da Igreja. Caso ele não retire essa negação corre o risco de se tornar um herege segundo o Direito Canônico. O Magistério da Igreja é claro a esse respeito:

A causa do mérito, no entanto, é o seu muito amado Filho único, nosso Senhor Jesus Cristo, que mereceu a justificação para nós, “quando éramos inimigos” [Rom 5,10], “devido ao imenso amor com o qual ele nos amou” [Ef 2,4], através de sua santa Paixão no madeiro da cruz [Can. 10] e Deus Pai fez reparação por nós (Concílio de Trento, DH 1529).

No Decreto “Lamentabili” de Pio X condena-se como modernismo a seguinte afirmação: “O ensinamento da morte expiatória de Cristo não é um ensinamento dos Evangelhos, mas apenas paulino” (DH 3438).

O Testemunho das Sagradas Escrituras é inesgotável. Eis aqui apenas uma seleção:

Se, quando éramos ainda inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, com muito mais razão, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida.” (Rom 5,10).

Carregou os nossos pecados em seu corpo sobre o madeiro para que, mortos aos nossos pecados, vivamos para a justiça. Por fim, por suas chagas fomos curados” (I Pd. 2,24).

Fomos curados graças às suas chagas” (Is 53,6).

Este é o meu sangue, que foi derramado por muitos para o perdão dos pecados” (Mt 26,28).

Resumindo, diga-se que o Arcebispo Zollitsch transforma um sacrifício expiatório da redenção em um “sacrifício de solidariedade”: Cristo sofre devido a um sentimento de comunidade, como um terapeuta acompanhante em nossas necessidades, porém, não porque exista a necessidade de salvação a partir do pecado.

Assim, pedimos a retratação imediata do Arcebispo de Freiburg e Presidente da Conferência Episcopal Alemã.  Essa declaração deve ser descrita como heresia e traz um grande dano ao Magistério da Igreja Católica, porque sai da boca de um bispo em exercício. Esperamos que o esclarecimento dessa frase ocorra publicamente nos próximos dias.

O autor é o Superior do Distrito alemão da Fraternidade Sacerdotal São Pio X.

O Leão de Campos (V): Quem era este homem? 18º aniversário de falecimento de Dom Antônio de Castro Mayer.

Dom Antônio de Castro Mayer

Dom Antônio de Castro MayerCruz 25 de abril de 1991.

Fidelium animae per misericordiam Dei

requiescant in pace.

Q

uem era este homem elevado a uma posição de alta responsabilidade eclesiástica em 23 de maio de 1948? Quem era este homem que se tornaria uma das “duas testemunhas” da Igreja de sempre, sacrificando a honra do mundo e dias calmos na defesa da Fé Católica?

Todo homem permanece em certo grau envolto em mistério, o coração de cada personalidade humana individual e o centro de cada alma é aberto e revelado apenas para Deus. Há certos aspectos de Dom Antônio de Castro Mayer que não são misteriosos, mas abertos e claros a qualquer olho observador. Facetas de sua personalidade e aspectos de sua alma eram totalmente públicos. Era um daqueles homens abençoados com a unidade de ser, o interno e externo em harmonia, os vários lados de seu caráter unificados num todo. Um homem íntegro. Em seu caráter pode ser encontrado apenas dois mistérios reais a serem explorados mais tarde. Em sua época de fragmentação, insegurança e angústia existencial, andava ele, um homem justo, uno, em paz com seu Deus.

Dom Antônio[…] Nesta primeira foto do novo bispo de Campos consagrado em 1948, a autoridade descansa confortavelmente em seu possuidor; há “aquilo no rosto que [qualquer um] chamaria de bom grado de senhor”. Todos que o conheciam e especialmente aqueles que foram afortunados o bastante para conhecê-lo bem atestam esta autoridade, um dom dado por Deus.

Eles não podem falar do homem e mencionar seu nome sem suas vozes e comportamento assumirem uma espécie de temor e reverência. E, todavia, curiosamente, eles nunca mencionam estas qualidades diretamente. Parecem quase inconscientes do grande efeito que a presença deste homem tinha sobre eles. Sua atitude e vitalidade criavam estima em todos que o encontravam, uma estima próxima da veneração. Ainda quando essas mesmas pessoas falavam diretamente de seu jeito, quando escreviam aquelas qualidades especiais que o faziam único, falavam primeiro de sua humildade, sua simplicidade, sua inocência. Modesto em sua juventude, permaneceu um homem humilde por toda sua vida. Nunca se promovendo nem trabalhando para garantir o avanço de sua carreira quando jovem, permaneceu distante das honras do mundo e muitas vezes mesmo de seus simples prazeres.

Durante sua enfermidade final, que foi longa, seu médico expressou espanto por nunca ter ouvido aquele homem reclamar sequer uma vez, pouco importasse quanto desconforto ou dor experimentava. Quando seus padres tiveram de cuidar dele por causa de seu estado enfraquecido, nunca o ouviram se queixar. Dependia de seus padres para suas refeições. Perguntavam-no: “prefere mamão ou banana de fruta?”. Replicava: “você escolhe”. “Mas temos as duas. Qual você prefere?”, respondiam. “Tanto faz, você escolhe”. As graças de Deus eram abundantes; Dom Antônio apreciaria qualquer coisa que aparecesse em seu caminho. Assim, não surpreende ter vivido numa simplicidade quase de um eremita, se poderia dizer pobreza, no palácio episcopal. Chegaria o dia em que o mundo o puniria por esta santa austeridade. Esse não é o jeito do mundo.

Seus prazeres terrenos eram poucos.  Seus livros, claro, mas isso não é novidade. Aparentemente sua única verdadeira ligação a prazeres deste mundo era seu amor pelo pingue-pongue. Nos fins de seus dias, uma raquete em sua mão indicaria a primavera de vida renovada e energia juvenil. Uma raquete em sua mão extrairia do misterioso íntimo de seu ser um desejo competitivo invisível. Com zelo, ele desafiaria seus padres, os fiéis da diocese ou as crianças que o visitavam. A batalha de dentro e fora da raquete na bolinha branca de plástico sob o revestimento verde na mesa lhe dava grande alegria. Instituiu um campeonato especial e, quando já eram passados seus próprios dias como jogador,  ainda se deliciava assistindo os quatrocentos meninos de toda a diocese mostrarem suas habilidades e avançarem os postos, raquetes em mãos, até a vitória final. Um troféu especial viaja toda primavera para a paróquia cujos moços mostraram a mais extraordinária proeza na competição de pingue-pongue daquele ano.

Tinha uma habilidade de mover-se entre seus fiéis e misturar-se com eles na vida cotidiana sem de qualquer maneira diminuir ou desfigurar sua autoridade. Sentia-se tão confortável oferecendo uma Missa Solene no Natal ou Páscoa diante de uma multidão abarrotada na Basílica do Santíssimo Salvador em Campos, uma igreja elevada ao status de basílica através de seus esforços, como ao oferecer uma benção à turma da primeira série em sua pequena cerimônia de formatura. Viveu a vida de sua diocese com os fiéis em todos os seus aspectos, em toda faceta possível da existência do dia-a-dia, e contudo sempre manteve sua dignidade como seu bispo. Serviria [como acólito] enquanto era bispo a Missa de seus jovens padres. O fazia sem falsa humildade e sem nunca fazê-los se sentir desajeitados. Não havia nada sobre sua própria Missa que a fizesse extraordinária, nada que a distinguisse. Era um bispo, sim; foi, além disso, um artesão, como o foi seu pai, fazendo bem seu trabalho e no melhor de suas habilidades, mas, ao mesmo tempo, ciente de que estava fazendo um trabalho. Sua atitude foi sempre “arregaçar as mangas e trabalhar”, e fez este trabalho sem pretensão ou esperança de elogios. As palavras do escritor inglês Evelyn Waugh vêm à mente. Numa carta escrita em 1964 ao Catholic Herald, Waugh alertava para os perigos da “renovação explosiva” dos inovadores do Concílio Vaticano Segundo “que desejam mudar o aspecto exterior da Igreja”. Ele chegava a descrever sua própria conversão, especificamente aqueles aspectos da Fé que o levaram à Igreja. Aquela “atração estranha” que mais o atraía, dizia, “era o espetáculo do padre e seus ajudantes na Missa rezada, subindo lentamente o altar sem dar uma olhada sequer para saber os muitos ou poucos que tem em sua congregação; um artesão e seu aprendiz; um homem com um trabalho que apenas ele é qualificado para fazer” (Waugh, Evelyn, A Little Order – Boston: Little, Brown, 1977 – pág. 188). O relato é uma descrição apropriada do trabalho do Bispo de Campos.

Um de seus padres o descreveu nestas palavras: “Ele foi um homem de grande simplicidade. Tinha a alma de uma criança”. Nunca falou mal de outros e se recusava a acreditar, às vezes para sua tristeza, que outros pensariam ou falariam mal dele. Amava crianças e aproveitava as ocasiões quando podia estar com elas. Era, em seu tranqüilo modo, uma delas.

Também permaneceu uma criança em sua devoção às suas mães, sua mãe terrena e sua Mãe espiritual. A incessante e intensa devoção de Dom Antônio à Santa Mãe de Deus marcou seu reinado em Campos. Uma de suas primeiras ações ao tornar-se Bispo de Campos foi publicar uma ordem especial a seus padres – doravante na diocese, ao fim de toda Missa, três Ave-Marias adicionais seriam rezadas pelo padre e fiéis à Nossa Santa Mãe com a intenção de que ela preservasse a verdadeira Fé Católica e de que a heresia nunca encontrasse abrigo na diocese. Tal devoção foi recompensada.

Ele mesmo rezaria o rosário em todas as horas do dia ou da noite. Seus padres relatam que quando viajavam com ele, muitas vezes ele os acordava em horas incomuns para rezar o rosário porque adorava rezar acompanhado. Certa vez durante uma visita ao seminário da Fraternidade São Pio X em Ecône, Suiça, o bispo acordou seus companheiros de viagem depois do “apagar das luzes” do seminário, uma hora de silêncio estritamente obrigatório, e anunciou seu desejo de rezar o rosário. Lembraram a ele que era tarde e que o seminário estava observando um período de silêncio e repouso, mas sua devoção a Nossa Senhora não seria dissuadida. Foram com ele assim que começou a andar pelos corredores do seminário com sua voz ecoando as Ave-Marias. As cabeças dos seminaristas enraivecidos começaram a aparecer enquanto mais e mais portas iam se abrindo bruscamente. Ao encontrar o vibrantemente fervoroso Dom Antônio como o réu rezador, suavemente fechavam suas portas e envergonhados retornavam para suas camas.

[…] A qualidade final de Dom Antônio de Castro Mayer que definia seu caráter é a óbvia – sua grande inteligência. Este dom é evidenciado em suas cartas pastorais e em sua vida, mas pode logo de início ser visto numa espécie de símbolo nas fotos do homem naqueles extraordinários óculos que adornavam seus olhos penetrantes. Se alguém fosse fazer uma caricatura do homem, começaria certamente por aqueles óculos. Pouco depois de sua elevação ao trono episcopal de Campos, os óculos apareceram – enormes, pesados, armação tipo concha. Os olhos escuros que brilham com intenso pensamento ficaram ampliados e pareciam colocados como jóias escuras nos sólidos círculos moldurados dos óculos. Eles dominavam sua cabeça e atraiam a atenção em toda fotografia para aqueles sábios olhos e à mente ágil trabalhando por detrás deles.

Dom AntonioNa medida em que chegava a idade, o bispo e já pequeno homem começou a diminuir fisicamente, encolhendo em tamanho enquanto seu espírito crescia, e os óculos, por serem os mesmos, tornavam-se cada vez mais salientes. Pareciam se tornar gigantes. Ao fim de sua vida, quando os anos e as provações por defender a Fé e a Igreja de Cristo cobraram seu preço total e reduziram a forma física de Dom Antônio novamente ao tamanho diminutivo de um garoto, os óculos tomavam muito do espaço na menor tela da face e servia como prismas escuros radiando a inteligência para fora em fluxos de sábias luzes. No fim ele era uma “sábia criança”, um prodígio idoso para a época.

Padre Possidente, que cuidou do bispo até o fim, conta de sua recuperação de consciência exatos quarenta minutos antes de sua morte. Embora seu corpo estivesse reduzido ao desamparo, embora ele pudesse respirar com muita dificuldade, e embora a fala agora fosse algo do passado, “seus olhos estavam completamente vivos”. Eles cintilavam com “a verdadeira luz que ilumina todo homem e que veio a este mundo”, a luz que este bispo “conheceu”, “recebeu” e “intensificou”. Brilhavam com a “verdadeira luz” que não pode se apagar.

The Mouth of the Lion: Bishop Antonio de Castro Mayer and the last Catholic Diocese. Dr. David Allen White, Angelus Press, 1993 – pág. 51 a 57

Leia as postagens anteriores da série sobre o Leão de Campos.

O exegeta católico estará atento a captar a Palavra de Deus no interior da própria fé da Igreja: Bento XVI à Pontifícia Comissão Bíblica, sobre “inspiração e verdade da Bíblia”.

Link para o originalRecebendo ao meio dia os participantes na assembleia anual da Pontifícia Comissão Bíblica, Bento XVI pronunciou um circunstanciado discurso sobre o tema – “muito importante” – desta plenária: “a inspiração e a verdade da Bíblia”.

“Trata-se de um tema que diz respeito não apenas ao crente, mas à própria Igreja, pois a vida e a missão da Igreja fundamentam-se necessariamente na Palavra de Deus, alma da teologia e ao mesmo tempo inspiradora de toda a existência cristã. O tema que enfrentastes responde, aliás, a uma preocupação que tenho muito particularmente a peito, e isso porque a interpretação da Sagrada Escritura é de importância capital para a fé cristã e para a vida da Igreja”.

Bento XVI recordou os contributos que sobre o tema da “inspiração, verdade e hermenêutica bíblica” deram a seu tempo os Papas Leão XIII e Pio XII, respectivamente com as Encíclicas “Providentissimus Deus” e “Divino afflante Spiritu”. “O forte impulso destes dois Pontífices aos estudos bíblicos encontrou plena confirmação no Concílio Vaticano II”, com a Constituição “Dei Verbum”, que – sublinhou Bento XVI – “ainda hoje ilumina a actividade dos exegetas católicos e convida Pastores e fiéis a alimentarem-se mais assiduamente à mesa da Palavra de Deus”.

Citando abundantemente a Constituição “Dei verbum”, Bento XVI fez notar que o Concílio afirmou, antes de mais que é Deus o autor da Sagrada Escritura, pelo que se deve reconhecer que “os livros da Escritura ensinam firmemente, fielmente e sem erro a verdade que Deus, para nossa salvação, quis que fosse consignada nas sagradas Letras”. Mas por outro lado, logo acrescentou o Papa, “na Sagrada Escritura Deus fala ao homem à maneira humana”. Assim, para uma recta interpretação da Escritura, há que procurar com atenção o que é que os autores sagrados quiseram verdadeiramente afirmar e o que é que aprouve a Deus manifestar com as palavras deles. A Sagrada Escritura, como afirma o Vaticano II, deve “ser lida e interpretada com a ajuda do mesmo Espírito mediante o qual foi escrita”.

Três os “critérios sempre válidos” fornecidos pelo Concílio “para uma interpretação da Sagrada Escritura conforme ao Espírito que a inspirou – recordou Bento XVI: – antes de mais, “prestar grande atenção ao conteúdo e à unidade de toda a Escritura”; depois, “ler a Sagrada Escritura no contexto da tradição viva de toda a Igreja”; finalmente, atender à chamada “analogia da fé”, ou seja, “a coesão de cada uma das verdades da fé, entre si, e com o plano global da Revelação e a plenitude da economia divina nela contida”.

“A tarefa dos investigadores que estudam com diversos métodos a Sagrada Escritura – sublinhou depois o Papa – é contribuírem, segundo esses princípios, para uma mais profunda inteligência e exposição do sentido da Sagrada Escritura”.

“Não basta o estudo científico dos textos sagrados. Para respeitar a coerência da fé da Igreja, o exegeta católico deve estar atento a captar a Palavra de Deus nesses textos, no interior da própria fé da Igreja.”

“Se faltar este imprescindível ponto de referência (insistiu o Papa), fica incompleta a investigação exegética, perdendo de vista a sua finalidade principal, com o perigo de se tornar mesmo numa espécie de exercício intelectual”.

“A interpretação das Sagradas Escrituras não pode ser apenas um esforço científico individual, mas deve ser sempre confrontada, inserida e autenticada com a tradição viva da Igreja. Esta norma é decisiva para especificar a correcta relação recíproca entre a exegese e o Magistério da Igreja. O exegeta católico não alimenta a ilusão individualista de (pensar) que fora da comunidade dos crentes se possa compreender melhor os textos bíblicos”.

Na verdade, “os textos inspirados por Deus foram confiados à comunidade dos crentes, à Igreja de Cristo, para alimentar a fé e guiar a vida de caridade. O respeito desta finalidade condiciona a validade e eficácia da hermenêutica bíblica”.

“Ser fiel à Igreja significa colocar-se na corrente da grande Tradição que, sob a guia do Magistério, reconheceu os escritos canónicos como palavra dirigida por Deus ao seu povo e nunca cessou de os meditar e de descobrir neles as suas inexauríveis riquezas. O Concílio Vaticano II reafirmou-se com grande clareza: Tudo o que diz respeito ao modo de intrepretar a Escritura está sujeito, em última instância, ao juízo da Igreja, que tem o mandato divino e o ministério de conservar e interpretar a Palavra de Deus”.

O Espírito Santo que não abandona a Igreja: Cardeal Zen se dedicará aos tradicionalistas e os indícios do programa a ser implantado pelo novo Prefeito do Culto Divino.

Cardeal Joseph Zen Zekiun

Uma decisão significativa: Um Cardeal da Igreja Romana preferiu celebrar a sua última missa como Arcebispo em exercício no Rito Antigo.

(kreuz.net) Conforme noticiado no sítio francês ‘paixliturgique.org’, o Cardeal Joseph Zen Zekiun (77) de Hong Kong celebrou a sua última  Missa como Arcebispo de Hong Kong no Rito Antigo.

Em 15 de abril o Papa Bento XVI aceitou a resignação do Arcebispo. A missa ocorreu no mesmo dia.

Com o seu gesto, o Cardeal quis expressar o seu apego ao rito de sua ordenação presbiteral. O Cardeal Zen foi ordenado em fevereiro de 1961 pela Ordem Salesiana.

Já em maio de 2006, logo após a sua elevação ao cardinalato, ele celebrou uma missa pública no rito antigo e uma outra antes da publicação do Motu Proprio ‘Summorum Pontificum’.

O Cardeal Zen é membro da Congregação para o Culto Divino.

Ele esclareceu aos jornalistas que no futuro gostaria de dedicar uma parte de seu tempo aos tradicionalistas.

Cardeal Zen.Com a celebração da missa no Rito Antigo ele quis ressaltar e enfatizar publicamente o significado dessa forma litúrgica, cuja honra o Vaticano deseja ver restaurada nas dioceses.

Na China fundamentalistas conciliares radicais não estão em condição de erradicar a Missa Antiga em razão das circunstâncias políticas.

Portanto, inúmeros fiéis chineses permaneceram vinculados ao rito católico original. Cerca de dez por cento das missas no Reino do Meio ainda são celebradas no Rito Antigo.

Na Catedral de Pequim a Missa Antiga é celebrada diariamente.

Voltam as mesas de comunhão.

O novo Prefeito para a Congregação do Culto Divino defende ativamente a Comunhão na boca e a Missa Tridentina. Seu bom exemplo já produz imitadores.

Cardeal Cañizares em missa celebrada na última terça-feira na Basílica de São João de Latrão, em Roma.
Cardeal Cañizares em missa celebrada na última terça-feira na Basílica de São João de Latrão.

(kreuz.net, Toledo) Os fiéis devem receber a Sagrada Comunhão de joelhos e na boca, conforme esclareceu o Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Antonio Cañizares, durante a Missa de Quinta-Feira Santa em Toledo. A esse respeito informou o sítio ‘The New Liturgical Movement’.

O Cardeal Cañizares ainda é o Administrador Apostólico de sua antiga arquidiocese.

O Príncipe da Igreja fez o que prometeu. Na Semana Santa ele reativou a mesa da comunhão na Catedral de Toledo.

Estabelecer sinais e entender a liturgia

Em uma recente entrevista para o jornal espanhol ‘ABC’, o Cardeal Cañizares esclareceu que ajoelhar-se significa demonstrar reverência por Deus.

O ajoelhar-se seria um sinal. O homem se prostra perante Aquele que o ama até o fim.

Não se trata de introduzir uma alteração apenas pelo gosto da alteração. É preciso buscar o sentido das formas religiosas e vencer o secularismo em nosso mundo.

No ano que vem a Congregação para o Culto Divino conduzirá uma ação em larga escala para a formação litúrgica.

Sem medo de contato com a Tradição

Terça-feira, o Cardeal Cañizares celebrou uma Missa Solene no Rito Antigo na Basílica de São João de Latrão, em Roma.

A Missa foi organizada pela congregação dos Franciscanos da Imaculada, que adota os dois ritos.

Outras catedrais espanholas introduzem a mesa da comunhão

Segundo informações do movimento leigo tradicionalista internacional ‘Una Voce’, recentemente, duas outras catedrais espanholas introduziram mesas de comunhão. Trata-se da catedral de Málaga no sul da Espanha e da catedral da diocese militar em Madrid.

Tradução livre de T.M. Freixinho

Cardeal Cañizares celebra Missa Tridentina na Basílica de São João de Latrão.

Missa em Roma, cardeal Cañizares.Conforme nos informa o prestigioso Rorate Caeli, e conforme havíamos anunciado anteriormente, o Prefeito da Congregação para o Culto Divino, Cardeal Cañizares Llovera, celebrou uma Missa na Forma Extraordinária do Rito Romano ontem pela manhã, aniversário da Cidade de Roma, em sua Catedral (Basílica do Santíssimo Salvador, ou dos Santos João Batista e João Evangelista em Latrão). Que grande encorajamento nos dá esse augusto prelado para que continuemos nossa luta pela completa liberação da Missa de Sempre!

Hoje, o Boletim da Sala de Imprensa da Santa Sé informa a nomeação de dois consultores para a Congregação para o Culto Divino: Mons. Juan Miguel Ferrer Grenesche, Vigário da arquidiocese de Toledo, Espanha, ou seja, antigo auxiliar do próprio Cardeal Cañizares em sua arquidiocese de origem, e Mons. Wilhelm Imkamp, reitor do Santuário de Maria Vesperbild na Alemanha. Ambos empenhados no programa litúrgico de Bento XVI e muito favoráveis à Missa Latino-Gregoriana.

Curtas da semana.

Escândalo: Presidente da Conferência Episcopal Alemã nega dogma da Redenção.

Mons. Robert Zollitsch(kreuz.net) Para o Presidente da Conferência Episcopal Alemã, que apostatou da Fé Católica, a crucifixão de Cristo é mais um apoio psicológico no sofrimento.  No Sábado de Aleluia, o Arcebispo de Freiburg e Presidente da Conferência Episcopal Alemã, Mons. Robert Zollitsch, negou a morte expiatória de Cristo.  O Arcebispo Zollitsch fez essa afirmação em uma entrevista com Meinhard Schmidt-Degenhard para o programa “Horizente” do Canal de TV alemão ‘Hessischer Rundfunk’. Cristo “não teria morrido por causa dos pecados da humanidade, porque Deus tivesse precisado de uma vítima expiatória, um bode expiatório, por assim dizer”, disse o Arcebispo. O Salvador teria simplesmente se “solidarizado” com o sofrimento das pessoas até a morte. Ele teria mostrado que também o sofrimento e a dor seriam aceitos por Deus. Para Mons. Zollitsch isso significa “essa grande perspectiva, essa solidariedade imensa”, que vai tão longe que ele sofre “junto” comigo. Schmidt-Degenhard dá uma alfinetada: O senhor não diria mais que Deus efetivamente deu seu único Filho porque as pessoas pecaram? Essa expressão não seria mais formulada?” O Arcebispo Zollitsch confirmou a sua apostasia da Fé Católica com um sonoro “Não”: “Ele se envolveu comigo por solidariedade – de livre e espontânea vontade.” Assista a entrevista aqui.

Schola Cantorum Bento XVI seleciona cantores e organistas.

Capela Nossa Senhora de FátimaA Schola Cantorum Bento XVI, responsável pelo canto gregoriano na Missa Tridentina em Jacareí, São Paulo, está recrutando novos interessados em fazer parte do coral. Os ensaios são realizados todos os sábados, às 9 da manhã, na Igreja Matriz Imaculada Conceição, em Jacareí. Informações pelo e-mail ou no blog da schola.

Vaticano investiga liderança de religiosas nos Estados Unidos.

“A Congregação do Vaticano para a Doutrina da Fé iniciou uma investigação doutrinal da maior organização de lideranças de religiosas dos Estados Unidos, a Conferência de Lideranças de Mulheres Religiosas.  O Vaticano já anunciara um estudo separado em dezembro passado para avaliar a “qualidade de vida” nas comunidades apostólicas para religiosas por todo os Estados Unidos. A congregação do Vaticano informou aos representantes da conferência de lideranças de sua nova “avaliação doutrinal” numa carta de 20 de fevereiro, que os representantes receberam em 10 de março. A carta veio do Cardeal William Joseph Levada, o prefeito da congregação. Nela, Levada explicou que a congregação está realizando sua “avaliação” da conferência de lideranças femininas depois de preocupações doutrinárias iniciais do Vaticano terem sido expressas em 2001″. Leia a íntegra em National Catholic Reporter.

Auditório ou templo protestante?

Nova igreja do pe. Marcelo Rossi.“O novo espaço foi projetado pelo arquiteto Ruy Ohtake, que abriu mão da estética convencional dos templos religiosos e abusou das curvas, remetendo à estrutura de uma casa de shows.” Mais detalhes a nova igreja do Pe. Marcelo Rossi aqui.

Último corpo resgatado.

(kreuz.net – Tradução: T.M. Freixinho) Suíça. Conforme informou o periódico suíço ‘Sonntagszeitung’, foi resgatado recentemente o último corpo dos três seminaristas do seminário lefebvrista de Ecône, no cantão suíço de Wallli, mortos durante uma nevasca. Em 11 de fevereiro, uma nevasca surpreendeu quatro seminaristas durante um passeio com calçados de neve nas montanhas de Walliser. Um deles pôde ser libertado da massa de neve, dois foram arrancados de um lago congelado. O terceiro só agora pôde ser encontrado.

Fixados os termos das discussões doutrinárias entre Roma e a FSSPX.

O Bispo Richard Williamson, um dos quatro bispos da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, informa em seu blog que Dom Bernard Tissier de Mallerais confirmou em Paris que já foram estipulados os termos para as discussões doutrinais a serem conduzidas entre a Fraternidade São Pio X e as autoridades eclesiásticas em Roma.

Segundo Dom Williamson, as negociações que se darão por escrito não se tornarão públicas.

Conforme noticiado no bem-informado Rorate Caeli, Dom Tissier de Mallerais foi um dos quarto membros da comissão informal organizada pela Santa Sé e a FSSPX nas negociações de 1988, (os outros foram os Padre Patrice Laroche, também nomeado pela FSSPX através do Arcebispo Lefebvre, e o Pe. Tarcisio Bertone dentre os demais membros nomeados pela Santa Sé através do Cardeal Ratzinger).

Dom Williamson afirma que, pelo menos, subjetivamente, tanto o Papa quanto a Fraternidade têm boa vontade em relação um ao outro. Entretanto, o bispo crê que, objetivamente, é impossível reconciliar a religião do homem [instaurada pelo Concílio Vaticano II) com a religião de Deus (Tradição).

Oremos! Que o Espírito Santo ilumine e conduza os participantes dessas discussões doutrinárias.

Habemus Papam! Quatros anos de eleição de Bento XVI.

Vídeos do VodPod não estão mais disponíveis.

De novo, fomos consolados quando fizemos a entrada solene no Conclave. Como poderíamos reconhecer o seu nome? Como é que 115 Bispos, provenientes de todas as culturas e de numerosos países, poderiam encontrar aquele a quem o Senhor desejava conferir a missão de ligar e desligar? Mais uma vez, sabíamos: sabíamos que não estávamos sós, sabíamo-nos rodeados, conduzidos e guiados pelos amigos de Deus. E agora, neste momento, eu próprio, frágil servo de Deus, devo assumir esta tarefa inaudita, que ultrapassa verdadeiramente toda a capacidade humana. Como poderei fazê-lo? Vós todos, queridos amigos, acabais de invocar a multidão incontável dos santos, representados por alguns dos grandes nomes da história de Deus com os homens. Desta forma, reaviva-se em mim também esta consciência: não estou só. Não tenho de levar sozinho aquilo que, verdadeiramente, não poderei jamais levar sozinho. A multidão dos santos de Deus protege-me, sustenta-me e conduz-me. E a vossa oração, queridos amigos, a vossa indulgência, o vosso amor, a vossa fé e a vossa esperança acompanham-me.

Sermão para a Missa Solene de Início de Pontificado – 19 de abril de 2005.