Padre Paul Aulagnier, IBP
Traduzido por Marcelo de Souza e Silva
Fonte : Revue Item
A FSSPX, por sua própria vontade e com o consentimento de Bento XVI, dará início, sem mais tardar, a discussões doutrinais com as autoridades romanas sobre o Concílio Vaticano II e, mais particularmente, sobre o problema da liberdade religiosa após o mesmo concílio, sobre o ecumenismo, sobre o diálogo interreligioso e sobre a reforma litúrgica, principalmente sobre a reforma da Santa Missa. O objetivo desses «colóquios necessários», como o diz o Cardeal Rè em seu decreto de levantamento das excomunhões, será «aprofundar todas as questões que permanecem em aberto» a fim de que «se possa chegar rapidamente a uma plena e satisfatória solução do problema que se pôs no início».
Para abordar convenientemente tais colóquios, as autoridades da FSSPX deverão trabalhar ativamente – sem dúvida elas já o fazem – e penderem com convicção para o pensamento de Dom Lefèbvre.
Na missa de minha paróquia, o padre fala sobre “o sacrifício oferecido a Deus Pai”, logo após o momento em que os fiéis depositam dinheiro numa urna.
Passar disso para achar que o sacrifício é o dinheiro doado à Igreja não deve ser difícil.
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Só uma pequena correção: onde se diz Bula Auctorem Fidei, ela foi escrita pelo Papa Pio VI em 1794… No texto está “Pio V”.
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É um dilema: prolongar as conversações por tempo indeterminado, correndo o risco que as novas gerações de bispos estejam totalmente corrompidas na fé sacrifical da Missa, ou apressar a reunificação em nome da praticidade?
Se temos por um lado esse texto do padre Aulagnier, na mão oposta temos um texto do padre Calderón (muito bom, por sinal) pregando que a propagação da Missa Tradicional deve acontecer na mesma intensidade que o combate contra a missa nova… Reforma da reforma não interessa: teria que ser a restauração da Missa de Sempre, e a condenação da Missa Nova…
A quem dar ouvidos? Como cobrir um lado e não descobrir o outro? Será possivel arranjar uma resposta que sintetize os dois extremos?
Realmente, em tudo isso há de se redobrar nas orações, e o combate contra os erros não pode arrefecer, já não devemos mais nos dar ao luxo de retrocessos… Urge que os inimigos da Curia e os episcopados mais revolucionários sejam neutralizados, para se iniciar uma restauração!
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Bruno,
em seu questionamento, ouso considerar uma “terceira” hipótese: Propagando a Missa Tradicional pelo mundo, ela irá sobrenaturalmente obscurecer a popularidade do rito novo, fazendo com que a missa de Paulo VI se extingua por si mesma sem intervenção humana.
Leia (ou releia) as profecias de D. Bosco. Atente para o episódio em que os navios inimigos se atacam mutuamente à medida enm que a Barca de Pedro retorna para as duas colunas.
Bastante revelador!
Salve Maria
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É tão complicado… Há sempre o risco de se cair num simplismo, se considerarmos que a Missa em si renovaria tudo.
Pois há pouco mais de 40 anos, foi num ambiente onde só se rezava a Missa de Sempre que apareceu o Novus Ordo…
Aliás, hoje mesmo existem os que admitem que o rito novo fica a desejar… Mas muitos desses apostam numa maquiagem, ou num simples convívio dos dois ritos, como se o Antropocentrismo pudesse conviver com o Teocentrismo…
Há pouco tempo eu li uma entrevista com o cardeal Barbarin, de Lyon. Ele citou a tomada da Igreja de Saint Nicholas du Chardonnet pelos tradicionalistas, mas citou também que muitos paroquianos (claro, se investigarmos, veremos que não eram tantos assim) se puseram a favor da reforma litúrgica, contra a Tradição.
Ora, tudo isso aconteceu em meados da década de 70, quando a reforma litúrgica ainda era uma novidade. Mas naquele período a Missa Tradicional era bem mais familiar… E já haviam leigos contrários… O que diríamos agora, quando bem menos pessoas tiveram acesso à doutrina católica, e ao próprio rito tradicional?
Me parece que realmente, a propagação da Missa Tradicional é caso para urgência, e também os ajustes nesses 40 anos de revolução litúrgica e doutrinária (e não tenho em mente a “reforma da reforma”, pois em última análise não me parece ir ao cerne da questão, mas um paliativo para frear os excessos).
D. Lefevbre, quando ainda vivo dizia que bastava liberdade ao rito tradicional, e o rito novo desapareceria por si mesmo. Mas hoje estamos ainda mais afastados daqueles tempos… Se acontecer assim, e a propagação da Missa causar a derrocada do rito novo, será um triunfo, realmente…
Sem descartar a ação da Graça, por outro lado soa, racionalmente falando, uma possibilidade meio onírica…
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Prezados leitores, peço a gentileza de, em seus comentários, se aterem ao assunto do post. Assim evitamos desviar o foco dos debates. Certo da compreensão de todos.
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existe um mito de que o CVII é infalivel e indiscutivel,ja esta na hora de o clero CAIR NA REAL!!e admitir que o concílio vaticano II cometeu erros e precipitações que precisão ser corrigidas.
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Não era o IBP que “Não” possuía direito estatutário de analisar criticamente o CVII? Como deve estar a cabeça daqueles que dizem isso?
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“A FSSPX está novamente, como Dom Lefèbvre, diante da Congregação para a
Doutrina da Fé para discussões doutrinais cujo objeto é o mesmo: dar esclarecimento sobre
os pontos doutrinais. A finalidade é a mesma: regularizar uma situação canônica.”
Ora, o fim das discussões não é uma regularização canônica. Se assim fosse, já teria conseguido o começo desse ano mesmo, situaçõa oferecida pelo próprio D. Hoyos.
A finalidade nõa é outra senão a recondução da barca de Pedro às águas da Santa Tradição.
PAX
fausto
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Deus te ouça, Fabio Fausto!
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