O Cardeal Christoph Schönborn, de Viena, esteve em Medjugorje na semana passada, em uma visita ao local onde a Virgem Maria supostamente tem aparecido regularmente desde 1981. O Cardeal se encontrou com alguns dos “videntes” que afirmam receber mensagens regulares da Virgem, e celebrou Missa na paróquia de Medjugorje.
O Cardeal austríaco foi cauteloso ao enfatizar que está fazendo uma visita “privada”, não endossando a autenticidade das aparições relatadas nem violando a política oficial da Igreja, que desencoraja peregrinações à Medjugorje. Contudo, a visita do Cardeal Schönborn foi vista pelos apoiadores dos “videntes” de Medjugorje como um endosso tácito — particularmente, quando o Cardeal disse que é impossível negar os “bons frutos” do fenômeno Medjugorje e observou que alguns eventos desafiam a explicação natural.
Entretanto, é possível fazer uma interpretação completamente diferente da visita do cardeal. O Cardeal Schönborn é membro da Congregação para a Doutrina da Fé, que, segundo consta, está estudando o fenômeno Medjugorje, e pode estar colhendo informações para ajudar a formar uma posição definitiva do Vaticano relativamente às aparições relatadas. O Cardeal Schönborn tem uma influência inquestionável no Vaticano; ele é um ex-aluno e um associado próximo do Papa Bento, que dirigiu a comissão editorial que preparou o Catecismo da Igreja Católica.
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Bispo de Medjugorje lamenta visita de Cardeal austríaco – 04 de janeiro de 2010
O bispo da diocese local de Mostar-Duvno publicou uma declaração expressando preocupação com relação às declarações feitas pelo Cardeal Christoph Schönborn durante uma visita a Medjugorje na semana passada, enfatizando que a visita do cardeal “não implica em qualquer reconhecimento da autenticidade das ‘aparições’ relacionadas à Medjugorje”.
Dom Ratko Peric — que repetidamente advertiu contra os perigos do “fenômeno Medjugorje” e energicamente rechaçou confiança nas supostas aparições — lamentou que a visita do Cardeal Schönborn tenha causado novos problemas pastorais para sua diocese. Citando uma lista de conflitos e irregularidade levantadas pelas atividades dos supostos videntes e seus apoiadores, Dom Peric expressou “pesar” pelo fato de que a aparição do cardeal austríaco tenha proporcionado nova credibilidade às suas reivindicações.
Numa entrevista divulgada pelo departamento de imprensa da arquidiocese de Viena, o Cardeal Schönborn apontou que nunca se referiu diretamente à autenticidade das alegadas aparições, deixando esta questão aberta durante sua visita “privada” a Medjugorje. Ele disse que aguardaria o julgamento da Igreja universal, e enquanto isso respeitaria a prudência dos pedidos de cuidado lançados pelos bispos da região.
Cardeal Schönborn disse que em suas observações públicas enfatizou a necessidade de entrelaçar o “fenômeno Medjugorje” na vida normal da Igreja local. Disse que o vigor espiritual que viu na cidade não era devido a nenhum evento isolado, mas ao uso regular dos sacramentos e à oração intensa.
Contudo, o Cardeal austríaco repetiu sua observação de que “bons frutos” foram produzidos pelo fenônemo Medjugorje; citou em particular uma casa para recuperação de dependentes químicos. Cardeal Schönborn também notou que as alegadas aparições da Virgem Maria em Medjugorje obedece ao padrão de outras aparições aprovadas pela Igreja, tais como Lourdes e Fátima, onde a Santíssima Virgem fez sua aparição num país empobrecido, a jovens simples, e comunicou uma clara mensagem encorajando a oração e a devoção ao Evangelho.
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Segundo Pierfrancesco De Robertis, o primaz da Bósnia e Herzegovina, Cardeal Vinko Puljic, teria declarado que uma nova orientação do Vaticano sobre Medjugorje deve ser publicada nas próximas semanas. O único pronunciamento oficial feito sobre tais aparições é a “Declaração de Zara“, de 1991, em que a conferência episcopal do país afirma: “com base no que foi investigado até agora, não se pode afirmar que estamos lidando com aparições e revelações sobrenaturais”. No ano passado, Dom Ratko Peric proibiu formalmente a qualquer sacerdote proveniente do exterior de dar retiros ou conferências sem a aprovação da cúria local.
Mais informações sobre Medjugorje aqui.
Primeiramente, é lamentável que esse cardeal faça parte da Congregação para a Doutrina da Fé. Justamente ele, um sem fé. Um declarado anti-cristão.
Em segundo lugar, a opinião pessoal dele sobre Medjugorge é irrelevante e dispensável. Impossível comparar Medjugorge (que é um fenômeno manipulado pela cobiça humana, pela mídia tendenciosa, pela desobediência às autoridades da Igreja, pelos escândalos que tem produzido) com aparições verdadeiramente celestiais que foram Lourdes e Fátima, a começar pela credibilidade dos mensageiros da Ssma. Virgem: Santa Bernadette Soubirous e os três pastorinhos. Todos viveram e morreram pobres, muito pobres. Ao contrário dos “videntes” de Medjugorge que estão com suas vidas financeiramente confortáveis. São estes muito desapegados…dos bens celestiais, lógico!
Medjugorge é muito ecumênica e heterodoxa para o meu gosto.
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Por favor, link para o nosso blog. É a partir da Irlanda. É para a liturgia tradicional e católicos que são leais ao Papa.
http://www.catholicheritage.blogspot.com
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Essa tendência ecumênica é bem visível em Medjugorie. Outros pontos a considerar: a) os fenômenos astronômicos que ocorrem em Medjugorie (refiro-me a movimentos e colorações do sol) só são vistos por alguns, ao contrário de Fátima, onde o sol foi visto rodopiar por todos que estavam no local, independentemente de serem católicos praticantes ou não, e noticiado pela imprensa secular. Os jornais da Bósnia Herzegóvna não emitiram uma só nota sobre quaisquer fenômenos solares, o que é de se estranhar, visto que os jornais querem mais é vender.
O outro ponto é que todas as peregrinações organizadas são de propriedade de grupos da RCC. Não há caravanas organizadas por grupos conservadores.
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parece-me que o Cardeal Arcebispo de Viena por vezes não está no mundo; ou melhor, a sua inteligência o leva a assumir fatos como demonstração de realidades e não têm nada com isso.
Diz o Cardeal que “os bons frutos” de Medjugorie são, por exemplo, a criação de uma casa para a recuperação de toxicómanos. Ainda bem que isso de deu, mas se isso é um “bom fruto”, teremos de canonizat o comunismo que criou também “muitos bons frutos”.
O Cardeal conhecerá o cap, 13 da 1ª Epístola aos Coríntios? Especialmente os três primeiros versículos?
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Muitos inimigos de Medjugojre levantam-se contra, mas eis uma grande resposta, a presença do Emmo. Dr. Cardeal Schonborn em Medjugorje.
Para o vosso conhecimento, segue dois vídeos de tradução simultânea da:
Entrevista EXCLUSIVA ao Emmo. Sr. Dr. Cardeal Schönborn, feita por Paolo Brosio, transmitida no Canal 5 TV italiana, dia 12/01/2010, tradução feita por Pe. Mateus Maria, e masterização feita por Izabel Sobczak.
http://pt.gloria.tv/?media=46036
Catequese da Divina Misericórdia, do Emmo. Dr. Cardeal Schönborn em Medjugorje, no dia 30/12/2009, as 15:00hs, sobre a Divina Misericórdia. Vídeo remasterizado traduzido diretamente do italiano para o português, pelo Pe. Mateus Maria, e editado com a ajuda de Izabel Sobczak
http://pt.gloria.tv/?media=44665
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Para Schonborn serve aquela famosa expressão: “façam o que eu digo, mas não façam o que eu faço…”
Sinceramente, as palavras dele não refletem o que ele pensa ou faz e que está em contradição com a Fé Católica. Os atos e palavras dele em outras ocasiões mostram bem quem é, de fato, o Cardeal Schonborn. Medjugorje, certamente, merecia um defensor mais ortodoxo…
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Pe. Mateus, salve Maria!!!
Sua benção.
Padre, antes do entusiasmo, teria de vir a prudência.
Não se pode proclamar, no clamor dos acontecimentos, a veracidade de uma aparição quando tantas dúvidas e tantos questionamentos se colocam – ainda mais com tantas estranhezas com relação às mensagens…
Ainda há que se salientar que a “aprovação popular” de uma pretensa aparição não é endosso suficiente para atestar sua idoneidade.
O tal “Sensus Fidei” do “Povo de Deus” nunca foi, não é e nunca será o munus que guiará a Igreja na Sua conduta canônica; ainda mais que esta autoridade é da à Hierarquia, e somente à Ela.
Esta inversão de poder é o “giro democrático” que uma parcela liberal da Hierarquia quis impor, pela via “popular”, quando de sua auto-demissão de suas funções de guiamento, já que “a voz do Povo é a voz de Deus”. E, portanto, não se trata de guiamento nenhum, mas “propostas” sem vinculo com a fé, isto é, falhíveis e reformáveis.
Isso só foi possível pela infiltração do pensamento modernista no seio da Igreja – aquela mesma “fumaça de Satanás” que Paulo VI percebeu ao final de seu pontificado.
Com estima e carinho filial; MMLP.
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