Colombo (Sri Lanka), Dom Ranjith declara guerra aos desvios litúrgicos dos Neocatecumenais [e dos Carismáticos] : “Vetados os cantos e danças durante a missa, obrigatória a comunhão de joelhos”
CIDADE DO VATICANO (Petrus) – Dom Malcolm Ranjith é alguém que entende de Liturgia. Foi, de fato, Secretário da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos antes de Bento XVI nomeá-lo, no ano passado, arcebispo de Colombo, no Sri Lanka. O Papa confia muito nele, a tal ponto que deve criá-lo Cardeal no próximo consistório. Dom Ranjith (na foto) se tornou muito admirado nos seus anos de serviço no Vaticano pela nobre defesa da gloriosa tradição litúrgica da Igreja, uma batalha que retomou energicamente em sua nova diocese, proibindo extravagância e improvisações durante a celebração da Eucaristia e “recomendando” a administração da Comunhão apenas sobre a língua e aos fiéis ajoelhados, como já é o caso durante a missa presidida pelo Pontífice. Mas aqui está o texto completo, rico em muitíssimos elementos, enviado pelo arcebispo de Colombo a seus sacerdotes e fiéis, com particular referência àqueles pertencentes aos movimentos (entre os quais recai seguramente o Caminho Neocatecumenal, mas Dom Ranjith não o cita explicitamente) que, habitualmente, se aproximam da Eucaristia de um modo diferente do estabelecido pela Igreja ou participam da missa com cantos e danças em torno do altar, permitindo, contudo, a pregação por leigos durante a celebração:
“Queridos irmãos e irmãs,
Recentemente, algumas pessoas e movimentos católicos de renovação desenvolveram muitos exercícios para-litúrgicos não previstos pelo calendário paroquial ordinário. Apreciando as numerosas conversões, o valor do testemunho, o entusiasmo renovado pela oração, a participação dinâmica e a sede da Palavra de Deus, como bispo diocesano e administrador geral dos mistérios de Deus na igreja local a mim confiada, sou o moderador, o promotor e o guardião da vida litúrgica da arquidiocese de Colombo. Como tal, vos convido a refletir sobre os aspectos litúrgicos e eclesiológicos relacionados a esta nova situação e vos peço insistentemente que respeiteis as diretrizes enunciadas na presente circular de efeito imediato. A Eucaristia é a celebração do mistério pascal por excelência dado à Igreja pelo próprio Jesus Cristo. Jesus Cristo é o princípio de toda liturgia na Igreja e por esta razão toda liturgia é essencialmente de origem divina. Ela é o exercício da Sua função sacerdotal e, portanto, não é certamente um simples empreendimento humano ou uma inovação piedosa. Na verdade, é incorreto definí-la uma simples celebração da vida. É muito mais do que isso. É a fonte e o ápice do qual todas as graças divinas enchem a igreja. Este sagrado mistério foi confiado aos apóstolos pelo Senhor e a Igreja cuidadosamente preservou a celebração ao longo dos séculos, dando vida à tradição sagrada e a uma teologia que não cedem à interpretação individual ou privada. Nenhum padre, conseqüentemente, diocesano ou religioso que seja, proveniente de uma outra arquidiocese ou mesmo do exterior, está autorizado a modificar, adicionar ou suprimir qualquer coisa no rito sagrado da missa. Não se trata de uma novidade, mas de uma decisão tomada em 1963 pela Constituição “Sacrosanctum Concilium” (22, 3), a Constituição Dogmática sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II, posteriormente reiterada várias vezes em documentos como “Sacramentum Caritatis”, de Sua Santidade Bento XVI, e “Ecclesia de Eucharistia” do Papa João Paulo II, de venerada memória. A este respeito, convém mencionar explicitamente alguns elementos: os sacerdotes não estão autorizados a modificar ou improvisar a Oração Eucarística ou outras orações imutáveis da Missa — mesmo quando se trata de dar detalhes sobre um elemento já presente — cantando respostas ou explicações diferentes. Devemos compreender que a liturgia da Igreja é estreitamente ligada à sua fé e sua tradição: “Lex orandi, lex credendi”, a regra da oração é a regra de fé! A liturgia nos foi dada somente pelo Senhor, ninguém mais, portanto, tem o direito de mudá-la; as manifestações do tipo “Praise and Worship” (literalmente “louvor e adoração”, mas aqui diz respeito a uma corrente musical de estilo gospel, NdT) não são permitidos no rito da Missa. A música desordenada e ensurdecedora, as palmas, os longos discursos e os gestos que perturbam a sobriedade da celebração não são autorizados. É muito importante que compreendamos a sensibilidade cultural e religiosa do povo do Sri Lanka. A maioria dos nossos compatriotas são budistas e por este motivo estão habituados a um culto profundamente sóbrio; por sua vez, nem os muçulmanos nem os hindus criam agitação em sua oração. Em nosso país, além do mais, há uma forte oposição às seitas cristãs fundamentalistas e nós, como católicos, nos esforçamos para fazer compreender que os católicos são diferentes dessas seitas. Alguns destes chamados exercícios de louvor e adoração se assemelham mais aos exercícios religiosos fundamentalistas que a um culto católico romano. Que seja permitido respeitar a nossa diversidade cultural e a nossa sensibilidade; a Palavra de Deus prescrita não pode ser alterada aleatoriamente e o Salmo responsorial deve ser cantado e não substituído por cantos de meditação. A dimensão contemplativa da Palavra de Deus é de suma importância. Em alguns serviços para-litúrgicos as pessoas hoje têm a tendência a se tornar extremamente faladoras e tagarelas. Deus fala e nós devemos escutá-Lo; para ouvir bem, o silêncio e a meditação são mais necessários que a exuberância cacofônica; os sacerdotes devem pregar a Palavra de Deus sobre os mistérios litúrgicos celebrados. É expressamente proibido aos leigos pregar durante as celebrações litúrgicas; a Santíssima Eucaristia deve ser administrada com extremo cuidado e máximo respeito, e exclusivamente por aqueles autorizados a fazê-lo. Todos os ministros, ordinários e extraordinários, devem estar revestidos dos ornamentos litúrgicos apropriados. Recomendo a todos os fiéis, inclusive religiosos, receber a comunhão com reverência, de joelhos e na boca. A prática da auto-comunhão é proibida e pediria humildemente a cada sacerdote que a permite que suspendesse imediatamente esta prática; todos os sacerdotes devem seguir o rito da missa como determinado, de modo a não dar espaço a comparações ou opor as Missas celebradas por alguns sacerdotes às outras Missas ditas pelo resto dos sacerdotes; as bênçãos litúrgicas são reservadas exclusivamente aos ministros da liturgia: bispos, sacerdotes e diáconos. Todos podem rezar uns pelos outros. Recomenda-se insistentemente, entretanto, não usar gestos que podem provocar fantasias, confusões ou uma interpretação errônea”.
Deo gratias. Finalmente!
A mão já apareceu no banquete dos carismáticos e está escrevendo na parede três palavras…
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O papa Bento XVI, , deveria escrever uma carta a todos os bispos determinando o que este bispo fez em sua diocese. Determinar mesmo e ate mesmo fiscalizar como estão sendo celebradas as missas aqui no Brasil.
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O Papa quer fazer dele um cardeal. E eu rezo para que Deus o faça dele o próximo sucessor de Pedro.
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Quando alguém vai tomar essas providências aqui no Brasil? E quanto à Canção Nova e seus hipócritas?
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Finalmente temos um comentário do homem-sem-medo, digo: Semedo!!!!!!!
Bem vindo, meu caro amigo!!!
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“para ouvir bem, o silêncio e a meditação são mais necessários que a exuberância cacofônica”
Nunca pensei que eu fosse viver para ouvir isto de um sucessor dos apóstolos em pleno século XXI.
Obrigado, Fratres in Unum por me trazer boas notícias nestes tempos de desencanto.
Lepanto, tua glória ressurgirá!
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Alguém tem idéia se a Tradição já tem maioria entre os Cardeais votantes? Se é que é possível atinar sobre isso.
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Deo Gratias!!!
Acredito que o exemplo dele de zelo pela Litugia animará outros Bispos a imitá-lo. Que Bento XVI faça dele cardeal. Os abusos na liturgia já foram longe demais e tenho fé que o Espírito Santo está animando Bispos a combaterem esses erros.
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Prezado Kiko, acredito que entre os atuais cardeais não tenha muitos tradicionais, possa ser que eu esteja enganado, mais estou convençido que Bento XVI escolherá para cardeais aqueles Bispos mais Tradicionais.
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Esse pessoal da RC”C” na verdade são protentantes pentecostais disfarçados de católicos, muitos nem sabem disso. Vejam o que acontenceu: eu estava conversando com um carismático um dia desse e explicava as diferenças teológicas entre a missa de São Pio V com a missa festiva de Paulo VI e ele olhou para mim e disse : Voce tão novo e gosta de missa velha e ultrapassada? Pasmem!!
Todos esses carismáticos e esses movimentos pentecostais estão repletos de pensamentos protestantes. Talves seja essa a razão de tantos abusos na liturgia nova. Ela nasceu de esforços protestantes.
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Caros, Salve Maria!
Uma das maiores diferenças e o que dá um grande contraste entre a Missa Tridentina e a de Paulo VI, é que, aquele, segundo o Rito de S. Pio V, dá a devida honra e glória a Deus Nosso Senhor, dando-O o lugar de destaque e todas as atenções, deixando assim, aos fiéis, o dever de, seguindo o Rito, renunciar-se a si mesmo naquele momento sublime que é o Santo Sacrifício para exaltar Aquele que é merecedor de toda a honra glória, enquanto que no novo rito, de Paulo VI, os papéis se invertem. Deus fica omitido e quase escondido durante a celebração, e, no centro das atenções estão o padre que é o “presidente” da celebração e os fiéis que para se satifazerem e a seus egos, sobem no altar para fazerem leituras e salmos, quando não estão enterrados em meio a uma infinidade de instrumentos musicais como as baterias e baixos que, com seus estridentes sons, ensurdecem e fazem dos presentes sua platéia, onde, estão para curtir a banda e não para honrar e glorificar Nosso Senhor Jesus Cristo que fica num Sacrário muitas vezes bem escondido, esquecido e solitário.
Eis uma das maiores diferenças entre os dois ritos, enquanto num, Deus, o Criador, é o centro, no outro o centro é o homem, a criatura. E é também por este motivo que muita gente não se satisfaz com a Santa Missa Tridentina, porque, estão acostumadas a serem o centro das atenções e não aceitam jamais serem postas em segundo plano, ainda que no primeiro esteja Deus. É o egocentrismo, o amor prórpio, que está levando cada vez almas para o inferno.
Rezemos pelas almas do purgatório e por toda a Santa Igreja, particularmente pelo Santo Padre, o Papa.
Viva D. Ranjith, fiél escudeiro de Cristo!
In Cordibus Iesu et Mariae, semper!
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Christiano obrigado pela resposta.. Sobre a protestantização dos catolicos e RCC um fato que está acontecendo tbm nesta esteira é a perda da fé dos católicos na crença da Comunhão dos Santos. A coisa tá muito feia para o nosso lado.
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Feliz da diocese que tem um Bispo como este.
Quero ver se a Canção Nova vai comentar/divulgar essa notícia…
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Caro Ferreti,
Viva Cristo Rei! Salve Maria!
Traduz pra gente, por favor, o ùltimo texto do Abade de Cacqueray:
“Evêques : gardiens de la Foi ou protecteurs prosélytes des autres cultes ?”
http://www.laportelatine.org/district/france/bo/felons/eveqfelons.php
Fique com Deus.
Abraço
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Prezado Gederson,
o “Abbé” de cacqueray, na verdade se traduz como padre secular.
Na França, “abbé” significa padre secular
Se o padre for de ordem religiosa, é chamdo de père.
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“mistério pascal”? essa expressão é nova. Nem nos documentos antigos da Igreja, nem nos livros dos nossos santos doutores eu encontro essa expressão. Sempre acreditei que a eucaristia é a renovação do sacrificio da cruz, realizada de modo incruento, porém sendo substancialmente o sacrificio do altar o mesmo do da cruz. Seria muito mais fácil repetir essa fórmula do ensinamento tradicional para fazer com que as pessoas compreendam a monstruosidade de seus abusos liturgicos do que ficar dizendo que a eucaristia é a celebração do misterio pascal, que não tem penetração nenhuma de fiéis leigos.
Mas como toda a linguagem pós conciliar foi modificada, atenuado o significado real daquilo que devemos crer…
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Isso deveria ser um exemplo aqui no Brasil que só existe na Administração Apóstolica São João Maria Vianney em Campos e nas Igrejas onde são celebradas as Missas Tridentinas no Brasil.
Deveria ser a regra e não a exceção.
Rezemos por nossos Bispos.
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Caro Alexandre, concordo com voce D.Ranjit seria uma otima opção para futuramente suceder a Bento XVI, é um homem que defende a doutrina católica sem meio termos.Que o espirito Santo o proteja.
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Considerando o que já soube de Bento XVI, a assunção de D. Ranjith a cardeal não é mero acaso…. Não duvido nada que o próximo conclave eleja o primeiro Papa indiano da história da Igreja.
Neste momento, não posso deixar de comparar a relação Ranjith/Bento XVI com a relação Montini/João XXIII.
A maçonaria tentou pressionar Pio XII a eleger Montini cardeal preparando o terreno à sua eleição ao Papado. Pio XII não somente resistiu como ainda por cima exonerou Montini do cargo de Secretario de Estado e empossando-o no posto de arcebispo de MIlão. Com a morte de Pio XII e a assunção de João XXIII, o primeiro ato do novo Papa foi elevar Montini a cardeal. Era o que faltava para a Maçonaria conseguir coloca-lo no trono de Pedro sob o nome de Paulo VI.
Hoje vemos Bento XVI na iminência de elevar seu principal ALIADO á condição de cardeal.
A história se repete, mas desta vez para o lado de Verdade.
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Salve Maria!
Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade!
Gostaria de me unir a Dom Ranjith na defesa da Hermenêutica da Continuidade e na correta orientação de seguir e por em prática o que o Magistério da Igreja Católica VERDADEIRAMENTE ensina e promulga, respeitando às particularidades de cada Rito ou Cultura no que não contraria ou desrespeita os Ensinamentos da Igreja Católica, ao invés de trilhar por caminhos errados, heréticos e cismáticos, pelos quais andam infelizes que defendem que a Igreja possa ensinar heresias contrariando seus próprios Dogmas.
“Não se trata de uma novidade, mas de uma decisão tomada em 1963 pela Constituição “Sacrosanctum Concilium” (22, 3), a Constituição Dogmática sobre a Sagrada Liturgia do Concílio Vaticano II, posteriormente reiterada várias vezes em documentos como “Sacramentum Caritatis”, de Sua Santidade Bento XVI, e “Ecclesia de Eucharistia” do Papa João Paulo II, de venerada memória.”
“Devemos compreender que a liturgia da Igreja é estreitamente ligada à sua fé e sua tradição: “Lex orandi, lex credendi”, a regra da oração é a regra de fé!”
E, como jamais a Igreja de Deus perderá sua Fé e ensinará coisas contrárias aos seus próprios Dogmas, é evidente que não existe nem pode existir Missa Herética Aprovada e Promulgada pela Igreja, segundo as Promessas feitas por Nosso Senhor ao príncipe dos Apóstolos, detentor da Infalibilidade da Igreja, conforme nos ensina o Concílio Vaticano I, “sabendo perfeitamente que esta Sé de São Pedro permanece imune de todo erro, segundo a promessa de nosso Divino Salvador feita ao Príncipe de Seus Apóstolos: ‘Roguei por ti, para que tua Fé não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma teus irmãos’(Lc 22, 32)”(Constituição Dogmática Pastor Aeternus do Concílio Vaticano I, D-S 3070). Se um Papa pode ser herege, é evidente que a Santa Sé não será, conservando ela a Fé de Pedro e, ainda que o Papa se silencie, a Sé de Pedro não ensina nem aprova ou promulga heresias ou erros contra a Fé e a Moral. A Santa Sé conserva a Fé e, ainda que não use do Poder Supremo de Magistério, usa sempre do Poder de Magistério conservando Imaculada a Religião Católica, conforme nos ensina o Vaticano I, “Este carisma da verdade e da Fé, que jamais faltará, foi dado por Deus a Pedro e aos seus sucessores nesta cátedra”(Constituição Dogmática Pastor Aeternus do Concílio Vaticano I, D-S 3071) e “‘A primeira [condição para a] salvação é guardar a norma da verdadeira Fé(…). E como não se pode esquecer a palavra de Nosso Senhor Jesus Cristo, que diz ‘Tu és Pedro e sobre esta pedra edificarei a Minha Igreja’(Mt 16, 18), esta afirmação é comprovada pelos fatos, porque na Sé Apostólica sempre se conservou imaculada a religião católica e foi [sempre] venerada a santa doutrina. Não querendo, por isso, nos separar de nenhum modo desta Fé e doutrina(…), esperamos merecer estar na única comunhão que prega a Sé Apostólica, na qual está a íntegra e verdadeira solidez da religião cristã”(Constituição Dogmática Pastor Aeternus do Concílio Vaticano I, D-S 3066). Está claramente ensinado pelo Concílio Vaticano I que a Igreja Católica não pode levar as almas a se condenarem e, logicamente não pode ensinar, ainda que Reformavelmente, heresias ou erros contra a Fé e a Moral, pois assim estaria ensinando as almas o caminho do inferno. Está claramente ensinado pelo mesmo Concílio que a Santa Sé conserva Imaculadamente a Fé e Doutrina da Igreja, logicamente, ainda que um Papa seja herege, ele não vai levar a Santa Sé a ensinar, aprovar e promulgar heresias e erros contra a Fé e a Moral, porque se isso fosse possível, o ensinamento do Vaticano I estaria contrário à realidade e, a Igreja pelo seu Coração, que é a Santa Sé, não estaria conservando seus Dogmas e sua Fé e Doutrina. É evidente que um Ensinamento, ainda que passível de Reforma, se for herético estar-se-á agredindo e não conservando os Dogmas. Quando o Papa ensina com sua Autoridade Papal, que não ocorre somente quando promulga Ensinamentos Irreformáveis, é a Santa Sé quem ensina, logo tal Ensinamento não pode ser herético ou perigoso a Fé e a Moral, pois é a Igreja, pela Santa Sé, quem ensina. Para que os Dogmas sejam inviolavelmente conservados pela Igreja e pela Santa Sé, é exigido naturalmente que os ensinamentos da Santa Sé sejam pelo menos livres de heresias ou erros contra a Fé e a Moral.
Não é “atoa” que o mesmo Concílio vai afirmar, “o Juízo da Sé Apostólica, sobre o qual não pode ser revisto por ninguém, nem a ninguém é lícito julgar de suas decisões”(Pastor Aeternus, D-S 3063), logo o Juízo da Santa Sé não pode ser herético ou perigoso à Fé e à Moral, que são as premissas básicas para que na Santa Sé esteja a íntegra e verdadeira solidez da Religião Cristã, e assim seja nela mantida Imaculada a Fé e Doutrina. Se a Santa Sé estivesse ensinando heresias ou erros contra a Fé e a Moral, estaria ela conservando Imaculada a Fé e Doutrina Católicas, ou melhor os Dogmas??? É evidente que não!!!
Na mesma linha, o Catecismo da Igreja Católica nos ensina: “Para que o Evangelho sempre se conservasse inalterado e vivo na Igreja, os apóstolos deixaram como sucessores os bispos, a eles transmitindo seu próprio encargo de Magistério. Com efeito, a pregação apostólica, que é expressa de modo especial nos livros inspirados, devia conservar-se por uma sucessão contínua até a consumação dos tempos”(n.77).
“O ofício de interpretar autenticamente a Palavra de Deus escrita ou transmitida foi confiado unicamente ao Magistério vivo da Igreja, cuja autoridade se exerce em nome de Jesus Cristo, isto é, foi confiado aos bispos em comunhão com o sucessor de Pedro, o bispo de Roma”(n.85).
Portanto, para os verdadeiros católicos, não existe Roma (Santa Sé) herética, mas sim Roma (Santa Sé) Eterna.
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Como a Santa Sé não pode nem tem como ser herética, é evidente que o Papa não pode, com sua Autoridade Papal, ensinar heresias ou erros contra a Fé. O Concílio Vaticano I vai salvaguardar o Poder de Magistério do Papa e da Santa Sé também nas coisas fora do âmbito dogmático e irreformável: “Portanto: se alguém disser que o Romano Pontífice tem apenas um poder de vigilância ou de direção, mas não o poder pleno e supremo de jurisdição sobre toda a Igreja, não só em matéria de Fé e de Moral, mas também de governo e disciplina da Igreja universal; ou [disser] que ele tem só a parte principal, mas não toda a plenitude deste poder supremo; ou [disser] que este seu poder não é ordinário e imediato, tanto sobre todas e cada uma das igrejas, como sobre todos e cada um dos pastores e dos fiéis – seja anátema”(Pastor Aeternus, D-S 3064).
Na mesma linha de Dom Ranjith, comemoro por tão grandes disposições em conformidade com os Ensinamentos da Igreja, principalmente com relação aos costumes protestantes que vários membros do Magistério, do Clero e povo quiseram inserir nas celebrações litúrgicas e inclusive nos templos consagrados, profanando a casa de Deus e os Mistérios da Fé.
Não posso deixar passar a oportunidade sem agradecer ao Prelado pela Deposição da Música Profana, bem como outros costumes protestantes, em sua Diocese.
A Música patrocinada pela RCC e pelas bandas ditas “Ministério de Louvor” é:
1) Baseada e evoluída da Música Góspel protestante;
2) Sentimental e Melosa, desviando a atenção do ouvinte, do Mistério Divino e de sua contemplação, que são coisas bem diferentes dos Humanos, já que vem do Espírito Santo, ou seja, de fora das pessoas, sendo desviada [na Música Profana a atenção] para as emoções individuais do cantor ou de quem tem condição para ter as mesmas emoções, que são coisas que vêm dos Humanos, Carne e Espírito Humanos, que são cheios de concupscência por causa do Pecado Original. De modo que não raro percebe-se na execução deste estilo de música a manifestação da vaidade e da sensualidade.
3) Veio para usurpar o lugar que é devido somente à Música Sagrada, Aprovada e Assumida pela Igreja, os Cantos Gregorianos e as Polifonias Sacras, que pela execução coral, e objetivo principal na Letra da Oração voltada para Deus, afasta o sentimentalismo e individualismo da carne. Enquanto a Música Góspel objetiva uma Letra que seja adequada ao Ritmo, elevação de voz, e expressão sentimental que se deseja. Repare que a Oração foi violada com o desejo de se colocar algo que agrade os sentidos que deve determinar a Letra.
4) É Expressão Individual e não da Assembléia;
5) É informal, vulgar e descortês com os Mistérios Divinos;
6) É barulhenta e exige instrumentos musicais barulhentos, destruindo toda meditação, silêncio e oração interna. Veio para colocar por terra toda a espiritualidade que a Igreja Católica sustentou durante toda sua história e que nutriu todos os santos do Antigo e do Novo Testamento.
7) Muitas são agressivas e insitam a revolta. A melosidade e a agressividade são ambas sentimentais. O dedo do diabo neste estilo de música é visível, só não ver quem não quer.
Uma Liturgia que se recusa usar da Música Católica, que é o Canto Gregoriano e as Polifonias Sacras, para utilizar músicas que vem dos protestantes, é inserir elementos protestantes e não católicos na Liturgia e por isso ela fica protestantizada.
Falar de Deus na música não é suficiente, pois até ateus falam de Deus.
Podemos falar que diante da situação alarmante da extensão do alcance destas músicas profanas, estamos diante de uma Nova Ordem, de um Novo Culto, claro que não autorizado pela Igreja.
É preciso que os católicos digam não às Músicas Profanas, aos CDs de “ministério de louvor”, e não é somente ao Pe. Fábio ou Marcello Rossi, mas a todos os grupos, bandas e cantores leigos ou religiosos, para que sua produções caiam na falência e os católicos não troquem um minuto se quer de ouvir Canto Gregoriano para ouvir Música Melosa ou Agressiva.
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Grande Vitor José, engenheiro de obras prontas. Mas, e o dilema? Seriam então os grupos RCC (como Canção Nova e genéricos) heréticos? E suas Missas protestantizadas? Válidas? Inválidas? Ou sacrilegas?
Coitado do Dunga da Canção Nova!
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Salve MARIA.
Até que fim um Bispo teve a coragem e plena luz do ESP. SANTO para falar a verdade sem medo e “acordar” este povo da RCC que não sabe nada sobre o grande mistério do Sto Sacrificio da Missa, no Brasil poderia ter muitos Bispos destes, e que pela graça de DEUS ele seja sim um Cardeal, rezemos pelos nossos Bispos.
Laus DEO.
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Sr. Antônio Maria, Salve Maria!
Algumas coisas de seu comentário me chamaram a atenção, no sentido de lhe dar uma resposta.
A RCC tem elementos heréticos, como:
– A idéia de que a Igreja do presente é diferente e contrária à Igreja do passado. Chamam a Igreja do passado de “fria”, “retardada”, “opressora”. E sustentam descaradamente que a Igreja do passado ensinava os fiéis a se fecharem às Graças e Dons do Espírito Santo.
– O “Batismo do Espírito”, como se fosse necessário um segundo Batismo para viver no Espírito.
– O “Curandeirismo”, como se Cristo viesse para resolver as doenças do corpo, e ainda em escala de igual para igual com as doenças da alma. Aqui entra inúmeros outros abusos, como a “Adivinhação da Cura”.
– E muitos outros…
– Maiores informações sobre elementos heréticos da RCC, recomendo ver Testemunhos de pessoas que pertenceram à RCC, no site Montfort. O site Montfort tem elementos bons e ruíns.
A RCC é herética nos elementos heréticos, mas não significa que é herética em seu todo.
Os grupos que contrariam os Dogmas Católicos, ou seja, heréticos, tem heresias, é claro. Mas não significa que todos os elementos de sua seita sejam heréticos. Assim, a RCC tem Ensinamentos e Orientações próprios, que em muitos elementos, ainda que não heréticos, são contrários aos Ensinamentos Reformáveis da Igreja, e foram pegos com os protestantes, o que já é suficiente para os católicos repelirem. Não significa que a RCC não tenha elementos bons, ainda que em menor número e grau que as Pastorais Tradicionais.
As Missas da RCC são protestantizadas, porque possuem elementos protestantes heréticos e não heréticos. Mas possuem, pelo menos no que se vê, o Cânon Romano e as Fórmulas Consecratórias, bem como sacerdotes legítimos, e por isso são válidas na Essência e não são heréticas em seu todo.
Assim, se se deseja preservar a Identidade Católica, é evidente que se deve repudiar também os elementos protestantes que não são heréticos. As Missas da RCC, devem ser assistidas quando não se pode assistir uma Missa Ortodoxa, porque como possuem o Cânon, as Fórmulas e Sacerdotes Legítimos são Missas Válidas na sua Essência, e por isso cumprem o preceito dominical.
Quem participa de tais Missas, por falta de oportunidade ou por alguma necessidade, e com espírito católico, não toma parte nos abusos. Mas quem patrocina e apóia tais celebrações, inclusive o uso da Música Profana na Liturgia, profana os Mistérios Sagrados, e evidentemente, peca gravemente. Agora, temos autoridades que estão, de certa forma, coagidas por algum motivo, e tais casos particulares é Deus Quem vai julgar.
As Missas Protestantizadas, são então, válidas na Essência e nos Mistérios Sagrados, mas são inválidas e sacrílegas nos elementos heréticos e nos elementos não heréticos que violam o Sagrado [que se faz presete] e agridem e profanam os Mistérios Sagrados.
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Podemos tomar como exmplo também a Presença Real. Se uma pessoa profana ou maltrata a Hóstia Consagrada, Nosso Senhor não deixa de estar Presente Realmente sob as espécies eucarísticas. No caso de uma Profanação então, temos o Sagrado (a Presença real) junto com o Mal (a profanação) que O profana. Da mesma forma, na Missa, os Mistérios Sagrados não deixam de estar presente por causa da presença da profanação. Inclusive, é a Presença do Mistério Sagrado perto do Mal que vai consumir este último e condenar quem provoca a Profanação.
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Aproveito para elogiar o “Fratres in unum” pela sua acção evangelizadora e pastoral… notável defesa da Fé!
É um dos meus sites favoritos.
A todos um abraço fraterno.
Mário.
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Então, sr. Vitor José, a RCC seria semiherética, ou semiprotestante, meio protestante, meio católica? Estaria na comunhão plena com a Igreja Católica Apostólica Romana? Ou estaria inserida na chamada unidade na diversidade?
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A RCC, tal como está, é herética, pois possui elementos heréticos. Ainda que grupos RCC como a Canção Nova, sejam erigidos canonicamente, mas não estão em comunhão com a Santa Sé em sua totalidade, por causa dos elementos protestantes. É semelhante ao caso de Bispos que têm o Mandato da Santa Sé para exercerem legitimamente o ministério de pastor, mas na prática fazem o contrário do que manda a Santa Sé, então é evidente que não estão em comunhão com ela em sua totalidade. As diversidades têm limites postos pela Santa Sé.
Gostaria de encerrar minha participação nos comentários deste post.
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Caro Antonio Maria Ribeiro Tavares,
Veja em que embrulhada o Sr. Vitor José (Pellegrini de Matos dos Santos Areas) se meteu:
O magistério vivo erigiu canonicamente a RCC, mas segundo o magistério desse mesmo Victor José, que não é o da Santa Igreja, ela é herética.
Vc. que reside em Campos sabe que vários padres da AASJMV apoiam os movimentos da RCC. Estarão apoiando movimentos heréticos??
Mais coerente é a posição da FSSPX. A posição do Vitor José é a posição que conduz pra o sedevacantismo.
Antonio, o Vitor José defende a existência de semivirgens. Vá lá se viver com uma loucura dessas!!
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Sr. Vitor José (Pellegrini de Matos dos Santos Areas) escreveu:
“As Missas da RCC são protestantizadas, porque possuem elementos protestantes heréticos e não heréticos. Mas possuem, pelo menos no que se vê, o Cânon Romano e as Fórmulas Consecratórias, bem como sacerdotes legítimos, e por isso são válidas na Essência e não são heréticas em seu todo.
Assim, se se deseja preservar a Identidade Católica, é evidente que se deve repudiar também os elementos protestantes que não são heréticos. As Missas da RCC, devem ser assistidas quando não se pode assistir uma Missa Ortodoxa, porque como possuem o Cânon, as Fórmulas e Sacerdotes Legítimos são Missas Válidas na sua Essência, e por isso cumprem o preceito dominical.
Quem participa de tais Missas, por falta de oportunidade ou por alguma necessidade, e com espírito católico, não toma parte nos abusos. Mas quem patrocina e apóia tais celebrações, inclusive o uso da Música Profana na Liturgia, profana os Mistérios Sagrados, e evidentemente, peca gravemente. Agora, temos autoridades que estão, de certa forma, coagidas por algum motivo, e tais casos particulares é Deus quem vai julgar.”
Abaixo conclui: “A RCC, tal como está, é herética, pois possui elementos heréticos”
Pode assistir cultos heréticos??
Sr Vitor, O Sr. precisar ler as instruções da Sagrada Congregação para o culto sobre inculturação e manifestações legítimas.
O Sr verá que eles estão dentro da legítima hermenêutica litúgica.
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