Rápidas de Roma.

  1. O Papa recebeu hoje os visitadores apostólicos da Legião de Cristo. Após o encontro, será emitida uma nota da Sala de Imprensa da Santa Sé;
  2. Faleceu o primeiro presidente da Comissão Ecclesia Dei, o Cardeal Paul Augustin Mayer, OSB. Haverá uma capela papal, no próximo dia 3, por ocasião das exéquias do Cardeal.  Requiem aeternam dona ei, Domine, et lux perpetua luceat ei;
  3. The Wall Street Journal afirma que a Congregação para a Doutrina da Fé está estudando uma reforma canônica que possibilitaria ao Papa remover imediatamente um bispo suspeito de acobertamento de casos de pedofilia;
  4. Hoje à tarde, o Papa visitará a Congregação para a Doutrina da Fé e os novas instalações da Comissão Ecclesia Dei.

A fundação.

Só em Deus minha alma está tranqüila; dele vem a minha salvação. Somente ele é a minha rocha e minha salvação, minha fortaleza: jamais serei abalado.” (Salmo 62, 2-3)

Por Marcela A. de Castro

– Me dê o bracinho, querida – disse Hellen à caçula enquanto vestia-lhe o casaco de veludo azul marinho com laços de cetim branco. – Pronto, você está linda! Agora vá para sala e fique com seus irmãozinhos enquanto a mamãe se prepara, está bem?

Embora já não nevasse mais na metade de março e o sol indeciso desse alguns sinais de sua iminente presença, aquele era sem dúvida um típico dia do inverno de Minnesota. Era preciso agasalhar bem as crianças antes de sair de casa. Assim, todos vestiriam camisetas de flanela com manga comprida por debaixo de suas roupas normais, além das grossas meias de lã, os casacos de inverno e cachecóis. A pequena Catherine ganharia ainda um lindo gorro de lã branca com listras azuis combinando com o casaco.

– Você já está pronta, querida? – perguntou John ao entrar em casa tiritando. – Já tirei o carro da garagem.

– Só mais um minuto, querido – respondeu Hellen do quarto. Terminou de pentear os cabelos, passou um discreto batom rosado nos lábios e já estava pegando sua bolsa quando, de repente, sentiu uma leve pontada no ventre. “Upa! Se você já consegue chutar forte desse jeito aos quatro meses e meio, imagina daqui pra frente” – exclamou Hellen baixinho.

Desde que se casara com John, há nove anos, Hellen aguardava a chegada de seus bebês com grande alegria e gratidão. Mesmo antes de se casarem, os dois sabiam que cada criança era uma benção de Deus e que os casais deveriam envidar todos os esforços para proporcionar aos filhos um lar verdadeiramente católico. Frank, o mais velho, com 8 anos de idade, já fizera sua primeira Comunhão; lia com gosto os livrinhos sobre a vida dos santos que ganhara dos padrinhos no seu aniversário e encantava-se com o relato de São Tarcísio. David, aos 5 anos, acompanhava o Terço com facilidade e boa disposição. Às vezes, cochilava recostado no ombro de sua mãe durante a missa, mas raramente sentia vontade de correr para fora da igreja. E a agora a pequena Catherine, com seus cachinhos louros deslumbrantes, começava sua vida espiritual rezando às refeições e antes de dormir.

– Estou prontíssima! Vamos, crianças, todos para o carro! Peguem seus cachecóis.

Aquela era a rotina de todos os domingos – acordar, tomar café da manhã, cuidar da higiene das crianças e começar a prepará-las para a Santa Missa.

Felizmente, tinham o privilégio de freqüentar a Missa Latino-Gregoriana todos os domingos na capela do Convento das Carmelitas da Sagrada Face. A viagem de quarenta minutos não era algo tão ruim, visto que alguns fiéis vinham de bem mais longe para a missa.

Hoje era um dia especial. Após a Santa Missa, celebrada pelo Pe. Peter McDougall, um irlandês de bochechas vermelhas e com um excelente senso de humor, seriam recebidos no locutório pela Irmã Maria Pia do Coração Eucarístico OCD.

* * *

– Ave Maria! – saudou a religiosa ao aparecer na parte interna do locutório. – Por favor, sentem-se e fiquem à vontade. Quando o padre McDougall nos contou que havia uma família indo para Brasil e, mais precisamente, para a cidade de Pato Dourado, não pude resistir e pedi a ele que marcasse esse encontro com vocês. Obrigada por terem vindo.

Irmã Maria Pia era uma brasileira de 42 anos que descobrira sua vocação religiosa durante um curso de inglês no estado de Michigan. O sorriso largo da religiosa revelava o seu contentamento com a perspectiva de, finalmente, encontrar alguém que estivesse prestes a visitar a sua terra natal.

– Nós é que estamos honrados com o seu convite, Irmã. Freqüentamos a Missa dominical aqui na capela há uns dois anos, mas ainda não tínhamos tido a oportunidade de conversar com uma das irmãs – esclareceu Hellen.

– E como vocês se chamam? Perguntou Irmã Maria Pia olhando para John.

– Meu nome é John Stevenson. Esta é minha esposa Hellen. E estes são os nossos filhos: Frank, David e Catherine.

– Vocês formam uma bela família. Eu sou a Irmã Maria Pia. Moro nesse convento aqui nos Estados Unidos há quatorze anos, mas sou brasileira. Na verdade, eu os chamei aqui porque gostaria de pedir-lhes uma gentileza. Vocês estão indo para São Paulo, não é mesmo?

– É verdade, Irmã. Estamos indo para o Brasil no mês de abril. Meu pai casou-se com uma brasileira depois que ficou viúvo e atualmente mora no interior de São Paulo. Vamos visitá-lo. Queremos também que ele conheça a nossa filha caçula. – respondeu John. – Mas em que podemos ajudá-la, irmã?

– Gostaria, se possível, que vocês entregassem essa encomenda para um sacerdote que mora na cidade de Taboão da Serra, já que vocês estão indo para uma cidade vizinha,– respondeu Irmã Maria Pia abrindo uma portinhola na grade do locutório e empurrando uma caixa de papelão por cima da bancada de madeira. – se não for possível ir até Taboão da Serra, é só pedir a ele que vá até Pato Dourado. Aqui está o telefone dele – disse Irmã Maria Pia entregando um pedaço de papel.

– Pode deixar, Irmã. Faremos todo o possível para entregar a sua encomenda. – respondeu John.

– Irmã, por favor, reze pela nossa viagem. Estamos um pouco receosos do que vamos encontrar por lá – disse Helen. – Ouvimos falar tantas coisas estranhas sobre o Brasil. Não sabemos ainda se encontraremos locais de Missa Tradicional.

Para falar a verdade, Hellen e John estavam apavorados com a perspectiva de sair de Minnesota, onde, além da Missa de Sempre, oferecida regularmente a distâncias acessíveis, contavam com um sólido grupo de amigos que viviam o catolicismo tradicional de maneira intensa e se apoiavam mutuamente. John, que conhecera a Tradição através da Fraternidade de São Pio X e que agora já casado freqüentava as missas celebradas por um padre diocesano na capela das carmelitas, não podia admitir que seus filhos participassem das famigeradas missas africanas ou sincréticas. Por outro lado, apavorava-lhe também a Teologia da Liberação, tão comum na América Latina. A viagem ao Brasil era simplesmente uma necessidade familiar.

– Contem com as minhas orações; o Bom Deus há de protegê-los – respondeu a piedosa carmelita enquanto entregava estampinhas de Nossa Senhora do Carmo às crianças. E quanto à Missa Tradicional poderão encontrá-la na igrejinha desse jovem padre.

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O Anuário Estatístico lança um dado alarmante: ao menos 60 mil religiosos a menos nos últimos 10 anos.

O número de religiosos passou de pouco mais de 800.000 em 2000 para 740.000 em 2008
O número de religiosos passou de pouco mais de 800.000 em 2000 para 740.000 em 2008.

Sector Catolico – 28/04/10: A Santa Sé apresentou recentemente a nova edição do Anuário Pontifício [ndt: na realidade, trata-se do Anuário Estatístico] em que se recolhem os principais dados estatísticos da Igreja Católica durante o período de 2000-2008. O documento exibe cifras preocupantes. O número de religiosos passou de pouco mais de 800.000 em 2000 para 740.000 em 2008, o que certamente é uma tragédia para o conjunto da Igreja. E isso porque ainda não foram contabilizadas as perdas até 2010.

Por outro lado, e ao longo desses anos, a presença dos católicos no mundo passou de 1.045.056, em 2000, para 1.166 milhões, em 2008, o que supõe um aumento de mais de 11%. A África é o continente onde a Igreja registrou um maior crescimento, com 33% católicos a mais, ao passo que na Europa a situação se manteve substancialmente estável, com uma ligeira diminuição de 2%. Na América e Oceania as coisas também se mantêm estáveis; ao passo que na Ásia aumentam ligeiramente, informa o VIS.

Com relação aos sacerdotes, tanto religiosos como diocesanos, o Anuário mostra um ligeiro crescimento, passando de 405.178, em 2000, para 409.166,  em 2008. Se na África e na Ásia essa cifra aumentou (33,1% e 23,8,%, respectivamente), na América ela se mantém estável, ao passo que na Europa e na Oceania houve uma diminuição de 7% e 4%. Assim, os sacerdotes diocesanos aumentaram em 3,10%, passando de 265.781, em 2000, para 274.007, em 2008. Por outro lado, os sacerdotes religiosos encontram em constante diminuição (-3,04%), chagando a 135.159, em 2008. Os sacerdotes diminuem claramente somente na Europa: se em 2000 representavam mais de 51% do total mundial, em 2008 diminuem até 47%. Sem dúvida, se na Ásia e África juntas supunham, em 2000, 17,5% do total, em 2008, o porcentual era de 21,9%. A América aumentou ligeiramente o seu percentual, que está por volta de 30%.

O Anuário Estatístico da Igreja também apresenta a evolução do número de estudantes de filosofia e de teologia nos seminários diocesanos e religiosos. Aumentaram em nível global, passando de 110.583, em 2000, para mais de 117.024, em 2008. Enquanto na África e na Ásia os candidatos ao sacerdócio aumentam, na Europa diminuem.

Depois disso viremos a página – Dom Aloísio Roque Oppermann.

O tal assunto está se esgotando. Nas últimas semanas encheram–se páginas sem fim contra o clero católico. Alguém ouviu uma única acusação contra médiuns espíritas, contra pastores evangélicos, ou contra líderes religiosos muçulmanos? E não foi, certamente, por falta de possibilidades. Daí se vê que há órgãos de imprensa que informam. E há outros que fazem campanhas. Há profissionais que, estão, não a serviço da informação, mas a serviço de alguém. O Cabrini deve explicar para quem ele está trabalhando. Diante desse universo vi dois quadros, que me chamaram a atenção.

O primeiro foi o dos Sacerdotes, sofrendo calados, as injúrias e chacotas, provindas da generalização. Os Padres todos pagam pela má fama de alguns colegas. Tornou-se tão fácil humilhar o clero. Mas me doeu muito ver dentre os próprios Presbíteros alguns “avançar contra uma pessoa, como se fosse um muro prestes a cair” (Sl 62, 4). Jogaram pedras contra todos os colegas, como se fossem um depósito de desequilibrados. Não consigo discernir se tal posição provém de uma experiência pessoal negativa, ou se vem de experiências alheias. Ainda mais, deram volume máximo à voz de um teólogo mirim da Suissa, duro coração possuído de ódio anti-romano. Ele não estaria na lista dos maus pais de família, cujos  filhos “pedem pão, e ele lhes dá uma pedra”? (Mt 7, 9). Essa sua prática já vem de mais de quarenta anos. Essa voz deve ser ouvida?  “Minhas ovelhas ouvem a minha voz” (Jo 10, 27).

O segundo quadro que me chamou a atenção foi o de muitos fiéis leigos. Compareci em várias comunidades, e durante reuniões houve espontâneas manifestações de solidariedade a mim, pela evidente  perseguição à Igreja. E o que achei mais maravilhoso, expressaram sua confiança no seu sacerdote, homem que eles admiram. Consideram-no como um exemplo raro de pessoa que é capaz de dar a sua vida em benefício do seu semelhante. “Maria ungiu, com nardo puro, os pés de Jesus”  (Jo 12, 3). Essas suas palavras foram para mim como um bálsamo.

Dom Aloísio Roque Oppermann

Don Nicola Bux, a propagação da Missa Tradicional e a centralidade do Sacrário.

Publicamos abaixo um excerto da entrevista concedida pelo Padre Nicola Bux, consultor para as Cerimônias Pontifícias e das congregações para a Doutrina da Fé e para a Causa dos Santos, ao Padre Stefano Carusi, redator do blog Disputationes Theologicae, do Instituto do Bom Pastor.

Pe. Nicola Bux discursa em congresso sobre o motu proprio Summorum Pontificum em Roma.
Pe. Nicola Bux (à esquerda) discursa em congresso sobre o motu proprio Summorum Pontificum em Roma.

É importante que a Missa antiga — chamada também de tridentina, mas que é mais apropriado chamar “de São Gregório Magno”, como disse recentemente Martin Mosebach — seja conhecida. Ela tomou forma já sob o Papa Dâmaso e depois exatamente Gregório, e não São Pio V, que procurou reordenar e codificar, reconhecendo os enriquecimentos dos séculos precedentes e retirando o que havia de obsoleto. Esta missa, da qual o ofertório é parte integrante, é conhecida antes de tudo com esta premissa. Foram publicadas muitas obras de grandes estudiosos neste sentido e muitos se questionaram sobre a pertinência de reintroduzir o antigo ofertório, para o qual o senhor acena. No entanto, apenas a Sé Apostólica tem a autoridade para agir em tal sentido. É verdade que a lógica que se seguiu ao reordenamento da liturgia após o Concílio Vaticano II levou a simplificar o ofertório, pois se acreditava que ali devesse haver mais fórmulas de orações ofertoriais; agindo assim introduziram as duas fórmulas de benção de sabor judaico e foram mantidas a secreta transformada em oração “sobre as ofertas” e o orate fratres, e pensaram ser mais do que suficiente. Para dizer a verdade, esta simplicidade vista como um retorno à pureza antiga entraria em conflito com a tradição litúrgica romana, com a bizantina e com outras liturgias orientais e ocidentais. A estrutura do ofertório era vista por grandes comentaristas e teólogos da Idade Média como a entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, que vai se imolar em oferta sacrifical. Por isso as ofertas já eram chamadas de “santas” e o ofertório tinha uma grande importância. A simplificação posterior da qual falei fez com que muitos hoje procurem o retorno das ricas e belas orações “suscipe sancte Pater” e “suscipe Sancta Trinitas”, só para citar algumas. Mas será através de uma maior difusão da Missa antiga que este “contágio” do antigo sobre o novo será possível. Portanto, a reintrodução da Missa “clássica”, se é que posso usar a expressão, pode constituir um fator de grande enriquecimento. É necessário facilitar a celebração regular em dias de festa da missa tradicional ao menos em cada catedral do mundo, mas também em cada paróquia: isso ajudará os fiéis a conhecer o latim e a se sentir parte da Igreja Católica, e praticamente os ajudará a participar da missa nos encontros em santuários internacionais. […]

[…]  [O homem] deve, antes de tudo, poder encontrar na Igreja aquilo que é a definição por excelência do sagrado: Jesus Eucarístico. O tabernáculo deve voltar ao centro. É verdade, historicamente, nas grandes basílicas ou nas catedrais o tabernáculo era em capelas laterais. Sabemos bem que, com a reforma tridentina, preferiu-se recolocar o tabernáculo no centro, também para combater os erros protestantes sobre a presença verdadeira, real e substancial do Senhor. Mas também é verdade que hoje a mentalidade que nos circunda não só contesta a presença real, mas contesta a presença do divino. Na religião, naturalmente, o homem procura o encontro com o divino, mas esta presença do divino não pode ser reduzida a algo puramente espiritual. Esta presença é “palpável” e isso não se faz com um livro, não se pode falar de presença do divino apenas nos termos relativos às Sagradas Escrituras. Certamente, quando a Palavra de Deus é proclamada, é justo falar da presença divina, mas é uma presença espiritual, não a presença verdadeira, real e substancial da Eucaristia. Daí a importância do retorno à centralidade do tabernáculo e, com isso, à centralidade do Corpo de Cristo presente. O lugar central não pode ser a cadeira do celebrante, não é um homem que está no centro da nossa fé, mas é Jesus na Eucaristia. Caso contrário, termina-se por comparar a igreja a um auditório, a um tribunal deste mundo, no centro do qual se senta um homem. O sacerdote é ministro, não pode ser o centro, o centro é Cristo Eucaristia, é o tabernáculo, é a cruz.

Papa criaria Pontifício Conselho para a Nova Evangelização ou o Lobo cuidando das ovelhas.

Nota do editor: que ao menos a tal “nova evangelização” não sustente os valores pró-aborto lamentavelmente difundidos por Dom Fisichella!

IHU – Nas próximas semanas Bento XVI publicará uma carta apostólica anunciando a criação do Pontifício Conselho para a Nova Evangelização, um novo “ministério” da Cúria romana que será confiado ao arcebispo Rino Fisichella, atual reitor da Universidade Lateranense e presidente da Pontifícia Academia para a Vida. Fisichella deixará os dois cargos. O reitor da Lateranense será o salesiano Enrico Dal Covolo.

A informação é de Andrea Tornielli e publicada pela jornal italiano Il Giornale, 25-04-2010.

A idéia deste novo dicastério foi proposta ao Papa pelo patriarca de Veneza, Ângelo Scola. O Pontifício Conselho se dedicará à missão no primeiro e no segundo mundo, isto é, nos países onde o anúncio do Evangelho já foi feito há muitos séculos mas onde, hoje, a sua incidência na vida das pessoas parece esmaecida. A Europa, EUA e América do Sul são as principais zonas de influência da nova estrutura.

O novo dicastério representa, até este momento, a novidade mais consistente do pontificado de Bento XVI. Com este importante encargo, expressamente pensado e querido pelo Pontífice, Fisichella está destinado a aumentar o seu peso na Cúria Romana. Ele sai, desta maneira, dos prognósticos que o davam como novo arcebispo de Turim. Crescem, por sua vez, as cotações de Gianfranco Ravasi, arcebispo, “ministro” da cultura do Vaticano, para a sucessão do cardeal Tettamanzi, arcebispo de Milão.

Disputationes Theologicae: Dilma e Datena.

*DATENA -* Não sendo nem um pouco criativo, quando fizeram aquela pergunta  pro Fernando Henrique, ele demorou três horas e meia para responder… A  senhora acredita em Deus?

*DILMA – *Olha, eu acredito numa força superior que a gente pode chamar de Deus. Eu acredito e… E acredito, mais do que nessa força, se ocê me permitir, acredito na força dessa deusa mulher que é Nossa Senhora.

*DATENA -* Nossa Senhora de Aparecida, Nossa Senhora de Fátima, Nossa Senhora de uma forma geral…

*DILMA -* Todas essas múltiplas Nossas Senhoras que existem por esse Brasil afora: Nossa Senhora das Dores, das Graças, Aparecida…

*DATENA – *Porque no fundo, no fundo, elas representam é…

*DILMA -* Nossa Senhora da Boa-Morte…

*DATENA -* No fundo, no fundo, Nossa Senhora representa a força que a mulher brasileira tem, né?

*DILMA -* Representa isso, eu acho, e representa uma coisa que todo mundo precisa: misericórdia. Ela representa muito isso. Proteção! Todo mundo precisa.

Diálogo entre a candidata à Presidência da República, Dilma Roussef, e o jornalista José Luiz Datena, da Rede Bandeirantes (vídeo aqui)

Exsurge, Domine, quare obdormis?

“Uma das enfermidade mais horrendas e disseminadas hoje na Igreja é a letargia dos guardiães da Fé da Igreja…

Penso [aqui]… nos numerosos bispos… que não fazem qualquer uso de sua autoridade quando se trata de intervir contra teólogos ou padres heréticos, ou contra apresentações públicas blasfemas.

Mas é especialmente mais enfurecedor quando certos bispos que demonstram esta letargia para com hereges, assumem uma atitude rigorosamente autoritária para com aqueles fiéis que estão lutando pela ortodoxia e que estão, assim, fazendo o que os próprios bispos deveriam estar fazendo!

As baboseiras dos hereges, tanto padres como leigos, são toleradas; os bispos tacitamente consentem com o envenenamento dos fiéis.

Mas eles querem silenciar os fiéis que abraçam a causa da ortodoxia, as mesmas pessoas que deveriam ser, de todo direito, a alegria do coração dos bispos, sua consolação, uma fonte de força para superar sua própria letargia.

Pelo contrário, essas pessoas são vistas como perturbadoras da paz.

A ofensa a Deus que está contida na heresia normalmente não lhes é tão tangível e irritante como um ato público de rebelião contra sua autoridade”.

Dietrich von Hildebrand

Cardeal Castrillón Hoyos: “a maçonaria está engajada e se une a outros inimigos da Igreja”.

Não me arrependerei jamais. Mantenho a minha posição, pois é a postura tradicional da Igreja […] em alguns destes casos a maçonaria está engajada e se une a outros inimigos da Igreja […] É uma pena que haja idiotas úteis no seio destes que se prestam a tal perseguição”.

Palavras do Cardeal Darío Castrillón Hoyos à rádio colombiana RCN

* * *

“A Igreja é uma sociedade perfeita, gozando, portanto, das três funções de qualquer sociedade perfeita (a capacidade de legislar, a capacidade de aplicar suas leis e a capacidade de julgar segundo o seu próprio direito). Por conseguinte, o direito canônico sempre reivindicou um privilégio dos clérigos de depender da justiça canônica e não da justiça temporal. Na situação atual das relações entre  a Igreja e os Estados, este privilégio quase não é  mais aplicado. Isso significa simplesmente que, para evitar um mal maior ou favorecer um bem (como as relações harmoniosas com o Estado), a Igreja deixou de reivindicar este direito. Mas isso não impede, absolutamente, que esta isenção permaneça a regra.  É isso que o Cardeal Castrillon Hoyos escreveu a Monsenhor Pican”.

Palavras de Vini Ganimara, editor do blog Osservatore Vaticano, citado na matéria de Golias contra o Cardeal Castrillón