Os defensores da tradição reivindicam a Igreja infalível.

Suplicam ao Papa que condene “ex cathedra” os erros do Concílio Vaticano II. Um novo livro de Romano Amerio voltará a dar força a seu pedido. Mas Bento XVI não está de acordo.

por Sandro Magister

ROMA, 12 de julho de 2010 – Há alguns dias está nas livrarias italianas um novo volume de Romano Amerio, o terceiro da “opera omnia” deste autor, publicado pelas Edições Lindau.

Amerio, falecido em 1997 em Lugano (Suíça) aos 92 anos de idade, foi um dos maiores intelectuais cristãos do século XX.

Filólogo e filósofo de primeiro nível, Amerio tornou-se conhecido no mundo por conta de seu ensaio, publicado pela primeira vez em 1985 e traduzido para muitos idiomas, intitulado: “Iota unum. Estudo das variações da Igreja Católica no século XX”.

Mas esse mesmo ensaio, justamente pela tese que contém, fez Amerio ganhar o ostracismo da quase totalidade do mundo católico. Um ostracismo que apenas perdeu vigor há pouco tempo, também graças à reedição de “Iota unum”.

Amerio dedicou meio século à redação de “Iota unum”. E também esse terceiro volume da “opera omnia” foi escrito em um espaço de tempo muito amplo, de 1935 a 1996. Tem por título “Zibaldone” e — como a obra homônima do poeta Giacomo Leopardi — recolhe pensamentos breves, aforismos, narrações, citações de autoires clássicos, diálogos morais e comentários sobre fatos cotidianos.

Com seus mais de setecentos pensamentos, “Zibaldone” forma uma espécie de autobiografia intelectual do autor. Nela estão naturalmente presentes as questões apresentadas em “Iota unum”.

Como, por exemplo, nesta pequena página datada de 2 de maio de 1995:

“A autodemolição da Igreja, deplorada por Paulo VI no famoso discurso pronunciado em 11 de setembro de 1974 no seminário Lombardo, torna-se cada dia mais evidente. Já no Concílio, o Cardeal Heenan (primaz da Inglaterra) lamentou que os bispos tenham deixado de exercer o ofício do Magistério, mas se consolava ao ver que tal ofício havia sido conservado integralmente no Pontificado Romano. A observação era e é falsa. Hoje, o Magistério Episcopal cessou e o Papal também. Hoje, o Magistério é exercido pelos teólogos que agora marcam a todas as opiniões do povo cristão e desqualificaram o dogma da fé. Tive uma demonstração impressionante disso ao escutar ontem o teólogo da Rádio Maria. Ele negou impávido e muito tranquilamente artigos de fé. Ensinou […] que os pagãos, a quem não é anunciado o Evangelho, se seguem os ditames da justiça natural e se decidem buscar a Deus com sinceridade, alcançam a visão beatífica. Esta doutrina dos modernos é antiguissima na Igreja, mas sempre foi condenada como um erro. Mas os teólogos antigos, enquanto sustentavam com firma o dogma da fé, experimentavam ao mesmo tempo toda a dificuldade que encontra o dogma e buscavam a forma de vencê-la com razões profundas. Pelo contrário, os teólogos modernos não advertem as dificuldades intrínsecas do dogma, mas correm diretamente à ‘lectio facilior’, jogando no sótão todos os decretos doutrinais do Magistério. E não se dão contam que negam assim o valor do batismo e toda a ordem sobrenatural, isto é, toda nossa religião. Também em outros pontos está difundida a rejeição do Magistério. O inferno, a imortalidade da alma, a ressurreição dos corpos, a imutabilidade de Deus, a historicidade de Cristo, a malignidade da sodomia, o caráter sacrado e indissolúvel do matrimônio, a lei natural e a primazia do divindo são outros tantos argumentos que o magistério dos teólogos eliminou do Magistério da Igreja. Essa arrogância dos teólogos é o fenômeno mais manifesto da autodemolição”.

* * *

Dessa sua análise fortemente crítica, que ele aplicava também ao Concílio Vaticano II, Amerio extraiu o que Enrico Maria Radaelli, seu fiel discípulo e editor da publicação das obras do mestre, chama de “grande dilema subjacente ao fundo do cristianismo atual”.

O dilema é se há continuidade ou ruptura entre o Magistério da Igreja antes e depois do Vaticano II.

No caso de uma ruptura, se esta fosse tal como para “perder a verdade”, então também a Igreja estaria perdida.

Amerio não chegou jamais a sustentar essa postura extrema. Sempre foi um filho obediente da Igreja. Não só isso. Sabia pela fé que, não obstante tudo isso, a Igreja jamais pode perder a verdade e, consequentemente, jamais pode perder-se a si mesma, pois está assistida indefectivelmente “pelas grandes promessas de Nosso Senhor: ‘As portas do inferno não prevalecerão contra ela’ (Mt 16, 18) e ‘estarei convosco todos os dias até o fim dos séculos’ (Mt 28, 20)”.

Mas Amerio estava convencido — e Radaelli explica bem em seu extenso epílogo a “Zibaldone” — que esse amparo assegurado por Cristo a sua Igreja vale somente para as definições dogmáticas “ex cathedra” do Magistério, não para os ensinamentos incertos, ambíguos, opináveis e “pastorais” do Concílio Vaticano II e das décadas posteriores.

Com efeito, a juízo de Amerio e Radaelli, esta é justamente a causa da crise da Igreja conciliar e pós-conciliar, uma crise que levou o mais próximo da perdição, “impossível mas também quase alcançada”, como é o ter desejado renunciar a um magistério imperativo, com definições dogmáticas “inequívocas na linguagem, certas no conteúdo, vinculantes na forma, como se espera ser ao menos os ensinamentos de um Concílio”.

A consequência, segundo Amerio e Radaelli, é que o Concílio Vaticano II está cheio de asserções vagas, interpretáveis de modos diferentes, das quais algumas estão também em aberto contraste com o magistério anterior da Igreja.

Essa linguagem pastoral ambígua é o que havia aberto o caminho a uma Igreja hoje “percorrida por milhares de doutrinas e centenas de milhares de costumes nefastos”, inclusive na arte, música e liturgia.

O que fazer para remediar essa calamidade? A proposta que faz Radaelli vai mais além daquela feita recentemente — a partir de juízos críticos tão duros quanto — por outro estimado apaixonado pela tradição católica, o teólogo tomista Brunero Gherardini, de 85 anos de idade, cônego da basílica de São Pedro, professor emérito da Pontifícia Universidade Lateranense e diretor da revista “Divinitas”.

* * *

Monsenhor Gherardini antecipou sua proposta num livro publicado em Roma, no ano passado, com o título: “Concilio Ecumenico Vaticano II. Um discorso da fare”.

O livro conclui com uma “Súplica ao Santo Padre”, a quem se pede que submeta a um novo exame os documentos do Concílio, para esclarecer, de uma vez por todas, “se, em que sentido e até que ponto” o Vaticano II está ou não em continuidade com o magistério anterior da Igreja.

O livro de Gherardini tem no início dois prefácios: um, de Albert Malcolm Ranjith, arcebispo de Colombo e ex-secretário da Congregação vaticana para o Culto Divino, e outro, de Mario Oliveri, bispo de Savona. Este último afirma que se une “toto corde” à súplica ao Santo Padre.

Pois bem, em seu epílogo a “Zibaldone” de Romano Amerio, o professor Radaelli recolhe a proposta de Monsenhor Gherardini, mas “apenas como uma primeira instância para purificar o ambiente de muitos, muitos mal entendidos”.

Com efeito, segundo Radaelli, não é suficiente esclarecer o sentido dos documentos conciliares, se tal esclarecimento é oferecido depois à Igreja com o mesmo estilo ineficaz de ensinamento “pastoral” que se tornou costume com o Concílio, propositivo mais que impositivo.

Se o abandono do princípio de autoridade e o “discussionismo” são a enfermidade da Igreja conciliar e pós-conciliar, para sair dela — afirma Radaelli — é necessário trabalhar de forma contrária. A máxima hierarquia da Igreja deve fechar a discussão com um pronunciamento dogmático “ex cathedra”, infalível e vinculante. Deve atingir com o anátema os que não obedeçam e deve bendizer os que obedecem.

O que Radaelli espera que a cátedra suprema da Igreja decrete? Assim como Amerio, ele está convencido de que ao menos em três casos se deu “uma ruptura abismal da continuidade” entre o Vaticano II e o magistério anterior: onde a Concílio afirma que a Igreja de Cristo “subsite na” Igreja Católica, em vez de dizer que “é” a Igreja Católica; onde assevera que “os cristãos adoram o mesmo Deus adorado pelos judeus e muçulmanos”; e na Declaração “Dignitatis Humanae” sobre a liberdade religiosa.

* * *

Tanto Gherardini como Amerio-Radaelli reconhecem em Bento XVI um Papa amigo. Mas há que se descartar que ele assinta a seus pedidos.

Mais ainda, tanto no conjunto como em alguns pontos controversos, o Papa Joseph Ratzinger já fez saber que não compartilha em absoluto de suas posições.

Por exemplo, a respeito da continuidade de significado entre as fórmulas “é” e “subsiste em” já se expressou a Congregação para a Doutrina da Fé, no verão de 2007, ao afirmar que “o Concílio Ecumênico Vaticano II não quis mudar, nem de fato o fez, a doutrina anterior sobre a Igreja, mas que apenas quis desenvolvê-la, aprofundá-la e expô-la mais amplamente”.

Quanto à Declaração “Dignitatis humanae” sobre a liberdade religiosa, Bento XVI explicou pessoalmente que, se ela está separada das indicações anteriores “contingentes” do Magistério, fê-lo precisamente para “retomar novamente o patrimônio mais profundo da Igreja”.

O discurso em que Bento XVI defendeu a ortodoxia da “Dignitatis humanae” é o que dirigiu à cúria vaticana na vigília do primeiro Natal de seu pontificado, em 22 de dezembro de 2005, precisamente para sustentar que  entre o Concílio Vaticano II e o magistério anterior da Igreja não há ruptura, mas “reforma na continuidade”.

O Papa Ratzinger não conveceu até agora aos lefebvristas, que se mantêm em estado de cisma justamente neste ponto crucial.

Mas não convenceu — de acordo com o que escrevem Radaelli e Gherardini — nem sequer a alguns de seus filhos “obedientíssimos em Cristo”.

38 comentários sobre “Os defensores da tradição reivindicam a Igreja infalível.

  1. Vejam se Amerio, tem ou não rszão:

    http://www.sanpiox.it/public/images/stories/PDF/TC/TC_75.pdf#page=10
     
    Revista Tradiçao Catolica – Trecho do trabalho: “Nuova e antica dottrina a confronto

    La Chiesa, il Papa e i Vescovi|
     
    L’evoluzione della teologia negli anni conciliari

     
    Già nel 1961 usciva un libro firmato
    da Karl Rahner e Joseph Ratzinger, intitolato
    Episkopat und Primat. Nel capitolo
    Über das Jus divinum des Episkopats si
    sosteneva che l’unico soggetto del potere
    supremo sia il Collegio episcopale, e che
    il Papa che agisce solo lo faccia in quanto
    rappresentante del Collegio; Collegio che
    precederebbe cronologicamente e logicamente
    il Primato.

    Notiamo che per Rahner la prova
    di questa tesi (sostanzialmente condivisa
    anche da Congar) sarebbe che un potere
    supremo sottomesso a Pietro sarebbe
    necessariamente delegato da lui, poiché
    Pietro l’ha senz’altro ricevuto da Cristo;
    ora in tal caso gli Apostoli non sarebbero
    più gli Apostoli di Cristo ma gli Apostoli
    di Pietro; dunque si deve ammettere che il
    Cristo dia al Collegio il ruolo supremo, e
    che Pietro ne sia il delegato. Tutto questo
    perché, dice Rahner, una società può avere
    una sola autorità suprema, o ci sarebbero
    due società, il che equivarrebbe a negare
    l’unità della Chiesa. Il Papa sarà dunque
    tenuto da norme morali ma non giuridiche
    a comportarsi come rappresentante
    del Collegio e a non agire di proprio
    arbitrio.
    Questa tesi è chiaramente difficile
    da conciliare con il dettato del Vaticano I,
    che condanna «quelli che affermano che
    tale primato non fu dato immediatamente e
    direttamente al beato Pietro, ma alla Chiesa
    e tramite questa a lui come ministro della
    Chiesa stessa» (cfr. supra). Inoltre notiamo
    come tale tesi sia leggermente diversa da
    quella che poi ha prevalso in Lumen gentium:
    qui il soggetto del potere supremo è
    uno, il Collegio, benché non si escluda che
    il Papa possa agire solo, anzi che sia di fatto
    l’unico interprete e portavoce del Collegio.
    Deve riempire bene il suo ruolo comportandosi
    da rappresentante, o il Collegio potrà
    lamentarsi. Ogni considerazione giuridica
    su questo punto sarebbe fuori luogo: per
    loro la Chiesa è “comunione”, non società
    perfetta e ordinata.
     
    E tuttavia l’eco di questa tesi si fa
    sentire anche nel numero 22 di Lumen gentium,
    quando si afferma che il Papa esercita
    il potere a due titoli: in forza del suo ufficio
    e come Capo del Collegio. Si ammette
    dunque che almeno in alcuni casi il Papa
    sia solo il rappresentante del Collegio.
    Questa dottrina è oggi ancora viva?
    Che tracce se ne trovano nei più recenti
    documenti sullo stesso argomento?

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  2. O Concílio Vaticano II não será revogado, nem por Bento XVI nem por outro papa… Até quando vai se criar uma dicotomia na Igreja onde não existe?

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  3. Não existe dicotomia entre o Vaticano II e o Magistério Anterior?
    Só faltava essa…
    Socorro, Pio XII! Rogai por nós!

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  4. Engraçado como alguns sabichões se prestam a desautorizar trabalhos extensos e eruditos de pessoas de gabarito, com algumas míseras linhas com afirmações gratuitas e sem nenhuma refutação ao que foi escrito. Triste.

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  5. Sinceramente, tudo o que se podia dizer sobre esse crítico e tenebroso inverno que desceu sobre a Igreja já foi dito. Romano Amerio disse tudo com clareza e só faz vistas grossas para a realidade desesperadora que nos cerca quem ainda acredita em Papai Noel.

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  6. Papai Noel não existe???!!!!!!!!
    Rodrigo você destruiu a minha cosmovisão!!! Você detonou o meu castelo de cartas tão bem construído com as minhas quimeras, os meus ardentes desejos e a minhas delirantes burrices!!!!!
    Você é mau pra caramba!!!!

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  7. Engraçado! o que mais se viu nesses 40 anos de CV II foram sacerdotes rebeldes que menosprezam tudo o que é sagrado dentro da Santa Igreja.

    Sacerdotes que não ligam para o que sempre ensinou a Santa Madre Igreja e os Santos Papas; sacerdotes que se negam em colocar em prática documentos recentes que prezam pelo sagrado.

    Bom, então me veio uma dúvida: Por que não surgem os sacerdotes “rebeldes” para com os seus superiores que querem negar o sagrado?

    Por que não aparecem os sacerdotes que não aceitam que dentro de suas paroquias não seja implantada a imbecilizante Campanha da Fraternidade da CNBB?

    Não precisa os bispos contra Roma saberem não!

    Basta esses sacerdotes fiéis a Santa Igreja Militante esconder de suas ovelhas documentos, campanhas, idiotices que essa conferencia dos infernos, que é a CNBB, faz!

    Por exemplo:

    No folheto da Missa quanto alguns dizeres, o sacerdote pode muito bem trocar palavras que a CNBB se nega em fazer, como o “por todos” para “por muitos”; “O Senhor esteja Convosco” com a resposta “E com teu espírito”; e assim por diante.

    Poderia até mandar imprimir um papel com as correções feitas e pedindo para que os fiéis seguissem o folheto branco na hora de dar a resposta correta (na mimha época de garoto existiam os folhetos brancos, mas hoje eu sei que eram para introduzir os erros doutrinais).

    Será que eu estou escrevendo algo errado?!

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  8. Por isso D. Fellay disse aquj em Salvador, na semana passada “Regularização com Roma? Em curto prazo? Podem esquecer”

    Não acredito que Bento XVI seja “o restaurador” no sentido estrito, mas apenas um precursor de algum papa futuro que, ao contrário do mesmo, seja tradicionalista… O clero europeu está entrando em extinção, mas os seminários tradicionalistas continuam sendo um celeiro de vocações… Os padres e seminaristas jovens de hoje poderão ocupar estas futuras lacunas, alguém terá que ser nomeado nas dioceses,, e quem sabe no Sacro Colégio?

    A Missa Tradicional foi reabilitada, será por meio dela que as graaças que a Igreja necessita chegarão, e que as coisas se arrumarão como se deve.

    Mas preparemo-nos para os próximos 10 anos, porque, segundo recordou o mesmo d. Fellay, os últimos bispos da época do Concílio Vaticano pressionarão ainda mais o Santo Padre, num esforço final de salvar o Concílio.
    A Cúria Romana não está tão ratzingeriana assim. Está melhor agora, mas ainda existem influências liberais poderosas, e nós podemos enxergar isso no Osservaatore Romano, por exemplo, ou na estranha renúncia do Cardeal Pell… Mas como disse D. Fellay, (e eu já tinha constatado na realidade) os maiores apaixonados pelo Concílio estão no contexto da geração que viveu em seus dias, e o mesmo não ocorre com o clero jovem que nasceu posteriormente.

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  9. Papai Noel existe! Coelhinho da Páscoa tb! Vamos todos para os blogues da teologia da fumaça, com sorte alguém acaba ganhando uma fotinha na net…n existe coisa mais perfeita que uma missa com partes em latim outras com mulheres no altar, que tal coroinha de véu?

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  10. Renato, o problema é o desejo confesso de um selo de aprovação da plena comunhão…
    É a covardia escondida por detrás de legalidade…

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  11. Não concordo com a rebeldia, mas também discordo daquela covardia que hoje em tanto sítio abunda.

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  12. O melhor é o “Santo Silêncio”..alguém já ouviu falar?

    Se chama ‘HUMILTAS’-humildade!

    Aquilo que seja preciso fazer ou dizer, não nos preocupemos, pois o Espírito Santo o fará!

    Mas o tempo dos homens não é o tempo de DEUS,não é?

    Creio firmemente que a Santa Igreja, Católica, Apostólica e Romana, ressurgirá das cinzas e do fumo diabólico em que se encontra..dentro de relativo pouco tempo..

    Não sou ‘profeta’ nenhum amigos; apenas um pobre seminarista. Mas tenho confiança TOTAL nas palavras de Nossa Senhora em Fátima (1917):
    “O MEU IMACULADO CORAÇÃO TRIUNFARÁ!”

    Triunfará a Igreja Católica, triunfará JESUS EUCARISTIA!!! O SACRIFÍCIO perfeito, a Vítima Santa, o ALIMENTO da nossas almas!!!

    Vosso sempre, Mário.

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  13. Nem sempre o tal do Sandro Magister consegue ser parcial em tudo…FSSPX cismática? Ah, tá, conta outra piada que essa não teve graça!

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  14. Caro Renato, não precisamos ser tão radicais.
    Concordo com sua opinião, mas devemos ser “prudentes” como as serpentes e “simples” como as pombas”. O sr diz: “Por que não aparecem os sacerdotes que não aceitam que dentro de suas paroquias não seja implantada a imbecilizante Campanha da Fraternidade da CNBB?”
    Deixa a CNBB lançar trocentas, centenas e milhões de folhas e enviar-nos. Não batamos de frente, simplesmente joguemos toda essa tolice e verborragia INTRAGÁVEL, politiqueira e pagã, na fogueira ou, na melhor das hipóteses, no funnnndo da sacristia…
    Utilizemos as 4 Orações Eucarísticas do Missal Romano; as outras, especialmente as deprimentes, ridículas e nojentas, para missas com crianças, por exemplo, deixemôs-las de lado.
    Os doidos e “modernos” padrecos e até Bispos, ávidos por novidades chulas, não ignoram os documentos do Papa? Não ignoram a S. Concilium e a Instrução do Missal Romano em vigor, ou as interpretam da maneira que bem lhes agrada, ou de acordo com uns tais “liturgistas” brasileiros e de outros países, como a descarada f “freira” Yone Buchhhhhhhhhhooooooo e comp. ltda fazem?
    Nosso Senhor diz que os filhos das trevas são mais espertos que os filhos da luz. Na situação atual, é perca de tempo, é ilusão, bater de frente, num cenário episcopal, ainnnnnnnnnda de maioria liberttéee… Ainda rançossssssaaaaa do quebra-quebra da década de 70…
    Não tenhamos ilusão…
    O Vat II, interpretado na hermenêutica proposta pelo Papa não acontecerá tão cedo…
    O patrimônio litúrgico de mais de 4oo anos, depurado de seus exageros, que com certeza havia também, foi, desgraçadamente, destruído em poucos anos, agora para reconstrução é e será mais demorado, infelizmente, sem falar na “teologia” que está por trás dessa destruição, “lex orandi lex credendi”.
    Façamos nossa parte, sem estardalhaço…

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  15. Caro Bruno Luís Santana,
    Belo comentário.
    Só não entendi direito uma coisa, Dom Fellay esteve em Salvador?
    Se esteve, por favor, você teria mais alguma notícia ou novidade?

    Obrigado.

    Roberto F Santana
    robertofsantana@aol.com

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  16. Lassance não sou eu que sou mau, amigo, é a triste realidade que nos engole. Embora sejamos defensores da Tradição, ainda existem, em nosso meio, os que acreditam numa Tradição maleável, elástica, quase natalina e como disse a Ana Maria, missas com parte em latim e vernáculo e até coroinhas com véu…quanta “piada(de)”!
    Estou cada diz mais aflito com os rumos que o Santo Padre tem tomado, com uma estranha impassividade sua,quando vejo que os oponentes, as “renas” rebeldes desse trenó insistem em desobedecer o condutor e mantém certas rotas sob seu controle. Tá faltando o chicote e a firmeza.
    Na minha paróquia tem um homem que recebe a comunhã o de joelhos…mas na mão! É pra rir e também é pra chorar.

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  17. No ardor do embate, às vezes passa cada erro de português…
    “Utilizemos as 4 Orações Eucarísticas do Missal Romano; as outras, especialmente as deprimentes, ridículas e nojentas, para missas com crianças por exemplo, deixemôs-las de lado.”

    Corrigindo – “deixê-mo-las”…

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  18. Caríssimos irmãos, sempre tive a seguinte dúvida: “Por que o Santo Padre até hoje nunca celebrou a Santa Missa Tradicional após ter promulgado o Motu Proprio”? Eis que obtenho a resposta agora: Ouvindo a Conferência de D. Bernard Fellay (Superior da FSSPX) dada no dia 8 de julho de 2010 em sua visita ao Brasil (mais precisamente à Bahia)… Dom Fellay + ou – aos 60 minutos diz o seguinte: “Estava dando uma conferência à padres da Cúria Romana e padres de diversas dioceses européias quando um padre me disse: “- Meu bispo disse que no dia em que Bento XVI rezar a Missa de Sempre em público ele se separá do Papa e da Igreja””… Em seguida Dom Fellay confirma que o Santo Padre reza a Santa Missa Tridentina de forma particular (assim como alguns de seus secretários) e que só não o faz publicamente pela pressão de seus “irmãos no episcopado” e portanto, para evitar um verdadeiro cisma público na Igreja. Em seguida Dom Fellay comenta a situação em que nos encontramos: Um Papa não exercer seu direito/autoridade por pressão dos que lhe devem obediência. Agora compreendo ainda mais o pedido do Santo Padre em seu discurso em 2005 onde pediu para que rezássemos para que não tremesse diante dos lobos…
    Rezemos pelo Santo Padre Bento XVI!

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  19. Exatamente, José.

    Reitero o que você diz, e ainda especifico: ele disse que fez a conferência para 28 padres diocesanos da Itália, portanto, sacerdotes que não são da FSSPX. E este comentário sobre “fechar a Igreja” foi feito por um bispo italiano.

    Segundo D. Fellay, a Secretaria de Estado faz a peneira fina para travar ao máximo o contato do Santo Padre com a Tradição. D. Fellay citou um exemplo do mosteiro trapista de Mariawald, que solicitou o retorno completo da disciplina tradicional + a Missa Tridentina, e após a permissão do Santo Padre, a autorização jamais chegou às mãos do abade.

    E o abade, contactando uma autoridade vaticana amiga de D. Fellay e próxima ao papa, terminou enviando o pedido para que esta mesma autoridade entregasse diretamente ao Santo Padre, que teria se espantado, por já ter autorizado a permissão…

    E segundo D. Fellay, existe um documento preparado pela Secretaria de Estado anunciando que o “retorno” da FSSPX só se daria mediante a adesão integral ao concílio, documento esse preparado, e não assinado (provavelmente para em um dado momento de fraqueza fazê-lo assinar e azedar o diálogo com a FSSPX).

    D. Fellay tem amigos na cúria, mas também tem contatos nas dioceses (bispos, padres, seminaristas) que desejam a restauração. Um bispo inclusive confessou a ele que as manobras dos modernistas o impedem governar a própria diocese.

    Disse também que espera-se um recrudescimento das perseguições nos próximos anos, ao menos enquanto estiverem vivos os velhos bispos que em juventude ajudaram a fazer o Concílio.

    O parecer favorável à FSSPX foi dado por D. Hoyos em 2005, mas a reabilitação dos bispos só se deu no ano passado, em virtude das manobras dos liberais.

    D. Fellay realmente disse que o papa reza no rito de sempre de forma privada – Às vezes, e que há mais ou menos 20 missas tradicionais sendo rezadas diariamente nos altares de São Pedro, porém muitas são rezadas extremamente cedo, para não cair no conhecimento dos modernistas, ou ao menos para não chamar a atenção. Os celebrantes seriam pessoas do papa, da própria Santa Sé.

    Tenho mais fotos da visita no meu fotolog aqui

    http://picasaweb.google.com/bruno.luis.lima.santana/TradiAoCatolicaNaBahia#

    As fotos no caso, são as que estão embaixo, nas últimas filas.

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  20. Prezado Marcelo,

    perdoe-me a correção; entretanto, a emenda ficou pior que o soneto.

    Na utilização da ênclise para a 1ª pessoa do plural, suprime-se o “s” final, coloca-se o hífen e acrescenta-se o “l” ao pronome oblíquo.

    O correto é: DEIXEMO-LAS.

    Abs.

    Pedro José.

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  21. Quando saburido foi para Recife, a tl fez festa e um monte de gente esclarecida disse que ele era bom…depois veio a entrevista sobre aborto que ele é contra na QUASE totalidade dos casos…lugar de monge é no mosteiro!

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  22. As pessoas as vezes querem ser melhores que as outras as vezes sem se dar conta disso, a missa tradicional é belíssima mas até mesmo a missa de PAULO VI bem celebrada também, a maioria desses comentários são bem ofensivos se eu pudesse iria todos os dias na missa tridentina, mas é bom lembrar que todos os bons Católicos tem que ir na missa por e sempre por Jesus tem fatos e atitudes nas missas de PAULO VI mal celebradas que da até vontade de chorar, mas isso temos que por nossas orações por falta de respeito de alguns progressistas e nossas orações, também por trdicionalitas. vamos aceitar o que nosso Santo Padre diz e aceitar os outros também …………

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  23. Lais, os Cardeais Otavianni e Bacci examinaram a litúrgia bem celebrada de Paulo VI. O resultado pode ser lido no famoso breve exame critico. Dom Lefebvre, demonstra que ela é a Missa de Lutero e também Dom Mayer a rejeita. O problema da Missa de Paulo VI, não é o celebrante, mas a (antropo)teologia que ela expressa.

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  24. Caríssimos,

    Àqueles que não confundem o enunciante com o enunciado, relembro um pedaço da brilhante defesa da ferramenta de sobrevivência da VERDADE, bravamente feita por um conhecido Príncipe:

    “Faz parte da essência de toda a verdade não tolerar o princípio que a contradiz. A afirmação de uma coisa exclui a negação dessa mesma coisa, assim como a luz exclui as trevas. Onde nada é certo, onde nada é definido, podem-se partilhar os sentimentos, podem variar as opiniões. Compreendo e peço a liberdade de opinião nas coisas duvidosas: in dubiis, libertas. Mas, logo que a verdade se apresenta com as características certas que a distinguem, por isso mesmo que é verdade, ela é positiva, ela é necessária, e por conseguinte ela é una e intolerante: in necessariis, unitas. Condenar a verdade à tolerância é condená-la ao suicídio. A afirmação se aniquila se duvida de si mesma, e ela duvida de si mesma se admite com indiferença que se ponha a seu lado a sua própria negação. Para a verdade, a intolerância é o instinto de conservação, é o exercício legítimo do direito de propriedade. Quando se possui alguma coisa, é preciso defendê-la, sob pena de logo se ver despojado dela.”
    (A INTOLERÂNCIA CATÓLICA, LOUIS-ÉDOUARD CARDEAL PIE)

    In Corde Iesu,

    Fran

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  25. Caro Pedro José…
    Não tem motivo para vc pedir perdão…
    Agradeço a correção.
    Nossa língua portuguesa não é fácil, é bela e difícil.
    Nunca fui um expert nela…
    Um abraço.

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  26. Oi meu caro Gederson, obrigada pela recomendação do breve exame critico. Dom Lefebvre, é eu pude ler ele completo e confesso ser bem interessante e até mesmo intrigante em alguns pontos me fez pensar, havia algumas palavras dele deveras forte a respeito da reforma liturgica é claro que as críticas também não ficam atrás quanto as palavras dele.nossa pareçe até ter contradições em algumas críticas se diz,A nova liturgia eucarística de modo algum ataca a fé na presença real e
    substancial do Cristo sob as aparências do pão e do vinho. e ele diz nova Missa representa uma desvalorização muito
    sensível do Mistério sagrado bem como na expressão da fé católica nas realidades Em uma Igreja em desordem se elevaram redemoinhos quando Dom Lefèbvre
    tomou posição contra a missa de Paulo VI e o Concílio. então ai vai uma pergunta é claro se vc quiser responder!o Papa João Paulo II disse ainda que: “o Concílio Vaticano II constituiu uma dádiva do Espírito à sua Igreja. É por este motivo que permanece como um evento fundamental não só para compreender a história da Igreja no fim do século mas também, e sobretudo, para verificar a presença permanente do Ressuscitado. Meu caro não temos que aceitar e ser submissos a todas as ordens do Sumo Pontífice pois não pareçe como um cisma agir de outra forma o próprio Dom Lefèbvre também diz não podemos ser objeto de censuras de acordo com o julgamento infalível de São Pio V mas me diz não apenas de São Pio V mas de todos os Vigários de Cristo?

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  27. Prezada Lais, seis pastores protestantes participaram da confecção do Novus Ordus Missae. Trata-se ainda de um rito que poderia ser celebrado pelos protestantes. Como então ele conserva a teologia eucaristica de Trento? Como você se senti sabendo que o chefe da reforma litúrgica (Bugnini), pertencia a maçonaria?

    O Concílio que infundiu um processo de autodemolição na Igreja permitindo que a fumaça de Satanás a penetrasse por alguma brecha, não pode ser uma dádiva do espírito para a Igreja. Uma dádiva não produz uma apostasia silenciosa, como disse o próprio JPII.

    Poderia, por gentileza, formular a pergunta novamente?

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  28. Meu Deus agora sim estou surpresa e olha que ainda a muito para ,minha pessoa aprender quanto ao link que vc me mandou Guilherme primeiro é eu entendi não ser um cisma está bem claro e também graças a Deus isso não aconteceu mas, nossa minha surpresa pois é eu não sabia que Dom Lefebvre consagrava bispos se é oque eu li bem oque estava escrito, mas oque eu aprendi até mesmo na Catequese é que Um verdadeiro bispo católico tem a sua consagração episcopal no prazo de três meses a contar da chegada da bula papal de sua nomeação. ou seja Um verdadeiro bispo católico romano é nomeado pelo Papa?? e o outro link gente ele fala sem resenha que vários Papas cometeram erros! e O dogma da infalibilidade que foi instituído pelo Concílio Vaticano I (1869-70), convocado por Pío IX O documento Pastor Aeternus, aprovado em 18 de julho de 1870, estabeleceu a primazia do papa sobre toda a Igreja e definiu sua infalibilidade na doutrina da fé.Dogma é Dogma temos que aceitar e os erros que ele fala são sempre relacionados a questões principalmentes de fé e não meramente humanas, só gostária de informar que de minha parte participo, dos dois Ritos e me interessa muito essas questões..A Gederson nem,me fale de maçonaria essa seita do Demonio,A pergunta seria sobre nossa submissão ao Sumo Pontífice agindo de outra forma se não seriamos contra o dogma da infalibilidade? vou terminar dizendo rezar é isso que nossa igreja e nosso amado Papa Bento precisa hoje e sempre mas vamos rezar mesmo por nossos sacerdotes como seria lindo se todos soubessem celebrar o Rito na forma Extraordinária do Rito Romano, é uma tristeza que muitos nem saibam o que é isso então vamos rezar Deus sabe oque faz e nossa mãe do céu nos ajuda. Pax!!!

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  29. Lais, não sabia que você tinha aulas de Direito Canônico na catequese. Essa pra mim é nova…

    O direito canônico não vê falta alguma nas sagrações feitas por Bispos em caso de estado de necessidad Dom Lefebvre alegou esye estado de necessidade ao fazer estas sagrações mas esta causa nunca foi hulgada pela Roma conciliar e modernista. Antes no proprio Mortu Proprio Ecclesia dei adaflicta, JP II fala em “PONTOS NOVOS DE DOUTRINA”. Enquanto np CV I afirmoi-se que o Espírito Santo não foi prometido aps Romanos Pontífices para que pregassem nova doutrina. A infalibilidade é válida para pronunciamentos ex-catedra, não é válida para todos os pronunciamentos papais.

    O Vaticano II, representa uma ruptura evidente com o magistério constante da Igreja, ele é o anti-unam sanctam, o anti-syllabus, o anti-pascendi, anti-humani generis… e não é dificíl demonstrar esta ruptura quando se sabe que os novos téologos agentes da ruptura, brincavam de contrapor a patrística a escolástica…

    Mas você não respondeu as perguntas que eu fiz…rs

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  30. Sra. Lais, salve Maria!

    Pelo que se vê, não senhora não leu o pronunciamento de D. Pestana aos Bispos em Roma recentemente, então, leia este trecho e se quiser, o link está logo no final para ver a íntegra.

    “Por outro lado, por exemplo, nós sabemos da influência da maçonaria no último Concílio não foi pouca, PORQUE O PRÓPRIO MONSENHOR ENCARREGADO DA LITURGIA – Bugnini – TINHA ESCRITO UMA CARTA AO CHEFE DA MAÇONARIA ITALIANA, DIZENDO QUE PELA LITURGIA HAVIA FEITO TUDO QUE ERA POSSÍVEL; tudo aquilo, segundo recebeu instruções, mais não poderia ser feito. […]” https://fratresinunum.com/?s=pestana

    Salve Maria,

    Cleber Lourenço

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