Angústia de um bispo.

Por Cícero Harada*
cicero.harada@terra.com.br

Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis (Goiás).
Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis (Goiás).

A angústia de Dom Manoel Pestana Filho, bispo emérito de Anápolis, explode na carta amiga de apelo endereçada aos seus irmãos no episcopado:

“Pelo amor de Deus! Estamos diante de uma situação humanamente irreversível. A América Latina, outrora ‘Continente da Esperança’, como a saudava João Paulo II, hoje mergulha na ante-câmara do terrorismo vermelho, aliás, como prenunciava aos pastorinhos de Fátima a Senhora do Rosário.”

“Podem parecer, a essa altura, resquícios de uma idade de trevas, mas tudo acontece como se ouviu em dezembro de 1917 (“a Rússia comunista espalhará seus erros pelo mundo, com perseguições à Igreja, etc.”). Assusta-me a corrupção dentro da Igreja, o desmantelamento dos seminários, a maçonização de Cúrias e Movimentos.”

“Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, além disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?”

Diante destas palavras duras e corajosas, lembrei-me dele. Monsenhor Pestana. Não era bispo ainda e eu, universitário quando o conheci.

Profunda lembrança guardo daquela figura. Seis horas de uma fria manhã, quinta-feira santa. Eu e vários universitários de São Paulo desembarcávamos sonolentos em Petrópolis. Lá, na Rodoviária, a nos esperar em sua batina preta, monsenhor Pestana. Apresentei-me.

Participei de um retiro com outros estudantes do Rio e de São Paulo. Foram ao todo três dias e meio de retiro espiritual. Espiritual, repito. Mas sem deixar de fazer notar as implicações teológicas e filosóficas na doutrina social da Igreja. Ele não se deixava levar pela demagogia barata do “politicamente correto”. Foi então que me ficou claro que a civilização ocidental não existiria sem o fato essencial e inquestionável da Igreja Católica e de seus ensinamentos. Sem ela ruiria a nossa civilização e a nossa cultura. Ela é parte fundamental da própria estrutura desse edifício. Findo o retiro, domingo de Páscoa, despedimo-nos. No seu olhar, espelho d’alma, o testemunho do amor a Deus e a cada um de nós. Partimos. Nunca mais o vi de perto. Nunca mais o esqueci, nem o poderia.

Encontro-o agora na tela fria do computador, graças a uma amiga. Suas palavras de angústia ante o quadro quase que humanamente irreversível de descalabros e de cumplicidades, para com políticas empenhadas “em apagar os últimos vestígios da nossa vida cristã”, tocam-me profundamente. A carta de Dom Pestana vale para todos nós, para mim, para você, porque somos partícipes da sociedade em que vivemos. Meu avô que não era católico, tantas e tantas vezes me alertava quando algo estava errado ou mal feito: “isso não está nada católico.” Hoje, tão distantes dos verdadeiros valores, mergulhados por inteiro no relativismo, não dizemos mais isso e ainda pensamos em fazer média e equilibrar na corda bamba. Seremos lançados todos no mais profundo dos abismos. Nesta hora tão grave, neste vale-tudo, as decisões e atitudes hão de ser igualmente claras e fortes. Como é fácil repetir com Ovídio aquela conhecida máxima: “Video meliora proboque, deteriora sequor” (Vejo o bem e o aprovo, mas faço o mal). Não me recordo de tê-lo agradecido como deveria por aquele retiro. Faço-o agora, também pela carta. Dom Pestana, obrigado por seu testemunho!

* Advogado em São Paulo, foi procurador do Estado de São Paulo e conselheiro da OAB-SP.

Autorizada ampla divulgação

33 comentários sobre “Angústia de um bispo.

  1. Senhor Cícero Harada muito se irmanam na dor do Santo Bispo. Por vezes me dá um desânimo em ver nossa Igreja tão atacada por “lobos” que profanam a fé católica. A mudança só de cima, quando vier, pois está caótica a Igreja no Brasil! Os parâmetros forma com oque destruidos… A Fé convalesce… Oremos !

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  2. “Podem parecer, a essa altura, resquícios de uma idade de trevas, mas tudo acontece como se ouviu em dezembro de 1917 (“a Rússia comunista espalhará seus erros pelo mundo, com perseguições à Igreja, etc.”).

    É… isso aqui no Brasil se torna evidente demais, porque vivemos sob um regime socialista e uma CNBB contaminada por muitos eminentes “religiosos” simpatizantes do comunismo.

    “Assusta-me a corrupção dentro da Igreja, o desmantelamento dos seminários, a maçonização de Cúrias e Movimentos.”

    Para aqueles que ainda acreditam que a Mensagem de Fátima é passado e que já foi feita a Consagração da Rússia ao Imaculado Coração … Esses sinais de apostasia apontados por Dom Pestana se torna um tapa na cara !!!

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  3. Grande D. Pestana!!!
    Pequeno em estatura, mas gigante em fé, em amor à Santa Igreja.
    D. Pestana possui uma memória fabulosa, uma cultura vastíssima e profunda; passeia entre filósofos antigos, modernos, contemporâneos, com uma facilidade “invejável”…
    Tive a honra de ser seu aluno um dia, e ficava boquiaberto com a memória do Bispo…
    Nunca deu uma aula sem, no mínimo, ter 4 5 6 ou mais livros sobre o assunto.
    Não só dizia que esta ou aquela teoria filosófica era falsa, explicava, detalhadamente, com argumentos sólidos e científicos, o porque tal teoria não se sustentava…
    Em Teologia,os Padres da Igreja, S. Agostinho, S.Tomás, S. Boaventura, S. Anselmo e tantos outros astros que iluminaram e iluminam a fé católica, lhe são familiar…
    Na CNBB, quando ele pedia a palavra, os pobrezinhos, mal formados, caquéticos, frustrados Bispos adeptos da t. da libertação, ou seja, da maldição, rangiam os dentes, tentavam tumultuar na hora que D. Pestana tomava a palavra. Porém, era o máximo que podiam fazer para tentar desacreditar D. Pestana, porque discutir, argumentar lealmente debater intelectualmente, como faziam os pensadores medievais, por exemplo, nas famosas “quaestio disputata ” era impossível pela caducidade, pela mediocridade, pelo pé no chão, “no chão” no pior sentido que existe(não uso outro termo por educação), não eram capaz, tamanho foi o rombo, a baixeza, a desgraça que essa peste mortífera, chamada “teologia da libertação”, trouxe à Igreja e gangrenou nossa formação católica.
    E o mais bonito. Um intelectual, do quilate de D. Pestana, fazia um sermão, uma homilia, que tanto letrados ou iletrados, saiam satisfeitos e saciados pela Palavra de Deus, nas suas Missas.
    Sr. Cícero, faço minhas vossas palavras:“Não me recordo de tê-lo agradecido como deveria… Faço-o agora, também pela carta. Dom Pestana, obrigado por seu testemunho!
    D. Pestana, pro sr. vale o que fala Bento XVI em sua encílica “Caritas in Veritate”:«Por isso, defender a verdade, propô-la com humildade e convicção e testemunhá-la na vida são formas exigentes e imprescindíveis de caridade».

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  4. Cadê os defensores, as velha carpideiras choronas que tumultuaram esse blog defendendo a CNBB e os bispos contaminados pela peste da TL e de outras heresias?
    Deveriam se pronunciar, afinal, para eles não há nada de errado com os bispos brasileiros.
    Graças à Deus ainda existem faróis que indicam o caminho. Dom Pestana, Dom Bergonzini, Dom Opperman, Dom Cardoso.

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  5. “Não julgueis e não sereis julgados”…
    Não é porque o Pe. está andando de skate, que se conclui que ele não reze o Breviário.
    Se ele está trazendo os jovens para a Igreja, qual o pecado de fazer essa brincadeira??
    Escandaloso foi aquele que fez da Santa Missa um jogo de futebol, aí sim é grave…
    Escandaloso e digno de censura é o Marcelo Rossi, despejando baldes de água benta nas pessoas, inventando 1001 palhaçadas e tontices, dentro da Missa, e ainda por cima com D. Fernando do lado… deturpando totalmente a Missa.
    Sinceramente não vejo nada de escandaloso nesse padre usando o skate, em público, fora da Igreja, junto aos meninos…

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  6. Concordo com o Marcelo.O simples fato de fazer uma brincadeira no skate não significa que seja um padre palhaço no sentido pejorativo.

    Pode ser um artifício para atrair os jovens, como fazia Dom Bosco fazia. Se não falou nada de errado não se pode julgá-lo só por uma brincadeira provavelmente filmada por um amador. Se invés de skate, fosse futebol ou outro esporte, não haveria essa malícia. O fato dele estar vestido de sacerdote já fala alguma coisa.

    Como a maioria de nós não entende húngaro, então penso que não devemos fazer juízo temerário.

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  7. Rodrigo, n aparecem pq estão tentando achar o parafuso da vergonha na cara que teima em sumir das vistas deles.

    ***********************

    O padre do skate, n sei o que ele fala, mas n achei nada demais a imagem. Se ele fosse para pista de skate caracterizado ai sim, eu ajudaria a descer a lenha nele.

    Mas vejam esse aqui, os compromissos com a paróquia de fim de ano, é um dos detalhes que prejudica o treinamento dele:

    http://www.pedal.com.br/texto2558.html

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  8. Meu caro Marcelo e Maria,
    Prestem mais atenção.
    É um sacerdote da Igreja Católica.
    Ele está usando uma batina, os jovens não estão rindo dele, estão rindo da batina e o que ela representa, se ele estivesse com roupa de leigo não haveria o riso.
    Prestem atenção nos jovens do vídeo e verão que tipo de catequese que se ensina lá.
    Pensem em um general de farda e quepe fazendo o mesmo, iria ficar ridículo.
    Aliás foi um general famoso que disse o seguinte:
    “Do sublime ao ridículo é só um passo”.

    Roberto F Santana
    robertofsantana@aol.com

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  9. Roberto
    devo discordar de você!
    não é possível(a nao ser é claro que vc tenha entendido o que eles falaram em húngaro) saber se eles estão rindo da batina!
    de fato é uma situação peculiar, engraçada até, ng imagina ver um padre andando de skate!
    mas pra mim só o fato dele estar usando de seu tempo livre andando de skate respeitando a obrigação da batina já é motivo de parabenizá-lo, tendo em vista que nem nos afazeres paroquiais vemos padres usando suas batinas e hábitos.

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  10. Meu caro pedro carneiro!
    Não e não!
    É ridículo e patético.
    É triste também citar São João Bosco, que atraia os jovens usando a verdade pura e simples.
    Um santo que não fazia palhaçadas e se preciso fosse, carregava era no braço com uma vez ele fez com três ou quatro garotos.
    É Jesus Cristo que atrai.
    Não é o skate, que em si não tem nada de mais mas sua prática só leva à coisas ruins e má companhia.

    Roberto F Santana
    robertofsantana@aol.com

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  11. Lamento pelo off-topic.
    Para os amantes dos padres “extreme games”, lembro que hoje é dia de São Jacinto que batizou,sem skate, mais de 120.000 pagãos e infiéis.
    E… a batina do padre é preta porque o padre está morto para o mundo.

    São Jacinto e São João Bosco,
    Rogai por nós.

    Roberto F Santana
    robertofsantana@aol.com

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  12. Não disse que ele deve usar o skate para atrair!
    não necessariamente, só disse que nesse caso não vi mal algum, desde que ele seja modesto e cumpra com suas obrigações de sacerdote com a Santa Missa e a comunidade que ele serve.

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  13. Caros, salve Maria!

    Creio que aqui cabe o ensinamento de que não se deve usar um meio ruin (o skate) que, além de oferecer certo grau de risco à saúde de quem o guia, também exige tempo para se aprender a guiá-lo, e este tempo deveria, mais ainda em se tratando de um sacerdote, ser aplicado em algo que fosse mais dígno, no caso, a oração, ao estudo, missa, visita a doentes, etc., para se obter algo bom, que seria a conversão dos fiéis.

    O fato de estar usando a batina, neste caso, agrava o problema, pois, embora possa ter boa intenção, colocará a Igreja, a quem ele representa, como ridícula aos olhos dos hereges e no caso do padre sofrer um acidente, poderá ter que deixar de rezar a santa Missa e dispensar os demais sacramentos.

    Usando de exemplo, cito o dos carismáticos que para atrair mais pessoas, usam práticas heréticas como as protestantes, orações em linguas, repouso, etc, e o rock, que todos sabem, não converte ninguém, e quando acabam os meios (o rock, o repouso), a “fé” também se vai, pois era falsa, sensível.

    Tudo nos é permitido, mas, nem tudo nos convém! é o que diz as Sagradas Letras, logo, um padre tem que procurar converter os pecadores e ensinar aos fiéis com meios dígnos e lícitos.

    Cleber Lourenço

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  14. Concordo com o sr. Cleber Lourenço,

    “O fato de estar usando a batina, neste caso, agrava o problema, pois, embora possa ter boa intenção, colocará a Igreja, a quem ele representa, como ridícula aos olhos dos hereges e no caso do padre sofrer um acidente, poderá ter que deixar de rezar a santa Missa e dispensar os demais sacramentos.”

    Chega de Padres superstar
    Chega de Padres surfistas
    Chega de Padres cantores de músicas profanas
    Chega de Padres skatistas
    Chega de Padres moderninhos etc etc ..

    Onde estão os padres qe atravessam noites adorando o Santíssimo Sacramento??

    Onde estão os Padres que passam horas e horas atendendo confissões nos confessionários como ordenou o Santo Padre???

    Onde estão os Padres fiéis ao Santo Padre à tradição e que defendem o rebanho???

    “Horroriza-me a frieza com que olhamos tal estado de coisas. Somos pastores ou cães voltados contra as ovelhas? Somos ou não, além disso, cúmplices de uma política atéia empenhada em apagar os últimos traços da nossa vida cristã?”

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  15. Chega de Padres metidos a galã de telenovela a exemplo do Fábio Jú…, quero dizer Fábio de Mello. (mas, que parece, parece, né?).

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  16. Penso que os comentários aqui exageram e muito! Um Pe.andando de Skate. o que isso tem de mais?
    poderia ele andar de bicicleta? quem sabe de moto? ou que tal de cavalo? qual o problema nisso?
    bastou um vídeo de um sacerdote de batina (batina,isso por si só já é adimirável e merece nosso respeito). agora outro dia, ví por aqui um poema a batina, e nele havia Padres em diversas atividades, inclusive praticando Ski no gelo, um outro jogava bola, e engraçado não vi por aqui nenhum comnetário criticando-os por isso.

    aqui se fazem muitos juízos temerários, só porquê o sacerdote foi filmado andando de skate quer dizer que ele não reza o breviário?
    disseram que ele perdeu tempo aprendendo a andar de skate, quem garante que ele não aprendeu a andar quando era jovem antes de entrar no seminário?

    ao Sr. Cleber, pergunto: se o Pe. corre risco em se machucar andando de skate, não corre risco também qualquer pai de familia em se machucar batendo uma bolinha no final de semana? será que um Pe. está isento de correr riscos andando de carro? ele não poderia cair de bicicleta se nela estivesse andando, será que só por um Pe. ser o que é ele não pode nem subir numa prancha com rodinhas que já se torna motivo de escândalo? se o Revmo. Sacerdote foi assim filmado, quais as garantias que vcs tem de julgá-lo como se ele fizesse isso todos os dias?

    concordo também que hoje há uma aparente e presente falta de piedade em muitas almas sacerdotais, falta zelo e apreço pelo sagrado, por isso tanta desconfiança… mas, viver procurando cabelo em ovo e um sacerdote para descontar suas frustrações aí já é demais. cuidado isso pode virar paranóia e lembrem-se, juízo temerário é pecado, e julgar um sacerdote sem corretos motivos é mais grave ainda!

    e só pra demosntrar o nível de paranóia de muitos aqui, que tem haver um vídeo de um pe. andando de skate, com a metéria de Dom (grande) Pestana?

    em Cristo Jesus!

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  17. No Deus lo Vult que é baluarte da defesa intransigente do Concílio Vaticano II, algumas choronas estão criticando o Fratres in Unum e seus comentaristas pelas críticas ao padre do skate. Aliás, o corifeu desses comentários é o mesmo que causou celeuma aqui defendendo os bispos vermelhos que se escondem na CNBB.

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  18. Concordo com o Lúcio, e cito como exemplo os diversos vídeos, documentários e fotos de padres da FSSPX (que tanto admiro) jogando futebol (de batina)… Não seria uma contradição criticar o padre “do skate” e achar totalmente normal os padres “futebolistas” só pelo fato de serem da FSSPX, uma vez que são situações praticamente idênticas??
    Concordo que devemos centrar-nos no desabafo de Dom Pestana.

    José Lima

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  19. “que tem haver um vídeo de um pe. andando de skate, com a metéria de Dom (grande) Pestana?”

    Sim, tem.
    O padre skaitista envergonha o bispo e seus amigos padres.
    Citei o breviário como força de expressão, mesmo porque ele não é mais obrigatório,Paulo VI o mandou para o espaço e colocou no lugar uns livrinhos que eles chamam de “liturgia das horas” mas hoje com o skate, pode ser chamado liturgia dos minutos.
    Aqui, parece que alguns não querem ver além da palhaçada do padre.
    Imagens e simbolismos são importantes e ficam nas mentes.
    Eu, não gosto de argumentar contanto coisas pessoais mas gostaria de relatar algo.
    Semana passada mostrei para um de meus filhos umas fotos e um filme com cenas de padres dando o sacramento da extremunção a soldados que morriam nas praias da Normandia, assim como a vida que os padres tinham durante a guerra, todos usavam batina, quando não, o uniforme de soldado.Cenas fortes para uma criança.Meu filho olhou com atenção todas elas, sério, notei que o menino ficou tocado com uma foto em que aparece um padre(de batina)carregando um soldado já morto.Ficou olhando a foto por um instante e falou:”Esse padre tinha muita coragem”.Esse meu filho tem 8 anos de idade.
    Ontem, mostrei para minha família, esposa e quatro filhos, o patético vídeo em questão,antes, não falei nada.
    Ao final do espetáculo, nimguém riu.Minha filha de 11 anos disse com ares de decepção :Ele sabe andar, treinou bastante.
    Nossos filhos, nossos jovens não precisam de skate.
    Não precisam ver cenas de padres provocando risos.
    Precisam ver cenas de padres morrendo.
    Morrendo pela Igreja.
    Aos que não concordam ou acham meus argumentos paranóicos, tenham um pouco de boa vontade e humildade e tentem ler um São João Maria Vianey ou um padre Antônio Vieira.

    “Terão na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus;em seus ombros ostentarão o estandarte ensanguentado da cruz, na direita, o crucifixo, na esquerda o rosário, no coração os nomes sagrados de Jesus e de Maria,e,em toda sua CONDUTA, a MODÉSTIA ea MORTIFICAÇÃO de Jesus Cristo”.
    São Luis Maria Grignion de Montfort

    Roberto F Santana
    robertofsantana@aol.com

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  20. Sr. Lúcio, salve Maria!

    De fato, há certo grau de risco em todos estes meios de transporte que o senhor citou, porém, com o skate, creio, nenhum padre vai sair para dispensar os sacramentos, ou fazer uma outra atividade específica de sua função sacerdotal ou de necessidade real de skate(se bem que em nossos dias tudo é possível).

    Automóvel, bicicleta, motocicleta ou outro meio de transporte normal e que ofereça um mínimo de segurança seriam usados, em princípio, para fins, como disse acima, necessários, e se vierem a causar dano à saúde do sacerdote, será uma fatalidade, um acidente, e a responsabilidade de quem o utiliza será medida de acordo com a necessidade do uso, enquanto que com o skate um acidente é, se não evidente, no mínimo algo bem possível.

    De toda forma, o que eu quis mostrar é que um Padre deve procurar meios dígnos para exercer sua função sacerdotal, que é por si só, digníssima.

    Quanto ao escândolo, vou usar dois exemplos para tentar fazê-lo entender. Imagine que saia num noticiário as situações seguintes:

    1º exemplo:

    “Sacerdóte católico sofre acidente de carro e tem uma perna e um braço quebrados ao ir dispensar o Santo Viático a um fiel e em decorrência do fato, a cidadezinha do interior que só tem ele por padre, ficará sem missa e demais sacramentos até que ele se recupere.”

    Neste caso, o fato seria visto com certa normalidade, embora com muito pesar, por parte dos fiéis.

    2º exemplo:

    “Sacerdóte católico sofre acidente de SKAT e tem uma perna e um braço quebrados ao ir dispensar o Santo Viático a um fiel e em decorrência do fato, a cidadezinha do interior que só tem ele por padre, ficará sem missa e demais sacramentos até que ele se recupere.”

    Imagine como uma notícia desta seria recebida pelos fiéis? Seriam ou não escandalizados? A menos que a dita cidade fosse habitada apenas por skatistas.

    Amigo Roberto, salve Maria! é isso mesmo, ensine às crianças o forma os verdadeiros católicos.

    Cleber Lourenço

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  21. Não sou a favor da introdução do “skateboard” como matéria de seminário; mas não critico um padre simplesmente porque escolhe o “skate” em vez do futebol ou da bicicleta como seu esporte.

    No vídeo em questão, mais do que o “skate” incomodou-me certa infantilidade nos gestos e nos modos, tanto do padre, quanto dos adolescentes. Como não entendi nada do que foi dito, páro por aqui.

    Aliás, não quero escandalizar ninguém, mas trago um vídeo melhor:
    http://pt.gloria.tv/?media=30670

    Fiquem com Deus!

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  22. Salve Maria!

    Sobre padre andar de skate em não vejo nenhum problema, é um esporte talvez mais radical, mas não deixa de ser um esporte ou uma atividade de lazer, e também pode até ser um meio de transporte.

    No primeiro link do ‘Padre skatista húngaro’ diz que ele aprendeu andar de Skate quando tinha 14 anos nos tempos da escola. E só mais tarde como padre “que se deu conta do impacto que sua habilidade podia exercer sobre crianças e jovens”. “Ele disse que três rapazes de 16 a 18 anos que nunca antes haviam ido à igreja começaram a frequentá-la regularmente depois que ele lhes mostrou alguns truques no skate.” Qual o problema nisso? Um padre praticando um esporte, jovens o conheceram ali, pode até surgir uma amizade, eles se aproximam do padre e também da Igreja.

    Mesma coisa um padre que joga futebol, alguem pode conhece-lo praticando esporte, e surgindo alguma amizade tem a possibilidade de a pessoa ir para igreja do padre amigo e companheiro de esporte.

    O fato de o padre estar ali -um ambiente saudável me parece-, só a presença dele de batina é uma evangelização de alguma forma, já lembra a Deus.

    Já no segundo vídeo dos “Franciscanos da Imaculada” ficou bem feito, e o padre mandou muito mais manobras que o primeiro! Um skatista deveria até dizer: “irado!! esse padre manda bem no skate!!” Mas e daí? Existe algum problema em o padre fazer umas manobras de skate ou algum outro lazer que goste?

    Recentemente li um texto e quero partilhar aqui, deve ajudar na reflexão:

    Tomás responde: Pode haver alguma virtude na prática de jogos e brincadeiras?
    Link: http://sumateologica.wordpress.com/2010/05/25/tomas-responde-pode-haver-alguma-virtude-na-pratica-de-jogos-e-brincadeiras

    Pode-se ler também:

    Eutrapelia, a virtude da recreação
    Link: http://www.permanencia.org.br/drupal/node/1087

    PS: Querer fazer comparação com um S. João Maria Vianey pode ser até apelação, é claro que não tiro a razão do mesmo ou diga que esteja errado este santo ou qualquer outro. Mas será que todos padres levariam uma vida com tamanha austeridade como a dele? Eles suportariam ou conseguiriam? Coitados de nós pobres mortais, podemos até querer ser santo e lutar, mas se não for a graça de Deus (e Ele a dá a quem quer e como quer) nós não seriamos nada!

    Em Jesus e Maria,

    Victor R.

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  23. Claro que a notícia (e o vídeo) do sacerdote skatista tem ligação com a carta angustiada de Dom Pestana.

    Sua Excelência constata que a Igreja se encontra em estado de tensão diante da ebulição comunista ateia e materialista como alertou Nossa Senhora em Fátima de que a Russia espalharia seus erros pelo mundo, e que está contaminando até ela própria (a Igreja). E o sacerdote, o que demonstra? Nada! Está engajado e misturado àquilo “que todo mundo faz”. A justificativa é sempre a mesma: tem de “atrair” o jovem!

    Mons. Lefebvre em sua “Carta aos católicos perplexos” relata um fato que se relaciona ao assunto do post e do padre de skate. Os sacerdotes, no intuito de “levarem” a doutrina social da Igreja aos trabalhadores, se misturaram a eles nas fábricas, como operários. A partir daí, se envolveram tanto com o sindicalismo, luta de classes, política, etc. que deixaram sua missão… de sacerdotes, e se tornaram políticos, sindicalistas, comunistas, etc.

    O sacerdote do vídeo, talvez preocupado em “chegar” à juventude, se dedica com afinco a aprender as manobras.

    Dom Pestana, que nao é skatista, se preocupa com a Igreja e com a tomada da maçonaria e do comunismo materialista e ateu.

    PS.: Quando era criança participei de um passeio de seminaristas da minha Diocese a uma praia próxima da cidade. Era no tempo frio e a praia, afastada. Não havia ninguém. O bom sacerdote, precavido, me alertou quando voltávamos: – Não vá dizer que foi à praia com os seminaristas, ninguém vai entender!

    Mas isso foi em tempos antes da proliferação de vídeos dos AUTO PAPARAZZOS que escancaram sua privacidade em troca de uma notoriedade passageira.

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  24. O tópico do padre skatista chamou mais atenção do que o “caput” da matéria.
    No passado não muito distante os padres lançavam mão de cavalos, carroças e bicicletas como meios de transportes, principalmente nas cidades do interior. Há fatos e registros curiosos sobre o cavalo do padre ou mesmo a bicicleta do padre.
    O mundo atual acrescentou elementos modernos e esportivos em quase todos os campos possíveis de imaginação, são como molduras desnecessárias.
    Não vejo com mal olhos um padre, hoje em dia, andar de bicicleta, desde que seja utilizada como um meio de transporte, modelo clássico e sem muitos aparatos que chamem atenção. Não convém, portanto, uma bicicleta importada, produzida com carbono, própria para ciclistas profissionais que fazem a “Volta da França”, por exemplo. O mesmo se aplica ao uso de um cavalo, mas o trânsito das grandes cidades não permitiria…
    Quanto ao SKATE, devemos salientar que não se trata de um meio de transporte… É tão somente um equipamento esportivo!
    Em seu caráter leigo, o fiel pode utilizar o SKATE como um divertimento… Não vejo problemas! O que não recomendo é ficar fazendo manobras nos túneis cariocas em plena madrugada…
    O que acontece com o SKATE hoje em dia é a vulgarização de uma prática desportiva. Geralmente a figura do skatista é associada ao ocioso… Uma pessoa que passa o dia todo nas praças e quadras tentando manobras e arriscando sua saúde, sem responsabilidade. Não organiza seu tempo para outras atividades mais importantes, além disso fica sujeito ao envolvimento com drogas e outras situações imorais.

    Ao padre, cabe a figura de aconselhar tais jovens, sem contudo arriscar algumas manobras desnecessárias…

    Rezemos por ele!

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