Enquanto as discussões entre Roma e a Fraternidade São Pio X estão se chocando, segundo comentários de ambos os lados, contra uma parede doutrinal, informações de França e Alemanha, unidos a um rumo que chega de Roma, anuncia perigo para os Católicos. Esse perigo é um acordo político, o qual simplesmente dará uma volta no bloqueio doutrinal. A política ameaça contornar a doutrina.
Há algumas semanas me comentaram, da França e Alemanha, que uma parte importante dos Católicos que assistem às missas da FSSPX estão unicamente esperando que saia das discussões alguma espécie de acordo. Se — repito, se — isso é verdade, é muito grave. Estes Católicos podem receber a melhor qualificação por desejar não estar separados do que parece ser Roma, mas seriam reprovados por não se dar conta de que, enquanto as discussões se mantém no plano doutrinal, não existe maneira de que os ensinamentos neo-modernistas do Vaticano possam ser reconciliados com a doutrina Católica da verdadeira Igreja. Esses Católicos podem venerar e amar Dom Lefebvre tal como o vêem, mas não compreenderam a essência de sua luta pela Igreja. Ser-lhes-ia conveniente acordar, se não querem, de maneira ou outra, cair nos braços dos Romanos neo-modernistas.
Um acordo à frente da doutrina significa política à frente da religião, unidade à frente da verdade, homem à frente de Deus. Deus à frente do homem significa verdade à frente da unidade, religião à frente da política e a doutrina sendo mais importante que qualquer acordo não-doutrinal. Somente os sonhadores poderiam não ter previsto que as discussões doutrinais Roma-FSSPX se chocariam contra um muro doutrinal. Apenas os políticos poderiam desejar que algum acordo não-doutrinal resultassem delas.
Meu Deus! Pelo visto, Bento XVI sinceramente crê na Nova Igreja do Vaticano II, que deve unir em seu seio absolutamente todos os homens, sem importar se crêem ou não na única verdadeira doutrina da Fé. Portanto, ele sinceramente deseja acolher também a FSSPX — e naturalmente não lhe resta muito tempo mais tempo de vida! Assim é que o bloqueio das discussões doutrinais não lhe deveriam preocupar tanto, se busca chegar a um acordo político com a FSSPX e, deste modo, poder uni-la ao resto da Nova Igreja. Por conseguinte, não deveria ele pedir muito da FSSPX, ou ela negaria o acordo; nem muito pouco, pois então o resto da Nova Igreja se levariam em protesto.
O rumor vindo de Roma consiste precisamente em que ele está pensando num “Motu Proprio” que aceitaria a FSSPX “de volta à Igreja”, de uma vez por todas, sem pedir da FSSPX uma aceitação explícita do Vaticano II ou da Missa Nova, mas apenas a aceitação, por exemplo, do “Catecismo da Igreja Católica” de 1992, de João Paulo II, que é substancialmente modernista, mas discretamente. Portanto, a FSSPX não apareceria a seus fiéis como aceitando o Concílio ou a Nova Missa, embora começasse, pouco a pouco, discretamente, a tragar a substância do neo-modernismo.
Deste modo, todos os que buscam a unidade estariam contentes, exceto os que crêem na doutrina Católica.
PERIGO!
Kyrie eleison.
Coluna semanal de Dom Richard Williamson de 21 de agosto de 2010.
Gostaria de saber se esse Motu Proprio virá impondo também o código de 83.
Roberto F Santana
robertofsantana@aol.com
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O tal acordo entre a FSSPX e Roma seria, ao meu modo limitado de vê, uma vitória a mais para o Ecumenismo.
Viva Dom Lefebvre!
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Preciso admitir, infelizmente: Dom Willianson, neste ponto, deve ser louvado. Apesar da desastrosa polêmica sobre o holocausto, agora ele tem razão.
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Ele sempre discordando de tudo e provocando a desunião.Nasceu Anglicano cismático e vai morrer assim.
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Quanto mais eu leio e estudo, mais compreendo a posição, por ex., de Dom Williamson. E mais agradeço a Deus a benção de poder conhecer a batalha de Dom Lefebvre e da FSSPX.
Nestes tempos em que qualquer coisa é politizada, achamos “natural” a possibilidade de acordo. Esquecemos – e alguns nem sabem – que a política baseia-se em princípios! Homens carregados com seus valores sentam-se ao redor de uma mesa para negociar coisas. A confusão acontece entre valores e dinheiro/poder, doutrina/sistema e coisa/essência. Tudo é negociável? Penso que não.
Estou, no momento, percebendo alguma associação entre a crise na Igreja de Jesus Cristo e as interpretações aos fatos referentes a Israel.
Por ex., no site de Daniel Pipes, podemos ler uma explicação sobre idéias que sustentam a nova ordem mundial, por Yoram Hazony do Shalem Center em Jerusalém. Ele aponta Kant, em “A paz perpétua”, para compreender-se a atual negação do paradigma de estado-nação.
http://pt.danielpipes.org/8789/immanuel-kant-versus-israel
O que ele diz aponta um sentido para entendermos o motivo de tanto ódio contra os EUA/Israel hoje, e, acrescento eu, contra a Igreja dentro da igreja e contra o Vaticano como Estado. Esse ponto de vista dilui a impressão de que é algo pessoal contra os católicos. Mas, não podemos perder de vista a conivência total dessa mentalidade kantiana com os fatos ocorridos em países islâmicos.
Enfim, a luta contra o Maligno dá-se em várias frentes de batalha. Minha arma é o Rosário da Virgem Maria Santíssima e a certeza de Seu triunfo.
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Bem, do que Dom Williamson escreve, depreendo – eu – algo certo e algo errado.
Certo, na medida em que realmente a discussão doutrinal, ao nível dos princípios e que muito nos pode fazer avançar para a restauração da Tradição em termos oficiais, não devia ser abandonada sob risco de destruir o trabalho apostólico já empreendido junto de Roma.
É muito importante que o debate sobre o que foi bom e o que foi mau no Vaticano II (embora a FSSPX de modo geral só veja o que foi mau – e isso a meu ver é já viciar o debate) prossiga. Já chega de tabus com o Concílio e, julgo que esta porta que Bento XVI abriu à discussão, para se poder avaliar o V2 sem preconceitos, é um passo muito importante, que pode mesmo vir a ser decisivo e que, por isso mesmo, seria péssimo se se desse um retrocesso com um acordo meramente prático ou ‘político’ como diz Dom Williamson.
Por outro lado, e contrariando isto, a FSSPX não pode ter a pretensão de corrigir o Papa. Pode debater, pode ensinar a correcta doutrina, mas não pode ‘impôr’ só ‘regressar’ quando Roma for absolutamente e em tudo tradicional. Sou contra acordos práticos, mas sou a favor da regularização canónica imediata.
Explico a aparente contradição: um acordo prático, para mim, supõe uma concessão por parte da Fraternidade.
A regularização canónica que aguardo e pela qual rezo seria algo do género do que Dom Williamson explicou aqui: a aceitação do novo Catecismo, tal como pedido aos anglicanos. Para mim, isto não representa qualquer concessão.
A FSSPX não pode, sob risco de efectivamente um dia se tornar cismática – que não é e nunca foi – – ter uma atitude arrogante e ‘insubmissa’ relativamente ao Santo Padre. À boa vontade de um tem de corresponder uma generosidade e boa vontade do outro. Senão não há diálogo nenhum; temos é um Papa a fazer tudo sozinho. E sabemos que sozinho não vamos lá.
Penso que aceitar o novo Catecismo nada tem de errado: quem não gosta dele, não o usa e continua a recorrer aos outros. Eu por exemplo sei bem discernir o que nele está melhor explicado e os seus perigos e ambiguidades. Há matérias do novo catecismo – como a moral sexual e matrimonial – que a meu ver estão muito melhor explicadas do que nos outros. Outras estão péssimas, como a questão dos casamentos mistos e o respeito por tudo o que nos separa.
Julgo que se pode usar este novo catecismo com cuidado, tendo em conta as suas ambiguidades – a linguagem não exacta -; pode ser usado como complemento aos outros.
Acho que nele estão contidas algumas imprecisões de linguagem, mas não heresias propriamente ditas. Logo, pode perfeitamente ser aceite, ainda que não nos orientemos primeiramente por ele.
E, sobretudo, julgo que ‘dentro’ – uso o termo só para efeitos práticos – a Fraternidade podia fazer um apostolado muito mais efectivo.
Apesar do que muitos dizem por aí para justificar a sua posição, eu não vejo o Instituto do Cristo Rei, o bom Pastor, a Fraternidade de Santa Maria Rainha e outros tantos como modernistas. Plenamente regularizados e com a sua situação canónica totalmente normalizada no seio da Igreja institucional, fazem um excelente trabalho, desenvolvem um óptimo apostolado tradicional – e isto sim, sem rejeitar em bloco, todo o Vaticano II sem mais.
Para mim o debate fica viciado quando:
por um lado, Roma não admite a hipótese de voltar atrás nalgumas decisões conciliares – manifestamente em desacordo com a Tradição;
e por outro, quando a FSSPX demoniza todo o Vaticano II e não consegue extrair dele algo de proveito. Engana-se quem pensa que o V2 será anulado – pensar isso é inviabilizar qualquer discussão, que se torna um diálogo de surdos.
Em suma, e mesmo só para resumir e concluir, eu faço parte dessa maioria de fiéis que espera com muito fervor e ansiedade a regularização canónica sim senhor! Porque vejo que a atitude preconceituosa de JPII já não é a atitude oficial da Igreja – do Papa – relativamente à FSSPX; porque vejo que está na hora da Fraternidade corresponder aos numerosos gestos de boa vontade de Bento XVI; porque vejo que a atitude ostracista já não existe da parte do Papa; logo, espera-se que a Fraternidade se comporte como filha obediente da Igreja e do Papa que é.
Já não estamos perante a lógica do ‘eles estão fora’, o Papa já abriu a discussão acerca do Concílio, então agora será de se esperar que não faça tudo sozinho – até porque não pode.
O lugar da FSSPX é ao lado do Papa na luta, não acima dele. E, em termos hierárquicos e de submissão, bem abaixo dele.
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Como diz São Pio X, na Pascendi:
“o viver para os modernistas, é a prova da verdade.”
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Dom Willianson só confirma aquilo mesmo que esta na última carta que o Pe João Batista escreveu ao Papa. Se a FSSPX aceitar isto (o que não acredito), será pior do que Campos.
Triste mesmo é constatar que Bento XVI, não mudou em nada sua visão sobre o Concílio…
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Deus me perdoe pelo comentário. Com todo o respeito a dignidade sacerdotal do bispo, mas ele está ficando louco. Para ele vale muito mais sua fixação radicalista ao que ele acredita ser a Igreja do que o “tudo o que ligares na terra será ligado no céu”.
Aí que eu digo, Kyrie eleison.
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Sandra, o mais estranho é que ninguém comenta que antes de “odiar” os EUA e o Estado de Israel, o mundo odeia antes a Santa Igreja Católica de Cristo Jesus.
O p´roprio Estados Unidos foram um desses país que deram ínicio a esse ódio contra a Santa Igreja Católica ao se colocarem como os porta-vozes do que é certo e errado no mundo.
O mundo hoje em dia (e isso vem de muitos católicos) preferem ouvir os States – como se eles soubessem o que moral ou imoral – do que o Vigário de Cristo. Não preciso nem dizer que os americanos protestantes fundamentalistas desprezam totalmente tudo que sai da Santa Sé.
Assim como o próprio Estados Unidos desprezam os ensinamentos da Igreja Católica, ai acredito que isso é um castigo de Deus, o mundo se volta contra os EUA.
Assim como Israel despreza o Salvador Cristo Jesus, o mundo se volta contra Israel.
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“O mundo hoje em dia (e isso vem de muitos católicos) preferem ouvir os States – como se eles soubessem o que moral ou imoral – do que o Vigário de Cristo. Não preciso nem dizer que os americanos protestantes fundamentalistas desprezam totalmente tudo que sai da Santa Sé.”
bom, é bem simples. quantos porta aviões nucleares de 100 mil toneladas e capazes de levar a guerra no quintal de qualquer um a Santa sé tem? nenhum. entendeu o porque?
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Dom Willianson está certo e não adianta dizer contra: A política não pode, repito: NÃO PODE, NUNCA, sobrepor a polêmica doutrinal. Tudo bem que o retorno da Barca de Pedro deve ser gradual para as colunas da Santa Comunhão e de Nossa Senhora, nem que leve “um milhão de anos”, mas a FSSPX não deve fazer acordos práticos. Que as conversarções durem o tanto que for necessário, mas que nunca saiam tais acordos.
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Teresa, a tese de Bento XVI da hermenêutica da ruptura, se não prova pelo menos evidência o estado de necessidade alegado por Dom Marcel Lefebvre. Assim, não me parece que o Papa esteja sendo generoso com a FSSPX, mas que esteja fazendo “justiça.”
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TERESA PARA PAPISA, JÁ!!!
Como sempre, escreve muito, enrosca-se nos próprios escritos, vai para a direita, vai para a esquerda, retorna ao centro e… não diz nada.
Uma ótima conservadora.
Recomendo a ela: Mateus 5, 37.
Ainda bem que tudo isso aqui são meras opiniões. UFA!
Pedro José.
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A conversação doutrinal nada mais é do que o modo encontrado pelo Papa de ouvir aquilo que a FSSPX entende pelo estado de necessidade. Não se trata portanto de se estar acima ou abaixo do Papa, pois a verdade esta acima do Papa e da FSSPX e ambos devem submissão a ela.
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Não se engana aqueles que pensam que o CVII, será anulado. Se não for por Bento XVI, será por outro Papa. Mas considerando que a coisas boas no Concílio, Teresa, talvez você nos mostre os bons frutos dessas boas coisas, será que pode?
Fique com Deus!
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“Ele sempre discordando de tudo e provocando a desunião.Nasceu Anglicano cismático e vai morrer assim”.
Concordo plenamente com vc, Paulo…
Depois daquele episódio asqueroso, nojento e repugnante, de querer minimizar, contra todos os fatos, o horror satânico do nazismo, esse bispo solta mais uma de suas “pérolas”…
Na certa, num futuro próximo, se desligará da FSSPX, e liderará mais uma facção sed-vacantista…
A Igreja, na sua maioria esmagadora foi enganada…
O Espírito Santo abandonou a Igreja…
As promessas de Nosso Senhor…falharammm…
Maior contumácia luciferiana, não pode existir…
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Sandra, com todo respeito, mas o artigo que você citou não pode ser levado a sério.
Por exemplo, a frase “Por que, por exemplo, os Estados Unidos, que fizeram tanto para o bem estar das pessoas, inspira tamanha hostilidade?” Isso chega a soar hilário e cínico. Os Estados Unidos sempre foi uma nação anti-católica e influênciada pelo espirito do liberalismo maçônico. O que eles fizeram para o bem das pessoas? Inventaram o chiclete, a coca-cola e as suas guerras?
E quanto a perseguição de Israel é outro fato que cheira a pura hipocrisia. Além de terem assassinado o salvador, construiram seu estado sobre o genocídio de milhares de pessoas.
O ódio atual do mundo contra esses dois estados, nada mais é do que a consequencia da tirania de suas atividades ao longo de décadas. Só acredita no contrário quem não quer enxergar a realidade.
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A Sra. Teresa.
A FSSPX não vê só o que há de ruim no Concílio. Dom Lefebvre, junto com os bispos do Coetus Internationalis Patrum, foi responsável por grande parte das coisas que são boas no Concílio. Se tiver tempo, leia o livro “Acuso o Concílio” de Dom Lefebvre, que mostra a posição de Sua Excelencia Reverendissima durante o concílio, o confronto com os modernistas, as cartas e notas enviadas pelos bispos tradicionais desesperados diante da loucura realizada pelos bispos progressistas das margens do Reno. Também sugiro a leitura do livro “O Reno se lança sobre o Tibre”.
O fato é que para algo ser católico, ele deve ser plenamente correto, não pode haver sequer uma falha.
Ao Sr. Paulo, é bom notar que Santo Agostinho foi um devasso, que Santa Maria Madalena foi uma pecadora, que São Francisco e Santo Ignácio muito pouco pensavam da Igreja antes da conversão. Ter nascido anglicano em nada diminui S.E.R Dom Williamson.
Mas é realmente curioso como aos ouvidos modernos soa tão estridente o som de uma crítica. Os que estão acostumados com o ecumenismo não podem ver nada que pareça um confronto. Aqueles que aprovam Dom Rifan realmente não conseguem entender a importância de manter-se aferrado à Doutrina Católica.
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Aqueles que percebem a importância do rude combate da fé, e que veem que da verdade não se pode distanciar nem um passo, sugiro a leitura dos últimos Eleison Comments de Dom Williamson no site:
http://tradicaocatolicaes.wordpress.com/comentarios-eleison/
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É o manifesto, o grito de alerta, daquele que se levanta como o líder da facção que não aceitará o reconhecimento pontifício da FSSPX!
O que faz esse bispo sobre quem, reiteradas vezes, Dom Fellay disse que não teria nenhuma função ativa na FSSPX e que não deveria mais se manifestar publicamente (não só em matérias históricas, mas em todas as matérias)?
Desobedece de maneira grosseira seus superiores! Que ao menos fosse honesto e se afastasse da FSSPX! E os mesmos superiores só não o despedem por temor de que tal divisão ocorra (divisão que, cedo ou tarde, acontecerá).
Esta coluna só evidencia que, para alguns, não há alternativa. O rumor fala de um reconhecimento unilateral; neste caso, o Sumo Pontífice reconheceria a “catolicidade” da FSSPX. Não estariam satisfeitos com isso? Ou essa facção da FSSPX crê que o Papa não tem poderes para tal? Há alguma pré-condição que exige que o Papa tenha exatamente o mesmo discurso desse grupo para aí sim ele poder fazer algo na Igreja? Ou tudo que ele faz é, de ante-mão, rechaçado? E desde quando um Papa reconhecer o status canônico de uma instituição é algo puramente político? Para os católicos, a Igreja é muito mais que uma instituição humana movida a política. Ela é divina! Se houve infelicidades ao reconhecer porcarias durante quarenta anos, agora que o Papa favorece o que há de bom na Igreja ele não recebe apoio? Sim, sim, não, não. O que é mau merece ser chamado de mau. No entanto, o que é bom, que assim seja reconhecido!
Estar ligado ao Papa nunca pode ser algo acessório. Exatamente por sempre ter permanecido ao lado do Papa, a FSSPX, imagino, acolherá de bom grado esta medida. Pois o que a levou a medidas urgentes foi o que sempre é relembrado: o estado de necessidade. Necessidade, e não capricho. Não foram os católicos se colocaram nesta situação, mas foram levados a ela. Se o Papa nos estende a mão, embora ele não seja um São Pio X, devemos — DEVEMOS — acolhê-la. Isso não significaria que a crise da Igreja estaria terminada, mas desde quando uma medida intrinsecamente boa, tomada de maneira unilateral pelo Papa sem nada a exigir da FSSPX, pode ser rejeitada por católicos verdadeiros? Tal rejeição, isso sim, parece pura política!
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Sejam mais atentos ao texto…
Quem sabe não foi o próprio Papa que não se opôs ao espalhar deste rumor ? Duvido que Dom fellay não tivesse ciência deste texto antes de ser publicado.
Esse texto dá ciência ao mundo inteiro de que o Papa se esforçou em tentar conseguir concessões da FSSPX, que simplesmente não está fazendo coisas unilateralmente “de motu proprio”, “de graça”.
Pensem no seguinte: O Papa deve ter mais confiança em Dom Williamsom do que em metade da sua cúria.
Pelo texto entendo que o que não é admitido é aceitar o Catecismo de 1992 que aprofunda várias teses do Concílio ( o q é acordo prático), nada é dito d eum reconhecimento unilateral.
Um reconhecimento unilateral não seria rejeitado (até por ser um ato unilateral, pela natureza do ato), poderia envolver a declaração de regularidade canônica de todos os atos praticados até aqui ou ao menos desde a excomunhão, na forma de uma resposta a perguntas frequentes.
Lembram-se que D. Fellay, logo após o levantamento de 2009, falou ao Papa sobre um estado intermediário prévio, em que a FSSPX não fosse paralisada pelos Bispos e pela Cúria; mas tb não pudesse ser considerada cismática, excomungada. Acho que isso pode acontecer.
E a rejeição de um acordo prático é veemente da parte de todos os quatro Bispos e de todos os padres da FSSPX com quem já falei até hoje. Fiquem tranquilos porque nada tem a ver com nenhuma idiossincrasia sedevacantista.
O q pode acontecer é o arranjo desse estágio intermédio (segundo a institucionalidade positiva), como já se ensaiou com as ordenações sacerdotais do seminário alemão, transferidas em 2009 para a Suíça a pedido expresso e pessoal do Papa.
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Ao Sr. Pedro Santos,
Devo informar que S.E.R. Dom Williamson, embora tenha sido proibido de opinar nos meios de comunicação, recebeu autorização de seus superiores para continuar publicando sua coluna semanal.
Lembre-se que ele foi escolhido por Dom Lefebvre, que já era um bispo experiente e um fiel defensor da Igreja quando consagrou-o. Ele não é qualquer um.
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Pessoal, não olhemos de quem saiu essas afirmações, mas o fato objetivo: qualquer acordo que obrigue a FSSPX “baixar a guarda” é temeroso. Não vejo a FSSPX como cismática nem mesmo como “aquela na qual o Espírito Santo se refugiou”. Não duvido que Dom Willianson seja sedevacantista, mas se a FSSPX abandonar o ideal de Dom Lefebvre não enxergo outro bastião de luta antimodernista, visto que Dom Willianson muito provavelmente assumiria sua postura de Sé Vacante.
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Outra coisa: Dom Fellay já afirmara certa vez, que a conciliação entre a FSSPX e Santa Sé é impossível de ser conseguida por mãos dos homens, mas relembrou que a Igreja não é uma instituição humana, mas Divina. Por tanto, supliquemos a Nossa Senhora pelo Milagre e não nos esqueçamos de que Ela prometeu: “Por fim, meu Imaculado Coração triunfará”. Eu ouvia essa frase quando criança e adolescente, mas não compreendia bem; somente agora, depois de entender um pouco da crise da Igreja é vi o tanto que ela é atual.
Supliquemos a Nosso Senhor Jesus Cristo, por Nossa Senhora, a vitória da Santa Madre Igreja e o respeito a S.S. Papa Bento XVI e a todo o papado.
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Segue abaixo a posicao de Dom Williamson quanto ao Sedevacantismo de acordo com duas colunas de Junho:
ELEISON COMMENTS CLIII (June 19, 2010) : CARDINAL SMILES.
A recent smile of Cardinal Kasper confirms my long-standing belief that despite the profound liberalism of the Conciliar Popes since John XXIII, still one need not doubt their really having been Popes. A number of serious and believing Catholics do doubt it because they cannot see how real Vicars of Christ can depart so far from the Catholic Faith and Church of Christ as these Popes have done. Indeed there is a problem, grave beyond all measure.
These “sedevacantists”, as they are usually called, argue that if anybody walks like a heretic, talks like a heretic and, as Americans say, quacks like a heretic, then he IS a heretic. But a heretic excludes himself from the Church. Therefore these Popes have excluded themselves from the Church and cannot possibly have been its Head – how can a non-member be a head ?
The true answer, I believe, is that the heresy which automatically casts out of the one and only Ark of Salvation is so grave that to commit it, somebody must fully know and fully mean what he is doing. He must realize that he is denying Catholic truth that has been defined with God’s own authority by God’s Church, in other words that he is defying God. Without this realization, called “pertinacity” by the Church, he may be denying divine truths, but he is not yet defying God, or casting himself out of the Church.
Now “sedevacantists” find ridiculous the idea that Popes, profoundly educated in Church teaching, do not know what they are doing when they utter such enormities as does Benedict XVI, to take just one example amongst many, on the on-going validity of the Old Covenant. To make a heretic fully realize what he is doing, in olden days, when the Church was in her right mind, the Pope’s Inquisition (or Holy Office) would pull him over, confront him authoritatively with his error, and urge him to renounce it. If he refused, then his pertinacity was clear to all, and the wolf was cast out of the sheepfold.But such a confrontation requires authority, both to summon the heretic and to declare his error. What then if, since Vatican II, it is the highest Church authority which no longer discerns Catholic truth ?
Enter Cardinal Kasper. At a press conference he held on May 4 in Paris (already referred to in EC 148), he is reported as saying, correctly, that the Society of St Pius X staunchly opposes the Catholic Church’s dialogue with other Christian churches for which he is responsible. “They’ve attacked me as a heretic”, he said with a smile.
Well might he smile. By what authority, if you please, does the mere SSPX condemn the ecumenical dialogue which has been the Universal Church’s principle and practice ever since Vatican II, which is preached everywhere by Benedict XVI, and for which he is the Pope’s prime agent ? Surely it was only charity towards those misguided “Traditionalists” that prevented the good Cardinal from bursting into laughter !
Humanly speaking, the Church is finished. But not divinely.
Kyrie eleison.
ELEISON COMMENTS CLIV (June 26, 2010) : CATHOLIC BALANCE.
When last week’s “Eleison Comments” began by seeming to sympathize with the “sedevacantists” who believe that the Popes since John XXIII have not been Popes at all, and ended by seeming to sympathize with Cardinal Kasper for making fun of the unauthoritative Society of St Pius X, I know that there was at least one reader that was confused, and I suspect that she was not alone. But everything drops into place if one assumes that from Vatican II onwards, Catholic Truth has been split from Catholic Authority.
Now the Catholic Authority of the churchmen should be welded to the Catholic Truth of Our Lord, because that human Authority only exists to protect and teach that divine Truth. But at that dreadful Council (1962-1965), centuries of Protestant heresy and Liberal dissolution of truth had at last so wormed their way into the hearts and minds of a large majority of the Council Fathers that they gave up on the purity of Catholic Truth, and to this day they have been using all their Catholic Authority to impose on Catholics the Council’s new and false religion of man.
Whereupon Catholics have been torn apart, both from one another and in themselves, as was inevitable. For either they have had to cling to Catholic Truth, and more or less abandon Catholic Authority, which is the solution of the “sedevacantists”. And when one looks primarily at Catholic Truth, one may well sympathize with them, so horrible has been the betrayal of Truth by the highest churchmen, ever since that Council began. Or Catholics have chosen to cling to Catholic Authority, and more or less abandon Catholic Truth, which is the solution of Cardinal Kasper. And when one looks primarily to Catholic Authority, one may well sympathize with his loyalty to Benedict XVI, and understand the Cardinal’s smile when he finds himself rebuked for not being Catholic by the wholly unauthoritative Society of St Pius X, still practically excommunicated.
Yet Archbishop Lefebvre chose a third way, in between the two extremes of either Truth or Authority. His way, in which he has been followed by that SSPX, was to cling to Catholic Truth, but with no disrespect towards Church Authority, nor any blanket disbelief in the status of its officials. It is a balance certainly not always easy to keep, but it has borne Catholic fruit all over the world, and it has sustained a faithful remnant of Catholics with true doctrine and the true sacraments for the 40 years we have so far spent in the Conciliar desert (1970-2010).
In that desert we Catholic sheep may have to be scattered for a while yet, as long as the Shepherd in Rome is struck (Zech.XIII,7, quoted by Our Lord in the Garden of Gethsemane -Mt.XXVI,31). In this Gethsemane of the Church, we do need compassion on our fellow sheep. That is why I can sympathize with “sedevacantists”, and even with liberals (up to a point!). But that no way means that the third way as traced out by Archbishop Lefebvre has ceased to be the right way.
May the Great Mother of God long protect the little Society !
Kyrie eleison.
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Agora em espanhol para os que nao dominam o Ingles:
COMENTARIOS ELEISON 153 (19 de junio del 2010): SONRISA DE CARDENAL.
Una reciente sonrisa del Cardenal Kasper confirma mi creencia de ya hace tiempo que a pesar del profundo liberalismo de los Papas Conciliares desde Juan XXIII, aún uno no necesita dudar de que realmente fueron Papas. Un número de Católicos serios y creyentes si lo dudan debido a que no pueden entender como los verdaderos Vicarios de Cristo se pueden alejar tanto de la Verdad Católica y de la Iglesia de Cristo como lo han hecho estos Papas. De hecho existe un problema, grave más allá de toda medida.
Estos “sedevacantistas”, como usualmente se les llaman, argumentan que cualquiera que camine como hereje, hable como hereje y, como dicen los Norteamericanos, grazne como hereje, entonces ES un hereje. Pero un hereje se excluye a sí mismo de la Iglesia. Por lo tanto estos Papas se han excluido a sí mismos de la Iglesia y no pudieron haber sido su Cabeza – ¿cómo puede alguien que no es ni siquiera miembro, ser la cabeza?
La verdadera respuesta, creo yo, es que la herejía que automáticamente expulsa de la única Arca de Salvación es tan grave que para cometerla, esa persona debe de saber claramente y querer plenamente lo que está haciendo. Debe de darse cuenta de que está negando la verdad católica que ha sido definida con la propia autoridad de Dios a través de la Iglesia de Dios, en otras palabras que está desafiando a Dios. Sin darse cuenta de esto, llamado “pertinacia” por la Iglesia, él puede estar negando verdades divinas, pero no está aún desafiando a Dios ni lanzándose a sí mismo fuera de la Iglesia.
Ahora, los “sedevacantistas” encuentran ridícula la idea de que los Papas, con una profunda educación en la enseñanza de la Iglesia, no saben lo que hacen cuando pronuncian tales enormidades como lo hace Benedicto XVI, para tomar sólo un ejemplo entre muchos otros, sobre la actual validez del ViejoTestamento. En los tiempos de antes, para hacer que un hereje plenamente se dé cuenta de lo que está haciendo, cuando la Iglesia estaba sana, la Inquisición Papal (o el Santo Oficio) lo convocaría, lo confrontaría autoritariamente con su error y lo instaría a renunciar al mismo. Si se negaba, luego entonces su pertinacia estaba clara para todos y el lobo era arrojado fuera del rebaño. Pero dicha confrontación requiere de autoridad, tanto para convocar al hereje como para declarar su error. ¿Qué sucede entonces si desde el Vaticano II, es la autoridad más alta de la Iglesia la que ya no discierne más la verdad Católica?
Se presenta el cardenal Kasper. En una conferencia de prensa que ofreció el 4 de mayo en Paris (a la que ya nos referimos en el CE 148) se informa que dijo, correctamente, que la Fraternidad de San Pio X incondicionalmente se opone al diálogo de la Iglesia Católica con otras iglesias Cristianas, del que él es responsable. “Me han atacado como hereje”, dijo con una sonrisa.
Bueno, puede sonreír. ¿Por medio de que autoridad, si pudieran indicarme, condena la simple FSSPX el diálogo ecuménico que ha sido el principio y práctica de la Iglesia Universal desde el Vaticano II, que se predica en todas partes por Benedicto XVI y para el cual él es el agente principal del papa? ¡Seguramente que fue solamente la caridad hacia aquellos “Tradicionalistas” retrasados que previno al buen Cardenal de prorrumpir en carcajadas!
Humanamente hablando, la Iglesia está acabada. Pero no divinamente.
Kyrie eleison.
COMENTARIOS ELEISON 154 (26 de junio del 2010): EQUILIBRIO CATÓLICO
Cuando el “Comentarios Eleison” de la semana pasada comenzó aparentemente simpatizando con los “sedevacantistas” quienes creen que los Papas desde Juan XXIII no han sido Papas en lo absoluto, y terminó con una aparente simpatía hacia el Cardenal Kasper, quien se burla de la falta de autoridad de la Fraternidad San Pio X, sé que hubo por lo menos una lectora que estuvo confundida, y sospecho que no fue la única. Pero todo se aclara si uno asume que desde el Vaticano II en adelante, la Verdad Católica ha sido separada de la Autoridad Católica.
Pues bien, la Autoridad Católica de los sacerdotes debería estar amalgamada a la Verdad Católica de Nuestro Señor, porque aquella Autoridad humana existe únicamente para proteger y enseñar esa divina Verdad. Pero en ese terrible Concilio (1962-1965), siglos de herejía Protestante y de disolución Liberal de la verdad habían por fin logrado colarse en los corazones y mentes de una gran mayoría de los Padres del Concilio que abandonaron entonces la pureza de la Verdad Católica y hastaal día de hoy están utilizando toda su Autoridad Católica para imponer sobre los Católicos la nueva y falsa religión del Concilio.
De aquí que los Católicos han sido divididos, entre unos y otros y en sí mismos, era inevitable. Porque o tenían que aferrarse a la Verdad Católica y abandonar en cierta medida la Autoridad Católica, que es la solución de los “sedevacantistas”. Y cuando uno busca ante todo la Verdad Católica, ciertamente se puede simpatizar con ellos, tan terrible ha sido la traición de la Verdad por las esferas más altas de los eclesiásticos desde que comenzó el Concilio. O los Católicos han decidido aferrarse a la Autoridad católica, y abandonar en cierta medida la Verdad Católica, que ejemplifica la solución del Cardenal Kasper. Y cuando uno busca en primer lugar la Autoridad Católica, uno puede muy fácilmente simpatizar con su lealtad a Benedicto XVI y entender la sonrisa del Cardenal cuando se encuentra a sí mismo reprochado por no ser Católico por la Sociedad de San Pio X, aparentemente carente de toda autoridad y aún prácticamente excomulgada.
Sin embargo el Arzobispo Lefebvre escogió un tercer camino, uno entre los dos extremos de la Verdad sin Autoridad o de la Autoridad sin Verdad. Su camino, en donde ha sido seguido por la FSSPX, fue el de aferrarse a la Verdad Católica, pero sin caer en la falta de respeto hacia la Autoridad Católica ni en una incredulidad generalizada en la validez de sus dirigentes. Es un equilibrio ciertamente no siempre fácil de mantener, pero ha dado frutos católicos alrededor del mundo y ha sostenido un remanente fiel de Católicos con la doctrina verdadera y los verdaderos sacramentos durante los 40 años que hasta el momento hemos pasado en el desierto Conciliar (1970 – 2010).
Y nosotros las ovejas Católicas tendremos tal vezque estar dispersas por algún tiempo más en ese desierto, durante todo el tiempo en que el Pastor en Roma sea golpeado. (Sacarías XIII,7, citado por Nuestro Señor en el Jardín de Getsemaní – Mt. XXVI,31). En este Getsemaní de la Iglesia, ciertamente necesitamos tener compasión hacia las ovejas hermanas. Esa es la razón por la que puedo simpatizar con los “sedevacantistas” e inclusive con los liberales (hasta cierto punto!). Pero de ninguna manera significa que el tercer camino como planteado por el Arzobispo haya dejado de ser el camino correcto.
¡Que la Gran Madre de Dios proteja por un largo tiempo a la pequeña Fraternidad!
Kyrie eleison.
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Felipe,
Obrigado pelo vídeo, aqui em casa o pessoal adorou.
D Willianson é ótimo!Gosto de seu estilo.
Gostaria de conhecê-lo pessoalmente, alguém sabe se ele virá esse ano?
Roberto F Santana
robertofsantana@aol.com
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Off topic: alguém já assistiu ao seguinte video:
http://www.youtube.com/watch?v=V4y5s2qazRo ?
Alguém conhece esse sacerdote?
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Caríssimos,
O pertinente artigo de Dom Williansom, suscitado pelo Sr. Paulo Morse, também pode ser lido em português no link abaixo:
http://tradicaocatolicaes.wordpress.com/2010/06/21/comentarios-eleison-153-sorrisos-do-cardeal/
In Iesu et Mariae,
Fran
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“Humanamente falando, a Igreja está acabada. Mas não divinamente.”
Isso cheira a protestantismo, para o qual a Igreja não é uma instituição visível. Coincidência ou não, D. Williamson era anglicano antes de se converter (?) à Igreja Católica.
“Essa é a razão pela qual posso simpatizar com os “sedevacantistas” e inclusive com os liberais (até certo ponto!). Mas de nenhuma maneira significa que o terceiro caminho como traçado pelo Arcebispo tenha deixado de ser o caminho correto.”
Quanta gagueira! D. Williamson tenta conciliar aí umas três idéias contraditórias entre elas mesmas. Quer simpatizar ao mesmo tempo com D. Lefebvre e com os sedevacantistas.
Pelo que se constata em tais comentários, não dá para levar a sério esta apologética “anti-sedevacantismo” de D. Williamson…
E o fato de ele ter sido escolhido por D. Lefebvre mostra que mesmo sacerdotes de grande piedade e retidão podem errar. Os santos também cometeram erros. Digo isso sem a pretensão de tirar os méritos de D. Lefebvre em sua luta pela verdade.
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Don´t feed the trolls!
Roberto F Santana
robertofsantana@aol.com
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Irmãos,
O que percebo de há muito é efetivamente um movimento de conciliação, de acomodação, e quase diria de ajustamento. Eu compreendo, por um lado, a posição do Santo Padre. Vejam: a emergência da Tradição em pleno séc. XXI, a partir do pontificado de Bento XVI, em um meio até então absolutamente dominado pelo modernismo teve um efeito de inseticida em formigueiro, e muitas das reações que sobrevieram (e muitas coisas horríveis, muitas insubordinações inceitáveis) decerto que provocaram muitas trincas na, digamos, embarcação católica. O Papa necessita de cuidado e de calma nessa hora grave, pois não pode permitir que essas trincas estourem a quilha, se é que me entendem. A posição do Santo Padre é de imensa responsabilidade.
Na Fraternidade, creio eu, a separação causa sofrimento e causa exaustão. Nenhum católico quer viver apartado da Santa Madre Igreja. Essas coisas são muito doloridas, são feridas muito grandes que foram abertas.
Nesse cenário, movimentos de conciliação são previsíveis e até necessários. A pergunta é: conciliação em torno de quê? Caminharemos para a fórmula uma Igreja, duas doutrinas? Isso seria absolutamente inaceitável.
Enfim, a emergência da Tradição parece que atingiu um certo teto, mas nós não queremos aceitar esse teto. Queremos mais e queremos avançar. E, sejamos sinceros, queremos limpeza. Ou estou exagerando? Mas também não podemos quebrar a louça, não é mesmo? Tenhamos paciência com o Santo Padre, que já fez muito por nós, já purgou muitos dos seus erros do passado, mas já está velhinho e, de fato, seu tempo já vai chegando ao fim. Tenhamos calma, fiquemos atentos ao que vem de Roma, e estejamos cônscios de que, mais do que paredes doutrinais de momento, é preciso preparar a sucessão de Bento XVI e zelar por ela, porque, não dividem, os lobos já pensam e já cuidam desse assunto. Acho que o avanço para além do ponto que chegamos somente se dará em outro pontificado. Não sei se cometo um erro de avaliação, mas talvez o momento seja de recolhermos o que já reconquistamos, inventariarmos tudo, e nos prepararmos para os embates vindouros. Doutrinal, inclusive.
Estejam todos com Deus.
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Prezado “Caetano Cardinali”, Salve Maria.
Sua glosa ao artigo excelente de Dom Williamson que foi linkado acima pelo Fran (e que vale muito a pena ler!) mostra que, do Cardeal Caetano, o senhor, lamentavelmente, só tem o nome…
Pois quando o senhor diz, absurdamente, que “cheira a protestantismo, para o qual a Igreja não é uma instituição visível” Dom Williamson afirmar que “Humanamente falando, a Igreja está acabada. Mas não divinamente”, há aí uma confusão muito elementar:
Dom Williamson NÃO diz que a parte humana da Igreja está acabada, só restando a parte divina, o que seria, isso sim, “protestantismo, para o qual a Igreja não é uma instituição visível”.
O que Dom Williamson diz, SIM, é que, numa visão meramente humana e natural da situação (i.e. “humanamente falando”), a Igreja está acabada, mas, numa visão sobrenatural, inspirada pela Fé (“divinamente”), sabemos que as portas do inferno não prevalecerão.
Difícil de imaginar que um católico possa discordar dessa constatação tão realista, e tão ortodoxa, do bispo de Dom Lefebvre e da FSSPX. A não ser que não tenha entendido o que leu…
Assim, antes de associar a sua pessoa ao nome do tão insigne Cardeal tomista, favor começar, no mínimo, aprendendo a ler, Sr. Caetano…
E, enquanto isso, que talvez demore, talvez valeria mais rezar pela futura união dos católicos de todas as alas tradicionais, o que se dará certamente tão logo estejamos sob a égide de um futuro papa incontestavelmente católico e que, portanto, exerça eficazmente sua função de “princípio e fundamento da unidade dos fiéis” (Vaticano I): numa mesma Fé (sem modernismos nem liberdades religiosas), num mesmo culto (sem “missas novas” e neo-sacramentos duvidosos) e num mesmo governo (sem colegialidades e “plenas comunhões” de bispos e movimentos heréticos).
Imaculado Coração de Maria, sede nossa salvação!
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O maior problema da FSSPX são os fiéis virtuais. Gente louca que n sabe do que fala e jura que é necessária e tem razão.
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Enquanto os senhores ficam ladrando contra o Mons. Williamson, por um texto, que não expressa outra coisa, que não a REALIDADE, a conferência episcopal de vocês, à qual vocês estão ligados, à qual o padre que celebra as missas de vocês é submisso, à qual certos bispos que vocês louvam estão ligados, está incentivando a realização de um plebiscito para limitar o direito natural à propriedade. E todos vocês são moralmente responsáveis por isso!!! E N.S. Jesus Cristo vai cobrar isso de vocês no dia do Juízo! Portanto, deixem Mons. Williamson em Paz! Deixem de cinismo! Tomem vergonha na cara, e, antes de falar de quem é fiel, falem desses usurpadores a quem vocês seguem! A esses que estão ligados a tudo quanto é organização terrorista do Brasil! A esses que são os responsáveis, inclusive pela existência do PT! Antes de acusar um dos poucos que ainda se mantém fiel de cismático, perguntem primeiro, se vocês mesmos não são cismáticos! Quanto à acusação de sedevacantismo, só pode ser brincadeira!!! Ou então quem diz isso é analfabeto! Porque, sempre que o Mons. se refere aos sedevacantistas e para apontar seus erros! Portanto deixem de palhaçada! Acordem!
http://www.cnbb.org.br/site/imprensa/notas-e-declaracoes/4463-cnbb-envia-carta-aos-bispos-sobre-o-plebiscito-pelo-limite-da-propriedade-da-terra
E não esqueçam de comparecer, de 1 a 7 de setembro ao movimento pelo plebiscito!
“A proposta do Plebiscito de iniciativa popular pelo Limite da Propriedade da Terra no Brasil em defesa da Reforma Agrária e da Soberania Territorial e Alimentar, a ser realizado no início do mês de setembro do presente ano, está em sintonia com o ensinamento da Igreja, que afirma ser o “latifúndio intrinsecamente ilegítimo” (op. cit. 32). A proposta do Plebiscito tem origem no Fórum Nacional pela Reforma Agrária e foi assumida como gesto concreto das Igrejas que realizaram a Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010 (Texto Base, n. 120). Não é, portanto, de iniciativa da CNBB, nem se realiza sob sua responsabilidade”.
E esses, senhores, não são cismáticos?
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“Humanamente falando, a Igreja está acabada. Mas não divinamente.”
Não sei se essa citação do sr. Caetano Cardinali se referia a mim. Mas, em todo o caso, minhas palavras em nada refletem o que ele afirmou, eu disse que o problema do modernismo não pode ser combatido com armas meramente humanas, mas sim precisamos nos ater ao conselho de Cristo de que “sem mim nada podeis” (São João XV).
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Toda expressão que anda muito tempo pela boca da gentalha moderna vira deprecação: “unidade” já é um termo maldito.
Vamos rezar sinceramente para que a FSSPX não se torne uma “Campos” gigantesca e oportunista. Que seus membros não troquem a Doutrina imutável pelo carimbaço do legalismo.
É impossível saber o que se passa no coração do Santo Padre, mas dizer que ele crê na nova igreja do Concílio Vaticano II parece ser algo bem plausível considerando-se que no “Summorum Pontificum” quis aliar dois ritos litúrgicos diferentes entre si como faces ordinária e extraordinária de um “mesmo” (!) rito!
Mais uma vez quero crer que não é Bento XVI que está fazendo política em detrimento da doutrina: são os POLÍTICOS que pululam o pequeno Vaticano que conduzem as espúrias políticas em prol da imunda e incolável “unidade na diversidade”.
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Irmãos, calma lá, não se exasperem! Larguem as pedras e olhem em torno. Não éramos nada; hoje incomodamos. A trilha está aberta, mas é preciso segui-la com cuidado e paciência, porque o terreno é acidentado e íngreme. Andemos com determinação, porém sem arroubos, e sobretudo, sem passarmos á frente do guia. Quem caminha logo atrás do guia? Pode vir a ser o novo guia. Portanto, paremos de nos sopapar e prestemos atenção ao caminho, só ao caminho. Se cairmos de novo agora, talvez não nos levantemos nunca mais. Nossas diferenças poderemos acertar depois, quanto a Santa Igreja puder ser limpa do lixo que hoje a entulha.
José Pepe: subscrevo integralmente o último parágrafo do teu comentário. Rezemos e aguardemos, sem precipitações, sem arroubos, sem bravatas.
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“…a FSSPX não se torne uma “Campos” gigantesca e oportunista…” :(
Comentário lamentável…
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Comentários do padre John Zuhlsdorf sobre a carta: http://wdtprs.com/blog/2010/08/sspx-bp-williamson-v-the-pope-of-christian-unity/
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Lucas: lamentável foi o que ouvi de uma fiel da Administração que encontrei há uma semana (moro longe de qualquer manifestação tradicionalista), só vindo confirmar o que leio sobre Campos nos sites dos temíveis “rad-trads”.
Não quero citar o nome da moça aqui, mas no nosso acalorado debate ela textualmente afirmou que: 1) a Comunhão dada na mão não é ruim, pois está na origem da Igreja, 2) não há prejuízo da ortodoxia na Missa nova, pois a essência do Sacrifício incruento está na narrativa da Consagração, 3) (Ela) prefere a Missa tridentina por se “sentir melhor”, e não por considerá-la mais ortodoxa que a Missa pós-conciliar, 4) a preservação dos Altares pré-conciliares é uma atitude de “consciência histórica”, a “mesa de banquete” no meio do presbitério seria uma simples adição, entre outras coisas.
Assim pensa um NOSTÁLGICO do velho rito, e não um católico aflito com a crise moderna.
Rezemos para que a Fraternidade continue firme na fé e tranquila na consciência dos justos, senão também se transformará num grande clube que celebra a Liturgia gregoriana por achá-la mais bonita…
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Father Z, do blog What Does The Prayer Really Say, comenta o artigo de Dom Williamson:
http://wdtprs.com/blog/2010/08/sspx-bp-williamson-v-the-pope-of-christian-unity/
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Caros.
D. Williamson sublinha que restam poucos anos de vida ao Papa. Evidentemente, rezamos para que o sucessor de Pedro viva muitos anos, seja feliz na terra e que Deus o preserve dos seus inimigos, contudo, de fato o Papa avança em anos. Será que não seria conveniente um acordo político? O Papa sabe bem que grande parte dos Cardeais e Bispos estão contra a FSSPX (vide as críticas quando do levantamento das excomunhões). Assim, um provável sucessor do Papa Bento XVI poderia por tudo a perder. Logo, não seria prudente um acordo político, dado que as discussões doutrinárias vão se prolongar. Vejam bem, tal acordo poderia garantir uma estrutura canônica à FSSPX e salvaguardar a continuidade das discussões,caso o Papa Bento XVI venha a falecer e seu sucessor seja contrário à FSSPX, o que é bem provável que ocorra.
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Prezado Pedro Pelogia,
Tudo isso que essa moça falou com você vai na linha da nova publicação de D. Rifan a respeito da Missa.
A autoridade usada por D. Rifan para sustentar toda a argumentação é ninguém menos que Ratzinger. É Ratzinger quem defende que a comunhão ajoelhado e na boca só entrou na Igreja no século X e, portanto, um retorno a época anterior por si mesmo não teria nada demais; que as orações do ofertório também foram introduzidas nessa época; que a Missa Nova é boa e que está em perfeita continuidade com a Missa Tradicional. Ele, D. Rifan, ainda cita Ratinzger defendendo a Missa Nova, suas orações eucarísticas, o fato de ter passado para a lingua vulgar, entre outras coisas mais.
Portanto, para refutar D. Rifan, tem-se que refutar as ideias de Ratzinger que é a autoridade usada.
OBS: Repare: não estou defendendo nada; apenas estou colocando o problema conforme está no livro de D. Rifan.
Saudações em Cristo Nosso Senhor!
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Caro Rogério Amaral, Salve Maria!
Não, as citações que fiz de D. Williamson não se referiam a você, mas ipsis literis ao que D. Williamson afirmou.
* * *
Ao sr. “Pepe”:
“Dom Williamson NÃO diz que a parte humana da Igreja está acabada, só restando a parte divina, o que seria, isso sim, “protestantismo, para o qual a Igreja não é uma instituição visível”.
O que Dom Williamson diz, SIM, é que, numa visão meramente humana e natural da situação (i.e. “humanamente falando”), a Igreja está acabada, mas, numa visão sobrenatural, inspirada pela Fé (“divinamente”), sabemos que as portas do inferno não prevalecerão.”
Ora, dizer que “a parte humana da Igreja está acabada” não é diferente (no aspecto semântico) de afirmar que “numa visão meramente humana a Igreja está acabada”, pois ambas acabam por dar conta da “extinção da Igreja”, o que Cristo afirmou que jamais aconteceria.
“Difícil de imaginar que um católico possa discordar dessa constatação tão realista, e tão ortodoxa, do bispo de Dom Lefebvre e da FSSPX. A não ser que não tenha entendido o que leu…”
Quer dizer que o texto e as palavras, quando dizem por si mesmos, precisam de explicação adicional? Então as palavras de D. Williamson são usadas em significado diferente do habitual? Essa era a tática de Comte: usar palavras com significados diferentes do original, a fim de converter católicos ao positivismo ateu. Era o método de Maurras, ateu (até pouco antes de morrer) tão querido por certos “católicos”, entre os quais D. Williamson e outros padres da FSSPX.
Se é exatamente isto, sr. “Pepe”, realmente preciso aprender a ler. Só não te posso garantir minha adesão às idéias de D. Williamson, uma vez que – considerando o teu alerta – posso não saber exatamente o que S. Ex.a Rev.ma quer dizer.
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