Quando o novo Prefeito dos Religiosos prega a Teologia da Libertação e a opção preferencial pelos pobres…

Apresentamos esta matéria do semanário francês ultraprogressista Golias (destaques do original) que traduz perfeitamente o “espírito” com que o seita liberal infiltrada na Igreja recebeu a nomeação de Dom João Braz de Aviz para Prefeito dos Religiosos.

Ele não lembra em nada a imagem que geralmente se faz dos homens da Cúria. Sorridente, risonho, descontraído, pouco se importando com a elegância afetada dos homens da Cúria Romana, Dom João Braz de Aviz é, aos 64 anos, um arcebispo atípico e que inspira simpatia.

Sua recente nomeação à chefia da Congregação para os Religiosos foi uma surpresa, na medida em que ele não apresenta o perfil de um ratzingueriano.

Ela se deve primeiro às circunstâncias. Com efeito, em consideração da importância proporcional do episcopado brasileiro no seio da instituição católica, parece oportuno que ao menos um chefe de dicastério seja desta origem, como é o caso para a França, Alemanha ou Espanha. Era necessário, portanto, encontrar um novo brasileiro após a aposentadoria do Cardeal Claudio Hummes, um franciscano de 77 anos. Haveria duas outras lideranças brasileiras (pelo menos): o novo cardeal Raymundo Damasceno Assis, 74 anos, arcebispo de Aparecida, e um bispo redentorista que trabalhou na Congregação do Clero, Dom Fernando Guimarães, 65 anos. O primeiro foi considerado demasiado idoso e o segundo muito jovem no ministério episcopal. Jogava a favor de Dom João a sua proximidade com os Focolares e o fato de estar no comando de uma grande diocese, Brasília (capital brasileira).

O surpreendente nesta nomeação foi, no entanto, a orientação de abertura deste prelado pouquíssimo comum na Cúria atual. Ao iniciar suas funções, Dom Braz vem, certamente, semear a perturbação no mundo Cúria com uma primeira declaração na qual faz elogio à…“teologia da libertação” (!). O que faz certos hierarcas do Vaticano pular de suas cadeiras. Numa entrevista concedida ao L’Osservatore Romano, pouco habituado a essas audácias, o arcebispo brasileiro dá, aliás, uma grande martelada ao insistir na “opção preferencial pelos pobres”, que se imporia em nome do Evangelho. Tem-se a impressão de ter voltado a uma outra época. O Brasil sempre nos surpreenderá.

Há um precedente relativamente recente: em 2006, mal nomeado Prefeito da Congregação do Clero, o Cardeal Claudio Hummes, que vinha de São Paulo, declarou abertamente que a obrigação do celibato do clero não se tratava de um dogma e que podia, portanto, ser facilmente suspensa. Uma posição já expressa por um teólogo… Joseph Ratzinger, levantada nestes dias pela imprensa alemã, em 1970, citando uma petição em prol do levantamento desta regra desumana.

Em 2011, Bento XVI se recordaria do Joseph Ratzinger de mais de 40 anos atrás?

Dom João o ajudará nesse sentido?

É esperar para ver!

* * *

Em tempo. Por sua vez, assim se expressava o antecessor de Dom João na chefia dos religiosos, Cardeal Franc Rodé: “No século 16, durante a Reforma, muitos religiosos deixaram a Igreja e muitos conventos foram fechados, mas isso era geograficamente limitado mais ou menos ao norte da Europa”. “Na Revolução Francesa, houve outra catástrofe, mas era limitada à França. A crise posterior ao Concílio Vaticano Segundo, entretanto, foi a primeira crise verdadeiramente global”. “Pagamos um preço verdadeiramente alto devido a uma mentalidade secularizada, mundana”. Eficientíssimo lobby, esquerdistas!

22 comentários sobre “Quando o novo Prefeito dos Religiosos prega a Teologia da Libertação e a opção preferencial pelos pobres…

  1. Que lástima. Mas acredito que ele realmente fará menos mal na cúria (sob o olhar atento de B16) que aqui em Brasília.

    Nós só temos a agradecer B16 por este ato de misericórdia para com o povo de Brasília.

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  2. É!, agora que vamos realmente ver se Bento XVI quer combater mesmo o modernismo (relativismo) ou quer volta a fortalece-lo já que ramos do modernismo (teologia da libertação) estão caducando e perdendo seguidores.

    Será que Bento XVI está tentando levantar a TL?

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  3. Meu Deus, Bento XVI foi quem condenou a TL e silenciou Leonardo Boff quando Cardeal, que diabos ele iria querer levantar a TL, quanta falta de coerência e má interpretação!

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  4. No geral, os jornais gringos estão noticiando isto da seguinte maneira: “Teologia da Libertação quase afasta Arcebispo Brasileiro da Igreja”.

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  5. Repito o que disse no post anterior:

    “Sou de Brasília e digo aos senhores:
    O dano ao bom apostolado (i.e., Tradição, Magistério, Escritura) será diminuído aqui no DF (desconsiderando-se quem o irá substituir). Os prelados modernistas são menos prejudicias na cúria, do que nas dioceses. Lá, todo mundo sabe quem é quem, o pior é na diocese onde os fiéis tem a sua Fé destruída pelo clero modernista. Se o Papa Bento XVI pudesse, colocaria todo o clero modernista na cúria para poder amordaçá-lo. Salvo me engano, São João Maria Vianney dizia que é melhor uma paróquia sem Padre do que com um Padre corrupto (me corrijam, se eu estiver errado).”

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  6. Não fará falta em Brasília!!!
    Que fique bem pertinho do Papa…
    Se possível, que leve os bispos da região pra lá também!!!

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  7. Concordo em absoluto.

    Também já disse, que, lá perto do Papa, a actuação é menor e mais condicionada aos afazeres e directivas Romanas.

    Tenhamos Fé, não esqueçamos o que nos foi deixado pela Palavra: “Perseverar”

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  8. Leram que Nossa Senhora em La Sallete falou claramente em “infiltração” na Igreja?

    Nossa Senhora nos disse:

    “Aqueles que estão a frente de comunidades religiosas tomem cuidado com as pessoas que eles devem receber, porque o demônio usará de toda a sua malícia para introduzir pessoas entregues ao pecado, pois as desordens e o amor aos prazeres carnais se espalharão por toda a terra”

    Em http://www.tradicaoemfoco.com/2011/02/profecias-de-nossa-senhora-da-salette.html#more

    Desordem, segundo Santo Tomás de Aquino, é deixar de ordenar a autoridade e a obediência hierárquicas na terra e na Igreja em direção à Lei Eterna de Deus. E “amor ou paixão aos prazeres carnais”, parece guardar referência clara ao homossexualismo prático das pessoas consagradas e ordenadas, o qual mereceu restrição legal, mesmo à sua inclinação, por Bento XVI, ao meu ver quase não aplicada nos seminários brasileiros.

    Eu me pergunto qual é o procedimento que coloca nas mãos do papa tais nomeações e se o próprio papa não é, de certa forma refém, da cúria ou mesmo de sua assessoria.

    “Roma perderá a fé”, disse Nossa Senhora.

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  9. Como diz a Ana Maria: “O Papa Bento XVI fala bonito, mais faz feio!”

    Bento XVI também diz querer combater o relativismo, mais se nós fizessemos uma lista das coisas relativistas dos últimos dois anos vindos de Bento XVI …!

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  10. Somente um esclarecimento, Dom Raymundo Damasceno não pertence à Congregação Redentorista, e a nenhuma congregação religiosa, ele é oriundo do clero secular da Diocese de Brasília.

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  11. Aproveito para convidar todos de Brasília e região para a Santa Missa que D. Joao Braz de Aviz- Administrador Apostolico de Brasilia que ainda encontra-se aqui – irá celebrar marcando sua despedida da “amada Arquidiocese de Brasília” como diz o convite
    Vamos todos para confirmar se ele esta se despedindo e o que esta dizendo…

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  12. Acho que Bento XVI agiu com muita sabedoria..

    Que o Santo Padre leve todos os inimigos da Igreja para bem pertinho dele lá em Roma para assim ele poder amordaçá-los.

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  13. O texto da matéria tergiversou as palavras de Dom João Braz de Aviz. Ele em nenhum momento externou uma opinião de apoio a TL. Pelo contrário, dá uma clara evidência dos danos que a TL causou e causa a Igreja quando lembrou a experiência do nascimento da teologia da libertação “muito angustiado” e como quase deixou o sacerdócio e até mesmo a Igreja naquela época por causa da TL.

    E fica mais clara ainda sua visão contrária a TL quando ressalta o documento do Vaticano enviou ao Brasil em duas ocasiões em que “corrigiu questões relacionadas com a utilização do método interpretação marxista da realidade. ”

    Bendito seja o Papa por ter escolhido um Bispo com tão grande amor pela Igreja de Nosso senhor Jesus Cristo para estar a frente da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica.

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  14. Meus caros, não se iludam. Se nenhum desses episódios lhe tivessem causado (ou tivessem a chance de causar) mal-estar perante Roma ou perante seus apoiadores diocesanos (RCC, Neocatecumenato, etc), Dom João Braz nunca teria censurado seus proponentes ou participantes! Esse é o carisma dos Focolares que, segundo o que consta no próprio Anuário da Arquidiocese de Brasília, busca:

    “Objetivo: Empenha-se em:

    1) Acima de tudo, em trabalhar por uma unidade sempre mais profunda entre os fiéis da Igreja Católica;
    2) Estabelecer com outros irmãos cristãos, relacionamentos de comunhão fraterna e testemunho comum tendo em vista a plena unidade;
    3) Alcançar através do diálogo e de atividades de interesse comum com pessoas de outras religiões a união em Deus, mais profunda possível, entre todos os crentes, como meio para dar-lhes a conhecer Cristo;
    4) Dialogar com as pessoas de boa vontade e trabalhar juntamente com elas em prol de objetivos comuns, reforçando assim a fraternidade universal em toda a terra, e abrindo seus corações a Cristo.”

    Mais maçônico, impossível. Antes que alguém se desdobre em dar uma interpretação conservadora (se é que isso é possível), vejamos um exemplo de como e em meio a quem o próprio Dom João coloca isso em prática:

    http://www.forumespiritualmundial.org.br/Portugues/programacao_palestrantes.asp

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