Padre deixa diocese para ingressar na Fraternidade São Pio X.

Apresentamos uma entrevista de um padre diocesano italiano que acaba de ingressar na Fraternidade São Pio X. Este é o mais recente caso de um movimento mais amplo de padres diocesanos que se aproximam da Tradição litúrgica e doutrinal da Igreja (já noticiamos um caso similar aqui). Dentro desse contexto devemos considerar, por exemplo, o retiro pregado por Dom Bernard Fellay a trinta padres diocesanos italianos em Albano.

Fonte: Distrito Alemão da FSSPX

Tradução: Fratres in Unum.com

Don Massimo Sbicego
Don Massimo Sbicego

O padre diocesano italiano Don Massimo Sbicego (38), do clero da diocese de Vicenza, no norte da Itália, entrou na Fraternidade Sacerdotal São Pio X antes do Natal.

Até setembro de 2009, o padre diocesano, nascido em Montecchio Maggiore (Província de Vicenza) era pároco em Astico-Tal. Lá ele cuidava de três igrejas. Ele fundamentou a sua “sofrida decisão” em uma carta ao administrador diocesano com questões sobre o Magistério e a liturgia.

Na carta ele critica entre outras coisas a resistência na diocese contra o Motu proprio “Summorum Pontificum” em favor da Missa Tridentina. Não foi uma decisão fácil para ele, mas ele tomaria a decisão de entrar para a Fraternidade São Pio X após uma “meticulosa investigação de meses”. A decisão do jovem padre diocesano preocupou a Itália (e alhures) causando alguns estardalhaços na imprensa.

Como o senhor tomou conhecimento da Fraternidade Sacerdotal São Pio X?

Em 1992 encontrei um antigo número da revista “A Tradição Católica” [periódico do Distrito Italiano da Fraternidade Sacerdotal]. Pensei comigo mesmo: “Quem sabe se eles ainda não publicam a revista!”

Tentei contatar a redação e fiz uma assinatura. Concluí o meu tempo de formação no seminário e fui ordenado sacerdote em junho de 2000 [na diocese de Vincenza]. Só em maio 2007 fiz uma primeira visita ao Priorado da Fraternidade Sacerdotal em Rimini e lá conheci o padre Luigi.

Alguém lhe falou sobre o Arcebispo Lefebvre ou sobre a Missa Tradicional no seu tempo de seminário?

Não. A Tradição em sua dimensão positiva esteve ausente das atividades letivas modernas do seminário. Quando a assim chamada “liturgia pré-conciliar” era mencionada, era apenas para ressaltar como eram inadequadas a liturgia e a teologia daquela época. Até recentemente – depois da promulgação do Motu proprio “Summorum pontificum” sobre a forma extraordinária da missa – alguns “liturgistas” utilizavam o DVD didático produzido pela Fraternidade Sacerdotal [sobre a Missa Antiga, para sacerdotes], para ridicularizar o rito e os gestos perante os estudantes.

Quais foram as suas impressões quando o senhor assistiu a celebração da “Missa de Sempre” pela primeira vez?

Eu me encontrei na presença de Deus – um pouco como Moisés no Sinai. Pela primeira vez a celebração foi “perante ELE”. E “ELE MESMO” estava lá.

No rito antigo copta, no Egito, as rubricas prescrevem que o sacerdote pise no presbitério descalço porque ele está em solo sagrado. Encontramos ainda um pouco desse espírito em nossas missas pontificais romanas, em que o bispo calça sapatos especiais para a celebração da santa missa. Quando pela primeira vez celebrei a santa Missa no rito antigo, percebi de uma vez só o porquê disso: Moisés fica perante a sarça ardente. Toda vez que me coloco diante do altar, é da mesma forma. A sarça arde pela presença de Deus.

Como é a sua vida concreta em um priorado da Fraternidade Sacerdotal?

Trata-se, sobretudo, de uma vida de simplicidade e fraternidade. O arcebispo Marcel Lefebvre, fundador da Fraternidade Sacerdotal, estabeleceu regras simples da vida comunitária do sacerdote com base em suas experiências na missão. Ele via não somente o significado do apostolado sacerdotal, mas ele queria também um lugar onde o sacerdote possa se “recarregar” espiritual e mentalmente. O arcebispo queria casas que também protegessem os sacerdotes do “espírito do mundo”. O priorato é um local assim, onde muitos sacerdotes do mundo vivem juntos.

Este é um lindo lugar, porque aqui se encontra sempre uma boa palavra, muitas vezes uma palavra alegre e nenhum interrogatório sobre a Fé. Aqui existe sempre alguma coisa para fazer ou um hóspede para receber, que, em geral, vem de longe. Aqui rezamos uma única liturgia, não separada pela diferença de idiomas nativos dos sacerdote ou fiéis individualmente. Freiras nos ajudam no funcionamento do priorado. Elas são, sobretudo, um exemplo para nós – na oração, no trabalho, na atenção, modéstia e reclusão. E temos irmãos leigos consagrados a Deus, que acolhem os sacerdotes e hóspedes e cuidam da casa com grande generosidade.

O Priorado da Fraternidade também aceita hóspedes externos?

Eu diria que o priorado está aberto a pessoas que respeitam o ritmo e a finalidade da casa. Há sempre um padre à disposição para uma conversa, um encorajamento, um tempo de retiro espiritual ou aconselhamento. Os priorados organizam encontros especiais e dias de retiro para sacerdotes e fiéis. Há também pregações dos exercícios espirituais de Santo Inácio de Loyola muitas vezes ao ano, e, de fato, segundo o lindo método do padre Ludwig Maria de Paula Vallet (1883-1947), que foi especialmente disseminado pelo padre Ludwig Maria Barielle (1897-1983), o primeiro diretor espiritual do Seminário de Ecône. Os trinta dias dos exercícios do santo fundador jesuíta são assim reduzidos a cinco dias – sem qualquer omissão de conteúdos essenciais.

Como é atualmente um dia em seu apostolado sacerdotal?

Existem dois ritmos essencialmente diferentes: dependendo se a pessoa está em casa – no priorado – ou fora – no apostolado.

No priorato levantamos às 6:00h. Alguns sacerdotes se levantam mais cedo para rezar as matinas e as laudes do breviário. Por volta das 6.30h começa a recitação comunitária das primas, em seguida vem uma meditação de meia hora e a oração do Ângelus. A Santa Missa está programada para às 7.15h, seguida de uma ação de graças. O desjejum é às 8.10h.

Em seguida temos tempo para a preparação de catequeses, palestras, pregações ou outros artigos [para revistas]. Há também trabalhos manuais ou tarefas na casa. Esse tempo é interrompido pela recitação privada do breviário (terça e nona), uma leitura das Sagradas Escrituras e etc. Às 12.15h sacerdotes e irmãos rezamos juntos as sextas e o Ângelus. Em seguida temos o almoço, às 12.30h.

À tarde temos novamente tempo para o estudo ou trabalho. Essa parte do dia termina com a recitação das vésperas. Às 18.50h há então o Terço comunitário na capela com a oração do Ângelus. Às quintas-feiras há Benção com a Exposição do Santíssimo.

O jantar é às 19.20h. E por volta das 20.45h cantamos as completas. Em seguida começa o “Grande Silêncio”, que dura até a manhã seguinte às 8.00 h.

Fora da casa, especialmente, aos sábados e domingos, geralmente é diferente. Os tempos de obrigações pastorais precisam ser adaptados. O que não muda são as obrigações clericais (Santa Missa e Breviário) ou os exercícios espirituais especiais dos membros da Fraternidade (rosário, meditação e leitura espiritual).

Eu mesmo não assumi nenhuma tarefa fixa no apostolado da Fraternidade nessa importante missão, porém vejo os meus confrades, que viajam centenas de quilômetros toda semana para ajudar os fiéis, visitá-los e celebrar a missa para eles. Ou então resolver inúmeros problemas relativos ao local das capelas de que tomam conta, instalações, a preparação das cerimônias ou a hostilidade dos bispos e párocos, que nesse sentido não são muito benevolentes.

O senhor acha que outros padres italianos seguirão o seu exemplo?

Ao que eu saiba, alguns sacerdotes e seminaristas se fazem essa pergunta com sinceridade.

Como conseqüência da própria escolha de consagrar a vida ao Senhor, descobre-se que é  importante refletir sinceramente sobre a dimensão sacerdotal do “presbiterato” e do caráter sacrifical da missa.

A onda ideológica pós-conciliar subsiste basicamente em um sistema agnóstico. Entretanto, entre os jovens sacerdotes e jovens há um despertar mais uma vez para a busca da autenticidade de nossa Fé e, assim, uma aproximação da Tradição Católica. O sacerdote moderno, a primeira vítima do novo curso eclesial, vive freqüentemente uma profunda crise de identidade, que ele só pode superar através de uma apropriação dos meios que a Tradição viva da Igreja lhe disponibiliza: em primeiro lugar, através da Santa Missa de Sempre, do breviário autêntico, em seguida, através de uma fraternidade sacerdotal verdadeira e, finalmente, através do apostolado.

27 comentários sobre “Padre deixa diocese para ingressar na Fraternidade São Pio X.

  1. Uma ótima notícia !
    Bendito seja Deus
    Que outros sacerdotes e seminaristas sigam esse exemplo de amor a liturgia e a tradição.

    Curtir

  2. Estive em Bragança Paulista por um dia, das oito da manhã até às cinco da tarde. Neste intervalo, fui a cinco paróquias e não encontrei um só padre. Na Catedral havia um aviso prometendo padre na cripta depois das duas da tarde, mas seu aspecto modernista por dentro e por fora, afugentou-me apressado pela uma da tarde. Na Igreja de Nossa Senhora do Bom Parto havia adoração ao Santíssimo exposto, mas apenas leigos presentes. Um deles se ajoelhou diante da imagem de Santa Rita, mas não diante do Santíssimo, ao qual deu de lado e saiu.
    Na FSSPX, haveria um padre para atendimento. Segundo o texto, nela sempre há atendimento por um padre. É isto que o papa pede aos sacerdotes. Intensa vida espiritual pessoal e zelo espiritual pelas almas. Se eu fosse padre, eu preencheria meus dias com apenas isso. Faria a Liturgia das Horas e rezaria o Rosário com o povo na Igreja, celebraria no mínimo três Missas diárias na Paróquia, atenderia todos os dias por horas no Confessionário e levaria os Sacramentos aos doentes em suas casas. Iria em casa apenas para comer e dormir, pois minhas orações seriam todas com o povo, com exceção da necessária entrega íntima de manhã e à noite. Tive a graça de conviver com padres assim, todos eles filhos de Santo Afonso Maria de Ligório. Padre Alfonso, por exemplo, como São Pio de Pietralcina, ficava no Confessionário até às oito da noite, mesmo que não houvesse ninguém na fila para a Confissão. Na nossa Catedral, antigamente (até 1980), rezava-se a Liturgia das Horas sempre com um padre a frente. Tudo isso se foi e, na última vez em que estive lá, em BH, havia um cursinho de teologia para leigos que só ensinava TL sem disfarçar em nada, pelo contrário, com direito a banqueta para venda de livros de Boff, Betto e outros.

    Curtir

  3. A revolta , a raiva a indignação dos modernistas e liberais contra a FSSPX e os tradicionalistas é porque essa liturgia fabricada as pressas está indo de mal a pior e essa nova teologia pós-conciliar é um fracasso total.
    Por outro lado , muitos estão voltando pra tradição redescobrindo o sagrado , a sacralidade da liturgia !
    Graças a Deus

    Curtir

  4. Nesta postagem o que me chamou mais atenção é a piedade dentro de um priorado da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Algo que está cada vez escasso aqui em Maceió.

    Eu me lembro de um ditado que “o que a boca fala, o coração está cheio”. Porque basta comprovar isso, a cada ano, o que eles do clero fazem com o Santíssimo Sacramento.

    Por exemplo, há uma “igreja” (se é que se pode chamar assim) aqui que tem uns dizeres assim: “Jesus está aqui”. Isto com uma placa luminosa, bem ao estilo dos cassinos de Las Vegas, apontado o lugar onde está o Santíssimo cujo local é apertadíssimo. Nem duas pessoas magras conseguem uma rápida adoração nesse pequeno lugar.

    Essa falta de piedade no clero foi brecha para que muitos abandonarem a tradição das genuflexões quando entrarem e saírem nas igrejas. Adoração ao Santíssimo está diminuindo e noto cada vez mais que é feito por pessoas de mais idade e por “alguns gatos pintados” do Apostolado do Sagrado Coração de Jesus.
    As imagens dos santos, sem os altares laterais, cada vez mais estão sendo mais decorações e sem sentido da pratica piedosa do povo. O confessionário não é tão raro aqui, mas muitos, sem catequese, consideram a confissão como um hábito simplesmente. E cada ano está difícil de arrumar padres para confissão na minha cidade.

    Enfim, daria para fazer um livro…

    Curtir

  5. Fico triste por ver um bom padre deixando uma paróquia “romana”.

    Dentro da Igreja, ele e todos os bons padres podem lutar pela aplicação do Motu Proprio, ajudar o Papa, quem sabe ser nomeado bispo e batalhar duro e diariamente pela restauração da Fé e da Tradição. Agora, se ele sai da Igreja católica e vai para a FSSPX (grupo que admiro) deixa um “locus” vazio e só consegue criar divisão.

    A decisão dele é justa e compreensível mas não é a mais honrosa nem a mais heróica. Espero que a FSSPX aproveite a caridade pastoral de Bento XVI e retorne para a comunhão com Pedro.

    Curtir

  6. Vejo que não estou só! Até o final deste mês (Fev/2011) estou fazendo a mesma coisa! As malas já estão prontas!

    Curtir

  7. Fico pensando cá com meus botões..e se acontecesse uma debandada feroz, em todo o Brasil, de padres deixando suas paróquias/dioceses para irem morar nos distritos, comunidades e afins da FSSPX? Seria doloroso para muitos que lutaram e conseguiram a missa de sempre nas suas paróquias e dioceses, e claro, para mim também, mas, por outro lado, isso não seria totalmente ruim.

    Com certeza, isso demonstraria um agravamento da crise, que a muito está insuportável. E depois, penso que forçaria o Papa a repensar suas atuais posições doutrinárias, incluindo a questão do Concílio Vaticano II.

    Curtir

  8. Sabe, Ricardo, eu não me alegro em ver um padre ser obrigado a abrir mão de sua paróquia e das pessoas que Nosso Senhor confiou ao seu cuidado.
    E vendo tantos padres hoje em dia abandonando a batina ou fazendo pior – permanecendo nela para manchá-la com suas sandices – é de se lastimar mais uma paróquia sem pároco.
    Sem contar que o bispo e o clero degenerados vai ver nisso uma provocação, um motivo para odiar a FSSPX, e por conseguinte, a Tradição. Porque é tudo o que eles querem: uma boa razão pra destruir a Tradição que eles odeiam e que não podem suportar.

    Por outro lado, como bom estrategista que era, certamente o padre constatou que os frutos eram demasiado insatisfatórios para que o mesmo permanecesse como estava.

    E como atento estudioso da Doutrina, deve ter percebido que a primeira obrigação do cristão é SALVAR A PRÓPRIA ALMA. Como é que ele poderia confirmar com êxito a fé de seus paroquianos, se ele era forçado a aceitar o que era imposto de cima, e contrariava a mesma fé?
    Que vida contraditória seria essa, onde ele teria que pregar um catolicismo e ao mesmo tempo silenciar contra os inimigos que estão neste momento corroendo a própria fé católica, e vindos de dentro?
    Ele fez a opção que a própria consciência ditou. A FSSPX não tem um guichê, nem coloca nos out-doors “padres, saiam de onde estão e escolha-nos”. Ele foi ao priorado porque quis, ele escolheu perder tudo para viver um catolicismo coerente porque quis. Não foi ele quem criou confusão, não foi ele quem criou o modernimo, não foi ele quem insuflou liberalismo nos fiéis.
    E nem todo padre é necessariamente uma alma forte, ainda que receba grandes graças em virtude de seu estado. Como dise o padre Álvaro Caldeirón sobre a missa nova (e que eu estendo para todo o resto) “não se frequenta uma boate sem risco de corrosão da moral. A mesma coisa para um ambiente liberal. Não se vive imerso num ambiente assim, sem risco de se tornar um deles”.

    E adianto: a culpa não foi o Summorum Pontificum de Bento XVI, que pediu aos bispos boa vontade e benevolência, mas sim dos bispos que voltaram as costas contra a exortação papal e como confessou o padre, permanecer hostis.

    Que ninguém diga que o padre atentou contra a unidade católica, porque antes de tudo ele está inteiramente na Igreja. Quem quebra a unidade é quem, apesar de seus cargos e de sua jurisdição, não cessa de pregar como verdade os valores do mundo, e perseguir a fé de sempre. O problema do padre é que o mesmo saiu de uma regularidade canônica. E quem está em pior situação? Os primeiros, ou os que estão na regularidade canônica e na prática estão fora da Igreja?
    Bem, aguém poderia dizer que há um meio termo, e pode-se ser católico e canonicamente regularizado, e não serei eu a dizer que não. Não serei eu quem dirá que fora da FSSPX não há salvação, e muito menos catolicismo.
    Mas ser sacerdote consiste não só em administrar os Sacramentos ou ensinar o catecismo, mas em conduzir os fiéis à Verdade sem deixar de apontar quando necessário tudo o que contra ela se opõe. Na Igreja, pregar a Verdade e combater a mentira às claras, sem sutilezas, é uma coisa só. Para a salvação das almas, deve-se imitar o estilo que Nosso Senhor ensinou. Em uns momentos ele ensinava apenas a verdade, como nas bem-aventuranças, onde o mesmo dizia quem seria bem aventurado, mas não dizia com todas as letras que seria o desventuroso.
    Só que Nosso Senhor não vivia apenas de ensinar Verdades, mas também de combater o erro e dizer “ai de vós”. e não tinha papas na língua para amaldiçoar com todas as letras os inimigos de Deus.
    Por isso, no meu entender,um grupo Ecclesia Dei, ao menos na atualidade, por mais ortodoxo que seja, será um grupo na melhor das hipóteses de católicos amordaçados, com as mãos atadas pelos compromissos com as dioceses que os toleram. Cães mudos, padres que podem até ensinar as coisas da Igreja, mas cheios de escrúpulos, para não serem expulsos do lugar onde estão, para não aborrecerem os bispos onde se encontram… É certo viver um catolicismo derrotado destes? É uma fé dessas que se deseja que os fiéis aprendam? A falar a verdade, mas falar baixinho para não aborrecer os grandes deste mundo?
    Liberdade para a Fé! Liberdade para a Religião! Ou se vive plenamente como católico, ou se morre na praia lá adiante. Como diz o padre Jahir aqui “Já passou da hora de se pensar como católico, vestir como católico, conversar como católico e viver como católico”. Bem faz ele que no púlpito ensina a Fé com toda a sua pureza, sem amarras, ensina tudo direitinho, e ataca com tadas as letras todos os vícios, todas as imoralidades e todos os inimigos de Deus e da Igreja. E quem gosta ou não do que ouve, para ele é indiferente…

    Curtir

  9. “Seria doloroso para muitos que lutaram e conseguiram a missa de sempre nas suas paróquias e dioceses, e claro, para mim também, mas, por outro lado, isso não seria totalmente ruim”.

    Bem, a Providência não abandona ninguém, muito menos católicos que desejam a Missa.
    Não é ruim. Uma excelente opção seria que os leigos abandonados imitassem o gesto do padre, assim como os anglo-católicos fazem, que se mudam para a Igreja levando ministros e fiéis num comboio só. Se os fiéis fossem assistidos pela FSSPX, ainda que a Missa fosse mensal ou mais do que isso, estariam no lucro, porque ao menos seriam instruidos por padres GERALMENTE irrepreensíveis.
    Não seria um mau negócio em absoluto!
    Parabéns pela coragem neste momento lastimável, padre Leonardo Holtz. Eu disse o mesmo ao falecido padre Hélio Buck… Cada um sabe onde lhe aperta o sapato!

    Curtir

  10. Eu quero somente deixar claro aqui que sempre há exceções (e boas, eu posso garantir). Porque, no último comentário meu, eu escrevi que o clero da minha cidade não era bom e assim sem piedade. Deste modo, eu esclareço que não são todos assim.

    Ambigüidades ou coisas semelhantes, livre-nos Senhor!

    Essa é a tática dos modernistas.

    Infelizmente foi isso que levou a ruindade cuja necessidade houve de uma Missa fabricada. Esta foi e continua incentivadora disso até hoje. Principalmente da falta de piedade.

    Hoje re-li o Sacrosantum Concílium e a Instrução sobre o Missal Romano, todos compostos na época de Paulo VI.

    Na instrução, na parte do “Capítulo V – Disposição e Ornamentação das Igrejas para Celebração da Eucaristia” uma falta de honestidade intelectual enorme. Colocando sempre brechas aos maus padres acabar de vez com a piedade. Algo que ficou intocável no priorado que o padre da postagem citou.

    Mas o pior, na minha pobre opinião, é realmente o Sacrosantum Concilium. Esse é de uma desonestidade sem escrúpulos nenhum com sua, varias vezes citado isso, “necessidade rápida de se adaptar aos tempos modernos”…

    Aos bons padres, eu rezo e peço a Deus mesmo que lhes abençoem e iluminem a todos!

    Curtir

  11. Caro Rafaelmcg, realmente sua postura é admirável, pois revela um profundo amor pela igreja. Longe de mim condenar aqueles que se entristecem ao ver um bom padre abandonando sua paróquia. Sei que os fiéis tem desejo de ver bons padres ocupando as paróquias e dioceses, mas como o Bruno Santala lembrou muito bem, o cristão tem obrigação de SALVAR SUA ALMA. Por mais bem intencionado que um padre seja/esteja ele não conseguirá sobreviver no meio do clero progressista! Não consegue! Sou padre, vivo esse dilema e digo a você e a todos os que lêem isto que NÃO CONSEGUE! Meu sábio diretor espiritual me disse uma vez que DOZE laranjas boas não curam UMA podre; mas UMA podre contamina DOZE! Um padre sozinho numa diocese progressista corre o risco de se perder. Mons. Lefébvre dizia que um padre pode ter o apoio de centenas de milhares e fiéis, mas se não tiver o apoio de outro sacerdote, ele se sente SÓ. Por isso, Rafael, sua atitude é admirável:é atitude dealguém que lamenta SIM a saída de um bom padre, e a perda da “Missa do motu próprio”,mas que entende que vale a pena esse sacrifíio se for para uma causa maior: Salvar a Santa Igreja!

    Somente para esclarecer a todos: a FSSPX foi, é e continuará sendo perfeitamente Católica! Não se deixem iludir com o que se ouve por aí sobre a FSSPX. A FSSPX sempre esteve em perfeita comunhão com a doutrina Igreja. Como eu sempre digo, alguns setores da Igreja é que saíram dela mesma (como a CNBB, por exemplo). NINGUÉM tenha escrúpulo de assistir uma Missa da Fraternidade ou receber os sacramentos dos padres da Fraternidade… não se esqueçam que Sta. Joana D’Arc foi considerada “bruxa” e queimada por um bispo dito católico. Mais tarde a Igreja a reconheceu Santa. Um dia as escamas vão cair de muitos olhos e ainda irão agradecer o trabalho FSSPX. A FSSPX é o cumprimento da promessa de Nosso Senhor “et portae inferi non praevalebunt adversus eam”.

    Ave Maria Puríssima!

    Curtir

  12. Parabéns Padre Leonardo Holtz, que Jesus e Maria e São José o abençoe !
    Santo Cura d´ars intercedei pelos sacerdotes!

    Curtir

  13. Padre Holtz, eu sou um fiel leigo ligado ao Summorum Pontificum. Nós temos um bom padre que nos oferece a Missa com pesadas cruzes que passa por causa dela…

    O que lhe posso escrever sobre sua escolha é isto: o senhor não ficará sozinho no apostolado da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. Deus lhe ajudará muito por lá.

    Sua abenção.

    Curtir

  14. Bruno Santana,

    Da mesma forma, também não me alegro com o êxodo de padres diocesanos para a FSSPX, apenas expus um ponto de vista um tanto reflexivo, com base nas atuais circustâncias.

    Para dissipar qualquer mal-entemdido, digo-lhe, reforçando e até complementando o que eu disse anteriormente, que isso não é um fato de todo ruim, pois esses padres encontrarão lá a verdadeira fé, sem mordaças modernistas. Concordamos enquanto a isso.

    Agora, é claro, como enfrentamos uma crise que já tem uns 40 e “lá vai fumaça”, como costumam dizer popularmente aqui no meu Estado, há o lado negativo disso, a questão dos fiéis ficarem sem missa, sem atendimento espiritual e sem a recepção dos sacramentos de acordo com a “forma extraordinária” do rito latino de 1962. Nisso, também concordamos.

    Espero ter lhe esclarecido alguma confusão,

    Abraço.

    Curtir

  15. Padre Leonardo, é muito bom ler estas vossas palavras. Que o Senhor o conserve para que possa guiar os fiéis no caminho da VERDADE. Que outros sacerdotes também tomem esta atitude de defender a Fé e a Doutrina.
    Vossa bênção.

    Curtir

  16. É com grande alegria, que vejo esta notícia tão confortante para todos nós.Um sacerdote, que deixa o progressismo ou o neo-progressismo. Para entrar na FRATERNIDADE SÃO PIO X.
    Isto é motivo de júbilo para qualquer católico. Quanta violência a si mesmo; este heróico padre, teve que enfrentar, para galgar com júbilo esta nova etapa na sua vida.
    Não desanima, coro sacerdote, um dia, o senhor verá a recompensa de tanto sacrifício. Quem segue a TRADIÇÃO DA IGREJA NUNCA ERRA. Ela santificou incontáveis cristãos, nos seus vinte séculos de cristianismo.
    Hoje, São Tomás Moros, rejubila no céu. Como foi bom ter trocado o meu cargo tão honroso na terra, por um infinitamente GLORIOSO NO CÉU.
    Mais um pouco de tempo, este sacerdote dirá o mesmo:
    “VALEU A PENA, TROCAR A MINHA PARÓQUIA POR UM NEGÓCIO MUITO MAIS VANTAJOSO, E GARANTIDO.” SEGUIR A NOSSO SENHOR MAIS DE PERTO.
    JOELSON RIBEIRO RAMOS.

    Curtir

  17. Pe. Leonardo!

    Parabéns pela sua decisão! Nossa Senhora está contigo!

    Outros padres e religiosos poderiam rever suas decisões de ficarem aguardando um “milagre” da Ecclesia Dei e refletirem sobre esta possibilidade…

    Curtir

  18. É pena que os bons padres (não contaminados pelo progressismo) da Administração Apostólica São João Maria Vianey não consigam alcançar a gravidade da situação e tomar semelhante decisão. Primeiro foi Dom Gerard que sucumbiu diante do progressismo, depois Dom Rifan que ainda mantém a aparência de Tradição com a MISSA codificada por São Pio V, nunca proibida, e que lentamente se aproxima do terreno escorregadio da convivência com os modernistas dos dias atuais.

    Curtir

  19. Um reparo: Não há nenhuma irregularidade canônica na FSSPX, ela é só aparente, porque todas essas penas são nulas e sua jurisdição embora não seja territorial é pessoal e de suplência.

    Padre Leonardo Holtz, siga em frente !

    Quando o senhor morrer, acho que o senhor não quer ouvir da boca de Nosso Senhor: “Que fez com o teu presbiterato, com tua graça presbiteral ? Ajudaste a demolir a Igreja junto com os outros ?”

    Siga em frente ! Não tema: o sábado foi feito par ao homem e não o homem para o sábado ! Se leres italiano, posso passar um texto magistral sobre o assunto canônico. Se leres inglês, posso passar um outro do padre Anglés !

    Não tema ! Precisamos do senhor na FSSPX !

    Curtir

  20. E tem mais, ter que calar justamente o que mais tem que ser dito aos católicos para não ser expulso pelo Bispo é um cumplicidade culpável.
    O Padre está certíssimo, tem que salvar a alma dele. Sem fortificar a própria alma com a Santa Missa e a oração, nada da vida ativa dele poderá ter fruto ou dará muito menos fruto do que deveria.

    Curtir

Os comentários estão desativados.