Um Paulo VI desconhecido. Seria o Cardeal brasileiro?

(Religión en Libertad) A encíclica Humanae Vitae, de 1968, na medida em que, mediante um ato de autoridade de Paulo VI enquanto Papa, rompeu com a mentalidade anti-conceptiva dominante, e inclusive a opinião de muitos teólogos e bispos que queriam uma suavização da doutrina da Igreja sobre “a pílula”, foi um dos momentos principais de seu pontificado.

Na última sexta-feira, foi apresentado na Universidade Lateranense de Roma (“A Universidade do Papa”, como é conhecida) um livro em conjunto dedicado a explicar a atualidade deste ato magisterial. A obra, dirigida pela professora Luceta Scaraffia, da Universidade La Sapienza, se intitula Custódios da vida, e em seu lan;amento, moderado pelo jesuíta espanhol Luis Ladaria, secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, interveio o reitor da Lateranense, Enrico dal Covolo, salesiano e sagrado bispo há seis meses.

Dele partiu a principal revelação da jornada. Segundo informa Sergio Mora, para a agência Zenit, Dal Covolo contou que “um presidente da conferência episcopal de uma importante nação da América Latina havia manifestado, em um telegrama a Paulo VI, em nome do episcopado daquela nação, ‘uma vibrante e clara perplexidade sobre o texto publicado’. O Papa fez chamar o Cardeal a Roma e, ali, pediu que se pusesse de joelhos e pedisse perdão”.

6 comentários sobre “Um Paulo VI desconhecido. Seria o Cardeal brasileiro?

  1. Seria o cardeal Agnelo Rossi, criado cardeal em 1965 e presidente da CNBB entre 1964-71.
    Posteriormente o cardeal seria feito decano do colégio.
    Imagine hoje, se Bento XVI for fazer o mesmo com cada bispo que discorda de uma encíclica ou decreto? A fila seria imensa!

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  2. Hoje em dia são raros os Bispos que concordam com a Humanae Vitae.Em minha diocese os padres não dizem aos fieis que não usem métodos artificiais.E pelo que vejo nas outras dioceses também não é muito diferente.

    Parece que este assunto é deliberadamente ignorado nas pastorais familiares , nas orientações durante as confissões , na catequese.

    Definitivamente vivemos uma era da Igreja de Papel – as coisas estão lá escritas mas nada é cumprido.

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  3. Sobre assuntos históricos, não sei se muitos irão concordar comigo, mas a iniciativa da Folha de S. Paulo em digitalizar todo o acervo ao longo de seus 90 anos e dispô-lo na Internet pode ser material de pesquisa em busca de informações dispersas no tempo e no espaço, mas que, distante décadas, tornem-se mais facilmente compreendidas e decifradas. O acesso ao acervo, por enquanto, é gratuito, e desde hoje pode ser acessado em:

    http://acervo.folha.com.br/

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