Por: Andrea Tornielli
Tradução: Pe. Samuel Pereira Viana (a quem agradecemos vivamente a gentileza)
Será publicada nas próximas semanas, provavelmente no início de Abril, a instrução da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei – assinada pelo Cardeal Levada, pelo Secretário Guido Pozzo e aprovada por Bento XVI – que estabelece alguns critérios aplicativos do motu proprio Summorum Pontificum. Como se recordará, o motu proprio, promulgado por Papa Ratzinger em 2007, tinha prescrito a liberalização do antigo missal e a possibilidade para grupos de fiéis de pedir diretamente aos párocos a celebração da missa segundo o rito precedente à reforma conciliar (com o missal romano de 1962, e não com aqueles precedentes).
É inútil esconder que, diante de tantas aberturas e de um número crescente de celebrações no rito antigo, ocorreram também muitas reações de fechamento e restrições postas por alguns bispos. A instrução, neste momento em vias de tradução em latim e nas várias línguas (o texto base é em italiano) é portanto um documento importante. Nas semanas passadas, alguns sites web e blogs ligados ao mundo chamado tradicionalista, ou que o seguem com atenção, fizeram uma série de críticas preventivas ao documento, sustentando que se trataria na verdade de um minar a vontade papal. Do que eu pude apreender, tal interpretação não corresponde à verdade. Por estes motivos:
Antes de tudo, a instrução com os seus conteúdos confirma que o motu proprio é lei universal da Igreja e que todos são chamados a aplicá-la e a garantir que seja aplicada. A instrução afirma que está assegurada a possibilidade da celebração no rito antigo onde quer que hajam grupos de fiéis que a requeiram. No texto não está precisado nenhum número mínimo de fiéis que devem constituir o grupo.
Se diz, ao contrario, que é bom – de acordo também com a exortação pós sinodal sobre a Eucaristia – que os seminaristas estudem o latim e conheçam a celebração segundo a forma antiga. O “sacerdos idoneus” para a celebração com o missal preconciliar não tem necessidade de ser um latinista provecto, mas que conheça o que lê e é chamado a pronunciar durante o rito.
A Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, que desde dois anos foi englobada na Congregação para a Doutrina da Fé, é constituída com a instrução como o organismo chamado a dirimir as questões e as controvérsias, julgando em nome do Papa.
Os Bispos não devem nem podem promulgar normas que restrinjam as faculdades concedidas pelo motu proprio, ou as mudar as condições. São chamados, pelo contrário, a aplicá-lo.
O Tríduo Pascal pode ser também celebrado segundo o rito pré-conciliar, lá onde exista um grupo de fiéis estável e ligados à liturgia antiga. Os pertencentes às ordens religiosas podem usar os missais com os respectivos ritos próprios pré-conciliares.
O rito ambrosiano não é citado na instrução: o motu proprio, de fato, se aplica somente ao rito romano (Ecclesia Dei não é competente sobre o rito ambrosiano, sobre o qual, ao contrario, quem tem a jurisdição é a Congregação para Culto Divino). Isto não significa, porém, que o motu proprio, ou melhor, que a clara e explícita vontade papal não será também aplicada na Diocese de Milão. Sempre aconteceu, com a reforma litúrgica, mas ainda antes, com as mudanças introduzidas nos ritos da Semana Santa de 1954 por Pio XII, que o rito ambrosiano tenha feito instâncias próprias e modificações, mesmo que em tempos sucessivos. É provável que – estando presente a vontade do Papa de tornar disponível para todos os fiéis o rito antigo, visto o enquadramento jurídico precisado no documento sobre a aplicação do motu proprio de iminente publicação, em consideração do fato que também o ambrosiano é um rito latino reformado no pós- Concílio – possa ser estudado um documento análogo que estenda o Summorum Pontificum também à Diocese de Milão.
Um comentário a plenos pulmões: DEO GRATIAS!!!!
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Não vejo a hora de ler logo esse documento, nos próximos meses vou trabalhar aqui na minha paróquia um grupo de pessoas para requerer a celebração da Missa no rito extraordinário!
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Destaco O “sacerdos idoneus” para a celebração com o missal preconciliar não tem necessidade de ser um latinista provecto, mas que conheça o que lê e é chamado a pronunciar durante o rito.
Não quero ser o estraga prazer, mas ante a mentalidade dos bispos, esse será o carro chefe que eles farão para se opor à aplicação da Summorum Pontificum. Vendo meus rins no mercado negro se bispos não alegarem que “mesmo não sendo provectos em latim, os padres – e seminaristas – não sabem o que lêem (em latim), por isso eu não aplico o Motu Proprio”. Ensina então o latim, oras!
Lobo que é lobo acha brecha em tudo, é assim que fazem com a lei: se puxa aqui, se estica acolá, até arrumarem um interpretação que seja mais adequada aos seus desejos.
Desculpem o ceticismo!
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Ainda não tenho este entusiasmo todo. Existem formas de burlar e engavetar o que não se gosta. Quando os Padres novos virem sua Santidade entrar na Igreja de Pedro com os paramentos antigos e rezar a Santa Missa de Sempre as estruturas da desobediência se abalarão. O Papa manda um papel com uma ordem de Roma, os Bispos e auxiliares modernistas mandam outra ordem diferente de Brasília e os coitados dos Padres novos que querem imitar o Papa não o fazem, pois somos frouxos demais para isto e sabemos bem que tacitamente a reprimenda e uma leve retaliaçãozinha virão. Desculpem-me irmãos no conservadorismo e no amor à Tradição, mas papéis vão e vem. Algumas coisas na Santa Madre não se resolvem com papéis, só com uns bons murros na mesa e dedo em riste. Porém a Santíssima Colegialidade impede este tipo de atitude. Peço que Deus me perdoe se sou, com esta pobre opinião, pedra de tropeço para alguém.
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“…sustentando que se trataria na verdade de um minar a vontade papal.”
Além do que parece óbvio, sinceramente, gostaria de saber qual é a vontade do Santo Padre…
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Outra coisa: Padre novo e conservador não vai para reitoria de Seminário nenhum neste país.
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Caríssimos, a todos informo e peço ajuda no seguinte:
o que esperar de mais um documento de Roma quando em Portugal, onde em Dezembro passado, apenas solicitei uma capela para um grupo que já participava no Santo Sacrífico da Missa segundo o Missal de 62, e recebi como resposta da Diocese, através do seu Vigário, que no meu país os Bispos tinham chegado a acordo que o Summorum Pontificum criaria divisão.
Que fazer? Se a Ecclesia Dei, através de contacto telefónico, não conseguiu que D. Jorge Ortiga, permitisse o Matrimónio segundo o rito de sempre. Tudo já estava acordado com o Sacerdote que realizaria a celebração. Conclusão: tiveram que ir a França para casar.
Para não ficar no: será que é verdade? É pura e simples verdade. É dum cisma que se trata e parece que não há ninguém que ponha na ordem estes bispos cismáticos. Segue a evidência sobre o que referi sobre a relativamente à Diocese de Setúbal:
From: Página (pagina@diocese-setubal.pt) Sent: Thursday, December 16, 2010 6:00:55 PM To: rui machado (rui-machado@hotmail.com)
Ex.mo Senhor
Rui Machado
Sua Santidade Bento XVI concedeu, em Motu Proprio de 2007, a graça de, em alguns lugares onde existissem católicos de tradição litúrgica mais antiga, se usar o chamado Missal do B. João XXIII: “Art. 5, § 1. In paroeciis, ubi coetus fidelium traditioni liturgicae antecedenti adhaerentium stabiliter exsistit, parochus eorum petitiones ad celebrandam sanctam Missam iuxta ritum Missalis Romani anno 1962 editi, libenter suscipiat. Ipse videat ut harmonice concordetur bonum horum fidelium cum ordinaria paroeciae pastorali cura, sub Episcopi regimine ad normam canonis 392, discordiam vitando et totius Ecclesiae unitatem fovendo.” Na Carta que, pela mesma altura Sua Santidade enviou aos Senhores Bispos, confiou-lhes algumas orientações que eles têm seguido na decisão de permitirem ou não o uso do referido Missal. No nosso País, os Bispos têm manifestado o consenso de que não existe entre nós, de forma significativa, tradição da liturgia antecedente ao Missal de S.S. Paulo VI. Não há, pois, razões para que na Atalaia, ou noutra paróquia da Diocese de Setúbal, se celebre em rito diferente daquele que é normal: o do Missal de S.S. Paulo VI. Acresce que o rito anterior utiliza a língua latina que, como V. Exª sabe, é infelizmente desconhecida por quase todos os praticantes católicos. A intenção de S. S. Bento XVI de, com a graça concedida pelo referido Motu Proprio, servir a unidade da Igreja, teria aqui efeitos contrários, pois viria trazer, em território em que não existem ou não têm relevância os referidos “coetus fidelium traditionis liturgicae antecedenti”, a divisão em vez de unidade.
Com os melhores cumprimentos, na expectativa do Natal do Senhor, que nos vem trazer a paz e a unidade verdadeiras.
P. José João Aires Lobato
Vigário Geral
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Poderá alguém me informar como lidar com este caso? Se nem a comissão Ecclesia Dei consegue por os bispos de Portugal “em união” com o Santo Padre, na obediência à lei da Igreja?
PAX
Rui Machado
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Esse artigo é um tapa na cara dos que aqui postaram comentários precipitados e cheios de veneno. Chega de juízo temerário! Chega de especulações que apenas fomentam discórdias ao invés de edificar! São tempos tão difíceis… por que procurar mais desgraças onde as mesmas já são tão abundantes?! Quem terá a dignidade de se retratar pelo que postou? Tem muito moleque postando aqui! Reavaliem suas atitudes, reconheçam seus erros e façam uma retratação. Muitos aqui não foram nenhum pouco caridosos em suas prematuras declarações! Não respeitaram nem padre nem papa – e aqui não me referindo aos homens, seus erros e incorências, mas a dignidade de que os mesmos são revestidos, independente de mérito. Todos prestarão contas ao Senhor Justo Juiz por seus atos, inclusive os que os que fazem juízo temerário e promovem discussões estéreis. Também sou fiel da Tradição, mas não me presto a tais desserviços.
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Eu sei que não tem nada a ver com o tema do texto acima, mas é importante que vocês deem uma olhada e assinem a petição pelo bispo de Chur.
A gente normalmente assina lista “contra” alguns bispos, mas esse caso é literalmente extraordinário.
http://blogonicus.blogspot.com/2011/03/apoio-um-bispo-catolico.html
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errata: refiro
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Quase ia esquecendo. Obrigado Ferretti pela divulgação…
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Louvado seja Deus no mais alto dos céus!
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Queira Deus que saia mesmo o documento em tais termos. Primeira coisa que farei será agendar uma audiência com meu Bispo. Ele alega norma particular para impedir o Motu Proprio e diz que o Bispo tem essa faculdade. Se o documento for claro como aqui se diz (e não for necessário ter que buscarmos no Espírito do documento tal entendimento), será exatamente o contrário do que meu Bispo está aplicando. Em tempo: para o Motu Proprio, interpretação extrema da literalidade da lei. No CV II, espírito total. Contradições contemporâneas?
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Aos precipitados que acham que apenas o artigo de Tornielli resolve tudo, uma lembrança: Essas instruções pós Motu Próprio são necessárias exatamente para os progressistas que insistem em desobedecer o Papa criando “regrinhas” para impedir a Missa tradicional. Aguardemos o texto oficial se não é daqueles cheios de interpretações. Não custa nada lembrar que desde 1984 vem sendo publicados estes “indultos”. Pensando bem, o maior (e melhor) indulto é aquele que está na Bula de promulgação do Missal, a Quo primum tempore, do Papa S. Pio V.
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Caro Rui,
Salve Maria.
Envie cartas à Ecclesia Dei. Os Bispos não podem decidir onde aplicar ou não o Motu Proprio, pois o próprio Motu Proprio não confere esta flexibilidade.
Você terá que ter paciência, o contato com a Ecclesia Dei costuma dar resultado em mais ou menos 6 meses.
De resto, o senhor encontrou um dos problemas: Não adianta Motu Proprio sem doutrina…
Novamente: É como secar o chão e se esquecer da goteira.
E mesmo que estes bispos permitam a Missa Antiga, qual é a liberdade que os senhores teriam para atacar os problemas do modernismo da Igreja, e mesmo, atacar estes bispos modernistas?
Um grande abraço,
Vladimir Sesar
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boa tarde! chegou até mim um video de uma missa que aconteceu aqui na minha cidade, e quando eu assistia, percebi uma coisa… UM MULHER FAZ A PROCLAMAÇÃO DO EVANGELHO, FAZ O SINAL DA CRUZ NO LIVRO E AINDA O INCENSA.. gostaria de saber se vocês poderiam publica ro video… é mais uma mostra da perda do sentido unico da liturgia católica,,,
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Caros amigos
Em 1º lugar, ia fazer um comentário sobre a notícia, mas depois de ver este vídeo, fiquei sem vontade.
Pois o que acabei de ver me deixou revoltado. Ninguém tem o direito de fazer o que querer na IGREJA DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, e o Sacerdócio é de Cristo, não é do indivíduo.
Não percebi se depois foi a “mulher”, a prosseguir a leitura do evangelho?!
Contudo, pareceu-me a estar a assistir ao nascimento de um cisma. É este o perigo em que estamos diariamente expostos, por falta de Bispos e Padres, segundo o Coração de Jesus.
Parece-me urgente, que o Bispo desta Diocese tome conhecimento do caso, ou da prática corrente.
Nem posso pensar nisto… E um concelebrante ali ao lado!!!
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E uma congada para coroar!!! Em um primeiro momento achei que fosse algo tipo “Folia de Reis”, mas, em uma rápida pesquisa: A congada é um evento que faz parte do folclore brasileiro. Trata-se de um desfile ou procissão que reúne elementos das tradições tribais de Angola e do Congo, com influências ibéricas no que se refere à religiosidade. Esse fenômeno cultural é conhecido como sincretismo religioso: entidades dos cultos africanos eram identificados aos santos do catolicismo. Assim, a Igreja, as autoridades e os senhores de engenho em geral aceitavam ou prestigiavam a solenidade.
Kyrie Eleison.
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Caro Vladimir Sesar,
Obrigado pelas suas palavras.
Não posso abdicar de responder à sua pergunta. Aqui vai.
O meu entendimento da palavra Liberdade é aquele que está estabelecido pela Igreja Católica Apostólica Romana magistralmente exposta por S.S. Papa Leão XIII (Libertas). Pelo que, não me sentindo condicionado ou limitado pelos ditames da consciência e fim último (intensão), peço que me permita substituir a palavra que utilizou pela seguinte: Vontade. Aqui o sentido da sua questão tomaria a seguinte redacção: se há vontade de combater o modernismo na Igreja? Eu afirmo: sim! Daqui decorre duas questões:
É lícito a um fiel combater o modernismo? Ensina S. S. Papa Pio X que “não nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao nosso santíssimo dever” (Pascendi Domini Gregis, 1907). Mas aqui estava Sua Santidade a referir-se aos presbiteros. É a eles que primariamente compete a defesa da Fé, o combate contra as heregias e demais flagelos. Escreve Dom Castro Mayer que “sob uma aparência tradicional, assegurada pela presença dos Srs Cardeais Ottaviani, Bacci, Ruffini, Braum e outros, operava o Cardeal Bea, porta-voz das Bnai-Brlth judias e demais maçónicos, convencidos de que era o momento de ultimar a obra de destruição da Igreja Católica, implodindo-a sobre si mesma” A Anti-Igreja, transcrito de “Heri et Hodie”- Jornal dos Padres de Campos, nº 33, cfr. Revista Permanência nº 218-219, 1987. Hoje, mais do que na decada de 60, os efeitos provocados na Igreja são demais evidentes. O colapso de grande parte do clero nos dias de hoje é uma evidência e “aos inimigos de Deus e da Igreja, devemos combater quanto pudermos, como, são os chefes de heresias, cismas, etc. É uma caridade descobrir o lobo que se esconde entre as ovelhas, em qualquer parte onde encontramos (São Francisco de Sales, Filotéia)”. Ora, Sua Santidade o Papa Leão XIII, na Encíclica Sapientiae Christianae, de 10 de Janeiro de 1890, refere que “neste enorme e geral delírio de opiniões que vai grassando, o cuidado de proteger a verdade e de extirpar o erro dos entendimentos é a missão da Igreja, e missão de todo o tempo e de todo o empenho, posto que à sua tutela foram confiadas a honra de Deus e a salvação dos homens. Mas quando a necessidade é tanta, já não são somente os prelados que hão-de velar pela integridade da Fé, senão ‘que cada um tem a obrigação de propalar a todos a sua Fé, já para instruir e animar os outros fiéis, já para reprimir a audácia dos que não o são’” (São Tomás, S. Teol., II-II, q. 10, a. 2, q. ad 2). Fica demonstrado pela autoridade do magistério da Igreja Católica que é lícito a um fiel leigo combater o modernismo, pois combater o modernismo é combater pela Fé. Ademais, exorta o Santo Apóstolo: “que combateis pela Fé que foi dada aos santos” ( Jd 1, 3).
A segunda questão que se coloca é: como combater o modernismo? Ensina ainda S. S. Papa Pio X que “todo aquele que tiver tendências modernistas, seja ele quem for, deve ser afastado quer dos cargos quer do magistério; e se já estiver de posse, cumpre ser removido”. E ainda: “faça-se o mesmo com os que às ocultas ou claras favorecem o modernismo, louvando os modernistas, ou atenuando-lhe a culpa, ou criticando a escolástica, os Santos Padres, o magistério eclesiástico, ou negando obediência a quem quer que se ache em exercício do poder eclesiástico” (Pascendi Domini Gregis). Daqui decorre que todo o clérigo, que incorrer em tamanha perdição, deve ser apresentado a tribunal eclesiástico para que se possa aplicar a justiça na Igreja. Para que tal aconteça, é necessário que os feis leigos procedam em conformidade, pois uma vez que não “nos sendo lícito calar”, para a salvação das almas e glória de Deus, os maus servidores devem ser afastados dos seus cargos.
Neste combate pela Fé é bom manter presente o seguinte sem fazer incursões teológicas sobre a “fabricação do Novus Ordo” pelo Pe Bugnigni. Aqui segue a evidência, insuspeita, do único sacerdote director de uma agência a participar no Concílio Vaticano II – Padre A. WENGER sobre a Nova Liturgia, escreveu: «uma nova linguagem teológica – sublinhou – um novo estilo eclesiástico foi criado e encontramo-lo somente no esquema da Liturgia. Antigamente, o estilo da teologia era escolástico e é esse que se encontra em todos os outros esquemas. No esquema sobre a Liturgia, o estilo é bíblico e patrístico, inteiramente orientado para a Pastoral. Este estilo é compreendido pelo povo e tocará profundamente os homens. É um estilo em uso entre os ortodoxos, os protestantes e mesmo os pagãos» (Cfr. A Igreja do Presente e do Futuro, História do Concílio Ecuménico Vaticano II, 3 vols., Ed. Estampa, Ltd.; Prefácio de D. Manuel Gonçalves Cerejeira, cardeal Patriarca de Lisboa e direcção de D. António Ribeiro). Que este testemunho, evidência inexpugnável e irrefutável, se baste a si mesmo para caracterizar a grande desgraça que se abateu sobre a Igreja, no verdadeiro culto a Deus.
Caro Vladimir,
Restaurar o Santo Sacrifício da Missa é combater o modernismo no seu ápice – aqui se encontra a divisão entre o trigo e o joio. E isto se faz apresentando a tribunal eclesiástico, provas da pestilência que inunda e leva à perdição milhares de almas.
Quanto mim, sigo a recomendação de S. Jerónimo quando escreve a Aprónio, (cfr.Spiritus Paraclitus. 1920): “a minha glória é a de aprender que os meus filhos combatem por Cristo e aquele no qual acreditamos, reforça em nós o zelo e a coragem a fim de que possamos estar prontos e derramar o nosso sangue pela Fé … As perseguições dos herécticos arruinaram de cima abaixo o nosso mosteiro, quanto às suas riquezas materiais, mas a bondade de Cristo cumulo-o de riqueza espirituais. É melhor não ter pão para comer, do que perder a Fé”.
Esta é a última cruzada. E pertence-nos a nós leigos, fiéis a Cristo Rei.
PAX
Rui Machado
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A molecada acha que o Andrea Tornielli é porta voz do Papa kkkkkkkkkkk
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Caro Bruno, o Pe. Jesus deveria ter sido “despedido”
bem antes.
Que horror. O Bispo concorda com esses abusos ou
desconhece ??
Se concorda , denuncie ele para a Santa Sé !!
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Glória Glória Anjos do Céu!
Anos que não escutava esta música!
Coisa boa essa Congada hein!
A congada pode…ela gera união!
Agora a Missa Tridentina causa divisão!
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Corrijo: A molecada de verdade toma por verdade qualquer boato difamatório fazendo juízo temerário e fomentando a discórdia. Em contrapartida qualquer artigo que rebate as difamações, não importa seu autor, é recebido com desdem. O artigo em questão goza, no mínimo, de tanta autoridade quanto os outros artigos anteriores de posição contrária, sobre o qual certos leitores, não sem alarde, fizeram comentários prematuros. Como uma pessoa pode fazer troça de uma prática que ela mesma tem? Contradição. Só aceita o que é conveniente. No mínimo a troça é aplicada a ela mesma. “Medice, cura te ipsum”.
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Senhores, debates com acusações de “molecagem” e outros “elogios” mútuos não cabem por aqui. Fiquemos no campo dos argumentos.
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Que vergonha!!!!, moro em Pouso Alegre e tenho que ver uma palhaçada desta.
O incrível é que uma mulher ao fazer a segunda leitura ela lê: Se alguém destruir o Templo de Deus, Deus a destruirá!. Se não fosse tão sério esta passagem seria até irônico, pois ela está destruindo.
Ela mesma não crê em que está lendo.
Dpeois outra infeliz, com o concentimento do Padre, Proclama o Evangelho, faz o Sinal da Cruz e ainda Incensa como um Sacerdote, nós Católicos estamos muito desunidos mesmo, sou de Pouso Alegre e me envergonho dos Padres desta Diocese, que parecem tudo menos Padres.
Eles não estam a serviço de Deus mas sim do Demônio, mas vamos reunir um Grupo de pessoas, e vamos levar este vídeo ao Bispo.
Foi uma despedida e tanto, mas a melhor despedida deste “padre” vai ser a dele indo para o Inferno!
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Caro Rui,
Não há o que dizer de seu texto. Muito bom e mostra oficialmente porque e pelo que temos que lutar nesta Igreja tomada pelo modernismo.
Um comentário somente de uma parte “…deve ser apresentado a tribunal eclesiástico para que se possa aplicar a justiça na Igreja.”
Qual tribunal eclesiastico vai reconhecer tais erros? Eu arrisco dizer que nenhum, pois eles seguem a nova teologia. Nem me matéria de exorcismo a Igreja pode continuar fazendo o que sempre fez…
Não se pode aplicar justiça na Igreja quando se há regras ambíguas para a sociedade eclesial (leigos+clero).
Não sei se é possível ver o problema por dois focos, como se cada um escolhesse o seu foco predileto, por exemplo, focando na Missa Nova ou na Nova Teologia da Doutrina.
Parece-me claro que a Nova Teologia gerou a Missa Nova. O problema é doutrinal.
Por isso que quem escolhe a Missa Antiga por questões de fé, automaticamente exclui qualquer possibilidade de relação com a Missa Nova. Pois isso significa relacionar-se com a nova teologia, e portanto, com uma teologia diversa da Teologia/Doutrina Antiga.
A Doutrina Antiga não permite relação com nada diferente dela.
Por isso, é absolutamente coerente e normal que os grupos que escolham de fato a Missa Antiga por questões de fé, acabem por se isolar, pois não aceitam misturar as doutrinas. A nova doutrina, que tudo permite, relaciona-se bem com qualquer coisa. A Doutrina de Sempre, por sua vez, relaciona-se bem somente com aquilo que não é ambiguo, que é verdadeiro.
Um grande abraço Rui,
Vladimir
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Ferreti, posto na seqüência o comentário alterado de acordo com as exigências da moderação. Desculpe se pareci rude, não foi minha intenção. Apenas fico irritado com o fato de alguns leitores serem tão precipitados, imaturos. As pessoas estão ficando paranóicas e enxergando conspiração em todo lugar. É claro que a situação da Igreja é grave, mas não ajuda procurar “mais sarna para se coçar”, ainda mais se apoiando em boato. Tem muita gente fazendo acusações injustas/arbitrárias por conta do juízo temerário e mesmo depois de terem suas expectativas frustradas não se emendam e voltam a agir da mesma forma por pura vaidade.
Cordialmente
Lucas
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Caro Lucas, o aviso não era só para você. Obrigado pela compreensão.
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Concordo que o artigo do Tornielli não resolve nada (Só a futura publicação da instrução trará tudo a lume), mas tampouco resolve ficar achando “pelos em ovo”, levantando as mais tresloucadas hipóteses, que antes de contribuírem fomentam a discórdia.
Precipitação mesmo é antecipar o que há de vir, “caçar chifre na cabeça de cavalo”. Alguns vaidosos(as)querem pousar de Santo Atanásio, mas de Atanásio não tem nada, que dirá de Santo. Quantas discussões tolas e vãs se lê nos comentários. “Vanitas vanitatum dixit Ecclesiastes vanitas vanitatum omnia vanitas” (Ecle I,2)
Pessoas que se acham e passam (para os ingênuos) por doutos agindo feito crianças que disputam entre si (Quase sempre aos berros) a sorte de quem tem o melhor brinquedo. Espero que aproveitem o tempo propício que chega a termo para um amadurecimento espiritual e intelectual.
“Via stulti recta in oculis ejus qui autem sapiens est audit consilia”(Pr XII,15)
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A gente fica indignada com as autoridades. O papa diz “confusa”, mas temos de admitir, nossa Igreja beira a bagunça geral. Está fácil de estar alienado ou perdido na Igreja. Ela ainda permite colisões contra sua própria identidade ao invés de resgatá-la.
Os fiéis verdadeiramente fiéis vêem a Igreja mais fraca do que eles próprios e isso já aconteceu outras vezes na história.
Temos que ver duas coisas: assim como o papa ante o colegiado, o bispo perdeu muito de sua autoridade ante a conferência episcopal regional, apesar deste organismo não fazer parte da hierarquia por si mesmo, e o bispo não pode punir padres como antes podia punir.
E, se um bispo afasta um padre desobediente outro bispo acolhe.
É uma incoerência gritante. Temos visto contra-testemunhos.
Porém, fora as omissões diocesanas, temos de nos voltar ao povo, porque, como leigos, temos o dever canônico de reclamar e não estamos cumprindo nossa parte.
Qual católico não sabe que o padre é quem lê o Evangelho?
E como é que aquele povo todo deixou isso acontecer sem reclamar?
Como a equipe de liturgia nada observou ao padre?
O padre pode manipular os fiéis sem eles notarem e ainda que queiram ser católicos de verdade?
E não sabem que as congadas se identificam com os terreiros, ou do espiritismo ou do candomblé?
E o padre vem com um sincretismo como se fosse o ecumenismo oficial da Igreja e os fiéis nada procuram ler a respeito, para ver o que a Igreja ainda ensina e o que ensinava melhor em época de maior rigor moral e de maior fidelidade à Tradição?
E os outros padres da diocese, nada levam ao bispo dos desvios dos colegas?
E a Tradição, também, por que não faz na obediência canônica sua coordenação mundial e sua pressão organizada sobre a consciência humana do papa acerca de seu tempo e da fragilidade da identidade eclesial que atinge a todos?
Ninguém deve nos defender abaixo de Deus e de Nossa Senhora?
Queremos o fim? Queremos que tudo piore? E as crianças? E os que Deus ainda quer salvar?
Por quê o papa continua nomeando bispos não alinhados ao que o próprio papa defende? Talvez, porque outras são as pressões sobre o papa, mas não as nossas…
No entanto, nem cumprimos nossos deveres canônicos, como é que vamos querer que Deus os cumpra por nós?
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Prezado Lucas
Como o sr. começou o texto citando uma frase minha, respondo-lhe. Não levantei nenhuma hipótese tresloucada (seja lá o que o sr. chame de tresloucado). São observações quanto à tudo que temos visto a respeito da aplicação do Motu Summorum Pontificum, inclusive com relatos aqui mesmo no Fratres. Missas em horários impróprios, com igreja fechada, fiéis sabatinados quanto à adesão irrestrita ao Concílio Vaticano II, critérios matemáticos e demograficos para designarem o que é um grupo estável, conhecimento de latim erudito, igrejas cedidas a hereges e não a católicos, etc. Muitos podem provar.
Reafirmo, o desrespeito maior ao Santo Padre é feito exatamente pelos progressistas (esse jargão já parece demodé, mas uso-o pois acho o melhor a tudo o que se opõe ao tradicional). E espero, sim, que a futura instrução venha a ser incisiva e não como uma nuvem que a cada hora que se olha enxerga uma forma.
Não vejo nenhum chifre em cabeça de cavalo e nem quero “pousar” de Santo Atanásio, já que não voo.
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Salve Maria!
Bonitinho que ninguém percebeu no vídeo é a mania que os padres desta Diocese tem de colocar os “ministros extraordinários” que dão a Hóstia para o fiel e este mergulha no Sangue de Cristo … prestem atenção!
Que nojo!
E depois tem gente a defender a Reforma da Reforma.
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Cara Giovana,
Salve Maria!
E qual a relação entre a dita Reforma da Reforma e esse sacrilégio???
Até onde sei a finalidade dela é dar cabo de absurdos como esse. É inegável o empenho do Santo Padre em corrigir os abusos, inclusive com exemplos (a maneira como celebra, os paramentos, etc). Podemos criticar certos atos privados do papa, mas não podemos ser levianos a ponto de dizer que ele não fez ou faz nada. Hoje assisto a Missa de Sempre graças ao motu proprio, sou muito grato ao bom pastor que ouve suas ovelhas. Também questiono certas ações do papa como Assis II ou a infeliz (Na minha humilde opinião) declaração contida no opúsculo Luz do Mundo sobre a “camisinha do prostituto”, mas alguns exageram. Parece até que torcem para que o papa cometa um deslize para poderem criticá-lo. O papa pode cometer erros, mas não dá para encontrar erros e tudo o que ele faz. E os nossos próprios erros? Alguns poderão argumentar: mas ele é papa. E é mesmo. Mas nós não temos idéia do peso da cruz que está sobre os ombros dele. Poderão contra-argumentar: mas Deus não dá uma cruz maior do que a que podemos suportar. E vocês suportam com paciência e alegria a sua própria “cruz proporcional”? É fácil apontar o dedo. E cômodo. Mas é fato que não sabemos o que é ser um papa, principalmente em tempos como o nosso. Não temos sequer a dimensão do que seja a “dor universal” de que falava o papa São Gregório VII. Qualquer gesto deve ser minimamente calculado, para não gerar mais dano. O papa vai em passos lentos… estará ele pecando por excesso de prudência? Não sei… não me vejo capacitado para julgá-lo. Sofri quando achei que ele tropeçou, mas não deixei de me alegrar quando vi Cristo no seu olhar, quando vi as coisas muitas boas que ele fez e falou. Sobretudo, rezei e rezo por ele. Eu que não sou muito velho, não cheguei a ver nenhum outro papa acertar mais do que ele. Podem dizer o que quiserem, mas certo é que Bento XVI se distingue de seus quatro últimos predecessores. Se pode fazer mais e não faz, que preste contas perante a Deus. As pessoas esquecem que ele é a figura a qual mais devemos respeito na terra. Isso significa que devemos “moderar” nossas línguas para falar dele. Se quisermos fazer uma crítica que seja com respeito, com polidez, com sensatez.
Espero que as pessoas se empenhem tanto na oração pelo Santo Padre, pela santificação do clero e pela salvação da própria alma quanto se empenham em julgar, em criticar. Assim, já é pelo menos meio caminho andado.
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Caro Sr Antonio,
Salve Maria!
Não dirigi o comentário especificamente ao sr. A única alusão que fiz ao seu comentário foi a da suposta precipitação. E por que? Porque tem muita gente seguindo a risca outro dito: “um peso duas medidas”. Ora, não é precipitação fazer afirmações baseadas em artigos que pretendem antecipar os acontecimentos dizendo que a instrução será um retrocesso, em contrapartida é precipitação elogiar o artigo de Tornielli que desmente essas suposições. Detalhe: ambos não são decisivos, ou seja, gozam da mesma importância. Pra ser sincero, o que difere os dois (ou melhor, o do Tornielli e os de outras fontes) é a conveniência que podem representar para quem deseja reafirmar suas próprias ideias, ou para quem quer pura e simplesmente “fazer inferno”. Não vejo como isso pode ser útil, frutuoso. São apenas boatos. Aconteceram? Não. Vão acontecer? Só Deus sabe. O que podemos fazer? Rezar.
A verdade é que tudo isso só serve para semear mais discórdia onde ela já é abundante. Acho que certas atitudes são muito infantis. O sr já leu alguns “debates” que foram feitos? Do que serviram? Só serviram para alguns comentaristas se gabarem de sua “eloqüência”. Esquecem que o peixe morre pela boca. “Vaidade das vaidades, tudo é vaidade”. Fato. Um dos poucos diante de tantas suposições.
Foi isso que quis dizer quando citei o dito “procurar chifre na cabeça de cavalo”.
Uma Santa e frutuosa Quaresma.
Respeitosamente,
Lucas
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errata referente ao meu penúltimo comentário:
“(…)quando vi as coisas boas que ele fez e falou.
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