Edição de quinta-feira, 10 de março de 2011 (pág. 17)

O bispo Dom Hélio [Rubert], ainda na coletiva, explicou o mal entendido que, segundo ele, aconteceu nas últimas semanas envolvendo a cedência da Catedral para Sagração do Bispo eleito da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil, Cônego Francisco de Assis Silva. Membros da igreja [Católica] espalhados pelo Brasil ameaçaram um grande protesto caso fosse confirmado o empréstimo, pois não concordavam com o bispo.
Ele afirmou que após ter dado a sua palavra não haveria motivo para voltar atrás. “Aconteceram pressões para que não fosse usado o espaço, mas temos um bom relacionamento com nossos irmãos anglicanos. Conversei com outros bispos e todos foram favoráveis ao empréstimo”, disse Dom Hélio.
Ele garante que não existe uma lei que proíba o uso da catedral por outras religiões. O fato acabou criando um constrangimento entre católicos e anglicanos, que ao final preferiram fazer a ordenação em sua própria sede. “Não voltei atrás da palavra. Os irmãos usaram o bom senso e resolveram fazer a sua ordenação na sua sede para evitar mais polêmicas”, afirmou.
* * *
Duas recordações ao senhor bispo:
1ª – Existe uma Lei que proíbe sim o uso da Catedral Católica por seguidores de outras religiões. Chama-se Lei de Deus, foi promulgada pelo próprio Senhor e entregue a Moisés. Está na Bíblia (inclusive na usada pelos anglicanos);
2ª – As palavras do senhor bispo destoam do testemunho apresentado pelo “cônego” anglicano José de Deus Luongo da Silveira: “menos de um mês da Sagração, Dom Hélio Rubert, inopinadamente, sem entrar em contato de modo oficial com o Bispo Primaz, com a Autoridade Eclesiástica da Diocese Sul-Ocidental, nem como o Bispo Eleito, simplesmente, vai até a Deã da Catedral Anglicana, acompanhado do seu Vigário Geral, e diz que não mais autorizará a sagração na sua Catedral, como já havia antes pactuado, porque a Igreja Anglicana ordena mulheres e gays”. Quem está mentindo?
Certamente, os anglicanos mentem!
Suponho que Dom Hélio tenha citado os argumentos dos bons católicos e o “cônego” leigo da seita anglicana tenha isolado as aberrações disciplinares deles como uma afirmação direta de Dom Hélio, que em suas declarações tem demonstrado uma atitude diplomática, inclusive com o sucesso de não ver a Catedral de Santa Maria profanada. Eventualmente pode o bispo católico ter exposto a necessidade de não ocorrer a a simulação de ordenação – evidentemente que ele evita o uso da expressão em público – em tom mais duro, mas, sendo a afirmação verbal, ficou aberta uma solução diplomática, no sentido positivo da palavra. E é claro que os anglicanos podem ir à Catedral de Santa Maria para adorar Nosso Senhor na Eucaristia e reconhecer o verdadeiro episcopado que eles não têm na seita deles.
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Pelo visto, querem transformar essa catedral católica na casa da mãe joana.
Dizer que não existe uma lei que proíba o uso da catedral por outras religiões é uma ofensa à doutrina católica.
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Porque esse bispo não empresta algo que seja DELE? A Catedral é de Nosso Senhor. Bispo nenhum tem direito de dispor do templo de Deus para fazer o que bem entende. Se esta criatura fosse eleita por voto, mereceria um impeachment por improbidade administrativa.
Isso para mim não é muito diferente da simonia. Está entre o escândalo, a simonia, o sacrilégio e a falta de caridade cristã.
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Meu Deus, que cara de pau…. Então não há uma lei que proíba os sectários de fazer seu papel de anti-Igreja dentro da própria Igreja?
Ora… Mais uma vez faço coro com a Ana Maria Nunes, dessa vez em negrito, itálico e sublinhado (se eu soubesse usar do recurso):
DÁ-LHE PLENA COMUNHÃO!
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Rev. Pe Marcelo Gaberti, quiserá Deus que a diplomacia de Dom Hélio fosse inspirada pela verdade e não pelo número! Para ser diplomata com os anglicanos, ele sede a Catedral. Depois seguem-se critícas a este gesto de diplomacia, e para ser diplomata com os critícos, ele veda o uso da catedral alegando que os anglicanos ordenam gays e mulheres, sem sequer mencionar que não só estás ordenações são ilegítimas, mas a própria ordenação de homens. Como o sr. pode ver, ele oscilou de um extremo ao outro e agora com este esclarecimento, visa fazer um “meio-termo”, para agradar a nós e aos anglicanos. Todos nós gostaríamos que o Bispo antes de se sentir pressionado por nós, agisse em função da verdade e não do número. Mas infelizmente, eles edificaram suas casas sobre a areia (https://fratresinunum.com/?s=+casa+edificada+sobre+a+areia).
Saudades dos tempos em que tivemos um Bispo que disse: Se o mundo for contra a verdade, então Atanásio será contra o mundo. Também é de Santo Atanásio, um belíssimo sermão, sobre a verdade e o número:
A Verdade e o número – Homilia contra os que consideram o número como prova da verdade
Santo Atanásio
De Deus devemos esperar a força e as luzes necessárias para combater a mentira e o erro e a Ele recorreremos para obtê-las. Ele é o Deus da Verdade, Ele nos tirou do seio do erro e da ilusão, Ele nos diz no fundo do coração: “Eu sou a Verdade”, Ele sustenta nossa esperança e anima nosso zelo, quando nos diz: “Tende confiança, Eu venci ao mundo.”
Depois disso, como não sentir compaixão pelos que só medem a força e o poder da Verdade pelo grande número? Esqueceram, portanto, que Nosso Senhor Jesus Cristo não elegeu senão doze discípulos, gentes simples, sem letras, pobres e ignorantes, para opô-los, ao mundo inteiro , e que não lhes deu, como única defesa, senão a confiança Nele?…
Quão admirável é à força da Verdade! Sim, a Verdade é sempre vencedora, ainda que esteja sustentada por um número muito pequeno. Não ter outro recurso senão o grande número, recorrer a ele como a uma muralha contra todos os ataques, e como a uma resposta para todas as dificuldades, é reconhecer a debilidade de sua causa, é convir na impossibilidade em que se está de defender-se, é, numa palavra, reconhecer-se vencido….
Que vosso grande número me apresente a Verdade em toda sua pureza e seu brilho, estou disposto a render-me e minha derrota é segura; mas que não me dê como prova e razão nada mais que seu próprio grande número e sua autoridade: é querer causar terror e dar medo, mas de nenhum modo persuadir-me quando dez mil homens se tivessem reunido para fazer-me acreditar em pleno dia que é de noite, para fazer-me aceitar uma moeda de cobre por uma moeda de ouro, para persuadir-me a tomar um veneno descoberto e conhecido por mim, como um alimento útil e conveniente, estaria obrigado por isso a crer-lhes?
Portanto, já que não estou obrigado a acreditar no grande número, que está sujeito ao erro nas coisas puramente terrestres, por que quando se trata dos dogmas da religião e das coisas do céu, estaria eu obrigado a abandonar aos que estão afeiçoados à Tradição de seus Pais, aos que crêem com todos os que foram antes que eles…
Por que, digo, estaria eu obrigado a abandoná-los para seguir a uma multidão que não dá nenhuma prova do que afirma? …
“Não sigais a multidão para fazer mal, nem o juízo te acomodes ao que parece do maior número, se com isso te desvias da verdade”
Fique com Deus.
Abraço
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Muito interessante:
EL CREDO DEL INCRÉDULO – Pe Leonardo Castellani
CREO en la Nada Todoproductora d’onde salió el Cielo y la Tierra.
Y en el Homo Sápiens su único Hijo Rey y Señor,
Que fue concebido por Evolución de la Mónera y el Mono.
Nació de Santa Materia
Bregó bajo el negror de la Edad Media.
Fue inquisionado, muerto achicharrado
Cayó en la Miseria,
Inventó la Ciencia
Ha llegado a la era de la Democracia y la Inteligencia.
Y desde allí va a instalar en el mundo el Paraíso Terrestre.
Creo en el libre pensante
La Civilización de la Máquina
La Confraternidad Humana
La Inexistencia del pecado,
El Progreso inevitable
La Rehabilitación de la Carne
Y la Vida Confortable. Amén.
Tomado de “Las ideas de mi tío el cura” Leonardo Castellani.
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Gederson,
Estou de pleno acordo com você.
Estou apenas aproveitando o espaço para direcionar a energia do ataque a quem mais devemos combater.
Por outro lado, o fim do CONIC é uma questão de tempo. E os bispos sabem disso. Jesus mesmo mandou pagar o imposto que os filhos não estavam obrigados a pagar. Dom Hélio sabe muito bem que quanto mais a Catedral for “cedida”, maiores as reações que levarão àquilo a que todo quase todo bispo quer, embora não o diga: o fim do ecumenismo ou, “diplomaticamente” falando, do falso irenismo.
De que adianta dizer que cede se sabe que não será cedida? Por isso eu direciono os ataques que faria ao bispo àqueles que são a raiz do transtorno, ou seja, a seita anglicana.
Mas, repito, você tem razão no que afirmou acima.E mesmo que não tenha pedido a bênção a este pior dos sacerdotes, quero dar-lhe minha bênção, que lhe aproveite quanto possível (ex opere operantis) por intercessão de Nossa Senhora de Fátima.
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Da-lhe PLENA COMUNHAO!!!
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Gederson, você diagnosticou o problema do Bispo Rubert, e de muitos outros também infelizmente: a louca e vaidosa sêde de querer AGRADAR A TUDO E A TODOS! O episcopado moderno quer se exaltar às luzes do mundo e ser amado como baluarte da “abertura” e da tolerância! Do contrário pareceriam ranzinzas, reacionários, duros, etc. Preocupam-se demais com que os “outros” pensam. Somente um cego voluntário não enxerga o drama existencial de bispos e sacerdotes que já não sabem mais quem são, para que servem e para onde vão. Sem exagero de minha parte, querer ser “amado” e nunca criticado chega a configurar-se como uma espécie de crise afetiva.
Este Bispo não é um modelo de Nosso Senhor, como deveria ser. Nosso Senhor não agradou a todos, e nem quis isso, do contrário não teria sido condenado à morte. Se Jesus fosse um adepto do irenismo cnbbista, teria procurado agradar fariseus, Sinédrio, Caifás, Pilatos e tutti quanti e evitado a Cruz.
Venho com todo o respeito discordar do revmo. Pe. Masi. Os anglicanos NÃO SÃO a raiz deste transtorno, mas a crise de identidade de bispo e clero que sentem vergonha da religião católica. Há doces quarenta anos atrás seria inconcebível que um outro culto EMPRESTASSE uma Catedral (ou mesmo a mais humilde capela) católica para suas funções. Numa Diocese conservadora, aonde o Bispo SE DÁ AO RESPEITO de Bispo, dificilmente isto aconteceria, pois os separados conheceriam o seu lugar.
Cristo disse que quem se exalta será humilhado. Bispos ecumênicos vivem de EXALTAR a si próprios, ao seu espírito “aberto” e tolerante, e HUMILHAR a Santa Igreja, Esposa de Cristo.
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Peço um pouco de paciencia e expliquem como é ficam os Santos como São Tomas Morus e outros martires vitimas dos protestantes nesta “caminhada ecumenica” ?
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Rev. Marcelo Gabert Masi, agradeço a benção que necessito muito e peço que me perdoe por não tê-la pedido. Enviei para o sr. dois livros por email.
A situação da Igreja é bem complicada. Quando se fala e se aplica a doutrina da evolução do dogma, perde-se o Logus (Cristo) e fica tudo muito complicado. Veja que Dom Hélio pediu o parecer de outros Bispos e estes não virão nenhum problema no empréstimo da Catedral. Isto embora, Leão XIII, tenha declarado as ordens anglicanas inválidas. Não sei, mas isto parece um reflexo e uma sobreposição do atual magistério pastoral ao magistério anterior dogmático e infalível, ou seja, parece haver uma consideração de que as decisões anteriores da Igreja, também foram pastorais.
Mesmo a conversão em pequeno ou grande número, frutos do ecumenismo, não podem ser consideradas conversões no sentido estrito da palavra, uma vez que já não se exige o assentimento a fé divina e católica, mas sim ao religioso obséquio. É uma situação bastante complicada, que querendo ou não se reflete no episcopado.
Que Deus e Nossa Senhora nos guarde e proteja de todos os males que ameaçam a nossa fé.
Abraço
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Caro Pedro Pelogia, ao querer agradar a tudo e a todos, caí-se no respeito humano. Quando Nosso Senhor repreendeu a São Pedro que não queria a sua crucificação, ele disse: – Retira-te de mim Satanás, porque cogitas das coisas dos homens, não das coisas de Deus. Desde o CVII, a Igreja vem cogitando das coisas do homem e deixou de lado, as coisas de Deus. Veja as Campanhas da Fraternidade, elas cogitam das coisas do homem na Quaresma, tempo de se cuidar das coisas de Deus. Um absurdo…
Como disse ao Padre Marcelo, quando se fala e se aplica a doutrina da evolução do dogma, perde-se o Logus. Evidentemente ao se falar e se aplicar esta doutrina, o sacerdócio, o episcopado e o papado, estão contidos nela. Assim, não podemos saber o que é o Padre, o que é o Bispo e o que é o Papa, eles estão sempre vindo-a-ser alguma coisa. E alguma coisa quase impossível de se determinar, pois conforme o conceito moderno de verdade, eles vão estar sempre se adequando a vida humana e não com aquilo que deveriam ser (Adaequatio Rei Et Intelectus). Neste quadro, verdade – mentira, certo – errado e heresia – heterodoxia – ortodoxia, serão trocados por direita – esquerda, retrocesso – progresso e involução – evolução. Não foi atoa que São Pio X disse que os modernistas perveteram toda e qualquer noção de verdade, a prova esta diante de nossos olhos…
Nosso Senhor disse para não darmos o que é santo aos cães e nem atirarmos perólas aos porcos, por isso ao ensinar por parábolas, ele protegia a revelação dos cães, dos porcos e dos lobos. Mas o CVII, convocado para falar melhor ao homem moderno, acabou fazendo a Igreja falar como o próprio mundo. De onde o Padre Leonardo Castellani nos diz que o Extra Ecclesia Nulla Sallus, foi transformado em fora da democracia não existe salvação. Ecumenismo, Colegialidade e Liberdade Religiosa, destroem o obstáculo que retinha o Anticristo e acabam por preparar o caminho para ele, pois estes três pilares nada mais são do que a cogitação de coisas do homem…
Fique com Deus.
Abraço
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Caro Pedro Pelogia,
a Paz!
Nem mesmo Anápolis, nos saudosos tempos de Dom Pestana chegou a ser uma Diocese conservadora. De perto, ou até de longe, nem a Administração São João Vianney é conservadora. De modo que eu até peço que me diga onde está a tal Diocese conservadora realmente existente hoje e não há quarenta anos, que desconheço. Algumas, é verdade, têm menos problemas doutrinais e disciplinares. Mas os bispos de hoje são tão pecadores quanto os Apóstolos do início do cristianismo. Quem diz que o bispo e o padre são pecadores não dizem nada de novo. Nós sabemos que o somos. E isto independe inclusive das convicções doutrinais, posto que conheço sacerdote tradicional que, estando em crise, conviveu maritalmente com uma mulher. Graças a Deus, ele arrependeu-se.
Sua indignação é justa, mas o ecumenismo não começa com os católicos. Uma coisa é certa, burros os bispos não são. Do mesmo modo que os protestantes começaram com o ecumenismo, assim o farão para terminar com ele.
Penso que o único jeito de resolver as questões afetivas dos sacerdotes seja mudar a formação, coisa que não vai acontecer de uma hora para outra, ainda que a justa indignação nos faça desejar assim.
Deus lhe abençoe e reze pela minha conversão que, como vê, anda a passos muito lentos.
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Que vergonha um bispo não saber o primeiro mandamento da lei de Deus e o que é pior, ele conversou com outros bispos e estes foram também favoráveis ao empréstimo!
Por amizade iriam permitir a falsa consagração na catedral!
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Repetindo Santo Ezequiel Moreno (quase no fim da coluna a direita, aqui mesmo no Fratres):
“…muitos dos que se dizem católicos ajudam os «revolucionários». São esses, sempre «moderados», que estimam a «tranquilidade pública» como o bem supremo. ‹‹Esses católicos tolerantes, condescendentes, brandos, doces, amáveis ao extremo com os maçons e furiosos inimigos de Jesus Cristo, guardam todo seu mal humor para os que gritam «Viva a Religião!» e a defendem sofrendo contínuas penalidades e expondo suas vidas. Para eles, esses últimos são «exagerados e imprudentes, que tudo comprometem com prejuízo dos interesses da Igreja»”
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Caro Gederson,
Agradeço de coração os livros. Realmente certas situações causam-nos um certo desespero. De fato, não é aceitável a ideia de evolução do dogma. E é claro que não basta entrar numa igreja para a conversão acontecer. Sem dúvida as influências protestantes para dar falsas soluções a pretensos problemas pastorais têm sido funestas. Reconhecem-no os próprios Papas desde o Concílio Vaticano II até nossos dias. A revisão do Concílio Vaticano II seria importante, mas logo pensamos em quem faria a análise do mesmo. Com uma base filosófica que não seja tomista e com uma formação que relativizou a dogmática frente à pastoral, colocando a primeira em segundo plano, mesmo que sem perceber, quais as condições de uma séria análise do Vaticano II? É neste sentido que há um esforço de padres e bispos para ir gerando gradativamente as condições para que se faça tal trabalho de revisão. O mesmo vale pastoralmente. O fato de dizermos a verdade que sabemos não gera a convicção imediata no ouvinte. Dom Manoel Pestana Filho defendeu a revisão do Concílio Vaticano II. Imagine se isto acontecesse no tempos do bispo que, não só verbalmente, mas concretamente cedeu a Catedral aos protestantes? Os “avanços” seriam retrocessos. Daí a importância que eu comentara com um grande comunicador católico de nossos dias, cujo nome vou reservar, mas é de reta doutrina, de os leigos serem insistentes na manifestação de sua percepção deste terrível declínio da fé em relação à pastoral, posto que na afirmação perseverante da fé a pastoral volta ao seu lugar normal, ou seja, a serviço da fé.
Estava há uns três meses em São Luís de Montes Belos, quando o bispo de lá, na Assembleia Diocesana, afirmara que na visita “ad limina” o Papa dera a orientação de que o bispo tem soberania em sua diocese, o que é outro aspecto do Concílio Vaticano II que tem recebido as devidas observações dos católicos esclarecidos, como é seu caso. De fato, quando a colegialidade vira conciliarismo, analogamente ao ecumenismo que vira irenismo, em instâncias inferiores acaba acontecendo o corporativismo. Na prática, porém, quando um bispo indaga a outro sobre como deveria agir, os colegas ficam cientes de eventuais problemas e podem dar apoio público ao colega que solicitou ajuda prévia. Isto ocorreu em Anápolis com Dom Pestana, que recebeu apoio de Dom Chaves e mesmo de Dom Antônio, que o dizem progressista, quando faziam protestos, pedindo a saída dele. Podemos discordar, mas a prática não é nova. Certamente a cobrança de afirmações católicas pelos pastores, em especial os bispos, é um gesto de grande caridade dos membros da Igreja em relação à Cabeça, que por graça imerecida o somos.
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Há aqui alguns radicalismos. Pensem 1º antes de atirar as pedras.
Penso que chegamos ao ponto de parar e rezar. Isto não é nada bonito.
“eu venho Senhor, para fazer a Vossa Vontade”, que Sua Ex.ª Revm.ª, possa ter quem o aconselhe e ore por ele.
Oremus pro invicem
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N . Prado, colocar em negrito está aqui no final do texto:
http://portantoentretantotodavia.blogspot.com/2011/01/liberdade-de-blogar-apoio-ao-fratres.html
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Padre Marcelo Masi, antes que eu me esqueça, a sua benção!
O senhor me expõe uma dura realidade e louvo a Deus pelo fato do senhor enxergá-la: NÃO EXISTE uma Diocese CONSERVADORA no Brasil! Fato.
Eu quis dizer uma Diocese “mais” conservadora, mas faltou-me digitar. Vivemos o tempo do “mal menor”: não escolhemos mais benefícios, escolhemos o menor malefício.
Novamente e com todo o respeito venho discordar mais uma vez de V. Revma. em dizer que os Bispos de hoje (isto é, os que compactuam com a “nova teologia”) são “tão” pecadores quanto os Apóstolos. Discordo: são MAIS pecadores, pois os santos Apóstolos não eram hipócritas nem tampouco hereges: seus pecados eram falhas HUMANAS e não as ofensas imperdoáveis ao Espírito Santo que o episcopado moderno brada contra o céu. Ninguém aqui está dizendo que há 40 anos não havia pecadores na Igreja, somente Cristo e sua Santíssima Mãe foram isentos do pecado.
É certo que o movimento ecumênico começou com os protestantes. Foi prontamente condenado por Leão XIII, que no primeiro Congresso Ecumênico de 1893 nos EUA, proibiu a participação dos católicos. Todos os seus sucessores condenaram a fantasia do ecumenismo ATÉ o exótico Concílio Vaticano II. A partir de então o clero católico entrou na dança para servir de achincalhe no centro do baile, já que só a Verdade católica é posta em jogo, e não as “verdades” dos demais. Como eu disse anteriormente, um Bispo que se dá ao respeito de Bispo, no mínimo evitaria expor seu rebanho a esse tipo de escândalo, seguindo o conselho de São Jerônimo: “Deixem os hereges com as suas heresias e os cismáticos com os seus cismas”. Todo o episcopado brasileiro está macumunado com a causa ecumênica que é agenda da CNBB, mas o Bispo de Santa Maria VIROU NOTÍCIA AQUI justamente por levar longe demais essa brincadeira. A auto-depreciação, a humilhação da Santa Igreja e o desmonte da Sã Doutrina teve mais um capítulo aqui: depois de tudo o que os filhos espirituais de Henrique VIII declararam entre blasfêmias e rosnar, o Bispo volta atrás e cede novamente a Catedral para o teatrinho deles.
Às vezes vejo notícias críticas ao governo nos telejornais, mas é uma pena uma notícia como esta não encontrar espaço nos “meios evangelizadores” de massa como as TVs “católicas”.
Rezemos pela nossa conversão e pela conversão do iludido clero moderno. Paz e Bem!
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Rev. Pe Marcelo, foi um prazer repassar-lhe os livros. É muito bom conversar com o sr. a respeito da crise da Igreja. Como podemos ver os comentários do sr. são bem lúcidos e nos proporcionam a oportunidade de refletir a respeito da crise da Igreja.
Concordo com o sr. que entrar na Igreja, não é o bastante para se converter. Também, não é o fato de dizermos a verdade que sabemos, a responsável pela geração da convicção no ouvinte. O modelo de evangelização, encontramos em São Paulo e Apolo, onde um plantava e o outro regava, mas quem fez crescer foi o Espírito Santo. Assim, a pregação é sobretudo, um ato de fé em Deus daquele que prega, pois como dizem as Sagradas Escrituras: a fé vem pelo ouvir. Hoje parece me que não se planta e não se rega a mesma coisa, pois não poucos pregadores sentem-se também responsável pelo crescimento. Isto se dá de um modo tão claro, que parecem transmitir aos ouvintes, uma falta de fé no Espírito Santo, que faz crescer, pois eles mesmos tentam um crescimento artificial, através da inculturação.
A melhor visão da questão entre a pastoral e o dogma, se dá quando se considera a Idade Média, a idade do dogma. A forma como a pastoral é colocada, faz parecer que na Idade Média ela esteve ausente. Contudo, pastoral é um elemento constitutivo do dogma, que separado dele, perde completamente seu vigor e seu sentido. Porque como diz o apóstolo, tudo aquilo que não procede da fé, é pecado. Além disso, não temos uma definição dogmática para pastoral, não podemos afirmar o que é, apenas podemos observar que sempre esta vindo-a-ser alguma coisa. Aparentemente, introduziu-se na pastoral, o conceito de evolução do dogma, como se ela tivesse absorvido o conceito moderno de verdade (Adaequatio Mentis et Vitae) da nova teologia. Os abusos que vemos na litúrgia, nada mais são que a celebração da Adaequatio Mentis Et Vitae.
Seja no caso de Dom Hélio e da Catedral de Santa Maria, como em tudo que envolve o Concílio Vaticano II de um modo geral, esta refletido a ausência de definição da palavra pastoral. É o que podemos ver no texto de Gustavo Corção “Um testemunho precioso”, onde registra o testemunho de Dom Lefebvre:
“Eis um exemplo a respeito do Casamento. A definição tradicional, por seu fim principal, a prole, e seu fim secundário, o amor e a felicidade conjugal, foi contestada no Concílio que negou a hierarquia dos dois fins. Foi o Cardeal Suenes que atacou a posição clássica da Igreja, e eu ainda me lembro bem do Cardeal Brown, Superior Geral dos Dominicanos, que se levantou para advertir ‘Caveatis! Caveatis!’ ‘Cuidado! Cuidado!’ E com veemência ele declarou: ‘Se nós aceitarmos essa definição do Cardeal Suenes estaremos contra toda a tradição da Igreja, e perverteremos o sentido do casamento’”.
“E ele citava muitos textos. Tal foi a emoção produzida na Assembléia que o Cardeal Suenes foi interpelado pelo Papa que lhe pediu que moderasse ou mesmo mudasse os termos usados (…). Mas agora ouçamos o que em torno de nós se diz do Casamento e logo veremos que, na continuação foram as falsas definições que triunfaram. Este é um exemplo entre muitos. Mais cruamente do que se exprimia o Cardeal Suenes o que hoje se apresenta como fim do Casamento é a sexualidade (…)”.
“Uma falsa definição traz a desordem. Consideremos agora a ausência de definição. Muitas vezes procuramos e pedimos a definição de “Colegialidade”. Nunca chegamos a um acordo. Muitas vezes pedimos que nos definissem “Ecumenismo”. Eles nos respondiam a mesma coisa pela boca dos Secretários das Comissões. “Nós não fazemos um Concílio Dogmático, nem procuramos definições filosóficas. É um Concílio Pastoral que se dirige ao mundo inteiro. Seria portanto inútil dar aqui definições que não seriam compreendidas”.
“Era insensato — continua Dom Lefèbvre — reunirem-se os bispos sem conseguir sequer definir os termos das questões debatidas” (Págs. 154, 156).
Mais adiante, na página 158 lemos: “Há um outro assunto que também deveria ter sido definido de maneira muito exata: as Assembléias ou Conferências Episcopais. (grifo do autor). O que é uma Assembléia Episcopal? Que representa ela? Quais são seus poderes? Qual é o objetivo de uma Conferência Episcopal? Nunca pôde alguém defini-la. O próprio Papa disse que veríamos na continuação, ou veríamos depois, na prática, como se poderiam definir e delimitar as atribuições das Conferências. E assim lançaram-se todos na prática sem saber o que era uma Conferência Episcopal, aonde chegaríamos sem sabermos para onde nos dirigíamos. Isto foi de uma gravidade extrema. Evidentemente, essas Assembléias Episcopais, quanto mais crescer sua importância e seus poderes, e seus direitos, mais esmagarão os bispos. Assim, o episcopado que é o arcabouço verdadeiro da Igreja de Nosso Senhor desaparece com o crescimento dessas Conferências””. Um testemunho precioso – Dom Marcel Lefebvre – http://www.permanencia.org.br/drupal/node/318
Acredito que seja mais ou meno esta, a problemática que esta diante de nossos olhos. Para tentar resumí-la lembro do ensinamento de Santo Tomás no opúsculo, “O mandamento da caridade”. Neste opúsculo, Santo Tomás ensina que três coisas são necessárias a salvação, a primeira a ciência do que se há de crer, que é ensinada pelo credo, a segunda a ciência do que se há de desejar, que é ensinada no Pai Nosso e a terceira a ciência do que se há de operar, que nos é ensinada pela lei. Já no Concílio e no pós-concílio, a primeira ciência é ensinada pela consciência, a segunda pelo mundo, e a terceira pela prática. Se em Santo Tomás vemos a primazia da teoria sobre a prática, como responsável pela sua ordenação para que possa alcançar seu fim, no Concílio vemos uma primazia da prática como responsável pela construção da teoria, uma autentica subversão proposta pelo conceito moderno de verdade. Se a verdade deve se conformar a vida humana, ela já não vive em função do ser, mas em função da ação (Maurice Blondel) e não é o que vemos na colegialidade, no ecumenismo e na liberdade religiosa?
Em tudo isto existe um matiz escatológico que não é difícil de ser percebido. Bento XVI quando ainda era Cardeal, disse que Nossa Senhora a mensagem de Fátima, diz respeito aos novíssimos. São Paulo nos diz na carta aos Tessalonicenses que um obstáculo retinha o anticristo, veja:
“E vós agora sabeis o que é que o retém, a fim de que seja manifestado em seu tempo. Porque o mistério da iniqüidade (posto que ainda não tenha aparecido o Anticristo) já se opera, somente que aquele que agora o retém, retenha-o até que seja tirado do meio”. (II Tess 2,6-7)
Os Padres Agostino Lémann e Emmanuel André, apontam para um consenso entre os Pais da Igreja de que este obstáculo seria o Império Romano. O primeiro citando Santo Tomás, nos diz:
“E, responde Santo Tomás, é a união e a submissão a Igreja Romana, sede e centro da fé católica. Enquanto a sociedade permanecer fiel e submissa ao império espiritual romano (transformação do antigo império temporal romano), o Anticristo não poderá aparecer. Esta é a barreira, e este é o obstáculo.
“Mas, para benefício de Deus, para além deste entrave, há um tutor designado para velá-lo, encarregado de custodiá-lo, e este guardião é o Papa, Vigário de Jesus Cristo. Enquanto o zelador for reconhecido, respeitado e obedecido, a barreira vai existir, a sociedade continuará fiel ao Império espiritual Romano e a fé católica. Mas se o guardião, o Papa, vem a ser desconhecido, desrespeitado, descartado, rejeitado, junto com ele irá desaparecer o obstáculo, e o Anticristo estará livre para aparecer: “Este princípio, Scilicet, Imperium Romanum, teneat de fiat illud ipsum Donec médio. Quia est dum imperat universis médio circumquaque, recedentibus ipso Quibus ab, de medio anferetur, et tunc ille tempore iniquus sibi revelabitur adequadas”. ” O anticristo – Padre Agostino Lemann
Aqui se pode ver claramente o significado da autodemolição da Igreja, falada por Paulo VI e também aqui se entende claramente o mote da Nova Teologia lançado por Urs Von Balthasar em “Abater os bastiões” do qual o então Cardeal Ratzinger dizia:
“O facto é que, como Hans Urs von Balthasar referiu, já em 1952, (…) Ela [a Igreja] tem de renunciar a muitas das coisas que Lhe têm até agora inspirado segurança e que Ela aceitou como certas. Ela tem de demolir bastiões há muito existentes e confiar somente na protecção da Fé”. O derradeiro combate do demônio – Capítulo 7 – Demolir os bastiões
Colegialidade, Ecumenismo e Liberdade Religiosa, são “bastiões” colocados no lugar dos antigos “bastiões” que foram destruídos, o obstáculo foi retirado. Bom, são conjecturas que fazem muito sentido. Principalmente pelo pedido de Nossa Senhora de Fátima, quanto a consagração da Rússia. Além disso, a própria irmã Lúcia disse que o 3º segredo poderia ser melhor compreendido a partir de 1960 e ninguém menos que Pio XII, falando da mensagem de Fátima, disse que Nossa Senhora alertou para o suicídio que seria, mudar a teologia e a litúrgia da Igreja.
Bom, apesar de terem mais coisas a serem ditas, para não ser mais cansativo, vou ficando por aqui. Humildemente aberto a correções em caso de ter dito algum absurdo, me despeço. Fique com Deus e que Nossa Senhora nos proteja e nos guarde.
Abraço
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Perdoem-me por desviar o tópico, mas, sempre tem alguém aqui para criticar os comentaristas chamando-os de Radicais? Todo post?
Em defesa dos comentaristas que me precedem, vejo (percebam como conjugo o verbo – trata-se de opinião pessoal!!!) que aqui há muita raiva do erro, e creio que posso utilizar esse termo sem problema nenhum. Falando em termos mais “fúteis”, digamos assim, por mais que eu tenha amigos e parentes atleticanos, eu, coxa-branca, não emprestaria minha casa para uma comemoração adversária. Quem dirá um Representante de Deus emprestar a Casa Divina aos que ultrajam Nosso Senhor com heresias. Tratando-se de algo tão sério quanto a salvação das almas, o ecumenismo é um erro grave. Se alguém puder, ajude-me pois não lembro quem o disse (creio ter sido algum Papa e/ou Santo) que a convivência com hereges é perigosa pois, além de nos expor à má doutrina, dá ao herege uma “aprovação tácita” da sua má conduta. É algo como “estudou em colégio de freiras e por isso é bom católico…”. Ou ainda “Sou herege, mas o Bispo Católico assina comigo essa carta…”.
Creio que, ao expressarmos nossa indignação contra estas situações, temos em mente (ao menos precisamos ter) que estamos criticando fundamentalmente a atitude.
E, quanto aos que reclamam da “radicalidade”, recomendo http://vortexemportugues.blogspot.com/2011/03/radical-cara-radical.html
Temos que ser radicais sim! Não se pode suprimir a verdade! O erro não tem direitos! E que o pecador (seja ele bispo, padre, leigo, herege, eu, comentarista, quem for) se arrependa e volte a Cristo.
E subscrevo o comentário do Gederson março 10, 2011 em 4:20 pm.
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É isso que o faz ser Católico? Não precisa responder.
Julga quem quer e como quer, lastimo. Quando se julga ser detentor da verdade, estamos por vezes muito longe da verdade.
Sabe, quando falo em radicalismos, falo de desrespeito e fundamentalismos, pois como se pode ser um bom Cristão, se não se tiver uma boa formação humana. E quem diz Cristão diz muitas outras coisas. Se o Bispo erra, o que faz você? Pôs os joelhos no chão e rezou? Perdoou?
É certo que há práticas ecuménicas, que favorecem os abusos, mas não nos compete a nós definir o que é certo ou errado. Muito menos usando de irreverência; “sede mansos e humildes de coração”.
Ensinaram-me a ter Temor de Deus.
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Escandalo para a Igreja,escandalo perante Deus.
Como uma cerimônia sem valor sacramental algum, pode ser feita dentro de um templo DEDICADO, CONSAGRADO ao Deus Uno e Trino, por obra do Espirito Santo, para a Igreja de Roma, a Igreja de Deus?
Isto para mim já é apostasia.
Isso não é ecumenismo, isso é sincrentismo religioso, os tempos são outros, se no reinado de Joao Paulo II isso ocorria, no de Bento XVI isso é algo totalmente pecaminoso aos olhos de Deus.
Para que morreu o santo Padre Pedro, e São Lino? e São Paulo? E santas Pepetua e Felicidade? Para que os apóstolos foram mortos? Para que o sangue dos martires foi derramado? Para nada?
A lei é clara, existe uma nica e verdadeira fé, é biblico.
Em suma fazem jus ao que fez Caim, hoje em dia matam a fé e dilaceram a doutrina Catolica
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Concordo plenamente com os srs. Pedro Pelogia e Gederson.
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Francisco das 10:18
– “não nos compete definir o que é certo ou errado” – sim, sobre emprestar uma igreja católica ou não a outros cultos muito já foi dito POR OUTROS PAPAS, não por nós. E eles condenam este fato, quer você ou o Bispo gostem ou não.
– “se o Bispo erra o que faz você?” – nós o alertamos. “Perdoou?” – leigos não tem poder sacramental de perdoar ninguém, mas para ser perdoado tem que existir arrependimento. O Bispo, por acaso, se arrependeu? parece que não…
Quanto ao Temor de Deus: que bom que você tem e tomara que dom Hélio tenha e não permita uma profanação como uma sagração nula e inválida de uma pseudo-igreja dentro de um templo católico.
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Caro Francisco,
Por favor, o que seria uma boa formação humana?
Att,
Vladimir
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“Ego sum via, vita, veritas” (Jo XIV,6). Cristo é a Verdade. Nós não somos nem de longe detentores da Verdade.
“Julga quem quer e como quer” Errado: “Não julgueis pela aparência, mas segundo a justiça” (Jo VII, 24). Não o que nós definimos, mas o que em séculos e séculos a Igreja definiu.
Fazendo coro com o Vladmir: “o que seria uma boa formação humana?” Estamos falando de Catolicismo ou de Humanismo? Ninguém pode ser bom Cristão sem ter uma boa formação Católica. Fora da Igreja não há salvação.
Também Temo a Deus. Mas nem por isso deixarei passar batido aqueles que o ofendem. É dever gritar “Eis o Lobo”. Não gritar é Omissão.
E o que me faz ser Católico é Cristo. Nada menos, nada mais. É por ele que quero lutar sempre.
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Vladimir, na linguagem rccista:
boa formação humana é ser cheio do espírito que os conduz.
temor a Deus: é ser cego e ver o mundo cor de rosa, mais ou menos como há salvação fora da Igreja, quem diz ao contrário é medievalista e n pode se dizer cristão católico.
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Caríssimo Pedro Pelogia,
As TVs e rádios católicas não têm condições de fazer o que você gostaria que fizessem por mais de uma ou duas vezes. Além disso, não sei como é agora, mas no primeiro Hosana Brasil a Canção Nova convidou os protestantes para fazer show por lá, e Mons. Jonas disse algo igual ou similar a “se a doutrina nos separa, a música nos une”. Cabe aos seguidores mais rigorosos da Tradição fazer um meio de comunicação, tal como outros grupos fizeram. Mas é preciso entender que, na prática, significa um enorme investimento financeiro e um esbarrar nas leis brasileiras, que não são católicas, mas de tendência maçônica. De minha parte, presumindo que vai discordar de mim, entendo que o problema interno da Igreja, enquanto instituição visibilizada socialmente deve ser tratado internamente. É por tal motivo que não tenho reserva alguma às avaliações que faz, mas não quero, como os baianos dizem, “dar ousadia” aos inimigos externos da Igreja. Comparo o caso a Noé que, visto nu e embriagado, foi difamado por seu filho Canaã, que de Noé recebeu a maldição, não obstante a veracidade da nudez e da embriaguez de Noé. Imagino que você encontre bons argumentos para distinguir um caso do outro. Pode argumentar a distância da dignidade de comportamento de Noé com relação à dignidade e responsabilidade episcopal. Eu opto, por ora, justamente pela dignidade da graça do episcopado, independentemente da coerência do mesmo, por evitar expôr mais ainda as fraquezas e mesmo eventuais perniciosidades que eles mesmos expuseram, preferindo rezar por eles e, se vejo que pode resultar concretamente o fruto almejado, recorrer à devida instância eclesiástica, o quanto possível discretamente. Quanto aos pecados dos Apóstolos e dos atuais bispos, lembro os casos “maliciosos” de Judas Iscariotes e a dissimulação de Pedro diante dos judaizantes. Não me sinto apto a fazer o juízo interno do ato externo de ninguém. “De internis nec Ecclesia”.
Certa vez Dom Pestana – desculpe-me as tantas menções deste bispo que no céu intercede por nós neste santo debate entre um santo e um padre pecador – em conversa pessoal comigo, afirmou a concordância da crítica (pública, certamente) aos papas após sua morte, mas não enquanto ainda vivos, posto que poderia denotar um desrespeito não só à pessoa, mas à função da pessoa. Assim, sou favorável à solução o mais discreta, que preserva a boa-fama da Igreja. Muitas vezes tem acontecido de, localizados ou disseminados os erros, Roma lançar um documento para reverter, ao menos parcialmente, os danos consequentes. Foi o caso de “Redemptionis Sacramentum”, por exemplo. Outro caso daquilo que chamo “diplomacia” foi a “promoção para remoção” de certo cardeal que fizera afirmações um tanto questionáveis(condenáveis, com certeza) acerca do aborto. Não digo o nome que todos sabem! Permita-me renovar a bênção de Deus por intercessão de São José, solicitando, de outro lado, que peça à Mãe de Deus por este miserável.
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Caro Gederson, feliz pelo levantamento das excomunhões de outrora, sinto-me muito livre na disciplina da Igreja para comentar os princípios de crítica conciliar sustentados por meu chará Dom Lefebvre e mantidos por Dom Fellay. Certamente, a crítica ao Concílio deve ser feita pela razão e não pela emoção. Será um trabalho difícil, se a Igreja o fizer. Um outro caminho, mais fácil, é como quando se coloca água limpa no copo com água suja, até que só reste água limpa. Sem definições dogmáticas, o desuso do Vaticano II será como o fim do CONIC. De fato, os contextos históricos mudam cada vez mais rapidamente, de modo que o pretexto antropológico-cultural do Vaticano II poderá ceder lugar ao pretexto antropológico-cultural que leve-nos a um Concílio dogmático Eu inclusive torço para que, na nossa América, deixemos de lado as Conferências e tenhamos Sínodos…
Ainda não pude senão dar uma “olhada cuidadosa” no material enviado, com base na exegese dos Padres e Doutores.
Você reparou que lhe abençoei por intercessão de Nossa Senhora de Fátima? Ela, cujo Coração Imaculado triunfará? Mil novecentos e sessenta? Preciso dizer algo mais a respeito?
Agora renovo a bênção por intercessão de São José e peço que rogue por este miserável à Mãe de Deus.
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Fundamentalismos…
É por isso que a Igreja Católica está cada vez mais dividida.
E desde já digo, é por essas e por outras, que os Carismáticos estão com mais força, não faltará muito para se tornarem numa seita. E tudo por causa dos puritanos da tradição, que não querem só prestar o culto devido a Deus, numa forma mais correcta e sem abusos, mas condenam todos os que não alinham no seu pensamento. Isso não é Igreja.
É fácil citar Cristo, o problema é viver em Cristo.
Podemos nós julgar que sabemos o que é a vontade de Deus?
Não concordo com o achincalhamento do Bispo, se já foi alertado pelo povo, esse cumpriu o seu dever. Seremos nós que vamos responder perante Deus, pelos pecados do Bispo?
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Podemos nós julgar que sabemos o que é a vontade de Deus?
Se nós n podemos, vc pode nos julgar PQ? Só pq discordamos de vc?
Ninguém responde pelo pecado do bispo, mas cada um responderá por sua omissão e pelo amém ao erro do seu amado bispo, inclusive vc.
***** Esse é o mesmo cara que defendeu pena de morte aqui no fratres, alguém sabe?
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Olá Francisco 11:24 (não sei se vc é o mesmo das 10:18, mas acho que sim)
Se os carismáticos virarem seita, vc já achou o culpado: “os puritanos da Tradição”. Estes “condenam os que não se alinham ao seu pensamento”. De novo, o pensamento não é destes “puritanos”. Esclarecendo: o Missal não é de livre invenção do padre. O padre absolutamente NÃO TEM PODER para inventar a liturgia a seu bel-prazer.
“Podemos nós julgar que sabemos o que é a vontade de Deus?” Ora, Francisco, dogma não existe mais? Dogma perdeu a validade? Dogma não é a certeza definitiva e clara que a Igreja nos dá de que é vontade de Deus?
Já que vc é tão aberto e compreeensivo com anglicanos, com bispos que promovem cultos não-católicos em igrejas e tutti quanti – por que não ser com quem defende os ritos que a Igreja usou por séculos?
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Rev. Pe Marcelo, concordo com o sr. quanto a crítica conciliar. Quando tive os primeiros contatos com as questões conciliares, a solução que me veio a mente foi a de que a Igreja deveria dar uma interpretação dogmática, para um Concílio Pastoral. Algo bastante complicado. Mas provavelmente a situação se resolverá, apenas com a convocação de um Concílio Dogmático ou com um pronunciamento Ex-Cathedra do Papa. Algumas questões como a do “subsist in” são bastante complicadas e não podem ser resolvidas, uma vez que se trata da substituição da definição dogmática (a Igreja Católica é o corpo de Cristo), por uma fórmula pastoral. Mesmo o conceito de tradição adotado pelo CVII, é bem complicado.
Quanto aos contextos históricos, penso que considera-los foi um dos principais problemas do Concílio. Embora nosso Senhor tenha nos avisado acerca dos cães, lobos e porcos, na década de 1960 considerou-se apenas que existia o homem: os cães, lobos e porcos, já não mais existiam e acabaram entrando na Igreja, como homens. Disso resulta que ao adentrarem a Igreja, eles iniciaram a obra de autodemolição de que fala Paulo VI (que nada mais é do que, o despedaçamento da pérola). Como disse em reposta ao Pedro Pelogia, Nosso Senhor falou em parábolas em seu tempo, para proteger o Evangelho da ação de cães, lobos e porcos. Ele não se preocupou em falar a verdade ao homem antigo, mas ao homem eterno. Os inculturadores da verdade, se colocam no lugar do Pai e do Espírito Santo. Se sentem eles os responsáveis pela encarnação do Verbo nas pessoas, o que é bem estranho. Independente disto deverá acontecer alguma coisa, que mudará todo o contexto que observamos hoje. Deus pode todas as coisas e se sua fraqueza venceu o mundo, com a Igreja não será diferente.
Agradeço novamente a benção e a renovação por intercessão de São José. Reparei que o sr. pediu a benção por intercessão de Nossa Senhora de Fátima. Dom Pestana era um grande defensor de Fátima e o sr. também acredita nela. Por fim, o Imaculado Coração da Santíssima Virgem triunfará. Não é preciso dizer mais nada, além de que foi uma honra conversar com o sr., muito obrigado.
Fique com Deus e que Nosso Senhor e Nossa Senhora, sempre estejam com o sr., para o guardar e proteger de todo o mal.
Abraço
Gederson
P.S.: O material é bem interessante. Um dos livros foi escrito na época de São Pio X e na introdução tem um pequeno texto do Cardeal Merry Del Val.
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Francisco, a Igreja Católica não esta divida por nossa culpa. Dom Hélio diz Sim ao Anglicanos, Não a nós, depois ante aos protestos, ele diz Sim a nós e não aos anglicanos e agora ela quer dizer um Sim a nós e um Sim aos anglicanos. Nosso Senhor ensinou nos a dizer SIM SIM NÃO NÃO, isto é um radicalismo (um fundamentalismo) que veda aos que dizem SIM NÃO, o direito de serem chamados católicos.
Os carismáticos estão com mais força? Não acredito que estejam, pois a força vem da fé, não vem da emoção e do sentimentalismo. Não foram eles que conservaram a Missa Tradicional, não são eles que conservam a tradição. Pelo contrário, os carismáticos de católicos tem apenas a forma, a substância é completamente protestante.
O único puritano aqui, é você mesmo. Se não podemos nós julgarmos o que é a vontade de Deus, porque você diz que é fácil citar Cristo, mas o problema é viver em Cristo? Como você pode viver em Cristo, sem saber qual é a vontade de Deus? Se você vive em Cristo e não sabe qual é a vontade de Deus, é você quem está citando Cristo e não está vivendo nele.
Não se trata também de achincalhar o Bispo, mas de reconhecer em sua atitude o achincalhamento de ir a esquerda, direita e depois voltar para o centro. Se nos calarmos diante do pecado dos Bispos, também participamos de seu pecado, seremos seus cúmplices. Pelo que parece, ninguém aqui quer ser cúmplice com o pecado de ninguém. Além disso, segundo você, São Paulo não deveria ter corrigido São Pedro, porque este não iria responder pelo pecado deste perante Deus. Contudo, o pecado de São Pedro ou de qualquer Bispo, deve ser corrigido publicamente, a partir do exemplo dado por São Paulo, pois são perigos para toda a Igreja. Mas outra coisa são os pecados pessoais dos Bispos pelos quais ninguém pode responder.
Fique com Deus e seja mais prudente.
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“que não querem só prestar o culto devido a Deus, numa forma mais correcta e sem abusos, mas condenam todos os que não alinham no seu pensamento. Isso não é Igreja.”
Puxa Francisco que pena! Quase!
Você definiu Tradição muito bem e no final disse que isso não é Igreja…não mesmo, não é Metodista, Presbiteriana, Anglicana etc e etc…
Mas Católica é exatamente isso:
-Prestar o culto devido a Deus
– Forma correta e sem abusos
– Condena todos que não estão alinhados com o pensamento da Tradição e Fé Católica.
É isso aí!
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Aliás, ainda bem e por isso que a RCC já está separada da Igreja faz tempo. E não estou julgando não, é um fato, eles quiseram isso, eles dizem que renovam a Igreja pois o Espirito Santo teria ido dar uma volta durante todo este tempo…
Quem se rebela contra a Verdade se separa…
E não se importe com números, isso não importa pra Deus se a Verdade não é observada.
Melhor é a divisão para que a Verdade se mantenha, do que unir-se para manter a mentira e o respeito humano.
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O seu comentário aguarda moderação.
“que não querem só prestar o culto devido a Deus, numa forma mais correcta e sem abusos, mas condenam todos os que não alinham no seu pensamento. Isso não é Igreja.”
Então seguindo seu “raciocício”, é preciso ter espaço na Igreja também para quem deseje fazer culto a Deus de forma incorreta e com abusos? Isso é ser Igreja?
Acho que você bateu a cabeça na parede, Francisco.
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