O que se passa no Santuário Nacional da Imaculada Conceição em Washington?

Dom Joseph Augustine Di Noia, secretário da Congregação para o Culto Divino: nova compreensão de Summorum Pontificum.
Dom Joseph Augustine Di Noia, secretário da Congregação para o Culto Divino: nova compreensão de Summorum Pontificum.

Summorum Pontificum Observatus | Tradução: Fratres in Unum.com – No ano passado, uma missa na forma tradicional tinha sido celebrada com uma significativa participação no santuário da Imaculada Conceição em Washington, EUA. Esperava-se a renovação deste acontecimento neste ano. Há várias semanas, o comitê de organização desta missa tinha preparado os últimos detalhes. O celebrante seria Dom Joseph Augustin Di Noia, secretário da Congregação para o Culto Divino. Ele cancelou a sua participação, o que ao mesmo tempo torna impossível, no entender organizadores, a celebração desta missa. O que ocorreu? Após pesquisar, pude reconstituir os fatos:

1°) Em primeiro lugar, foi Dom Di Noia quem deu início ao caso, retirando a colaboração que havia prometido. Ele teria exposto suas razões numa carta dirigida ao Padre Berg, superior geral da Fraternidade São Pedro, com cópia ao Padre Flood, superior do distrito norte-americano. Nesta carta, dava seu motivo: que as disposições do Motu Proprio doravante são melhor compreendidas (deve se tratar da instrução): Summorum Pontificum não visa as celebrações pontuais por ocasião de desse ou daquele acontecimento; visa apenas a celebração paroquial regular para um grupo estável. Por conseguinte, não [visa] a grande missa na Basílica.

2°) Consequentemente, os organizadores desta missa pontifical na Basílica do Santunário da Imaculada Conceição, que, aliás,  haviam sofrido  de resto tivessem sofrido mil contrariedades da parte da diocese de Washington, decidiram, um tanto apressadamente, cancelar a cerimônia. Eles comunicaram a diocese, que, como se podia imagiar, se rejubilou.

3°) Porém, alguns aconselharam antes a batalhar, não era hora para derrotismo. Três padres, pelo menos, consideravam fazer a viagem saindo de Denton [ndr: cidade sede do seminário da FSSP nos EUA].

4°) Seguros desse encorajamento, ou, antes, dessa exortação estimulante, os organizadores mudam de rumo e declararam à diocese que esperavam encontrar um bispo substituto, e que a cerimônia ocorreria como previsto.

5°) As autoridades diocesanas facilmente responderam que não, o primeiro instinto dos organizadores estava certo, era necessário com certeza cancelar. Além do mais, a diocese já conta com três lugares de missa na forma extraordinária em horário regular, logo, os que estão ligados a esta forma têm já o problema da escolha (para nos referimos à argumentação de Dom Di Noia)! Como enfatiza a Mouche du Coche, no Forum Catholique, hoje parece, portanto, que até  as “celebrações ocasionais” estão também na mira.

15 comentários sobre “O que se passa no Santuário Nacional da Imaculada Conceição em Washington?

  1. É o “efeito DiNoia” tomando corpo pelo mundo. Não vai demorar para mais bispos começarem a cancelar outras “celebraçoes ocasionais” com base nesse precedente.
    O interessante, como alertou um leitor no meu blog, é que realmente o Motu Proprio preve sim essas celebrações. QUal é o problema então? O problema é que essas missas tem visibilidade na diocese, tudo o que os bispos menos querem.

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  2. Rezemos para que pelo menos não coloquem nas instruções do Summorum Pontificum a necessidade de que o bispo autorize ou que seja exigido um grupo com determinado numero de fiéis para que possa haver a celebração ração da santa missa. Incrível esta mobilização pra limitar um rito legitimo, uma missa que foi durante muitos séculos o culto da Igreja, como se fosse um culto protestante, quando varias paroquiais convidam postores para fazerem homilias e concelebram com estes.

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  3. Acho que o povo tem que aprender a não ficar esperando muita coisa dos modernistas…

    Se essa “Nóia” pega…

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  4. É aí que se vê quem realmente está comprometido com o Motu proprio. D. Burke e D. Ranjith jamais cancelariam Missas eventuais–que eles tanto as rezam por aí–, porque ambos possuem um compromisso pessoal com a difusão da Missa de Sempre.

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  5. Não adianta ter “raiva” daquilo que alguém escreve. Se não compreendemos, devemos estudar melhor o assunto. Se estiver correto, devemos aceitar. Se estiver errado, devemos refutar. Mas, para refutar, é necessário ter argumentos. Se não se têm argumentos para uma refutação, é um “bom sinal” de que está correto o que o outro disse.

    Aí, quando alguém diz uma verdade que não agrada e não se pode refutar, só resta “ficar com raiva”. Triste situação.

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  6. Eu nunca li este catecismo. Realmente não tenho argumentos para refutá-lo. Porém só tenho recebido propagandas negativas e anti-católicas. aliás todos os ditos discípulos desse padre só evidenciam a contra-indicação de seus textos para alguém que ame a Igreja e o papa. Mas o que eu sinto não é tão importante, realmente.

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  7. Vai ver a Missa Gregoriana é mortífera. Cada vez que é celebrada, 6 modernistas tombam de infarto fulminante, por isso o desespero em evitá-la. Uma explicação mais plausível para tal ojeriza descambaria para o conspiracionismo puro…

    Quanto à informação da “adoção de anfíbios”, me asseveraram recentemente que numa Diocese do interior paulista, fiéis são levados por pessoas de certa pastoral à parques para “conversarem” com plantas, abraçarem as árvores e DIZEREM às mesmas o quanto são importantes e as amamos! O amor que a CNBB nutre pela “MÃE” Natureza já chegou ao nível do divã.

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  8. Visitadores apostólicos nas Dioceses já!…. e na
    CNB do B também! Quanto a Dom Nóia deve ter recebido um deselegante telefonema do Arcebispo da Capital, dizendo que a sua vinda causaria divisões etc e tal. É sempre assim! Aqui em Juiz de Fora a Missa Tridentina estava enchendo de gente aí subitamente o padre foi transferido para a roça.

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