Próxima fase, momento decisivo? “O Papa está para propor a Dom Fellay a instituição de um Ordinariato, a fim de regularizar a situação da FSSPX e suas comunidades amigas”.

Dom Fellay, Cardeal Hoyos e Papa - setembro de 2005
Dom Fellay, Cardeal Hoyos e Papa - setembro de 2005

Em entrevista concedida no Gabão, Sua Excelência Reverendíssima Dom Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, afirmou sobre as conversações teológicas em curso entre peritos de sua fraternidade e da Santa Sé: “Chegamos provavelmente ao fim de uma fase de discussões […] O que vai acontecer? Qual será o resultado dessa fase? […]. O que Roma prevê neste momento para nós? […] Isso pode se resolver amanhã, pode se resolver depois de amanhã. Tudo está nas mãos do Bom Deus. Simplesmente continuemos fiéis.”

Para o sempre bem informado blog Messa in Latino, o momento atual é crucial para o amanhã das relações Ecône – Roma. E mais: lança ainda um apelo aos leitores para que rezem na próxima Oitava de Pentecostes pelo bom termo dessa fase, segundo o blog, decisiva:

“O que Roma prevê neste momento para nós?”. O Papa está para propor a Dom Fellay a instituição de um Ordinariato, a fim de regularizar a situação da FSSPX e suas comunidades amigas, concendendo-lhes plena (e indispensável, considerando certos bispos em circulação) autonomia com relação aos bispos diocesanos. Alguns membros de uma comunidade “Ecclesia Dei” nos puderam detalhar que esta proposta canônica será feita a Dom Fellay durante o próximo mês de junho.

Pentecostes 2011. O atual Pontificado fez imensas e generosas aberturas a fim de chegar a uma pacificação: o discurso do Papa à Cúria sobre a interpretação do Vaticano II, em 2005; o motu proprio Summorum Pontificum, pela liberação da celebração da liturgia tradicional, em 2007; o gesto, cujo preço talvez tenha sido muito caro ao Santo Padre, da remoção das excomunhões dos quatro bispos da FSSPX, em 2009. O momento parece agora ter chegado a uma nova etapa: que a Fraternidade possa passar de sua situação de “ilegitimidade” para uma posição canônica de “reconhecimento”. É uma situação win-win, na qual todos teriam muito a ganhar: de um lado, Roma fecharia uma dolorosa ruptura e encontraria novas e determinadas tropas para conduzir a batalha pela recuperação de muito que foi dissipado nas últimas décadas; por sua vez, a FSSPX se livraria do estigma de rebelião e “cisma”, estando, então, apta a desenvolver um apostolado muito mais eficaz, sem lidar com numerosos preconceitos que acompanham a mente do católico médio, enquanto preserva plenamente sua atual liberdade de movimento e de ação.

Uma grande esperança nos anima. Mas nos aflige também o medo de que uma oportunidade decisiva, talvez única, possa ser perdida. Todos os católicos (inclusive aqueles que amam mais o Vaticano II — ou, antes, uma certa idéia do Vaticano II — do que a Igreja) não podem senão desejá-lo.

Eis porque, por amor à Igreja, por afeição ao Santo Padre, e pelo melhor uso possível da “missão” da FSSPX, Messainlatino toma a liberdade de suplicar a todos que se unam em oração durante toda a oitava de Pentecostes, invocando o Onipotente:

A fim de que a Fraternidade São Pio X possa reencontrar um estatuto oficial na Igreja

Por esta intenção, sob o conselho e com a aprovação dos sacerdotes que colaboram neste site, do domingo de Pentecostes até o domingo da Santíssima Trindade, pedimos a todos que recitem esta oração:

V/.Veni, Sancte Spiritus,
R/. Reple tuorum corda fidelium, et tui amoris in eis ignem accende.
V./ Emitte Spiritum tuum et creabuntur;
R./ Et renovabis faciem terrae.

Oremus

Deus, qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere, et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominus nostrum. Amen.

E que ofereçam então por esta intenção o terço quotidiano. Ao sacerdotes, convidamos a se unirem a esta intenção no memento pessoal de suas Missas.

36 comentários sobre “Próxima fase, momento decisivo? “O Papa está para propor a Dom Fellay a instituição de um Ordinariato, a fim de regularizar a situação da FSSPX e suas comunidades amigas”.

  1. Exponho minha dúvida aos nobres comentaristas a fim de compreender melhor: Até que ponto um ordinariato é uma solução positiva? Isso não trás apenas solução ao problema “legalidade”, deixando o restante (em especial os problemas doutrinais) de lado, sendo que o problema “legalidade” surgiu depois das outras questões, e não antes?

    A impressão que tenho é que o “mato” será cortado em sua parte mais vistosa, mas a raíz dele permanece. O que consigo ver é que a parte vistosa do problema (liturgia, legalismo) se resolve, mas a raíz do problema (Assis III, colegialidade, etc) permanece.

    Antes que alguém se adiante, tratam-se de meras impressões minhas, considerando a boa-fé de ambas as partes, sendo algo que quero compreender melhor. Neste pensamento não pretendo fazer acusações a nenhum dos lados.

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  2. Eu realmente espero que Dom Fellay não caia nesses cantos de sereia do Vaticano conciliar, que brande a legalidade diante da FSSPX como um chamariz. Se isso acontecer e a Fraternidade cair, a causa da tradição sofrerá um abalo terrível, pois são seus mais fiéis e firmes combatentes. Não deve haver acordo até que Roma se reconverta à Fé dos mártires e dos santos até o Vaticano II. Oremos para que esse castigo de Deus seja abreviado e a Igreja se livre desse câncer modernista que a parasita até a medula dos ossos.

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  3. Aceitar a legalidade oferecida pela autoridade não implica aceitar os erros dessa autoridade. Regulamentando a situação da FSSPX, do ponto de vista canônico, ela poderá combater sem os depreciativos que dificultam uma maior adesão ao seu apostolado. E quando o Roma não exige o consentimento com os erros do Vaticano II para conceder essa legalidade, é imprescindível aceitá-la, a não ser que se concorde com certas posições ditas “tradicionais” que afirmam que, estar ligado a hierarquia pela submissão é pecado.

    Deus nos livre do espírito sectário.

    Robson.

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  4. Ferdinand, concordo com você.

    Fazer um acordo agora com essa Roma de dá claras amostras que está na apostasia, é pedir para no futuro ser perseguida pela mesma Roma que hoje é dominada pelos modernistas satânicos.

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  5. Que Deus infunda em nossos corações Seu Santo Espírito e que através dEle o melhor seja feito PARA Ele e POR Ele.
    Afinal de contas a celebração da Santa Missa não é PARA os fiéis, mas DOS fiéis a Nosso Senhor Jesus Cristo!

    Ps.: Gostaria muito de celebrar através do rito Tridentino… Aqui em São Paulo (cidade) existe alguma comunidade que o faça? Acho lindo celebrar o Santo Sacrifício em Latim!

    Paz e Bem!

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  6. (2) “Não deve haver acordo até que Roma se reconverta à Fé dos mártires e dos santos até o Vaticano II. Oremos para que esse castigo de Deus seja abreviado e a Igreja se livre desse câncer modernista que a parasita até a medula dos ossos.” – Perfeita sua colocação Ferdinand, rezo também nestas intenções.

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  7. Juntando um pouco o que os amigos falaram até aqui:

    Não, esta nova posição não resolveria os problemas doutrinais que são essenciais. O lado positivo para a Fraternidade é ter o lado prático da coisa um pouco mais a favor.

    E realmente, aceitar o ordinariato não significa aceitar os erros de Roma, massssssss:

    Este é o problema. Os problemas doutrinais continuar. Não aceitar os erros de Roma significa continuar a combatê-lo. Roma combatida é Roma ferida. Quem é ferido revida.

    Não tem jeito, analisando friamente, se a FSSPX virar um ordinariato sem mudança da fé que impera em Roma, bastará o primeiro escândalo do nível de um Assis III que os padres da FSSPX e mesmo Dom Fellay vão se colocar contra, e aí vai começar uma briga uma perseguição novamente. A perseguição então pode ser até pior, pois enquanto a FSSPX não tem “contas a prestar”(atual posição da FSSPX), ninguém pode armar “politicagens” pra cima dela, o que é diferente quando se tem um status dentro da Igreja.

    Quando ocorrer os atritos, começarão as animosidades e as restrições. Estas restrições podem levar a FSSPX de volta à sua posição atual, ou seja, sem status dentro da Igreja. Ou seja, realmente, é necessário analisar com porfundidade até onde vale à pena.

    Claro, o Espirito Santo pode sanar tudo isso, Deus com Sua Providência cuidar de tudo isso…

    —–

    Um trabalhador passou a trabalhar por conta depois que sua empresa começou a fazer loucuras. Muitos seguiram este trabalhador. Agora a empresa quer que ele volte, mas sem prestar contas, sem cumprir horário necessariamente, mas simplesmente cumprindo suas obrigações que ele precisa cumprir. Neste caso o trabalhador precisa ver até onde vale à pena, pois a loucura da empresa continua, os trabalhadores que continuaram na empresa continuam a sofrer, e diante disso, poderá o trabalhador operar contra esta loucura da empresa lá dentro? A empresa permitirá? E se não permitir, o que poderá fazer? A direção da empresa poderá ignorar o trabalhador que grita contra a loucura, mas e os outros trabalhadores, também ignorarão? Armar-se-á uma confusão? O que a empresa vai fazer depois disso? Impor a loucura ao trabalhador novamente ao ponto de ele voltar a sair da empresa e trabalhar por conta? A empresa sabe que o trabalhador não se calará diante de suas loucuras…qual é o plano então?

    Não sei não sei…talvez não seja plano nenhum, simplesmente a luz do Espirito Santo começando a renovação da Igreja por este ato….veremos.

    (E aos colegas apressados, por favor, eu sei bem as diferenças entre uma empresa e a Igreja etc e etc…)

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  8. (2) “Rezem e parem de dar palpite!”

    Dos teólogos de blogs, internet e botequim, livrai-nos, Senhor.

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  9. Só um ponto, Dom Lefebvre no começo fez a FSSPX em total comunhão como Roma, e esta foi sumprimida injustamente, um retorno agora seria voltar a como ela foi feita no começo, e que injustamente foi suspensa como todos sabemos.

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  10. Sr. Gabriel Barros (Skate Cristo) (sic!!!),

    O senhor desejaria celebrar ou assistir a missa no rito tridentino?
    Acredito que seja para assistir. Neste caso, procure o Priorado da Fraternidade São Pio X na Vila Mariana.

    Se for para celebrar (caso o senhor seja sacerdote), procure-os também!!!

    Pax et Bonum.

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  11. V/.Veni, Sancte Spiritus,
    R/. Reple tuorum corda fidelium, et tui amoris in eis ignem accende.
    V./ Emitte Spiritum tuum et creabuntur;
    R./ Et renovabis faciem terrae.

    Oremus

    Deus, qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere, et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominus nostrum. Amen.

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  12. “Fazer um acordo agora com essa Roma de dá claras amostras que está na apostasia, é pedir para no futuro ser perseguida pela mesma Roma que hoje é dominada pelos modernistas satânicos.”

    Isso é pensar igual um Sedevacantista ou é apenas impressão minha?

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  13. Eu acho que se não houver condições a seguir por parte da FSSPX, não há razão para não aceitar. O máximo que pode acontecer é excomungarem os bispos da FSSPX de novo e tirarem dela a legalidade. Não vejo como isso pode ser maléfico. A FSSPX já foi até a excomunhão uma vez e acho que pode ir de novo se for preciso.
    Agora, se a FSSPX for legalizada, o que será dos grupos Ecclesia Dei?

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  14. Caro Sr. Gabriel Barros, como o sr. pode ver pela notícia, a FSSPX não está regularizada na Igreja. Em São Paulo há diariamente Missa tridentina na Capela de Santa Luzia, totalmente regular dentro da Igreja. A Capela fica perto da Sé.

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  15. A Ilegaildade é um mau, menor do que a adesão ao erro porém ainda é um mau. Considerando que a FSSPX está na ilegalidade por motivos injustos, a restauração da legalidade seria a reparação da justiça (a não ser que tenha por condição a adesão ao erro – precisariamos saber quais são os termos a serem apresentados para ter uma idéia a esse respeito).
    Eu gostaria de lembrar que sobre o trono de PEdro já se sentaram S.PioX, S. Gregório Magno e outros grades Papas. Já passaram pelo Vaticano um grande número de Cardeais e de Bispos Santos. Hoje temos o que temos. Quem pode garantir que a FSSPX sempre terá bons Bispos para guia-la? Essa situação de ilegalidade deve acabar! Isso é justo! Isso é correto! Desde que se possa levantar a bandeira do “eu não compactuo com os erros”, não há problema na legalidade. A ilegalidade tem feito o papel desta bandeira mas não é o único modo de levantá-la!

    Vamos rezar!

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  16. Não é pensar como um sedevacantista, porque desgraçadamente, enquanto com a mão direita Roma talvez ofereça a mão à FSSPX, com a esquerda ela promove Assis III.
    A FSSPX é um punhado de gatos pingados, mas está firmemente estabilizada na Doutrina e na Moral imutável. E Roma, sem querer fazer juízo DOUTRINÁRIO ou MORAL aos seus membros (mesmo porque nem tenho direito, e muito menos capacidade para tanto) infelizmente opta por uma política desastrada. Roma quer unir tudo de bom e de ruim dentro de si, mas a história já demonstrou grandemente que,
    QUANDO SE DÁ LIBERDADE PARA O ERRO, SOMENTE A VERDADE SE PREJUDICA NO FINAL.

    Seria um prazer calar a boca dos que nos apodam de cismáticos e sedevacantistas. Mas diante de um panorama movediço desses, cheio de oscilações e com tantos exemplos onde os princípios de nossa Fé foram deixados de lado… Seria sensato, seria prudente fazer tábua rasa de tudo isso e simplesmente nos darmos ao luxo de procurar o conforto?
    Nunca é demais recordar: a FSSPX não recebeu o poder das chaves. Mas em todas essas décadas, a sua fidelidade absoluta à Verdade, somada a sua intransigência nos têm dado bons frutos… Enquanto isso, a “nova igreja” sucumbe a cada dia, e só mostra sinais de rejuvenecimento nos seus setores mais conservadores e/ou tradicionalistas.

    É sem dúvida um problema que atinge a todos. Mas não será que cabe a Roma resolver-se primeiramente? Como disse um dia Monsenhor Fellay, a FSSPX é como um termômetro da crise. Não somos nós o problema. Estamos por mercê de Deus, até o presente momento, cumprindo o que nos cabe: combater o bom combate e guardar a fé. Se agissem por etapas, se ouvissem monsenhor Gherardini, se passassem a consertar definitivamente os textos do concílio, se colocassem ordem na casa, isso não seria mais sensato do que nos tentar?

    Ninguém pense que transformar a FSSPX num ordinariato vai fazer com que imediatamente seus sacerdotes se transformem em bispos, metropolitas e cardeais da Igreja. Não! A FSSPX virará mais um SETOR, assim como agora há o setor dos anglo-católicos. Se pareço pessimista, então respondam-me: quantos padres da FSSP, do ICRSP, IBP etc são atualmente bispos, arcebispos ou cardeais?
    Nenhum. E não serão. Não da forma como se encontra a Igreja atualmente. Serão sempre subordinados a pastores formados sabe-se Deus como… Serão tratados com benevolência pelos mais conservadores, só que, infelizmente, como até o presente momento, Roma NÃO DESTRUIU OS PRINCÍPIOS REVOLUCIONÁRIOS QUE INVADIRAM A IGREJA POR ENTRE AS AMBIGUIDADES DOS TEXTOS CONCILIARES, então basta que venha um próximo papa menos enérgico, para que os progressistas retomem tudo novamente, porque eles estão parasitando a Igreja desde os tempos de São Pio X…

    Embora fosse um prazer ter a FSSPX na normalidade canônica, devo dizer que EM TIME QUE ESTÁ GANHANDO NÃO SE MEXE.

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  17. Acho que a FSSPX fará mais bem se aceitar a comunhão formal. Imagine só alguém de dentro da Igreja vai poder peitar esses bispos e padres hereges e apontar seus erros; reconduzi-los de volta à fé da Igreja. O que a FSSPX diz e ensina é sempre desacreditado pelo simples fato de que ela não está em comunhão legal. Logo, uma vez legalizada, a FSSPX terá um apostolado mais profícuo. Rezo para que o Papa crie o ordinariato e que D. Felay aceite. Desde que, é claro, a FSSPX continue condenando os erros do modernismo com a eloquência de sempre, enfrentando a hierarquia que se mostra contrária a fé de sempre.

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  18. Gente, erros ou pecados do Papa ou da maior parte dos bispos não são motivo para se separar ou permanecer separado canonicamente da Igreja. Se a Fraternidade São Pio X não aceitar o ordinariato será por um de dois motivos:

    1- A Santa Sé impôs-lhes algo inviável (p.ex. aceitar os erros do Concílio ou ser obrigada a concelebrar no Novus Ordo – algo muito improvável pois a Santa Sé não impôs isso nem aos outros institutos tradicionalistas).
    2- Pressão de grupos internos da Fraternidade São Pio X que tem outros interesses (existem, infelizmente, grupos maurrasianistas e até sedevacantistas dentro dela que exercem grande influência sobre sua liderança).

    Repito que acho muito improvável que a Santa Sé imponha algo inviável à Fraternidade São Pio X, pois se até os Escravos do Imaculado Coração de Maria do pe. Leonard Feeney conseguiram a regularização canônica, por que não a Fraternidade São Pio X?

    Rezemos!

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  19. Também acredito que aceitar o Ordinariato não atrapalha nem distorce em nada a luta contra o modernismo da FSSPX. Resolver o problema da legalidade (e preconceito, respeito, “cisma”) da Fraternidade dentro da Igreja será um passo a frente glorioso na reforma da reforma.

    Além disso, a crise e a questão do CVII estão se tornando cada vez mais conhecidas na Igreja, as vocações nos grupos tradicionais e conservadores estão aumentando… Não sei se é ser muito otimista, mas acredito que seja uma questão de tempo (10, 20 anos?) para que os usurpadores modernistas percam a força e seus espaços na hierarquia e o tradicionalismo triunfe na retomada da Verdade.

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  20. V/.Veni, Sancte Spiritus,
    R/. Reple tuorum corda fidelium, et tui amoris in eis ignem accende.
    V./ Emitte Spiritum tuum et creabuntur;
    R./ Et renovabis faciem terrae.

    Oremus

    Deus, qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere, et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominus nostrum. Amen.

    Espero que não se sujeite a FSSPX à Ecclesia Dei, uma Prelazia como o Opus Dei seria bom.

    Vou falar um tanto como o prof. Fedeli – de quem tanto lembro, mesmo à revelia e contragosto de alguns – nestas palavras:
    Ferdinand, nome que me lembra algo em francês, algo como Richelieu, seu comentário me fez farejar uns cheiros bem característicos: heresia, sectarismo e sedevacantismo, além de cisma: bem, espero que sejam apenas cheiros da roupagem que você usou – e que é bem fétida – ao falar, e não a sua essência de “católico”.

    Se Sua Santidade quer a FSSPX de volta “no seio da Igreja”, por assim dizer – já que em Doutrina continua muitíssimo bem, só não, infelizmente, mas por hora, na questão canônica propriamente dita -, é porque ele quer alguma coisa. Pode ter total certeza: fazer com que um organismo (a FSSPX, agora:) “in Ecclesia” possa se fazer voltar à Tradição e ajudar Sua Santidade a ancorar a Barca de Pedro entre as duas colunas enquanto tantos só lha querem furar o casco em meio a tão grande tempestade como essa em que vivemos: digo e repito, S. S. Bento PP. XVI não é São Pio X, me lembra mais um Pio XII com muita diplomacia, política e linguagem acadêmica, mas é, como disse D. Fellay, de coração católico, embora a mente tenha um quê de modernista dada a sua influência – o Concílio -, ele quer por a Igreja “nos trilhos” e quer a ajuda de alguém que pode muito ajudar-lo, a FSSPX. Porquê seria errado aceitar isso quando a FSSPX pode, de dentro, fazer com que a Igreja volte aos eixos, não a Igreja, porque nunca saiu, mas que se faça visível, em especial no que tange às correções ou até “repudio” do Concílio Vaticano II?

    Guilherme:
    “(2) “Rezem e parem de dar palpite!”
    Dos teólogos de blogs, internet e botequim, livrai-nos, Senhor.”
    Gostei! Mas tenho uma correção, dos pseudo-teólogos que impõem o seu achismo nos blogs, na internet e nos botequins, embora nestes últimos sem grande repercussão, por assim dizer, libera nos, Dómine!

    Rafael Gomes:
    “Só um ponto, Dom Lefebvre no começo fez a FSSPX em total comunhão como Roma, e esta foi sumprimida injustamente, um retorno agora seria voltar a como ela foi feita no começo, e que injustamente foi suspensa como todos sabemos.”
    Perfeito: assim espero, que o Espírito Santo nos ilumine: aliás, ilumine Sua Santa Igreja a quem, infalivelmente, Assiste.

    Veni, Creátor Spíritus, mentes tuórum vísita.
    Veni, Sancte Spiritus, et emítte coe’litus, lucis tuae rádium.

    Ao Heitor:
    ““Fazer um acordo agora com essa Roma de dá claras amostras que está na apostasia, é pedir para no futuro ser perseguida pela mesma Roma que hoje é dominada pelos modernistas satânicos.”
    Isso é pensar igual um Sedevacantista ou é apenas impressão minha?”
    Não, não é impressão sua.

    A FSSPX não vai fazer acordo com Roma, mas com a Igreja Católica, e não é uma concessão, é um Direito, de ambas as partes: mãe e filha: a filha vai submeter-se à enfermidade da mãe para ajudá-la.

    Ao Bruno Luís Santana, ao que me parece, da FSSPX (que bom!),
    Concordo com o seu argumento, porém esse seu “Não é pensar como um sedevacantista”, depende do caso, não falo de você, mas sim do comentário ao qual eu critiquei acima.
    Enfim, “Nunca é demais recordar: a FSSPX não recebeu o poder das chaves. Mas em todas essas décadas, a sua fidelidade absoluta à Verdade, somada a sua intransigência nos têm dado bons frutos… Enquanto isso, a “nova igreja” sucumbe a cada dia, e só mostra sinais de rejuvenecimento nos seus setores mais conservadores e/ou tradicionalistas.” Sim! E por quê não, com a FSSPX na ‘legalidade’, fazer ainda mais crescer a catolicidade dentro da Igreja, fazer essa chama que a FSSPX tem mantido acesa a muito custo, mas com muito fervor, aumentar e voltar a incandecer toda Igreja em seus castiçais e lustres que outrora sempre brilharam em Fé, Esperança e Caridade, em Amor de Deus e pelos irmãos: mostrando-os, verdadeiramente, Deus e Sua Santa Igreja.

    Et introibo ad Altare Dei,
    Ad Deum qui laetificant iuventutem meam.

    É a nossa geração que vai começar a mudar as coisas, vem tudo de cima, hierarquicamente, mas nós é que devemos nos preparar para efetivar a (re)conquista da Igreja.

    E não, Bruno Luís, você não é pessimista. A FSSP, dentre as outras, foi rebaixada pelos lobos que rodeiam a Sua Santidade, por ter renegado à Doutrina em busca de um “farisaísmo”, se assim me permitirem dizer, de estar “dentro da ‘lei'”, dentro do cala-boca e fica quieto.

    Lembremo-nos do exemplo de dois grandes santos:
    1º – São Padre Pio, que nunca foi cismático (coisa que a FSSPX não é, mas que para alguns, por conta desta “irregularidade ‘canônica’ – já que não vejo nada ‘canonicamente’ errado ou irregular em se defender a Fé -, pode parecer), mas não se submeteu ao modernismo, foi intrépido e muito ajudou à Igreja na pessoa dos fieis.
    2º – São Josemaría Escrivá que sempre disse que não jogássemos fora os Missais de outrora (1962).

    “Acho que a FSSPX fará mais bem se aceitar a comunhão formal. Imagine só alguém de dentro da Igreja vai poder peitar esses bispos e padres hereges e apontar seus erros; reconduzi-los de volta à fé da Igreja. O que a FSSPX diz e ensina é sempre desacreditado pelo simples fato de que ela não está em comunhão legal. Logo, uma vez legalizada, a FSSPX terá um apostolado mais profícuo. Rezo para que o Papa crie o ordinariato e que D. Felay aceite. Desde que, é claro, a FSSPX continue condenando os erros do modernismo com a eloquência de sempre, enfrentando a hierarquia que se mostra contrária a fé de sempre.”

    “Acho que a FSSPX fará mais bem se aceitar a comunhão formal.”
    Depende do que for proposto para esse “reconhecimento” que é, de fato, mostrar justiça para com a FSSPX.
    “O que a FSSPX diz e ensina é sempre desacreditado pelo simples fato de que ela não está em comunhão legal.” É o primeiro argumento que os modernistas usam, embora eles estejam muito longe da comunhão real com a Igreja Católica invisível e indivisível, o Corpo Místico de Cristo.
    “Logo, uma vez legalizada, a FSSPX terá um apostolado mais profícuo.” Sim, terá, mas ainda relutante por parte dos Bispos, é preciso continuar com a bandeira hasteada.
    “Rezo para que o Papa crie o ordinariato e que D. Felay aceite. Desde que, é claro, a FSSPX continue condenando os erros do modernismo com a eloquência de sempre, enfrentando a hierarquia que se mostra contrária a fé de sempre.”

    V/.Veni, Sancte Spiritus,
    R/. Reple tuorum corda fidelium, et tui amoris in eis ignem accende.
    V./ Emitte Spiritum tuum et creabuntur;
    R./ Et renovabis faciem terrae.

    Oremus

    Deus, qui corda fidelium Sancti Spiritus illustratione docuisti, da nobis in eodem Spiritu recta sapere, et de eius semper consolatione gaudere. Per Christum Dominus nostrum. Amen.

    In Te, Dómine, speravi, non confundar in aeternum.

    In Cordis Iesu et Mariae, semper!
    Higor R. da Costa, P.

    Deus sabe o que faz, esperemos, pois, n’Ele.

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  21. Esta será a grande prova de fogo para os fiéis e os amigos da Fraternidade: mostrar que realmente são obedientes ao clero (algo que eles atribuem a si, em contraposição a grupos leigos) e se submeter a D. Fellay caso ele aceite uma regularização canônica. Por mais que se irritem com o meu comentário, não podemos fugir deste dilema. E se submeter será mais benéfico e racional do que preferir os próprios juízos: 1º) porque é um fruto da humildade (o Imitação de Cristo diz que devemos procurar mais os juízos alheios do que os nossos, para mortificar nosso amor-próprio); 2º) Porque, como disse São Francisco de Sales, o rebelde sempre corre o risco de se perder, enquanto que nunca se ouviu dizer que algum obediente–mesmo ensinado errado–se perdesse; 3º) Porque, do ponto de vista político, D. Fellay sabe infinitamente mais das coisas do que qualquer católico informado tão-somente por notícias de internet. E aí se mostrará nossa obediência a ele ou a nossa rebeldia em prol dos nossos juízos.

    Mas alguém poderá objetar: não podemos nos submeter à autoridade se ela nos aduz ao erro! Correto, mas isso só prova de que na FSSPX não há um pensamento homogêneo sobre a crise e a solução da crise (ao menos do ponto de vista político), de modo que alguns concordam com a regularização e se inclinam às posições de D. Fellay, e outros discordam da regularização e estão mais propensos ao pensamento de D. Willianson.

    A partir destas despretenciosas e modestas reflexões, o que é melhor? Continuar discutindo e até dividindo a FSSPX em partidos e alas, umas mais para a direita e outras mais para a esquerda (o que alegraria muito o demônio, que quer torná-la numa Torre de Babel), ou REZAR e deixar que a graça complemente a insuficiência de nossas faculdades?

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  22. Devo fazer coro ao Bruno e ao Robson. Acho que, regularizada, a FSSPX ficaria mais forte, e não teria como haver, por parte dos outros bispos, esse descrédito que vemos por aí, sob as alegações de que a fraternidade não está em comunhão.

    Agora, que a condição da FSSPX seja continuar, claro, com as discussões doutrinárias e os esclarecimentos que se fazem necessários, para o bem da própria Igreja.

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  23. Excelente notícia. Rezo para que se concretize.
    E Gabriel Barros (Skate Cristo), tem missa todo dia na Sta Luzia, na Rua Tabatingüera, 104
    diariamente as 10 da manhã (seg a sex), sábado ao meio-dia, domingo às 11 e 16;30 (a das 16.30 é cantada, gregoriano)

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  24. Abaixo as palavras do Prof. católico Carlos Nougué sobre o assunto:

    O oferecimento de um ordinariado à FSSPX
    SPES

    Passamos o dia de hoje (10/6/2011) entre informações numerosas e por vezes díspares acerca de um suposto oferecimento de ordinariado, por parte do Papa, à FSSPX, como forma de “regularizar sua situação canônica”.
    Não temos nós a menor condição de atestar a veracidade dessas informações, nem, muito menos, a de saber em termos concretos a resposta dos destinatários do oferecimento. Mas podemos e devemos dizer duas coisas que decorrem dos princípios sobre os quais fundamos o SPES.
    1) Esperamos (em todos os sentidos do termo) que o oferecimento não seja aceito. Por quê?
    2) Precisamente porque:
    a) é a FSSPX o principal bastião da resistência à descristianização total do mundo, à tentativa de desentronizar, como dizia Dom Marcel Lefebvre, o Rei único dos tempos e dos espaços, dos poderes e das almas individuais — Cristo;
    b) é a doutrina conciliar, ou seja, a oriunda do Concílio Vaticano II (sobre a qual se funda o papado desde então), peça-chave para a consecução de um poder mundial que é, por seu lado, precondição para o advento do Anticristo;
    c) é o ecumenismo vaticano-segundo, com sua tendência à criação de uma espécie de suprarreligião universal ou, ao menos, de um parlamento das religiões sem distinção de verdade e falsidade, o elemento central daquela doutrina;
    d) é tal ecumenismo de cunho radicalmente humanista, ou seja, tem por fim último o homem e o mundo, e não a Deus;
    e) e é em razão de tais objetivos de fulcro anticatólico que o papado conciliar vem insistentemente e verdadeiramente aliciando, desde o início, a tradição católica: que ela siga rezando sua missa tridentina, que siga usando sua batina, mas que se cale quanto ao ecumenismo e ao humanismo, essas verdadeiras afrontas à Verdade e à Fé — e à Cruz que as sustenta.
    Ora, olhar tais questões — que têm que ver, ademais, com a vida ou a morte eternas de um número incontável de almas —, olhá-las, dizemos, apenas do ângulo da normalidade “legal” da FSSPX e dos demais grupos tradicionalistas é precisamente inverter, e em hora tão dramática, a realidade: é pôr a Verdade, a Fé e a Cruz de ponta-cabeça, sob o peso esmagador de uma religião que já não é a de Cristo, mas a do homem.

    http://spessantotomas.blogspot.com/2011/06/o-oferecimento-de-um-ordinariado-fsspx.html

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  25. Bem, minhas leigas considerações:
    Nessa questão, eu vejo as acusações de sedevacantismo feitas por muitos que aqui postam, não tanto por uma crença sincera, mas por falta de paciência.
    Nem sedevacantismo teórico e nem prático, porque a questão não é a pessoa dos papas, mas as novidades colocadas nos textos conciliares, e suas conclusões posteriores. Se o papa confirmasse agora qualquer ponto da doutrina da Igreja, certamente os “sedevacantistas práticos” se alegrariam e fariam coro junto com ele.
    Quanto ao argumento de que uma regularização seria benéfica porque reabilitaria a Fraternidade aos olhos do grande público e daria a ela meios para se expandir ainda mais, não vejo as coisas tão obvias assim.
    Em primeiro lugar, a FSSPX está sendo reabilitada diretamente pela HISTÓRIA.
    Antes de tudo, por seus frutos.
    Em seguida, pelo que dizem os teólogos sérios que estão “na situação”, como foi o caso do padre Blet, que defendeu uma tese na Universidade Greogriana sobre a nulidade das excomunhões de João Paulo II aos bispos, ou o próprio Iota Unum de Romano Amerio, ou ainda o Reno se Lança no Tibre, do padre Ralph Wiltgen, ou na cada vez maior divulgação ao grande público de trabalhos como a carta dos cardeias Ottaviani e Bacci ao papa Paulo VI, o prefácio relativamente recente de monsenhor Olivieri ao Iota Unum (onde o mesmo concordou que os modernistas escreveram os documentos conciliares afim de ter respaldo quando questionados por seus progressismos), os trabalhos de Monsenhor Brunero Gherardini, os trabalhos dos Franciscanos da Imaculada, as reiteradas iniciativas romanas (Motu Proprio, suspensão gratuita das excomunhões, a recente instrução Universae Ecclesiae… Fora os comentários resmungados por um ou outro cardeal, aqui ou ali, como a memorável vez em que D. Dario Castrillon deixou escapar que em relação à FSSPX, não estmos diante de uma heresia ou um cisma…
    Ora, como se não bastasse, acabou de sair agora a nota da Pontifícia Comissão para os textos legislativos atenuando as condições em que um bispo pode ser excomungado, caso sagre sem mandato…
    Que a Fraternidade é plenamente católica, está tão largamente subentendido, que somente duas categorias de pessoas não conseguem enxergar: ou as que ignoram todas essas coisas, ou as de má fé (a começar pelas que se dizem tradicionalistas, mas também as neoconservadoras teimosas).
    A prova do que estou dizendo é que, mesmo a maioria dos que defendem uma regularização canônica com a Santa Sé NESTE BLOG deixaram bem claro que já entenderam que a FSSPX é católica.
    Estamos num mundo onde a informação tem chegado cada vez mais rápido a um número cada vez maior de pessoas. O que nós sabemos aqui, em questão de tempo, será divulgado cada vez mais, e a massa dos que ignoram tenderá a perder a aparente solidez em que se encontra.
    Agora analisemos o que saiu agora no blog, a respeito da declaração do padre Aulagnier: ele mesmo admite como exatamente correta a postura dos padres da FSSPX em rejeitar a Missa Nova, com base na carta de Ottaviani e Bacci. Pois bem: consideremos que isso é de aceitação geral no IBP; pois então pergunto:
    Por ser o IBP uma espécie de FSSPX regularizada, essa afirmação do padre Aulagnier por acaso “converteu” algum neoconservador ou sabe-se Deus quem, só porque ele disse isso estando ao mesmo tempo na regularização canônica?
    Alguém aqui acha que tudo o que a FSSPX prega será aceitado pelos neoconservadores a partir do momento em que a mesma repetir esses ensinos sob um panorama de regularização?
    Não se enganem. Por favor, não se enganem.
    Se assim fosse, a esmagadora maioria dos neoconservadores estaria sintonizada com o IBP, mas tal coisa não acontece: eles há muito que optaram por agirem como robôs, ao invés de usar a razão natural…
    Essas pessoas desejosas de ingressar na FSSPX depois da regularização, sinto dizer, são muito, muito poucas. Isso porque, a menos que alguém ou alguma coisa as impeça de enxergar a verdade, basta que se debruçem seriamente sobre a situação, e acabam se juntando à FSSPX do jeito que a mesma se encontra.
    E finalmente, aos que dizem que a FSSPX começou regularizada, devo ajudar a recordar que a FSSPX sempre andou na linha. Não foi ela quem se pôs para fora do Direito Canônico, foram os modernistas que a empurraram. A FSSPX não se moveu, ela não é a filha pródiga que volta à casa do Pai. Roma, na pessoa de Paulo VI e João Paulo II, a expeliu. Foi pressionando, retalhando, suspendendo… E agora querem nos pressionar novamente? Não. A FSSPX nunca foi (e nem é) o problema. Roma deu passos imortantes, mas ainda não se resolveu. Eles não alteraram nenhum texto do concílio, eles permanecem pondo em prática a agenda ecumênica, a substituição episcopal ainda está muito longe de ser majoritariamente CATÓLICA, optam por retocar a missa nova – que é inaceitável para nós! – e ainda por cima somos pressionados a nos colocar sob o controle das decisões deles? Se eles não tivessem nos expulsado, talvez agora não estivessem tão ansiosos para nos colocar para dentro da legalidade outra vez.
    Permaneço adepto da pensamento de que não se deve mudar o que está dando certo… São um punhado de padres, e tudo o que conseguimos de bom em relação a Roma aconteceu justamente a pretexto de satisfazer a FSSPX, mas acarretou em benefício para toda a Igreja.
    Quem sabe adiante o papa não conserte os textos conciliares, “dentre outas coisas, para pacificar internamente a Igreja – leia-se: para uma maior aproximação com a FSSPX”?
    Afinal foi sob esse argumento que a Missa Tradicional foi restabelecida. Foi sob esse argumento que as absurdas excomunhões foram levantadas… O que poderá vir de maravilhoso no futuro se a FSSPX experimentar ficar onde está? O que mais de anti-católico talvez não seja renunciado por Roma?

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  26. Uma dúvida.

    Aos que aqui postam, frequentam a FSSPX e comunidades amigas e são contra a dita “regularização”.
    Caso a “regularização” ocorra, o que vocês vão fazer? Se tornarão “Tradicionalistas Independentes”?

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  27. Erasmo,
    O futuro a Deus pertence.
    Se a FSSPX e Roma tornarem-se nesse mundo sinônimas, há de se saber no momento exato quais foram as condições em que isso aconteceu.
    Nãon nos cabe sofrer ou especular coisas que não aconteceram (e que talvez não venham a acontecer nesse mundo). Só quem morre de véspera e Peru. Já existem problemas demais para que todos se preocupem, temos problemas palpáveis, reais, práticos. Especular o que poderia vir a acontecer é secundário.
    Digamos então que, caso isso aconteça, NA HORA os cristãos se debruçarão a respeito.,

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  28. Concordo com o João Magro. acho que de um jeito ou outro aceitando ou não uma regularização vai haver divisão mesmo. Já está havendo pelo que sei de amigos. Entao a FSSPX vai ganhar mais ao meu ver. E poder dar amis para seus padres e feis. Rezemos ao Senhor.

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  29. Caro Bruno Santana.
    A situação do IBP é bem diferente de uma possível regularização formal da FSSPX.
    Primeiro, o IBP não é um ordinariato, está sujeito à boa vontade dos Bispos locais. Não pode realizar um apostolado profícuo. Por outro lado, o IBP, sem desmerecer, é pequeno em números e importância na Igreja. Logo, suas críticas à Missa Nova, ou mesmo ao CVII, não têm uma influência considerável.
    Já FSSPX é grande em números, apostolado, têm 4 bispos, está discutindo com o Vaticano, têm 3 grandes seminários, e, seu fundador, é uma figura de relevante importância na história recente da Igreja. Digamos que a FSSPX têm uma tradição para defender a Tradição.
    Logo, acredito que a regularização formal da FSSPX só tem a ajudar, desde que, é claro a FSSPX continue combatendo com veemência e ativismo os erros do modernismo. De fato, a FSSPX não pode ser vaquinha de presépio, acredito que um ordinariato pode lhe dar a independência necessária para agir com altivez.
    Gostaria de ver, por exemplo, um nota do ordinariato da FSSPX orientando os fiéis a fugir das Campanhas da Fraternidade aqui no Brasil. Imagina só!! A CNBB ficaria louca da vida, e, nesse caso, não poderiam dizer que se trata de uma instituição cismática…

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  30. Tomas de Souza e João Magro, vcs tem razão: essa será a prova de fogo para a FSSPX. Rezo muito por eles. Tenho queridos lá e amo-os. Mas sei, como vcs colocaram, que há – fato – divisões internas lá e elas ficarão escancaradas com uma regularização. Parte irá seguir a liderança de Dom Fellay e parte dirá que ele se vendeu… Triste. Mas rezo para que tudo saia melhor do que parece.

    O papa está dando um presente. Muitos não entendem a maravilha que é o ordinariato. Estarão submissos somente a Roma. Mas muitos aqui falam como aceitar essa graça do Santo Padre fosse capitular. Capitular só acontece diante de inimigos. O papa seria inimigo? Deus meu…

    Oremos por Dom Fellay e pelo Papa que eles precisam e mais: isso sendo resolvido será uma graça enorme para todos.

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  31. Com a regularização formal da FSSPX ela deixa de ser uma pedra no meio do caminho dos modernistas e passa a ser uma pedra no sapato. Da pedra no caminho pode-se desviar; a pedra no sapato incomoda e dificulta o caminhar.

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  32. Mas só não esqueçam que Bento XVI não durará para sempre. E o preço a pagar por se regularizar canonicamente a FSSPX antes de fazer o que é mais urgente para as almas – que é exatamente consertar os textos conciliares, e todas as suas consequências imediatas, que são a questão da colegialidade, o ecumenismo, e também a Missa Nova – depois poderá trazer consequências terríveis. Basta que o novo papa seja ruim, e a FSSPX ficará numa situação claramente insuportável. E se ela endurecer de novo, será acusada com razão de relapsa… E aí talvez se arrependerá de um passo imprudente, porque o correto é ajustar o caminho, antes de fazer passar o carro. Dificilmente Bento XVI estará presente daqui há 10 anos, e ninguém sinta alívio em saber que, com sua morte, haverá com certeza um substituto de sua linha de pensamento, porque, ele também tem concedido a mitra para muitos bispos lamentáveis…
    Se ao menos ele vedasse o episcopado de tipos assim, talvez se pudesse apostar que o próximo papa não fosse inimigo da Tradição. Mas não precisamos ir muito longe. Olhem o universo do episcopado brasileiro e digam se houve uma renovação qualitativa visível… Mesmo dentre alguns prelados que concedem a Missa de Sempre, há de se distinguir quais os que compreendem a postura papal, e quais os que fazem isso sem convicção, só para parecerem politicamente corretos…
    Não consigo confiar. É um papa que faz pronunciamentos às vezes razoáveis, e passa o tempo a cobrir um lado e descobrir o outro, e vice-versa…

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  33. Para mim não faz tanta diferença, eu sei que a FSSPX não é cismática, ponto. A FSSPX defende o catolicismo, se disserem que o catolicismo que a FSSPX defende e pratica é cismático então de duas uma:

    a) ou terão de admitir que a Igreja esteve errada e levando almas ao erro por mais de 1960 anos;
    b) terão de admitir que a Igreja nascida do Concílio Vaticano II não é a Igreja Católica Apostólica Romana legada por Cristo, os apóstolos e os mártires.

    Admitindo-se a primeira hipótese deduz-se que se deva parar de venerar todos os santos canonizados até 1960; admitindo-se a segunda então se tem de anuir que quem é cismática não é a FSSPX e sim a Igreja pós-Vaticano II.

    Então eu só posso crer que a FSSPX está correta porque o certo é o catolicismo de sempre e não o dos modismos contemporâneos.
    Se tem a legalidade ou não para mim não faz mesmo a menor diferença, o que me interessa é a salvação da minha alma.
    E tenho dito,
    Salve Maria!

    André.

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