Caberia recordar ao senhor patriarca algo não muito distante:
Embora a doutrina sobre a ordenação sacerdotal que deve reservar-se somente aos homens, se mantenha na Tradição constante e universal da Igreja e seja firmemente ensinada pelo Magistério nos documentos mais recentes, todavia actualmente em diversos lugares continua-se a retê-la como discutível, ou atribui-se um valor meramente disciplinar à decisão da Igreja de não admitir as mulheres à ordenação sacerdotal. Portanto, para que seja excluída qualquer dúvida em assunto da máxima importância, que pertence à própria constituição divina da Igreja, em virtude do meu ministério de confirmar os irmãos (cfr Lc 22,32), declaro que a Igreja não tem absolutamente a faculdade de conferir a ordenação sacerdotal às mulheres, e que esta sentença deve ser considerada como definitiva por todos os fiéis da Igreja.
E só de pensar que os portugueses terão que aturar este senhor por mais dois anos por decisão pontifícia!
* * *

Lisboa, 22 jun 2011 (Ecclesia) – O cardeal-patriarca considera que a ordenação sacerdotal das mulheres vai acontecer quando “Deus quiser” e que, até lá, é preferível não tocar no assunto, mesmo sabendo que os impedimentos desta opção são mais tradicionais do que teológicos.
“Teologicamente não há nenhum obstáculo fundamental”, afirma D. José Policarpo em entrevista publicada na mais recente edição do boletim da Ordem dos Advogados, datada de maio, acrescentando que a tradição da Igreja tem tido a última palavra: “Nunca foi de outra maneira”.
O prelado está convencido que “não há neste momento nenhum Papa” com poder para alterar essa prática e que é preferível não discutir o assunto: “No momento que estamos a viver, é um daqueles problemas que é melhor nem levantar… suscita uma série de reações”.
A mudança nesta tradição ocorrerá “se Deus quiser que aconteça e se estiver nos planos Dele acontecerá”, diz José Policarpo, que se mostrou mais perentório quanto ao casamento entre pessoas do mesmo sexo.
“Para a Igreja é absolutamente impensável aderir a uma coisa dessas”, frisa o também presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, para quem a questão não está fechada: “É daqueles problemas que virá sempre ao de cima”.
Referindo-se à sexualidade, o cardeal-patriarca defende que a “ideia do amor paixão” é insuficiente para consolidar a relação interpessoal, que precisa de “diálogo”, “ternura”, “generosidade” e a atitude de “contribuir para o bem do outro”.
“Passa-se com a sexualidade o que se passa com a economia: se eu estou na sociedade só a pensar em defender o meu interesse, não vou longe”, assinala José Policarpo na entrevista realizada a 13 de maio.
O prelado manifestou-se perplexo quanto à situação financeira de Portugal: “Ainda não consegui perceber como é que um país que está aflito para pagar as suas dívidas se sobrecarrega de juros, tornando mais difícil o pagamento. Como é que se aguenta?”.
“O problema que estamos a viver em Portugal ameaça-nos a nós, mas a ameaça que me preocupa mais não é essa, é a ameaça sobre a Europa, como ela foi concebida no pós-Segunda Guerra Mundial, com o ideal de uma Europa fraterna e solidária”, acrescentou.
A José Policarpo custa-lhe que o Velho Continente se tenha transformado numa “fortaleza intransponível”: “Foi mais fácil mandar bombardeiros para bombardear do que criar uma estrutura rápida e imediata para acolher os refugiados”, comenta.
No quadro da regulamentação da Concordata, o cardeal-patriarca afirma que “o problema das capelanias prisionais foi mal resolvido” e espera que “ainda se tenha de rever”: “Neste momento, tenho um conjunto de sacerdotes em ação nas cadeias quase a tempo inteiro e não recebem nada”.
É com naturalidade que José Policarpo verifica que “uma das cláusulas do acordo com o FMI visa acelerar a Justiça”, porque se ela demora a aplicar-se “pode provocar colapso nas decisões da organização da sociedade”.
“Tenho a experiência interna da Igreja. Também temos tribunais, e tenho a experiência de que se as coisas estão atrasadas não faz mal que a outra a seguir também se atrase”, refere.
A formação em Direito Canónico na Universidade Católica Portuguesa depende de um número mínimo de alunos, segundo regras determinadas pelo reitor, e José Policarpo, magno chanceler da instituição, considera que “não é grave” o facto de o curso não estar a funcionar.
RM
Este homem é uma nódoa na Igreja em Portugal e uma vergonha para a Terra de Santa Maria.
Aproveitará estes últimos dois anos que lhe restam como Cardeal-patriarca para destilar abertamente as ideias peregrinas que lhe vão ocorrendo?
Lamentável que este senhor continue mais dois (penosos) anos como Cardeal Patriarca de Lisboa.
Como português, lamento profundamente a decisão do Santo Padre e espero que ela seja por um bem maior, ou seja, dar-nos um digno Patriarca e Cardeal, não outro como este!
Tenho uma questão: que razões terá o Papa para pedir este prolongamento de dois anos de funções como Cardeal-Patriarca? Alguém pode esclarecer, ou supor?
Resta lamentar a passividade e a astenia do referido senhor face aos temas “polémicos”, na verdade, assassinos, depravados e aberrantes em que Portugal mergulhou e consentiu, desde a legalização do aborto, ao emparelhamento legal dos sodmomitas, já para não falar na sua enorme resistência a qualquer ordem de Roma que cheire a Tradição.
Mais dois anos. Meu povo português, tenhamos paciência, discernimento e sabedoria para aturar estes devaneios…
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Répobro!!!
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Meu Deus, onde será que surgem tantos bispos que traem Nosso Senhor de uma forma muito mais bárbara que Judas Iscariotes. Incrível isso!
Um tribunal do Santo Ofício agora ia reduzir a Igreja Católica a poucos mils, viu.
Lamentável.
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Ora se fosse da vontade de Deus, Ele próprio o teria feito quando chamou os apóstolos, teria chamado também mulheres, bastava ver a inúmera quantidade de discípulas que o seguiam. Se fosse para chamar a mulher para o sacerdócio, Ele chamaria Nossa Senhora, pois não há criatura mais digna que Ela em toda a face da terra.
Meu Deus, os cardeais contra os ensinamentos da Igreja, além das recentes manifestações do beato João Paulo II e de Bento XVI sobre o assunto.
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Esta carta apostólica do Papa João Paulo II pode ser considerada portadora da infalibilidade papal? Ela me parece se aproximar bastante das notas necessárias para um Papa se pronunciar infalivelmente.
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Lembrei de você Ana:
“DÁ-LHE PLENA COMUNHÃO!”
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Apropriando-me da idéia de sua Eminência,
espero que a ordenação de mulheres na Santa Mãe
Igreja nunca entre nos planos divinos.
Entretanto, apesar de, nas discordâncias de sua fala,
poderem lhe atirar pedras, em um aspecto todos têm que concordar.
A Não ordenação de mulheres pertence, com propriedade, à Tradição da Igreja
e não a um impedimento Teológico.
Esta, providencial e divina, não ordenação de mulheres
também não encontra sustento na Sagrada Escritura
se vamos fazer um estudo aprimorado da mesma.
É, pois, conveniente salientar que, graças a nosso Bom Deus,
a Santa Mãe Igreja não é regida unicamente pela Sagrada Escritura,
já que a Tradição ocupar lugar singular ao lado da mesma e do Magistério.
Portanto, não deve causar em nós Católicos nenhum ranço em admitir
que a não ordenação de mulheres é regulamentada pela
Tradição e pelas decisões do Magistério e não por impedimentos bíblicos ou
Teológicos.
A benção do Senhor Deus
sobre todos vós.
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E nada de excomunhão ….deprimente: a hierarquia atual terá de prestar duras contas a Deus por deixar as ovelhas de Cristo nas mãos de hereges.
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O tal do policarpo foi ‘menos pior’ que bergonzini. O “nosso” negou dogma e n vi nenhum grande blogue falar um ‘a’!
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Fábio A. Souza, no livro A Candeia padre Calderón explica que n foi infalível.
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“E só de pensar que os portugueses terão que aturar este senhor por mais dois anos por decisão pontifícia!”
Quem mandou darem título de Doutor ao Lula.
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Ele estava com febre certo?????
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Esse Cardeal odeia nossa Missa Tridentina! Imagino qual o prazer que ele tinha quando foi ordenado nela.
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Cuidado… Pelos Bispos que tempos, o próximo patriarca será certamente mais fino e discreto a introduzir a corrupção doutrinal… Não admira que venha um que abra os braços aos conservadores, DESDE que aceitem as falsas doutrinas e doutrinas mutiladas do pós-concílio.
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Para que se faça saber e se difunda o seguinte texto.
O texto foi enviado hoje (29 Junho) para: http://www.patriarcado-lisboa.pt/site/index.php?mensag=1 ( no drop Igreja em Diálogo).
Revmº Padre,
Em face dos sucessivos escândalos e acto cismático (sobre o impedimento à celebração do Santo Sacrifício da Missa segundo o Missal de 1962, cfr. entre outros documentos o email da Diocese de Setúbal de 16 de Dezembro de 2010), provocados por S. Exª Revª o Cardeal Patriarca de Lisboa, donde refiro o último, que:
1. pelas suas afirmações contra a Tradição da Igreja, no que diz respeito à ordenação de mulheres (cfr. Título no Ecclesia, 22 Junho 2011: “Cardeal-patriarca: Ordenação das mulheres só quando «Deus quiser»”), contrário a: Dz. 2301 – “ter-se por norma perpétua o que foi feito por Cristo, e pelos Apóstolos, já que a Igreja não tem nenhum poder sobre a essência dos Sacramentos, isto é, sobre o que o próprio Cristo estabeleceu”;
2. codificado como crime contra a Fé (cfr. (I) CDC – Can. 1024. – “Sacram ordinationem valide recipit solus vir baptizatus”.; (II); e ainda pela CDF nos termos do Decretum generale – De delicto attentatae sacrae ordinationis mulieris AAS 100 (2008) 403);
3. e visivelmente uma acto de subversão continuado (tentativa de corroer as mentes sobre a possibilidade de este acto ser possível) contra o Sacramento da Ordem (não é a primeira vez que S. Eminência profere este tipo de afirmação).
Considerando:
1. que o escândalo está a ter profunda e negativa repercussão internacional (cfr. – The mediocre leader of the most mediocre episcopate in Europe: (I) “No fundamental obstacle” to the ordination of women, no “Rorate-Caeli”; (II) Ordenação de mulheres só quando “Deus quiser”, no “Fratres in Unum”; (III) Una jerarquia dudosa, no “Ex Orbe”; (IV) Otro cardenal vergonzoso, no “La Cigüeña de la Torre”).
2. ainda que S. S. Papa Pio X ensina que “todo aquele que tiver tendências modernistas, seja ele quem for, deve ser afastado quer dos cargos quer do magistério; e se já estiver de posse, cumpre ser removido”. E ainda: “faça-se o mesmo com os que às ocultas ou claras favorecem o modernismo, louvando os modernistas, ou atenuando-lhe a culpa, ou criticando a escolástica, os Santos Padres, o magistério eclesiástico, ou negando obediência a quem quer que se ache em exercício do poder eclesiástico” (Pascendi Domini Gregis).
3. também que “não nos é lícito calar para não parecer faltarmos ao nosso santíssimo dever” (Pascendi Domini Gregis, 1907) e que “a necessidade é tanta, já não são somente os prelados que hão-de velar pela integridade da Fé, senão ‘que cada um tem a obrigação de propalar a todos a sua Fé, já para instruir e animar os outros fiéis, já para reprimir a audácia dos que não o são’” (São Tomás, S. Teol., II-II, q. 10, a. 2, q. ad 2).
Solicito que S. Eminência o Cardeal Patriarca de Lisboa seja informado que será apresentada à Sé Apostólica, razão bastante e fundamentada sobre a matéria supra, para que S. E. seja presente a tribunal eclesiástico no sentido de ser cumprida a Lei da Igreja e consequente reparação da ofensa a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Rui Manuel das Neves Azevedo Machado
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