Apresentamos a tradução do caríssimo amigo Gederson Falcometa, cuja gentileza novamente agradecemos, de um extrato do sermão proferido ontem, festa da Purificação de Nossa Senhora, por Dom Bernard Fellay, Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X. O estilo coloquial foi preservado.
A Sociedade de São Pio X foi fundada pela Igreja e na Igreja, e nós dizemos que esta sociedade continua a existir, apesar do fato de que há uma pretensão de que ela não existe; que foi suprimida em 1976 (mas, obviamente, com total desrespeito das leis da própria Igreja). E é por isso que nós continuamos. E o nosso querido Fundador insistiu muitas e muitas vezes sobre a importância desta existência da Sociedade. E eu acho que, como o tempo evolui, temos de manter isso em mente – e é muito importante que mantenhamos este espírito católico.
Nós não somos um grupo independente. Mesmo se estamos lutando com a Roma, ainda somos, por assim dizer, com Roma. Estamos lutando com a Roma, ou, se você quiser, contra Roma, ao mesmo tempo com Roma. E nós afirmamos e continuamos a dizer, somos católicos. Queremos permanecer católicos. Muitas vezes eu digo a Roma, vocês tentam nos chutar para fora. E vemos que seria muito mais fácil para nós estar fora. Teríamos muito mais vantagens. Vocês nos tratariam muito melhor! Olhe para os protestantes, como abrem as igrejas a eles. Para nós, eles as fecham. E dizemos, nós não nos importamos. Nós fazemos as coisas na frente de Deus. Nós sofremos por parte da Igreja, tudo bem. Nós não gostamos disso, é claro. Mas temos de ficar lá na verdade. E nós temos que afirmar que pertencemos à Igreja. Nós somos católicos. Nós queremos ser e queremos permanecer, e é muito importante afirmar isso.
Também é importante que finalmente nós não imaginemos uma Igreja Católica que é apenas o fruto da nossa imaginação, mas que não é mais aquela [Igreja] real. E com a real nós temos problemas. Isso é o que torna ainda mais difícil: o fato de que temos problemas com ela. Isso não nos permite, por assim dizer, fechar a porta. Pelo contrário, é nosso dever continuamente ir até lá, bater à porta, não para implorar para que possamos entrar (porque estamos dentro), mas para pedir que possam se converter; que eles possam mudar e voltar ao que faz a Igreja. É um grande mistério, não é simples. Porque ao mesmo tempo que temos de dizer, sim, nós reconhecemos aquela Igreja — é o que dizemos no Credo, creio na Igreja Católica — de modo que aceitamos que há um Papa, aceitamos que existe uma hierarquia, nós aceitamos isso.
E na prática, em muitos níveis, temos de dizer não. Não porque isso [certos tópicos] não nos agrada, mas porque a Igreja já falou sobre isso. Já condenou mesmo muitas dessas coisas. E assim, em nossas discussões com Roma estávamos, por assim dizer, presos aí. O problema fundamental em nossas discussões com Roma foi realmente o Magistério, o ensinamento da Igreja. Porque eles dizem: “nós somos o papa, nós somos a Santa Sé” — e nós dizemos, sim. E então dizem, “nós temos o poder supremo”, e nós dizemos, sim. Eles dizem: “nós somos a última instância no ensino e somos necessários” — Roma é necessário para que tenhamos a fé, e nós dizemos, sim. E então eles dizem, “então, obedeçam.” E nós dizemos, não. E assim nos dizem, vocês são protestantes. Vocês colocam a sua razão acima do Magistério de hoje. E nós respondemos a eles, vocês são modernistas. Vocês alegam que o ensino de hoje pode ser diferente do ensino de ontem. Nós dizemos que, quando aderimos ao que a Igreja ensinou ontem, necessariamente aderimos ao ensinamento da Igreja hoje. Porque a verdade não está ligada ao tempo. A verdade está acima dele. O que foi dito uma vez é vinculante por todos os tempos.Esses são os dogmas. Deus é assim, Deus está acima do tempo. E a Fé é a adesão à verdade de Deus. Está acima do tempo. É por isso que a Igreja de hoje está vinculada e tem que ser como (e não só) a Igreja de ontem. E assim, quando você vê o Papa atual dizer que deve haver continuidade na Igreja, dizemos nós, é claro! Isso é o que temos dito em todos os momentos. Quando falamos de Tradição, é precisamente este o significado. Eles dizem, deve haver Tradição, deve haver continuidade. Portanto, há continuidade. O Vaticano II foi feito pela Igreja, a Igreja deve ser contínua, por isso o Vaticano II é Tradição. E nós dizemos, com licença?
E há mais, meus queridos irmãos. Isso foi durante a discussão. No final da discussão, surge esse convite de Roma. Neste convite há uma proposição de uma situação canônica para regularizar nossa situação. E posso dizer, o que é apresentado hoje, que já é diferente do que foi apresentado no dia 14 de setembro, podemos considerar como tudo certo, ótimo. Eles cumpriram todas as nossas condições, posso dizer, no plano prático. Então não há muito problema aí. O problema permanece em outro nível — o da doutrina. Mas mesmo aí ele vai muito além — muito além, meus queridos irmãos. A chave é um princípio. Que eles dizem, “isso você deve aceitar; você tem que aceitar que para os pontos que geram dificuldade no Concílio — pontos que são ambíguos, onde há disputa — esses pontos, como o ecumenismo, como a liberdade religiosa, estes pontos devem ser entendidos em coerência com o ensinamento perpétuo da Igreja”. “Então, se há algo de ambíguo no Concílio, é necessário entendê-lo como a Igreja sempre ensinou ao longo do tempo”.
Eles vão ainda mais adiante e dizem, “é necessário rejeitar o que se opõe a este ensinamento tradicional da Igreja”/ Bem, isso é o que sempre dissemos. Espantoso, não? Que Roma nos imponha este princípio. Impressionante. Então você pode se perguntar, então por que você não aceita? Bem, meus queridos irmãos, ainda há um problema. O problema é que neste texto dão duas aplicações do que e como temos de compreender esses princípios. Esses dois exemplos que eles nos dão são o ecumenismo e liberdade religiosa, como descritos no novo Catecismo da Igreja Católica, que são exatamente os pontos pelos quais nós repreendemos o Concílio.
Em outras palavras, Roma nos diz, nós fizemos isso o tempo todo. Somos tradicionais; Vaticano II é Tradição. A liberdade religiosa, o ecumenismo são Tradição. Estamos em plena coerência com a Tradição. Imaginem só, para onde vamos? Que tipo de palavras vamos encontrar para dizer que nós concordamos ou não? Se até mesmo os princípios que temos mantido e afirmado, dizem eles, sim, está ok, vocês podem afirmar isso, porque isso significa que queremos dizer, que é exatamente o contrário do queremos dizer.
Creio que não poderíamos ir adiante na confusão. Em outras palavras, meus queridos irmãos, isso significa que eles têm um outro significado para a palavra “tradição”, e talvez até mesmo para “coerência”. E é por isso fomos obrigados a dizer não. Nós não vamos assinar aquilo. Concordamos com o princípio, mas vemos que a conclusão é contrária. Grande mistério! Grande mistério! Então, o que vai acontecer agora? Bem, já enviámos a nossa resposta a Roma. Eles ainda dizem que estão refletindo sobre ela, o que significa que provavelmente eles estão embaraçados.Ao mesmo tempo, creio que podemos ver agora o que eles realmente querem. Será que eles realmente nos querem na Igreja ou não? Dissemo-lhes muito claramente, se nos aceitarem como somos, sem mudanças, sem nos obrigar a aceitar essas coisas, então estamos prontos. Mas se quiserem nos fazer aceitar estas coisas, não estamos. Na verdade, nós só citamos Dom Lefebvre quem disse isso já em 1987 — várias vezes antes, mas a última vez disse isso em 1987.
Em outras palavras, meus queridos irmãos, humanamente falando, é difícil dizer como será o futuro, mas sabemos que lidamos com a Igreja, lidamos com Deus, lidamos com a Providência Divina, e sabemos que esta Igreja é a Igreja Dele. Os seres humanos podem causar alguma perturbação, alguma destruição. Eles podem causar confusão, mas Deus está acima disso, e Ele sabe como, de todos esses acontecimentos — estes acontecimentos humanos — essas linhas tortuosas, Deus sabe como dirigir a Sua Igreja por meio dessas provações.
Haverá um fim para esta provação, não sei quando. Às vezes, há esperança de que ele virá. Às vezes, é como se perdêssemos a esperança. Deus sabe quando, mas na verdade, humanamente falando, temos de esperar por um bom tempo antes de esperar ver as coisas melhores — cinco, dez anos. Estou convencido de que em dez anos as coisas vão parecer diferentes, porque a geração do Concílio terá desaparecido e a próxima geração não tem essa ligação com o Concílio. E já agora ouvimos vários bispos, meus queridos irmãos, vários bispos nos dizer: vocês dão muito peso a este Concílio; deixe-o de lado. Poderia ser um bom caminho para Igreja ir adiante. Deixe-o de lado; esqueça-o. Vamos voltar ao que interessa, a Tradição.
Não é interessante ouvir bispos que dizem isso? É uma nova linguagem! Isso significa que temos uma nova geração que sabe que há coisas mais sérias que o Vaticano II na Igreja, e que temos de voltar a isso, se assim posso dizer. Vaticano II é sério por causa do dano que causou, sim, é. Mas, como tal, ele quis ser um concílio pastoral, que agora já acabou. Sabemos que alguém que está trabalhando no Vaticano escreveu uma tese para sua formação acadêmica sobre o magistério do Concílio Vaticano II. Ele mesmo nos disse e ninguém nas universidades romanas estava pronto para tomar esta tese. Finalmente, um professor o fez, e a tese é a seguinte: a autoridade do magistério do Vaticano II é a de uma homilia na década de 1960. E passou!
Veremos, meus queridos irmãos. Para nós é muito claro. Devemos nos firmar e nos ater à verdade, à Fé. Nós não vamos abrir mão disso — aconteça o que acontecer. Existem algumas ameaças, é claro, de Roma agora. Veremos. Nós colocamos todas essas coisas nas mãos de Deus, e nas mãos da Santíssima Virgem Maria. Oh, sim, temos de continuar a nossa cruzada de rosários. Contamos com ela, contamos com Deus. E então o que acontecer, acontecerá. Não posso prometer uma linda primavera. Eu não tenho a menor idéia do que vai acontecer nesta Primavera. O que sei é que a luta pela Fé vai continuar, aconteça o que acontecer. Reconhecidos ou não, você pode estar certo de que os progressistas não ficarão felizes. Eles vão continuar e nós vamos continuar a combatê-los também.
Bravo, Dom Bernard Fellay!
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O grande maioria dos blogs de peso interpretou o sermão como a comunicação de que o acordo teria naufragado.
O blog Rorate Caeli opina de forma oposta: “Manchetes errôneas e interpretações equivocadas, fruto de uma leitura pouco refletida, simplesmente não podem mudar o tom predominantemente positivo do sermão de Fellay”.
O Fratres não quis entrar nessa briga de cachorro grande? :) Façam suas apostas! Ou melhor, rezemos…
Fidelis
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Esperamos ansiosos!
As comunidades tradicionais terão muito mais força com a SSPX regularizada.
Pela Igreja, por MARIA Santíssima, por CRISTO Rei!
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Eu na minha grande ignorância sempre penso o seguinte: Por que São Pio de Pietrelcina não foi excomungado quando pediu licença para não rezar o Novus Ordo? Sei que o tema não é Santa Missa,entretanto,se o santo fez esse pedido,também não era nada a favor dessa onda modernista de ecumenismo e liberdade religiosa que “igualam” a mentira e a Verdade.
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Muitas vezes eu digo a Roma, vocês tentam nos chutar para fora. E vemos que seria muito mais fácil para nós estar fora. Teríamos muito mais vantagens. Vocês nos tratariam muito melhor! Olhe para os protestantes, como abrem as igrejas a eles. Para nós, eles as fecham.
Os ‘plena’ tem algo a dizer?
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É triste um Bispo que fale tanto de tradição e coerência não fazer uma homilia própria para um dia tão especial como o da “Apresentação do Senhor e Purificação da Virgem”. É como dizemos de alguns padres: “utilizam a homilia para dar recados, alfinetadas”, isto é, aquilo que não podem, não querem ou não tem coragem de dizer às pessoas “cara a cara”, o falam dos púlpitos… Lamentável!
Esperamos mais de Dom Fellay! Que ele faça pronunciamentos claros e diretos a Roma, Comunicados, Cartas, Dossiers, etc, mas que não se esconda por detrás de uma homilia – que não tem valor documental e dogmático próprios de outras fontes.
S.E.R. Dom Fellay: homilia, pelo que sei, é sobre a Palavra de Deus ou a memória, festa ou solenidade do dia; não é desabafo, reclamação, “puxão de orelha” ou outra coisa. Seguir por esse caminho, é também dar margem àquele protagonismo sacerdotal, tão combatido pela Fraternidade.
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André, recorde-se que se trata de apenas um excerto da homilia e que, portanto, há a possibilidade de você estar enganado sobre Dom Fellay não tratar da festa do dia…
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Pode ser Ferreti! Pode ser que eu esteja enganado, mas ainda assim para um “excerto”, o texto está bem grandinho…
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Ailton, São Pio não foi excomungado porque depois da reforma litúrgica os padres “mais velhos” podiam continuar a celebrar a forma do rito romano dita – hoje – extraordinária.
André, não acho que seja errado o Pastor, durante a homilia, falar com seus filhos espirituais sobre o andamento das conversações com a Santa Sé, afinal, foi apenas um excerto da homilia, óbvio que ele falou sobre a Festa da Apresentação do Senhor.
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Que pena! Apesar de ser um texto confuso e incoerente, é difícil ver margem para interpretações como as do Rorate. A não ser que no restante da homilia o contexto se altere.
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Antes de mais, gostaria de saudar meu xará. Somos poucos os Fidélis!
Agora, o que eu senti é pena do bispo Fellay ao ler a homilia. Por um lado, vê-se que está confuso e que gostaria de permanecer católico. Por outro, vê-se que está tão afundado numa mentalidade protestantizada que, ainda que regularizado, faltará tempo até voltar a um são espírito da romanidade…
Rezemos, como disse meu xará Fidelis (A.).
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Esta história muitos já viram. Se passou há alguns anos antes do acordo da Aministração Apostólica São João Maria Vianey com os progressistas. É de causar apreensão a qualquer um.
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André, quem foi que disse que Dom Fellay n fala na cara? Vê se aprende a ler:
Muitas vezes eu digo a Roma,
vocês tentam nos chutar para fora. E vemos que seria muito mais fácil para nós estar fora. Teríamos muito mais vantagens. Vocês nos tratariam muito melhor! Olhe para os protestantes, como abrem as igrejas a eles. Para nós, eles as fecham.
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André,
Esse foi o comentário mais lamentável que já li sobre D. Fellay…
Típico de gente que acha que os superiores é que fazem tudo errado, mas, eu sim saberia o que fazer…
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“Perigosíssimos” amigos;
Muito acertadas as palavras de D. Fellay.
Creio, tal como ele e tantos outros milhares de Católicos, que em Roma está o centro da Igreja. Em Roma está a Sé de Pedro, Em Roma está o Coração da Cristandade.
Porém, em Roma está esta confusão doutrinal, em Roma está esta luta por preservar algo tão ambíguo e tão nocivo à Fé!
Tal qual nos ensina nosso Bispo, D. Fellay, Sucessor dos Santos Apóstolos, devemos rezar, cada vez mais, e bem mais intensamente!
Faz-se necessário que Roma se converta à Fé de Sempre!
Que Roma se mostre fiel à Tradição Católica, que repudie essas heresias nocivas que lhe impuseram os hereges modernistas, com seu maldito concílio pastoral, que tanto mal tem causado às almas!
Rezar à Virgem, a fim de que esse tempo de provação passe mui prontamente, que nos afastemos dessa apostasia conciliar e que Roma possa se mostrar, como antes dessa tormenta revolucionária satânico-maçônica, como sempre o fez: Mãe e Mestra da Verdade!
Afinal, não se pode esconder uma lâmpada sob a cama, como disse Nosso Senhor.
Não se pode ocultar a Verde e impor a mentira!
Rezemos e nos formemos, pois, a luta é árdua e o inimigo tem seu exército de hereges e apóstatas para continuar ludibriando os incautos!
“Perigosíssima” amiga Ana Maria, os “plena” nunca suportariam o resplendor da Verdade, uma vez que eles estão acostumados com as sombras da mentira apóstata, crendo piamente que são eles os que defendem a Fé!
Rezemos e nos formemos, já que devemos lutar e guardar nossa Santa Fé, tal qual na velha Inglaterra dos tempos da “Reforma Inglesa”.
Tal qual em nossos dias, o rei Henrique apresentava “apenas algumas novas formas de se compreender a Verdade”… A História nos mostra que essa “nova forma” criou uma falsa Igreja, com a aparência Católica, mas com a essência calvinista!
Veja essa missa bastarda de Montini/Bugnini, ela é muito mais calvinista que o culto da igreja da Inglaterra.
Como tão acertadamente disse D. Fellay, a Roma atual aceita e abre mais as portas aos protestantes que a nós, Católicos que guardamos a Fé dos Apóstolos!
“Perigosíssimos ” amigos, é hora de oração profunda, de penitência e de muito estudo, muita formação!
A luta está aí!
Tomemos nossas armas: a Fé, a Sagrada Escritura e a Tradição da Igreja, o espírito de oração, e uma consciência profunda de nossa Santa Fé!
Ah, nossa arma mais potente: o Santo Rosário!
Lutemos!
Ainda que perseguidos, que sufocados, seremos vitoriosos, porque Ele Reinará!
Viva Cristo Rei!
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Errata:
Desculpem-me;
onde se le: Verde, entenda-se Verdade.
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Fidelis Antônio,
“Por outro, vê-se que está tão afundado numa mentalidade protestantizada”…
Parece que só você viu a mentalidade protestante de Dom Fellay (o que mais vão inventar?). Então corrija o verbo, meu rapaz: é ‘vejo’ e não ‘vê-se’.
.
…”que, ainda que regularizado, faltará tempo até voltar a um são espírito da romanidade…”
Como as palavras têm sentido, “faltará tempo” aí quer dizer…Bem, todos sabem o que ele quis dizer.
Sem comentários.
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Este ano os modernistas irão comemorar os 50 anos da convocação do “Concílio dos Concílios”. Bento XVI está mostrando que está do lado modernista, e não esconde mais isso de ninguém.
Pois bem, e se da na cabeça de Bento XVI, empolgado com as comemorações, mandar um documento condenando até a excomunhão todos aqueles que não aceitarem o “Concílio dos Concílios”?
O que irão fazer os muitos católicos tradicionais?
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A crise na Igreja proporciona espetáculos impagáveis: um católico em “plena comunhão” acusando os outros de protestantizados.
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Esse texto foi a prova que faltava para entendermos que a Fraternidade continua afastada de Roma por questões muito pequenas… Se Roma diz que a Fraternidade pode falar como tem falado, e isto está correto, e esta é a verdadeira interpretação que se deve ter frente aos pontos que causam confusão nos textos conciliares, o que falta? Esqueçam, o Papa não vai sair com um Motu Proprio dizendo: “O CVII está revogado”. Dom Fellay já recebeu o conselho dos bispos, de esquecer este assunto que já é passado. A Igreja caminha, Roma está indo adiante, os progressistas desobedecem o Papa mas continuam perdendo forças, e a Fraternidade junto com Roma só tem a ajudar neste processo.
Gostaria de ser franco agora: às vezes parece que FSSPX não quer “largar o osso” da crítica ao Concílio, parece querer viver disso.
Sabemos que ela é muito maior que isso, que tem um grande serviço a prestar à Igreja mostrando a verdadeira Fé, ensinando a verdadeira Tradição. E no entanto permanece criticando textos em páginas já amareladas que, na prática, já foram ab-rogados há muito.
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Um VERDADEIRO BISPO CATÓLICO falando:
“Para nós é muito claro. Devemos nos firmar e nos ater à Verdade, à Fé. Nós não vamos abrir mão disso — aconteça o que acontecer. Existem algumas ameaças, é claro, de Roma agora. Veremos. Nós colocamos todas essas coisas nas mãos de Deus, e nas mãos da Santíssima Virgem Maria. Oh, sim, temos de continuar a nossa cruzada de rosários. Contamos com ela [Ela], contamos com Deus…
O que sei é que a luta pela Fé vai continuar, aconteça o que acontecer. Reconhecidos ou não, você pode estar certo de que OS PROGRESSISTAS NÃO FICARÃO FELIZES. Eles vão continuar e NÓS VAMOS CONTINUAR A COMBATÊ-LOS também.”
Bendito seja Deus! que deu à humanidade pecadora – logo, indigna – um bispo tão fiel e corajoso para Sua Santa Igreja. Que Santo Atanazio interceda junto ao Trono do Altíssimo por Dom Fellay e sua obra, para o bem da Igreja Católica Apostólica Romana e a Salvação das Almas, Lei Suprema de Sua Igreja.
PS: para os que vivem brandindo leis contra a FSSPX, aí está a maior de todas elas.
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Eu também fiquei curioso em saber em que momento se encontra essa “mentalidade protestantizada” de Dom Fellay. Fidélis Antônio você poderia nos mostrar em que parte do texto você conseguiu enxergar isso?
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Cumpanheiro Felipe Leão, alguns acham que a FSSPX vai negar seu fundador, pq tem plena aí que diz que os escritos de Dom Lefebvre são perigosos para Fé. É melhor fazerem tratamento para ansiedade!
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O áudio do sermão D. Fellay, com quase 50 min., está disponível no site do St. Thomas Aquinas Seminary. Grosso modo, Sua Excelência dividiu a homilia em três partes: primeiro, a festa do dia (Purificção de N. Senhora); depois, a tomada da batina e do hábito pelos seminaristas; e, por fim, a questão das conversações com o Vaticano.
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Eu não acredito que a FSSPX acredite que em 50 anos depois do II Concílio do Vaticano, o papa, seja ele Bento XVI ou um sucessor levante um auto de fé em plena praça de São Pedro, usando tiara e sedia gestatória lendo um motu proprio condenando o Concílio e queimando em público seus documentos.
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“Perigosíssimos ” amigos deste nosso FRATRES;
“Cumpanheira” Ana Maria;
Realmente, D. Fellay e toda a Tradição tem se apegado a coisas mínimas, muito pequenas e insignificantes, segundo nosso novo “Sedis Sapientiae”, Rafael… Por ironia, “Remédio do Senhor Altíssimo”, na língua semítica, original do nome…
Bem, amigos, essas “questiúnculas” insignificantes, nada tem de valor, nada significam!
A FSSPX e D. Lefébvre sempre gostaram de “ser do contra”, só para aporrinhar Roma, os graaaaannnnnndesssssss teólogos e o mega hiper ultra vitaminado concíclio, que este ano completa 50 anos!
“Perigosíssimos” amigos, para que não cometamos este mesmo erro crasso que acima tive o assombro de ler, faz-se necessário formação!
Sugiro ao nosso amigo, o “Perigosíssimo Mor”, Ferretti, que possa oferecer neste Blog um espaço para a formação, com textos do Catecismo de S. Pio X, pois é mister que o conhecimento da Fé está muito, muito em baixa!
Quando li o comentário acima, logo imaginei que só poderia ser uma crítica, um deboche, uma vez que uso sempre deste espediente “debochado e irreverente”!
Porém o jovem participante tem convicção daquilo que escreve, ao menos se percebe isso em seu escrito.
Não há nenhuma hipótese de que: “às vezes parece que FSSPX não quer “largar o osso” da crítica ao Concílio, parece querer viver disso”, como expressa o autor referido.
O problema central não é e nem nunca foi o concílio, que ao contrário, foi um evento de grandes prporções e, por conseguinte, grandes gastos para a Santa Sé.
O que interessa é a questão da Fé, de sua essência, desse Tesouro que a Igreja conserva desde os tempos Apostólicos!
O “mega evento conciliar” (usando a expressão do simpático, educado, atencioso e humilde arcebispo da Meca do espiritismo, Uberaba), simplesmente minou as bases da Fé.
Basta, caso seja possível um entendimento claro, uma vez que o texto foi escrito, propositadamente em linguagem ambígua, tentar compreender o que é a Igreja, lendo o texto Gaudium et Spes. Nele pode-se perceber claramente a lineamenta do “mega evento”:
* Justifica a relativização das formulações dogmáticas, fazendo com que a Igreja tendda para uma ordem(creio ser uma desordem) de contínuo movimento;
*Faz com que a Igreja e a Doutrina Católica se “adaptem” continuamente aos “sinais dos tempos”, estabelecendo uma base “conciliar” dde uma visão antropológico-cristológica de um universo em movimento;
*Retira a essência Divina da estrutura eclesial substituindo esta essência por uma essência humana (tal qual quiseram os humanistas como Erasmo e os “reformadores” do séc. XVI: Lutero, Calvino e Crammer [Inglaterra]);
*Estabelece uma “escatologia conciliar”, na qual Deus é substituído pelo ser humano;
É difícil não perceber, portanto, o substrato doutrinário da ambiguidade conciliar, com sua “nova visão de universo”, tendo como fundamento o ser humano, e deixando em segundo plano Deus, Sua Igreja Santa.
A ambiguidade, como “norma de linguagem” proporciona uma teologia vacilante, incerta, dúbia, cujo ensinamento não mais se centraliza na Verdade da Fé, ou seja, no Dogma, mas sim em uma dogmática evolutiva, a qual modifica a concepção da Igreja.
Caso isso sejam, como diz o novo “Sedis Sapientiae”: “permanece criticando textos em páginas já amareladas que, na prática, já foram ab-rogados há muito”, mostra claramente que desconhece o mínimo de formação Católica essencial.
Assim, uma vez mais, peço ao Moderador, Sr. Ferretti, que crie um espaço dedicado à formação catequética fundamental, para que não tenhamos mais expressões tão pueris como essa!
Esse pessoal, os “plena”, estão plenamente desinformados, e desconhecendo a essência da Fé, acreditam piamente que basta à Tradição e àqueles que a seguimos, guardando a nossa Fé, que o Papa “libere” a Missa Tridentina.
Não. É muito mais e muito mais profunda a “crítica” da Tradição!
O que nos leva a combater é o Tesouro de nossa Santa Fé que foi escondido da maioria das pessoas, onde numerosa multidão foi aos falsos pastores, uma vez que aqueles que deveriam oferecer a água límpida, pura e cristalina da Fé, oferecem águas turvadas pela vaidade humana, que tal qual no Livro das Origens, o Gênesis, o ser humano quer se colocar no lugar de Deus!
Destarte, falar que: ” Roma está indo adiante, os progressistas desobedecem o Papa mas continuam perdendo forças, e a Fraternidade junto com Roma só tem a ajudar neste processo”, ou seria excesso de imprudência, puro desconhecimento ou no pior e mais grave caso, é uma alucinação…
Creio que devemos Defender a nossa Santa Fé, ainda que isso possa parecer estranho, que possa parecer que “não se larga o osso”.
Na verdade, ó “Sedis Sapientiae”, nunca largaremos a Pedra, a Rocha, sobre a qual Cristo, Senhor e Salvador nosso, Verdadeiro e único Redentor, Deus feito Homem para nos salvar, nos deu como único caminho para a Salvação!
Estudemos e rezemos, afinal, o tempo urge!
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Agradeço a resposta Sir Thiago,porém ainda fica uma dúvida (sei que aqui não é um tira-dúvidas) mas ele foi canonizado quando o Concílio Vaticano II já havia sido realizado……
Sobre a carta de D. Fellay, acho que ele falou muito bem,a Tradição não entra,mas o Dalai Lama pode se instalar na igreja,não me recordo qual (na época do Encontro de Assis creio que em 1986) para fazer suas “orações” atéias,mantras sei lá!
Kyrie Eleison
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Como sempre ponderado! Alinhado com Dom Galarreta, o Superior reafirma: “Somos romanos”…”Estamos com Roma”. Enquanto isso, do outro lado, o coração que pulsa devotamente pelo kantiano Beethoven, proclama: “Esses romanos…”.
Dom Fellay também desmorona com a tese de que Roma quer apenas dar o bote nos tradicionais. Ora, a insistência em ir até Roma, bater em sua porta, prova que o Superior não acredita nessa tolice dos teólogos de internet.
E é uma pena que até mesmo alguns membros da fortaleza tradicional não concordam com seu superior.
Robson,
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Prezado Sr. Ailton Barbosa,
Padre Pio morreu antes da promulgação do novo rito da missa. Ele faleceu em 1968, enquanto o novus ordo entrou em vigor em 1969.
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A Missa que S. Padre Pio não quis celebrar é a Missa normativa de 1965 (missal de Paulo VI), que antecedeu o Novus Ordo que já alterava algmas rubricas do Missal de 1962. Para o Santo essas modificações já eram excessivas.
Quanto ao trecho do sermão mostra o costumeiro de Sua Excelência quanto ao que é ser católico em tempos de crise.
O saudoso Dom Antônio de Castro Mayer no seu catecismo sobre o Papa ensinava que quando o ensinamento de uma autoridade (sermão, carta, encíclica, etc.) distoasse do esinamento tradicional o católico deveria tentar ao máximo fazer uma interpretação tradicional. Se isto fosse impossível, dentro do devido respeito a autoridade, o fiel deveria manter-se firme no ensinamento tradicional. Na minha opinião, é o mesmo que Dom Felay ensina.
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