Ecce quam bonum et quam jucundum habitare fratres in unum.
Di Noia, o homem para salvar as relações Roma-FSSPX? “É possível ter divergências teológicas e permanecer em comunhão com a Sé de Pedro”.
Dom Di Noia na Igreja Santíssima Trindade dos Peregrinos, em Roma.
Dom Di Noia declarou ao Catholic News Service, em 26 de junho, que o Vaticano precisava ajudar as pessoas que têm fortes objeções ao Concílio a verem “que essas divergências não têm de nos dividir ou nos afastar da mesma mesa da Comunhão”.
“É possível ter divergências teológicas e permanecer em comunhão com a Sé de Pedro”, disse.
“Parte do que estamos dizendo é que, quando você le os documentos (do Vaticano II), não pode lê-los do ponto de vista de alguns bispos liberais que possam ter sido participantes (do concílio), você ter que lê-los em sentido literal”, afirmou Dom Di Noia à CNS. “Dado que o Espírito Santo está guiando a Igreja, os documentos não podem estar em descontinuidade com a tradição”.
[…] O Cardeal americano William J. Levada permanece como presidente da comissão e Mons. Guido Pozzo continua como secretário.
A nomeação do arcebispo [Di Noia] é significativa, pois dedica perícia e mão-de-obra às questões ainda em consideração pela Fraternidade São Pio X.
O Padre Federico Lombardi, porta-voz do Vaticano, disse aos jornalistas que a nova posição é um sinal da “importância e delicada natureza do tipo de dificuldades” com que a comissão está lidando e não deve ser vista como um indício de como as coisas estão caminhando com a Fraternidade.
O Arcebispo Di Noia declarou que sua tarefa será ajudar a resolver o impasse sobre os termos de um acordo.
“O diálogo teológico ocorreu por três anos, mas agora (o Papa) espera encontrar a linguagem ou a modalidade para uma reconciliação”, contou Dom Di Noia à CNS. “Estamos no estágio de sutilezas, para ajudá-los a encontrar uma fórmula que respeite sua própria integridade teológica”.
“Parece para todos que (uma reconciliação) está próxima, mas agora ela precisa de uma espécie de empurrão”, afirmou.
Quando Dom Di Noia era sub-secretário da congregação doutrinal, esteve envolvido com o estabelecimento pelo Papa, em 2009, de ordinariatos pessoais, estruturas especiais para antigos anglicanos que querem estar em plena comunhão com a Igreja Católica, enquanto preservam aspectos de sua herança litúrgica e espiritual anglicana.
“É possível que (o Papa Bento XVI) tenha esta experiência em vista” ao selecioná-lo para sua última função, disse o Arcebispo.
Como dizíamos no mês passado, “alguns falam que o verdadeiro entrave nas negociações entre Santa Sé e Fraternidade é precisamente esta Comissão [Ecclesia Dei]. Mais especificamente o seu Secretário, Monsenhor Guido Pozzo, cuja tese de doutorado trata do assentimento devido ao Vaticano II”. Colocar imediatamente acima de Pozzo alguém que afirma ser “possível ter divergências teológicas e permanecer em comunhão com a Sé de Pedro” parece ser, de fato, uma mudança significativa a fim de evitar o fiasco das tratativas e pôr fim ao ir e vir, entre Roma e Menzingen, de versões infinitamente reformuladas do famoso “preâmbulo doutrinal”.
3 comentários sobre “Di Noia, o homem para salvar as relações Roma-FSSPX? “É possível ter divergências teológicas e permanecer em comunhão com a Sé de Pedro”.”
Me parece que o Papa quer colocar à frente da Ecclesia Dei alguém que consiga fechar o “acordo” com a FSSPX. A vontade dele parece ser mesmo a de reabilitar a Fraternindade.
Só Deus sabe o q pode acontecer,rezemos!
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Me parece que o Papa quer colocar à frente da Ecclesia Dei alguém que consiga fechar o “acordo” com a FSSPX. A vontade dele parece ser mesmo a de reabilitar a Fraternindade.
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