Por Tradición Digital | Tradução: Fratres in Unum.com
A Grande Enciclopédia Rialp [GER] nos serve de fonte para encontrar um breve esquema sobre a autoridade dos concílios. Nomeadamente, no verbete “Concílio“, no ponto 2, dedicado à autoridade doutrinal dos concílios:
No âmbito das decisões doutrinais os concílios têm autoridade:
– segundo o grau em que conste;
a) Os concílios particulares têm, portanto, autoridade:
– na medida em que se integram ao conjunto do Magistério ordinário, participando assim da infabilidade de que esse conjunto goza;
– na medida em que estão em conformidade com a voz da Igreja universal, que ressoa através deles.
b) Os concílios ecumênicos:
– se se limitam a propor uma doutrina, se remetem à hipótese anterior (tratada em a);
– se, todavia, a definem com toda sua autoridade, recebendo a confirmação do Romano Pontífice, gozam de infabilidade por si mesmos e são, enquanto tais, regra segura da verdade (caso dos concílios que emitem cânones definitórios).
Ou seja, um Concílio Ecumênico que não define nada e nem o Papa demonstra sua intenção de definir a doutrina expressa ao colocar nele a sua assinatura, simplesmente propõe uma doutrina. Neste caso, seu valor doutrinal é relativo ao conjunto do magistério precedente e à conformidade com a Tradição, dos quais receberia sua infalibidade. É o que expressa belamente essa enciclopédia com esta frase: “em conformidade com a voz da Igreja universal que ressoa através do mesmo”. Pelo que, é óbvio, se não houvesse tal conformidade não teria autoridade a esse respeito.
Ademais, consta que a autoridade dos concílios é variada e há de se fazer constar o grau da mesma para saber ao que se ater. A GER ressalta esta disparidade dos concílios que pode fazer variar em muito sua autoridade e os modos dela, de forma que é difícil sistematizar algo para todos os concílios.
Não duvidamos que nos próximos dias o Cardeal Koch — ou o próprio prefeito Müller, quando retornar das férias — publicará a condenação da Grande Enciclopédia Rialp por seu luteranismo, retirando-lhe as licenças que previamente lhe haviam concedido.
Alguém pode explicar o sentido do título do post? A ironia é muito refinada para o comum dos mortais.
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José, a enciclopédia Rialp, como diz o link disposto no início do artigo, tem ligações com o Opus Dei: “El nombre de la editorial alude a un episodio1 de la vida de Josemaría Escrivá de Balaguer, fundador del Opus Dei, institución de la Iglesia católica con numerosas publicaciones en esta editorial, entre otras las obras del fundador. Los artículos están firmados por sus autores, especialistas en la materia, la mayor parte son profesores de diversas universidades, entre ellas la de Navarra, así como otros autores generalmente católicos”.
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De fato. O post sugere então que o Opus Dei seria, nesse caso, “luterano” como a FSSPX.
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Não duvido que a Opus altere a enciclopédia para fazer “bella figura” no Vaticano. São José Maria elogiou Franco pela confessionalidade do Estado espanhol, agora a Opus advoga da sadia laicidade. São JoseMaria via a Missa Nova com muitas reservas, mas cedeu pra não prejudicar sua instituição no Vaticano… Ah, outra coisa: as numerárias só usavam saia até a década de 90, o costume caiu pra se adequar melhor aos novos tempos e não afastar possíveis vocações. Entre outras coisas, a Obra abre mão de muitas coisas que “não pegam bem” pra instituição… A fé católica, a Tradição, o Magistério perene e a modéstia, nem sempre tem a prioridade que merecem…
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“Pai, perdoa-lhes; porque não sabem o que fazem [e dizem].”
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Heheheehe
O Ferreti vai precisar legendar as ironias !
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Sou françès e conheco muito mal o portuguès.
Desculpe me.
So para dizer que, para mim, o que esta importante sao os “frutos”.
E penso que devemos, em boa parte, considerar os frutos dos Concilios para os julgar.
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É perdoa Pai, eles n sabem o que fazem, dizem e MUITO menos o que escrevem!
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Pardonnez-moi, pourquoi je ne sais français pas: un petit solo…
C’est verité que est nécessaire de voir les fruits, les fruits du Concile Vatican 2, pourquoi quand vous, en verité, voir tout les fruits d’il, c’est possible de voir la tragédie que le conseil seulement ruiné l’Église …
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É Fratres, terão mesmo que legendar as ironias!
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o francês tem toda a razão, devemos ver os frutos do concilio e dai jugar. Olhem o post do caos litúrgico em campinas e deem seu jurgamento.
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Senhores,
1) O título do post foi dado pela fonte do texto, que apenas traduzimos;
2) Antes de comentar, é preciso ler o texto; de preferência, clicando nos links incluídos nele (isso ajuda bastante a entender o contexto);
3) O assunto deste post está relacionado à crítica feita pelo Cardeal Kurt Koch à FSSPX, acusando-a de ser luterana (https://fratresinunum.com/2012/08/04/a-dogmatizacao-do-concilio/)
4) A razão da acusação está na posição da FSSPX em relação aos Concílios, particularmente em relação ao Concílio Vaticano II e seu caráter não vinculante;
5) A Enciclopédia Rialp expõe as mesmas teses defendidas pela FSSPX;
6) Se a FSSPX é luterana por isso, a obra do Opus Dei ao qual se refere o título do artigo, a enciclopédia Rialp (http://es.wikipedia.org/wiki/Gran_Enciclopedia_Rialp), também deverá (ou deveria…) em breve ser condenada como luterana pelos representantes da Cúria Romana.
7) Aos que acompanham o nosso blog e lêem os textos sem prevenções, fica patente que a “obra luterana do Opus Dei” é uma referência à enciclopédia Rialp, cujo histórico de ligação com a Obra é de conhecimento de todos (Embora não saibamos ao certo que tipo de ligação é essa. Uma espécie de Quadrante européia? Espero que os mais entendidos possam nos esclarecer).
É isso!
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Rialp é uma das chamadas “obras corporativas” do Opus Dei. Trocando em miúdos, é um dos frontes de atuação da obra e de seus membros. A Obra não gosta de expor suas vinculações institucionais com essas obras corporativas, o fato é que elas são criadas, dirigidas e orientadas por membros do Opus Dei. O nome “rialp” é muito característica ao ambiente opusino, pois trata-se um local na Espanha onde o fundador esteve quando fugia da Guerra Civil espanhola. http://es.wikipedia.org/wiki/Ediciones_Rialp
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Obrigado G. M. Ferretti pelo seu esclarecimento da 8:21 am, que me deixa francamente alegre pelo seu conteúdo e triste por mim próprio por haver formulado um juízo incorrecto a vosso respeito, que procurarei levar em oração ao Senhor pedindo-Lhe perdão.
Peço-lhe que aceite um abraço de amizade e respeito desde Lisboa.
«Amado Jesus, hoje tenho que Te pedir perdão pelo juízo apressado e lamento que Te fiz ontem. Em boa hora, um esclarecimento que me chegou há momentos veio demonstrar de forma clara e inequívoca, que por detrás do título que me havia magoado estava a ironia que eu cego pelo amor que tenho à Tua Obra não vislumbrei.
Perdoa-me Senhor e através de Ti que me perdoem os visados pela minha prece de ontem.
Senhor Jesus Filho de Deus, amo-Te com todo o meu coração!»
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Caríssimo João Paulo, Salve Maria! Não é necessário se desculpar, amigo. Oremus pro invicem.
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Fiz uma pergunta e meu comentário foi retirado do ar.
A pergunta dizia respeito ao que o termo “luterano” no título queria sugerir (ironia, defesa, acusação?).
Disse ainda que não basta reproduzir textos de outrem. Querendo ou não, este site precisa reconhecer que, ao publicar alguma matéria, torna-se, de algum modo, co-responsável por aquilo que se publica, quando não se faz ressalva explícita disto.
Mas… estranhamente meu comentário, que estava no site, foi retirado.
Entendo que os seus organizadores estejam em uma fase apreensiva e, quiçá, defensiva, mas, este respeitável site precisa entender que, assim como ele é bastante exigente em matéria de doutrina, seus leitores, na imensa maioria, também o são e, desta feita, merecem um pouco do enorme respeito que lhe devotam.
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Caro Marcelo, restou alguma dúvida ainda depois do meu último esclarecimento?
O termo “luterano” no título quer expressar literalmente o que está escrito: LUTERANO, sem mais nem menos — segundo o critério do Cardeal Koch, como disse.
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