Bento XVI, uma síntese purificadora com os luteranos (na fé).

Por Paolo Rodari | Tradução: Gederson Falcometa

Uma ligação entre católicos e protestantes existe e se chama Martinho Lutero. “Não seria, talvez, o monge agostiniano de Erfurt [a figura] a desenvolver esta função entre as nossas igrejas, já que ele pertence a ambas?”, perguntou há um ano o presidente do conselho da igreja evangélica alemã, Nikolaus Schneider, poucas horas depois da participação de Bento XVI, na cidade onde Lutero viveu de 1505 a 1511, em uma celebração ecumênica. O Papa não tinha razões para pensar demais. Para ele era e é assim, e o demonstrou, poucas horas atrás, encerrando, em Castel Gandolfo, a edição 2012 do “Ratzinger Schülerkreis”, o seminário com os seus ex-alunos dedicado neste ano às  relações entre católicos e protestantes a partir do livro do Cardeal Walter Kasper “Raccogliere i frutti” [“Colher os frutos”], uma suma das relações entre as igrejas cristãs. A ideia que o Papa colocou em campo é uma: purificar a memória. Disse o religioso salvatoriano Stephan Horn, presidente do “Ratzinger Schülerkreis”: “Em Castel Gandolfo foi desenvolvida a ideia de um ‘mea culpa’ de ambas as partes. O Papa sempre teve a ideia de que esta purificação fosse necessária. Os fatos históricos não podem ser apagados, porém, a diferença está em como olhá-los: apagar o ódio desses conflitos é uma verdadeira cura”.

Já Kasper tinha meditado longamente sobre esta ideia. Da mesma forma o seu sucessor na cúria romana, o Cardeal suíço de língua alemã Kurt Koch, que, todavia, não deixou de sublinhar que esta purificação deve ser uma “estrada de mão dupla. Também os evangélicos devem explicar como veem, hoje, a Reforma do Século XVI; se como uma continuidade em relação àquela época, ou se como uma ruptura”. Mas, nesse meio tempo, as etapas já estão programadas: em 2017 acontecerá o 500º aniversário da Reforma, uma ocasião tentadora para um duplo “mea culpa”, prelúdio de uma nova era. Disse recentemente Schneider: “Talvez não nos seja dada uma reabilitação formal, mas uma reavaliação, de fato, da figura de Lutero, como ouvimos muito claramente da boca do Papa em Erfurt. Seria fantástico se houvesse também uma reavaliação de sua teologia”.

Para Ratzinger, o ecumenismo nunca foi a procura do mínimo denominador comum, uma espécie de “sincretismo sob a bandeira da uniformidade”, como estigmatizou Kasper, mas um retorno ao essencial, a “aquilo que nos une”, disse em Erfurt, isto é, àquele “questionamento sobre Deus” que foi central também na vida de Lutero, a questão sobre quem seja Deus e quem seja o homem diante dele. Porque, “basicamente”, disse o historiador Alberto Melloni, “o agostiniano Ratzinger vive diante de Deus o mesmo drama que viveu Lutero. E aqui católicos e luteranos podem voltar a se encontrar”.

Ratzinger, sobretudo como Cardeal Prefeito [da Congregação para a Doutrina da Fé], trabalhou para a recomposição das divisões. Seu ato mais decisivo foi o impulso para a assinatura da Declaração Conjunta sobre a Doutrina da Justificação, de 31 de outubro de 1999, na qual a Igreja Católica e a Federação Luterana concordam sobre um ponto: o homem depende inteiramente da graça salvífica de Deus para a sua salvação.

Uma declaração que limou as diferenças e que, exatamente por isso, foi muito criticada, seja “pela direita” ou por quem a considerou conciliadora para com os luteranos, seja “pela esquerda”, Hans Küng, que acusou Ratzinger de ter feito um compromisso com a parte mais conservadora do luteranismo. Mas, para Ratzinger, a raiz entre as duas igrejas está viva, é necessário apenas reconhecê-la, precisamente purificá-la. É o conceito que expressou o Cardeal Johannes Willebrands, ex-presidente da Unidade dos Cristãos, em 1980, por ocasião do aniversário da Confissão Augustana. E não importa se, como recordou o próprio Ratzinger, “o Cardeal Hermann Volk fez, ao mesmo tempo humorística e seriamente, esta pergunta: ‘Gostaria de saber se, no exemplo do qual Willebrands fala, se trata de uma batata ou de uma macieira. Em outras palavras, o que surgiu da raiz são apenas folhas ou é justamente o mais importante, isto é, a árvore?”.

46 comentários sobre “Bento XVI, uma síntese purificadora com os luteranos (na fé).

  1. Vamos ver se no aniversário da Reforma os hereges vão assumir uma postura triunfalista ou essa mea culpa que os eminentíssimos cardeais (incluindo o santo padre) esperam…

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  2. Caramba… O que comentar?…
    Se “o que nos une” é a fé o que é esta “fé”, então?…
    De pergunta em pergunta chegaremos fatalmente ao “creio na santa Igreja Católica” que tanto faz mal aos ouvidos protestantes e geram pruridos nos modernistas!
    Mas, creio eu, que o silogismo teológico jamais chegará a ser formulado…
    Ficar-se-a no eterno blá-blá-blá do bom-mocismo e do “respeito humano” e deixando Deus para as calendas gregas ou para a verborréia neo-católica!
    Não há unidade onde não há um núcleo coeso de doutrina.
    O protestantismo pela sua essência é centrífugo nas idéias, pois todos estão bem se “amarem a Cristo”. Colocam o fé na ordem do sentimento e não da ação concrecional, objetiva e obrigante do pertencimento Àquela congregação, Àquela reunião, Àquela coisa (como diria Chesterton) que é marco de eternidade, posto que tem com a Eternidade uma relação de esposa fiel e devota; que, para nós, é Mãe e Mestra da verdade e da bondade de um Deus que resolveu imprimir nas almas aquela marca de pertencimento que só pode ser vista no outro mundo, mas que neste mundo serve de ante-sala para a salvação.
    E estas são palavras muito duras para se ouvir por um protestante…

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  3. “Em Castel Gandolfo foi desenvolvida a ideia de um ‘mea culpa’ de ambas as partes. O Papa sempre teve a ideia de que esta purificação fosse necessária. Os fatos históricos não podem ser apagados, porém, a diferença está em como olhá-los: apagar o ódio desses conflitos é uma verdadeira cura”

    Depois quero continuar a ler, mas precisei parar aqui. Agora a Igreja precisa se desculpar por defender seus fiéis de um dos lobos mais vorazes da história???? Ele teve oportunidades de se retratar em vida e não o fez. Entendo (opinião minha estritamente pessoal) que um “mea culpa” da Igreja inclui uma revogação do Concílio de Trento, que consolidou as mais duras condenações à Lutero. É isso?

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  4. Martinho Lutero é a ligação entre os protestantes e o inferno.
    Gostaria muito que o Papa fosse numa celebração ecumênica em Econe e que fizesse uma declaração conjunta com a fraternidade em relação ao CV II. Parece-me que declarações conjuntas só servem para relativizar doutrinas já definidas que devemos crer como de fé divina e católica. Para doutrinas pastorais e não definidas, preâmbulo doutrinal que deve ser assinado para reconhecimento de catolicidade.

    Constituída sob a direção do Espírito Santo, esta Igreja é a única que não pode errar no ensino da fé e da moral. Todas as outras, porém, que se arrogam o nome de “igrejas”, caem fatalmente nos erros mais perigosos, quanto à fé e aos costumes, porque são guiadas pelo espírito do demônio. Catecismo Romano, pág. 175

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  5. O Marcus Moreira disse tudo!

    O malabarismo que fazem em nome desse bom-mocismo,desse respeito humano é constrangedor.

    Vai na linha da nova religiao da ONU:Chega de diferenças,isso pouco importa. O importante é que todos nos amemos.

    Fiquem com Deus.

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  6. N é de hoje que querem reabilitar o maldito herege do lutero, que foi visto por uma freira – que o papa beatificou -, nos quintos do inferno levando marretada na cabeça.

    Só na igreja nova, um homem que foi visto no inferno ser elo de ligação entre a Igreja com qualquer coisa que n seja infernal!

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  7. Lembro que no evento “Ratzinger Schülerkreis” (ocorrido no final de agosto de 2011), o tema do encontro foi exatamente Martinho Lutero. No mês seguinte vimos o Papa viajar a terra do heresiarca, e (infelizmente) ouvimos aquelas palavras elogiosas dele para o heresiarca protestante (de pensamento “cristocêntrico”). Portanto, basta o sim dos luteranos, para que ocorra este “mea culpa” recíproco. Disso tudo, a pergunta que não quer calar:

    Por que um “mea culpa” recíproco com os luteranos, e um preâmbulo doutrinal para a FSSPX?

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  8. Boa noite a todos.

    Galvão, creio que o sentido de “mea culpa” pretendido pelo Papa seja de não prejudicar a conversação, o raciocínio, com uma postura que negue que o clero da época da Reforma tenha cometido alguns erros, como venda de indulgências, etc. Seria algo como: “Ok. Fizemos, no passado, algumas coisas erradas. Estas coisas já não estão estragadas daquela forma. Então, se pudemos restaurar a ortodoxia, se os pontos que geraram a discórdia àquela época foram sanados, não há motivo para os protestantes não se encaminharem para a reunião.”

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  9. Que absurdo, um “mea culpa” por qual erro? O erro de defender a doutrina de Cristo e condenar todo inimigo da fé e da verdade?

    Enquanto em 2017 os hereges têm a celebração da reforma protestantes, nós, católicos, temos o centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima. “Por fim, o meu Imaculado Coração triunfará!”. O demônio e a Virgem Maria entram em uma batalha decisiva, como disse a irmã Lúcia em uma entrevista ao Padre Fuentes, salvo engano.

    Há uma desorientação diabólica em Roma, que ataca a todos os prelados. Que Nossa Mãe Santíssima proteja a Igreja.

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  10. Com todo o respeito ao Papa, mas eu DUVIDO que essa súcia vai tecer qualquer tipo “mea-culpa” no V centenário da Reforma. Duvido mesmo. Vão provavelmente escarnar da Igreja, como têm feito há 500 anos e ficar por isso mesmo.

    Como bem disse o cardeal Kurt Koch, não podemos comemorar um pecado.

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  11. Só na Igreja Conciliar – vulho “nova”, mas é a velha heresia de sempre – o maldito do Lutero é visto como “elo” entre alguma coisa que não entre o inferno e a terra.

    Esse homem era um herege completo e só o mundo moderno – iluminista – maçon para querer ressucitar todos aqueles que bateram na Igreja e por isso fazer esse louvo à Lutero.

    Depois dizem que o Papa é inocente. É muito diálogo

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  12. Eu (como católico) não tenho nenhuma ligação com o Lutero !
    E segundo consta, o Lutero também foi excomungado. Portanto, não faz parte da Igreja.
    Mas não sou contra a volta deles. Basta converterem-se e abandonarem o protestantismo e
    o Lutero/suas teses.

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  13. Meus amigos, não consigo entender o Papa, passando a mão na cabeça de hereges. O Papa deveria chamá-los à conversão, adverti-los que estão no pecado e só o inferno, onde Lutero já foi recebido com um beijo na boca por Belzebu, os espera.

    Não consigo entender… dizer que o pensamento de Lutero é cristocêntrico, é demais. O depravado teve quatro mulheres, vivia bêbado e no estado de embriaguês blasfemava com Deus, contra Cristo , contra a Virgem Maria, contra a Igreja , contra o Papa até cair na sarjeta espumando.

    Criou o protestantismo, negou os dógmas católicos, era assassino…

    Onde está algo que preste nesta celerado?

    As Blasfêmias de Lutero – PROTESTANTISMO
    protestantismo.ieadcg.com.br/defesa_fe/as_blasfemias_de_lutero.htmexiste um livro chamado “Conversas à Mesa” onde é apresentado algumas anotações do Reformador Martinho Lutero blasfemando o Nome de Deus. Veremos …

    Valha-nos , Deus, rezemos pelo Papa, coitado, está precisando muito.

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  14. “aquilo que nos une”…

    Me preocupa muito ouvir ênfase nisto. A infinidade de seitas protestantóides, que se multiplicam como que por mitoses, mostra que praticamente nada os une. Provavelmente o ódio à Santa Igreja, o sentimentalismo barato e o subjetivismo do “eu não preciso de ninguém para chegar até Deus” “eu interpreto sozinho a escritura” etc etc etc.
    Penso que é como a situação de náufragos, que saíram da Barca, vociferam contra ela, recusam retornar à Barca e buscam tirar mais gente da Barca, afirmando que conseguem nadar sozinhos até O Porto seguro. Mal sabem que aquilo que os une é o mar, o mesmo mar que os matará impiedosamente.

    Não teve um caso relatado aqui no Fratres sobre “jejum eucarístico”, onde, para reunir-se com hereges os católicos deveriam se abster de comungar? Nossa Senhora não é um ponto que nos une: será descartada, como fazem os hereges? E os pecados do clero corrupto da época de Lutero são culpa da Igreja? Então é fato que a Igreja é “Santa e Pecadora”? Olha aí uma expressão cara ao CVII aparecendo… É justamente o cavalo de batalha daqueles que querem demolir a Santa Igreja, tirando dela seu caráter de Sante e Santificadora.

    Não prevalecerão.

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  15. Para quem interessar possa: o frei Duns Scot é beato! Pasmem, senhoras e senhores, o maior e pior anti-são-tomás é elevado ao hall dos fiéis devotos e debitadores de orações pela neo-catolicidade, conf. http://noticias.cancaonova.com/noticia.php?id=277024
    Aqui http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2009/02/duns-scot-o-ancestral-da-modernidade.html e aqui http://contraimpugnantes.blogspot.com.br/2011/08/garrigou-lagrange-e-duns-scot.html temos um “monstruário” das atrocidades que o Doutor Sutil imprimia às suas idéias com leveza sulfurosa. Leveza essa que corrói os fundamentos da sã teologia.
    Se isso acontece na teologia, quanto mais no campo da práxis “fiel”!
    A consequência lógica disso é elevar o velho heresiarca Lutero às considerações mais torpes das “boas intenções” para enaltecer as suas “virtudes”, suas “boas idéias”, seus “elevados ideais” para tornar tudo mais palatável e indistinto do vero-catolicismo.
    O que tentam fazer é retirar o escudo da identidade católica para torná-la cada vez mais parecida com o seu oposto.
    A luz serve tanto para clarear quanto para ocultar as coisas. Jogando esse facho fulgurante de mentiras sobre o caráter de Lutero consegue-se um efeito cegante pela mesmo luz que deveria, antes, “clarear” os dados e fatos sobre tão torpe personagem…

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  16. Sei que ainda faltam 5 anos… mas tenho uma sugestão : Todos nós provavelmente temos perto de nossas casas ou diariamente passamos perto de uma “igreja” protestante. Nem sei qual é o dia que irão “comemorar” os 500 anos, mas que tal todos numa mesma hora empunharem seu rosário em frente a uma dessas “igrejas” e rezarmos pela conversão deles?

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  17. Por falar em luteranos, um autoproclamado ‘bispo’ da igreja-universal-do-Macedo (IURD), Marcos Pereira, COORDENADOR DA CAMPANHA de Celso Russomano à Prefeitura de São Paulo, deu a seguinte explicação à Folha-SP, ao tentar desvincular o candidato (e o partido) da dita seita:
    .
    “Mas também sou professor de direito e mestrando da PUC, a Pontifícia Universidade Ca-tó-li-ca”, diz, enfatizando cada sílaba.
    .
    Ah!, bom…
    .
    http://www1.folha.uol.com.br/fsp/poder/64809-pastores-da-universal-chefiam-a-campanha-do-lider-russomanno.shtml

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  18. Eu estou bem mais preocupado em celebrar os 100 anos das Aparições da Santíssima Virgem em Fátima. É por Maria que Satanás é vencido. Toca a rezar pela conversão dos pecadores, em especial dos hereges protestantes e pela Santa Igreja!

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  19. Por mais erros morais e disciplinares que tenham havido na Igreja à época da heresia de Lutero a Igreja já se pronunciou contra eles no Concílio de Trento, convocado exatamente com esta finalidade, portanto tudo aquilo que os protestantes devem aceitar é aquilo que está canonizado neste Concílio dogmático.

    A pertinácia no erro de Lutero persiste em seus seguidores. Há que se propor a eles o Credo tridentino com todos seus canones. Qualquer ação à margem deles é vã.

    Será que os protestantes aceitariam o primado de Pedro e seus sucessores?

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  20. Os defensores do CVII e a nova orientação dizem que nós somos radicais e n lemos o CVII, mas qual deles leu o Concílio de Trento? Pq se lessem, saberiam que o CVII é uma lama.

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  21. “Também os evangélicos devem explicar como veem, hoje, a Reforma do Século XVI.” Evangélicos? Não, heréticos; que discordam da Sã Doutrina e não seguem o evangelho. Eles não veem nada, aliás, eles mal sabem o que é; nunca nem leram as teses (coisa que eu também não fiz, graças da Deus!) só acreditam no pastô, querem dinheirrrrruu, unçãaaaao! Se estudassem um pouco, e diagnosticassem a tolice de Martinho, jamais cairiam nessa babozeira. Eu tenho tanta dó desse povo… Porque eles estão sendo enganados dessa forma descarada e quase ninguém faz nada! É claro que há exceções, mas… as exceções são soberbas demais para aceitar a verdade.

    E engana-se o piá; não, não “seria fantástico se houvesse […] uma reavaliação de sua teologia”, pois ela foi, ela é e sempre será herética e errada.

    Se Lutero queria uma reforma, esfrega-se em seu nariz o Concílio de Trento.

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  22. FRATRES;
    Desculpem-me, mas vocês se espantam com isso?
    Coisas bem piores virão.
    É só esperar.
    Quanto a tecer “comentários”, não vou dizer nada sobre mais uma “pérola” papal, já que sou um “zé mané” (meu irmão adorou o termo! – agora, quando me telefona me diz: “é o ‘zé-mané’?”) rsrsrsrs.
    Creio que inexistem “novidades escabrosas” nessa igreja conciliar.
    Acredito que é muito provável um “mea culpa” e evidentemente, um “pedido de desculpas” de ambos os lados, porém, o lado “católico”(conciliar – evidentemente) será bem mais explícito, uma vez que “nós somos os ‘culpados'”.
    Tadinho do Lulu!!!
    Ui…
    Ah, pelo menos este herege se envolveu com dinheiro, poder, bebidas e, mulheres, várias mulheres…
    Chegou a ter muitos filhos com a Frau Von Bora.
    Hoje, seus “irmãos separados” continuam se envolvendo com dinheiro, poder, bebidas (e otras cositas más – lembram-se do “nuestro padre” Maciel???) …
    Porém, quanto ao último ítem, bem, hoje têm outras “preferências”…
    ui…ui…ui…
    Hummm…
    Atualmente o monge maldito, desculpem-me, o “servo de deus” (o deus da Nouvelle Théologie – claro), nem precisaria esbravejar ou “fixar suas ’95 Teses’ na porta da igreja de Würtemberg”, já que após a desgraça conciliar, profundamente baseada no “pensamento teológico” do monge maldito, digo, do “graaaaaaandeeeeeeeeee teólogo Lutero”, a Igreja Católica foi “transformada”, ou melhor, nos termos do grande papa Roncalli: “aggiornatta”, num arremedo de igreja, nem Católica, nem protestante, uma desgraçada criação modernista/liberal/maçônica…
    Ou seja: a “igreja conciliar”.
    Quanto à visão de Catherine Emmerich,
    Hummm, com essa gente aí, é muito provável que o monge mal…, digo, o “pilar da fé”(em quê?/ em quem?) será não somente será beatificado (agora é bem mais fácil, depois do “aggiornamento” do papa Wojtilla), mas também será canonizado e claro, tornar-se-á “Doutor da igreja”(conciliar, meninos!)
    Ah, nojento, não?
    Vou parando por aqui, senão os neo-con vão ficar com mais raivinha e claro, se eu ficar muito por aqui, contaminarei a todos com meu cheiro de esgoto da Tradição, onde nos reunimos para nossas confabulações e rezas antiquadas…
    Preferível ser “ratazana”, ter cheiro de esgoto, que ser apóstata e ter cheiro de heresia…
    Por falar em heresia, alguém sabe alguma “nova” do d. Müller, o “Prefeito” da Sgda. Congregação para a Doutrina da Fé?
    Ah, ele deve estar articulando mais alguma.
    Daí faço aquela “perguntinha chata” que tanto tem desagradado aos neo-con:
    ESSA IGREJA CONCILIAR É SÉRIA?
    Bom feriado a todos!

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  23. Sr. Pedro Lontra;
    Não pude deixar de ler seu comentário.
    Muito interessante, por sinal.
    Apenas sugiro uma pequena correção, uma vez que creio que a cerimônia ecumênica que o Sr. propõe, não está muito longe de ser “celebrada” em Ecône, afinal, sob a liderança de Mons. Fellay e com o Papa, tão amigo da Tradição, isso não será impossível.
    Afinal, o concílio tem algumas partes muito boas, não é?
    E, se até Lutero, o monge maldito, será homenageado, hummm…
    Tudo é possível!
    Bom final de semana.

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  24. Caríssima Ana Maria Nunes;
    Realmente, não lemos o CVII.
    A maioria de nós, as “ratazanas” da Tradição, temos muito o que fazer.
    Abração e bom feriado!

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  25. “André, penso que nesses 100 anos da mensagem de Fátima a terra vai tremer!”

    Deus te ouça! Que trema a terra e que seja uma sacudidela forte o suficiente para derrubar os obstáculos que continuamente põem à Mensagem!

    Nossa Senhora do Rosário de Fátima,
    salvai-nos, salvai Portugal, o Brasil, a Espanha, a Rússia,
    e enfim, salvai o mundo que em Vós confia!

    Francisco e Jacinta, Pastorinhos de Fátima,
    rogai por nós e pelos pobres pecadores!

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  26. Prezado Felipe, ou o sr. é de uma malícia tamanha ou o sr. é um analfabeto funcional mesmo. Ao referir-me aos zé manés e as ratazanas, esses que vivem no esgoto da blogosfera, eu referir-me somente a aqueles que criticam ao Papa em toda e qualquer oportunidade, de forma injusta. Eu fui bem claro. Se o sr. é incapaz de compreender o que se lê, eu não tenho culpa.

    Aliás, que demonstração de infantilidade ficar levando polêmicas para outras postagens, utilizando-se de tabelinhas com outros leitores para dar indiretas. Eu não sei a idade do sr., mas por favor, amadureça. E isso serve para o sr. e para outros, que agiram igual.

    Quanto a questão da celebração ecumênica que eu sugeri que o Papa fizesse em Ecône, mais uma vez o sr. da mostras de não entender absolutamente nada. Não é a toa que outros leitores que escrevem comentários no blogue, quando são irônicos, precisam sempre demonstrar de forma bem clara e inequivoca sua ironia, escrevendo na frente do texto a palavra IRONIA, para deixar claro a intenção e não chegar nenhum zé-mané a criticar.

    Se não houvesse pessoas tão pervertidas em suas inteligências, perceberia-se facilmente que o que foi escrito foi apenas para criticar a declaração conjunta sobre a justificação e as visitas papais a a locais de culto protestante.

    Eu realmente não sugeri que se fizesse uma declaração conjunta sobre o CV II e nem que o Papa fosse a Econe, embora nesse último não existira nada de mal, pois sera a cabeça visível da Igreja visitando uma comunidade fiel à Igreja, ao menos enquanto D. Fellay for o superior dessa comunidade.

    O sr. entendeu o oposto do que eu quis que fosse entendido. Falha minha. Eu tinha que ter deixado bem claro que se tratava de uma ironia, embora, ainda que não tivesse sido, não haveria nada de mal no que eu escrevi. Só pessoas movidas por um ódio cego e que tiveram seu ego ferido se colocam como juizes dos outros. Se o sr. perguntasse qual fora a minha intenção, o sr. não teria se exposto ao rídiculo.

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  27. E se o sr. disser que também foi irônico, pior será. Pois por ter entendido a minha intenção original, o sr. prova a minha tese. Apareceu uma oportunidade, crítica para aqueles que estão na mira dessa super tradição apóstata.

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  28. Juliano,

    a interpretação que você (e só você) deu ao ocorrido no areópago, é totalmente descabida. Não havia nenhuma imagem no areópago, apenas um altar ao Deus desconhecido. Se é desconhecido não se pode dele ter nenhuma imagem, e assim, não pode ser um ídolo. Era simplesmente o altar da reta razão, até aonde conseguiu chegar devido a seus limites. Portanto, para a situação, o exemplo de São Paulo não quer dizer nada, pois quem compreende a existência no nível da revelação, não deixará de compreendê-lo no nível da revelação. Lembro me ainda que a teologia tradicional católica fala em três níveis do conhecimento sobre o Deus, e o terceiro, é exatamente que ele é um Deus escondido.

    Quanto ao Concílio de Trento, ele foi ensinado pela hierarquia, ele não foi apenas impresso e dado a todos para lerem, como o Concílio Vaticano II (e a bíblia dos protestantes). Muito menos o Concílio de Trento e a Igreja nesses quase 5 séculos deixaram de tratar de como minar a resistência dos luteranos. Mas segundo a sua argumentação falha, depois de quase 500 anos, apenas Bento XVI trata de fazer isso. Tal argumentação de tão evidentemente falsa, não cabe nem resposta, além da pergunta:

    É lícito um “mea culpa” entre católicos e luteranos?

    Durante quase 500 anos, Papas, Cardeais, Bispos, Padres, religiosos/as e leigos, rezaram o Confiteor em todas as Missas. Será que o Confiteor destes 500 anos não foi suficiente para Deus, ou este “mea culpa” se pretende fazer para o mundo e a humanidade?

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    1. Bom dia, Gederson e Juliano.

      Gederson, o “mea culpa” seria sim “para o mundo”. Sem dúvida Deus haveria já de ter perdoado possíveis pecados através de tanta expiação, mas homens são infinitamente mais duros de coração.

      Sustento (como acho que o Juliano também )e que nao se trata de um: “luteranos, desculpem-nos por vocês terem virado protestantes, sentimos muito…”

      Posso estar sendo imprudentemente otimista, mas pra mim é mais um: “pronto, venham cá… Deixa essa coisa de cisma pra trás. Quando vocês nos olharem de perto, verão que tudo já passou.”

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  29. Corrigindo:

    Aonde se lê: ” Portanto, para a situação, o exemplo de São Paulo não quer dizer nada, pois quem compreende a existência no nível da revelação, não deixará de compreendê-lo no nível da revelação”.

    O correto é: Portanto, para a situação, o exemplo de São Paulo não quer dizer nada, pois quem compreende a existência de Deus no nível da reta razão, não deixará de compreendê-lo no nível da revelação.

    Desculpem.

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  30. Para Ratzinger, o ecumenismo nunca foi a procura do mínimo denominador comum, uma espécie de “sincretismo sob a bandeira da uniformidade”, como estigmatizou Kasper, mas um retorno ao essencial, a “aquilo que nos une”

    Depois que li isso parei.O essencial é o que nos une?????????????? [ nada nos une …nem mesmo a fé em Jesus.A visão de Lutero sobre Deus é dialética.Até nisso somos diferentes; não cremos no mesmo Deus]

    E Jesus disse a Pedro : Tu me negarás tres vezes antes que o galo cante.

    E a História se repete.Bento XVI : de grande esperança a grande decepção.Deus tenha piedade da Igreja Una , Santa , Católica e Apostólica.Ainda bem que nenhuma dessas falas é dita em tom dogmático o que prova que o Espírito Santo vela pela Igreja.

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  31. Sr. Pedro Lontra;
    Primeiramente, gostaria de pedir-lhe desculpas por que realmente não entendi seu texto.
    Por favor, não me tenha como um “irônico”.
    Realmente o Sr. está muito correto, uma vez que não sou especializado em Teologia, sequer estudei esta disciplina.
    Tenho uma formação completamente distinta. Sempre gostei muito de Filosofia, especialmente de Platão e Aristóteles. Depois, conheci na Universidade alguns textos de Santo Tomás de Aquino e de Sto. Tomás Moro, que muito me encantaram, mas como lhe disse, tenho outra formação, não sou filósofo, tampouco teólogo.
    Uma vez mais, peço-lhe desculpas porque, brincado com uma outra leitora, pois muito me agradam seus escritos e que pelo que esta grande mulher escreve, sua luta em defesa da Santa Fé, usei o termo lúdico que o Sr. chamou-me em outro post.
    Porém, entendi aquilo como uma brincadeira, entendendo que em um espaço tão sério quanto este, não fossem verdadeiras tais palavras, apenas seriam termos jocosos.
    Acredito que este nosso espaço é para reflexões em torno da Fé Católica, tão combatida por membros da própria igreja (conciliar).
    Assim, não mais irei referir-me a algum comentário do Sr., uma vez que temos que primar pelo respeito, pela armonia e pelo bom relacionamento entre os comentadores deste “nosso” Blog: FRATRES.
    Quanto ao Papa, a Mons Fellay e a outros, desculpe-me, mas tenho sim, uma posição crítica a estes cavalheiros. E creia-me, Sr. Pedro, não é porque estes senhores ocupam tais ou quais posições que eu devo me submeter a todos os seus ideais, uma vez que, em relação ao Santo Padre, este é Infalível, apenas em questões de Fé e Moral, quando se pronuncia ex cathedra. No mais, sua teologia e sua visão de igreja e de mundo, são realidades pessoais.
    Quanto aos conceitos que o Sr. apresente sobre apostasia, heresia ou de devoção filial ao Papa, respeito muito e peço ao Bom Deus que todos os católicos atuais os tivessem.
    Apenas lembro ao Sr. que, apesar de modos de expressão diversos, acredito que tenhamos um mesmo ideal: a Igreja Católica de sempre.
    Destarte, gostaria que o Sr. me desculpasse, pois não tinha a intenção de ser-lhe grosseiro ou irônico, bem como que o Sr. desculpasse minha total falta de formação Teológica, uma vez que tenho formação em outra área e, as únicas realidades teologais que sei são aquelas ensinadas no Catecismo Maior de S. Pio X e pelo nosso Padre Capelão.
    Finalmente, o próprio nome do Blog nos remete a um pensamente maior: FRATRES.
    Tal qual no início da Igreja, há várias maneiras de se expressar o amor apaixonado que nós, os filhos da Mãe Igreja Católica Apostólica Romana empregamos para demonstrar este nosso amor e nossa luta para que deixem de adulterar a Fé Apostólica, herança bimilenar dessa Nossa Mãe!
    Como disse noutro comentário ao Sr., sou descendente direto de Hebreus e, sei, por herança familiar, o quanto é terrível e doloroso perceber que o “Alto Sacerdócio” esteja a se distanciar, uma vez estando a trair o Deus Altíssimo, substituindo-O por Baal.
    O Antigo Testamento muito nos fala dessas leviandades, dessas traições do povo Hebreu.
    Em nosso caso, prezado Sr. Pedro, o Cristo Rei, pelo qual tantos Mártires deram a vida, tantos Confessores estudaram e ensinaram, tantas Virgens a Ele se dedicaram, hoje, infelizmente, é substituído pelo ser humano, que lhe usurpou o Trono e o Centro da igreja romana.
    Como disse S. Paulo: “Oportet Illum Regnare!” – Convém que Ele Reine!
    E podemos ter certeza, ainda que não o vejamos, podemos estar certos de que Cristo Reinará, pois Ele mesmo nos prometeu: “Eu Reinarei!”
    Peço ao Bom Deus, que em Sua infinita Misericórdia abençôe ao Sr. e a toda sua Família.
    Recomendando-me às suas Orações e desculpando-me de minha falta de formação adequada:
    Felipe Leão.
    Viva Cristo Rei!

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  32. Prezado Sr. Felipe, tome sempre por norma essa doutrina de S. Francisco de Sales:

    “a Sagrada Escritura compara muitas vezes e com muita razão a língua maldizente a uma navalha, porque, ao julgar o próximo, se deve prestar tanta atenção, como um hábil cirurgião que corta entre os nervos e os tendões. É preciso que o golpe que eu der seja tão certeiro e justo, que não diga nem mais nem menos do que é. Enfim, censurando algum defeito, devemos poupar a pessoa tanto quanto podemos. É verdade que se pode falar abertamente dos pecadores públicos reconhecidos como tais, mas deve ser em espírito de caridade e compaixão e não com arrogância ou presunção por um certo prazer que se ache nisso; este último sentimento denotaria um coração baixo e vil. Excetuo somente os inimigos de Deus e da Igreja, porque a estes devemos combater quanto pudermos, como, são os chefes de heresias, cismas, etc. É uma caridade descobrir o lobo que se esconde entre as ovelhas, em qualquer parte onde encontramos.”

    Se até mesmo aos pecadores públicos não devemos abandonar o espírito de caridade e compaixão, o que dirá da máxima autoridade espiritual da Terra?

    As vezes eu tenho a sensação que muitos ao comentarem a crise da Igreja ou ao se referirem ao Santo Padre não possuem o melhor olhar sobrenatural da situação, acreditando que mantendo-se na tradição é um triunfo próprio e não um grande benefício que o Senhor nos concede, ao mesmo tempo, julgando o liberalismo mais mitigado, como se a pessoa acometida de tão grande mal fosse assim por um desejo pervertido de prejudicar a Igreja.

    O Papa por certo não é impecável. E por estar sujeito, como qualquer um a transgredir a lei do Senhor – mesmo o primeiro mandamento – e mesmo quando esses pecados transformam-se em escândalos, nem por isso temos justificativas de abandoná-lo ou de rejeitá-lo em sua autoridade. Nosso Senhor disse que edificaria a Sua Igreja sobre Pedro, que foi o primeiro Papa. Seus sucessores gozam do mesmo privilégio. A Igreja é edificada sobre o Romano Pontífice e sob seu pastoreio. Veja, não estou dizendo que devemos seguir o Papa em tudo, mas repetindo o que já disse, o perigo da nossa época não é tão somente o deixar-se enganar por falsas doutrinas proveniente da hierarquia, mas confundir uma legítima resistência com o absolutismo de uma oposição intransigente, permitindo ser edificado fora daquela pedra que o Senhor disse que edificaria a sua Igreja. Não basta, como costumam dizer, porfessar a fé católica com a máxima perfeição, mas fora deste edificio sagrado. Isso seria uma ofensa a nosso Senhor, que disse que as portas do inferno não prevaleceriam e garantiu estar com a Sua Igreja até o fim dos tempos, garantindo-nos que passarão os céus e a terra, mas a Sua Palavra permanecerá, ou seja, a fé da Igreja sempre permanecerá integra.

    E devemeos sim defender a doutrina dos Papas anteriores ao CV II, rejeitando tudo o que manifestamente contradiz a esses ensinos. Devemos defender a missa de sempre.

    Mas também devemos estar dispostos a chamar o preto de branco e o branco de preto se a Igreja assim o DETERMINAR e DEFINIR. Nos pontos dificeis de entender do CV II eu simplesmente suspendo o juizo até que a Igreja Docente se pronuncie de maneira definitiva. Não se trata de relativizar o Concílio. Procuro seguir principios que determinam a postura que o fiel católico deve ter diante do magistério eclesiástico. Sempre levando em conta o valor que esses possuem. Não é irônico que aqueles que dizem ser católicos tradicionais adotem uma postura anti-tradicional diante do Magistério? E diante das demais autoridades religiosas constituidas?

    É preciso parar de ouvir falsos mestres e também buscar na Tradição o jeito correto de se agir nessa crise. É preciso implorar ao Senhor o discernimento dos espíritos. É preciso, enfim, um refinado exame de consciência, para verificar se o que nos move é uma reta intenção ou resultado do nosso amor próprio.

    Igualmente recomendo-me as vossas orações.

    PS. O meu apoio a FSSPX, na pessoa de seu Superior, D. Fellay.

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  33. PS 2 Eu detesto essas contendas pois com muita facilidade o que mais se manifesta é o amor próprio, que quer vencer o outro. Caso o sr. tbm tenha se sentido ofendido, peço que me perdoe.

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  34. Caro Ferretti,

    Faço uma observação que merece nossa consideração: se o ecumenismo transforma o essencial na relação entre a Igreja os hereges, naquilo que nos une, então, o que acontece com as decisões do magistério contra as heresias? No mínimo, o que podemos dizer é que não são mais nem definitivas e nem vinculantes. Ao que se pode acrescentar, que tal princípio é um reconhecimento da liberdade dos hereges, naquilo que não nos une…

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