Quem foi, afinal, o Venerável Padre Rodolfo Komórek, o “Padre Santo”?

Entrevista com o Dom Hilário Moser, SDB, vice-postulador da Causa de Beatificação

BRASILIA, quinta-feira, 11 de outubro de 2012 (ZENIT.org – Por Thácio Siqueira) – Hoje é o dia dedicado à oração e divulgação da Causa de Beatificação do Venerável Pe. Rodolfo Komorek, que nesse dia completaria 122 anos de vida.

Padre Rodolfo nasceu na Polônia e foi missionário no Brasil. Considerado venerável por João Paulo II no dia 6 de abril de 1995, agora só está esperando um milagre em vistas da sua Beatificação.

Publicamos a seguir uma entrevista concedida a ZENIT por Dom Hilário Moser, SDB, bispo emérito de Tubarão SC e vice-postulador da Causa de beatificação do Venerável sacerdote.

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ZENIT: Quem foi o Padre Rodolfo Komorek?

Dom Hilário: O Venerável Padre Rodolfo Komorek, Salesiano de Dom Bosco, nasceu na Polônia em 11 de agosto de 1890. Com 19 anos entrou para o seminário, ordenou-se padre diocesano com 24 anos. Durante a primeira guerra mundial serviu como capelão militar no hospital e depois, a seu pedido, no front. Por três anos foi pároco em Frystak, onde deu testemunho de pobreza, oração e zelo apostólico. Com 32 anos entrou para a Congregação Salesiana.

ZENIT: E quando veio para o Brasil?

Dom Hilário: Desejando ser missionário, em outubro de 1924 veio para o Brasil. Foi destinado a Dom Feliciano, RS: ali, em pouco tempo, começou a ser chamado “o padre santo”. Passou por várias comunidades e paróquias salesianas, onde foi sempre exemplar na prática da pobreza, no espírito de oração e de união com Deus, no amor aos pobres e aos doentes; em particular, sempre disponível, atencioso com todos, descuidado de si e, inclusive, penitente.

ZENIT: Onde faleceu?

Dom Hilário: A última comunidade salesiana em que viveu foi na de São José dos Campos. Aqui, durante oito anos, consumou-se no serviço aos pobres, aos doentes e aos que buscavam o Sacramento da Reconciliação. Morreu com 59 anos, no dia 11 de dezembro de 1949. Seu túmulo esteve sempre coberto de flores; agora seus restos mortais repousam na capela anexa à paróquia da Sagrada Família em São José dos Campos, onde os romeiros continuam a visitá-lo e invocá-lo. Os relatos de graças e curas são sem número: numerosos e grossos volumes registram esses favores alcançados pela confiança no Padre Rodolfo e por sua intercessão, conforme acreditamos.

ZENIT: Como está o seu processo de beatificação?

Dom Hilário: O processo de Beatificação, iniciado em 31 de janeiro de 1964, encerrou-se em 6 de abril de 1995, quando João Paulo II declarou o Padre Rodolfo VENERÁVEL. Agora se espera algum milagre com vistas à Beatificação.

ZENIT: E como dar a conhecer a vida do Pe. Rodolfo?

Dom Hilário: A Comunidade Salesiana de São José dos Campos está tomando algumas iniciativas para tornar o Padre Rodolfo mais conhecido e relançar a confiança em sua intercessão. Algumas iniciativas são de ordem local, por conta da paróquia da Sagrada Família. Outras visam um público mais amplo, como breves biografias e outros escritos sobre o Padre Rodolfo, artigos, informes diversos, santinhos com a oração para pedir a glorificação do Padre Rodolfo e solicitar-lhe graças, etc.

Em particular, merece destaque o empenho de alguns leigos de São José dos Campos e cidades vizinhas que puseram no ar: o blog www.padrerodolfokomorek.blogspot.com, além de uma página no Facebook Venerável Rodolfo Komorek e também mensagens sobre o Padre Rodolfo pelo www.twitter.com/rodolfokomorek; têm inclusive o projeto de elaborar um DVD.

ZENIT: Por que tornar a sua vida conhecida?

Dom Hilário: É saudável conhecer o Padre Rodolfo e torná-lo conhecido, recomendar sua devoção ao povo, em particular aos doentes, aos pobres, aos que buscam a Confissão, pessoas às quais o Padre Rodolfo mais dedicou sua vida. Apesar do seu estilo próprio de vida um tanto severo, quem conheceu de perto o Padre Rodolfo sabe como ele era gentil, delicado, atencioso, serviçal, de modo especial com os pobres e os doentes, além de viver em constante união com Deus e contínua oração.

4 comentários sobre “Quem foi, afinal, o Venerável Padre Rodolfo Komórek, o “Padre Santo”?

  1. Grande exemplo, o desse padre! Um padre que se decida desinteressairamente aos pobres e aos doentes só pode ser um exemplo a ser seguido! Santo Afonso Maria de Ligória diz na sua obra Prática do Amor a Jesus Cristo que os pobres são os que mais necessitam de ser tratados com caridade e paciência porque são muito mal tratados pelas pessoas em geral pelo simples motivo de serem pobres.

    É de padres assim, como o Pe. Rodolfo Komorek, que o mundo precisa! De padres que tenham compaixão dos fiéis, especialmente dos doentes e pobres, mas sem descuidar de nenhum outro tipo de fiel.

    Hoje, em dia, a maioria dos padres viraram funcionários de escritório, burocrátas frios e desalmados que só pensam em si mesmos.

    Eu sei que isso não é verdade para muitos padres, mas, infelizmente, para muitos outros, é verdade, pois muitos não passam de maus pastores!

    Deus tenha misericórdia desse mundo tão necessidade de bons pastores!

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  2. Há muito ainda que conhecer sobre o Venerável Padre Rodolfo Komórek! São tantos os milagres, as passagens da sua vida, os exemplos deixados e mesmo os feitos sobrenaturais em vida! Acompanhem no blog http://www.padrerodolfokomorek.blogspot.com ou, caso precisem de material para aprofundar no conhecimento sobre ele ou mesmo para divulgação na sua região, enviem um e-mail para nós: padrerodolfokomorek@gmail.com. Caros moderadores, sei que não é este um espaço para propaganda, mas a vida deste santo sacerdote tem de ser conhecida!

    O povo dizia, vendo-o tão sacrificado e virtuoso: “Deviam ser assim todos os padres” (Pe. Ébion de Lima, SDB, da biografia “O Padre Santo”)

    “Nossa Senhora está aqui conosco, pertinho de nós, junto conosco. Se alguém está triste, não é feliz na vida, é porque não procura Nossa Senhora. Se recorrer a ela encontrará quanto deseja” (Venerável Pe. Rodolfo Komórek)

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  3. Modelo de padre!

    Atendam aos fiéis, disponibilizem confissões, diminuam a burocracia, ponham ordem nas paróquias, rezem, dêem exemplo de vida, troquem o ativismo marxista pela caridade, visitem as famílias, cuidem dos pobres e enfermos!

    Corem os burocratas paroquiais e diocesanos de vergonha e sigam-lhe o exemplo!

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