
Santa Missa no Rito Carmelitano antigo celebrada ontem, domingo, 25.
Para além da disputa entre o bispo de Bragança Paulista e Frei Tiago de São José, há uma questão até agora ignorada: o que será dos fiéis que assistem à Santa Missa no mosteiro carmelita de Atibaia? Confissões, casamentos, batizados no rito tradicional serão também expulsos sumariamente do cotidiano dos fiéis?
A diocese de Bragança Paulista demonstrará a solicitude pastoral para com estas suas ovelhas ligadas à liturgia dita “extraordinária”, abertura pedida já por João Paulo II e manifestada sobretudo por Bento XVI?
Como, quando e onde a vida sacramental — exatamente como a proporcionada pelos carmelitas — dos fiéis da zona rural do bairro do Portão, e de muitos outros de toda a diocese que para lá afluíam, será continuada?

Domingo, 25 de novembro de 2012: fila para atendimento aos fiéis pelo sacerdote após a Santa Missa.
Se Dom Sérgio Aparecido Colombo, ordinário local, não deseja que a opinião pública julgue sua medida como uma afronta ao Magistério da Igreja, em particular ao motu proprio Summorum Pontificum, é extremamente necessário que a vida católica dos fiéis, tal como desenvolvida através do Mosteiro Carmelita, seja preservada.

A capela abarrotada para a Santa Missa de ontem.
Qualquer tentativa de subverter a prática da religião católica por parte do povo deixaria claro qual era o intento da diocese ao expulsar uma comunidade religiosa pujante e amada pela população da região.
Os fiéis estão feridos e clamam; ainda esperam que a comunidade religiosa permaneça em Atibaia e, para isso, fizeram um abaixo-assinado online que já conta com mais de 150 assinaturas.
É importante que as autoridades eclesiásticas acompanhem o desfecho dessa triste novela. De nossa parte, faremos questão de recordá-las de seu dever.