Está na moda ser tradicionalista na Igreja Católica
Por The Economist | Tradução: Fratres in Unum.com – Desde o Concílio Vaticano II, em 1962, a Igreja Católica Romana se esforçou em se adaptar ao mundo moderno. Mas no Ocidente – onde muitos esperavam que uma mensagem contemporânea caísse melhor – os fiéis abandonaram a Igreja em massa. A assistência das missas dominicais na Inglaterra e País de Gales caiu para a metade dos 1,8 milhões registrados em 1960; a idade média dos paroquianos subiu dos 37, em 1980, para os 52 anos atualmente. Nos Estados Unidos, a assistência caiu mais de um terço desde 1960. Menos de 5% dos católicos franceses assistem à missa regularmente, e na Itália são apenas 15%. Contudo, enquanto a corrente principal agoniza, os tradicionalistas crescem.
Pegue a Missa em Latim, trocada pelo Vaticano em 1962 por liturgias em línguas vernáculas. Em sua forma mais tradicional, o padre consagra o pão e o vinho com sussurros de costas para o povo: anátema para aqueles que pensam que a abertura é o espírito da época. Mas o Padre John Zuhlsdorf, um padre blogueiro americano, afirma que ela desafia os fiéis, ao contrário do confortável liberalismo das liturgias ordinárias. “Não é só uma reunião escolar”, diz ele.
Outros compartilham do seu entusiasmo. A Latin Mass Society da Inglaterra e País de Gales, iniciada em 1965, agora tem mais de 5 mil membros. O número de missas em latim semanais subiu de 26, em 2007, para atuais 157. Nos Estados Unidos subiu de 60, em 1991, para 420. No Oratório de Brompton, um dos points do tradicionalismo de Londres, 440 pessoas se reúnem para a missa em latim dominical. O número é duas vezes maior do que o das principais igrejas da Inglaterra. As mulheres usam véus. Homens vestem tweed.
Mas este não é um lugar careta: os fiéis são jovens e internacionais. Como os cristãos evangélicos, o catolicismo tradicional está atraindo pessoas que sequer tinham nascido na época em que o Vaticano II tentou rejuvenescer a igreja. Os grupos tradicionalistas têm membros em 34 países, incluindo Hong Kong, África do Sul e Bielorússia. Juventutem, um movimento para jovens católicos que gostam dos velhos costumes, ostenta grupos de ativistas em dezenas de países. Os tradicionalistas usam blogs, websites e redes sociais para difundir a palavra – e para destacar dioceses e administradores de igrejas recalcitrantes e liberais, que por muito tempo viram os “latinistas” como uma minoria auto-complacente, anacrônica e afetada. Na Colômbia, 500 pessoas que queriam a missa tradicional tiveram que usar um salão (posteriormente eles encontraram uma igreja).
Uma grande guinada veio em 2007, quando o Papa Bento XVI formalmente endossou o uso do antigo rito da missa em latim. Até então, uma inclinação para a liturgia tradicional poderia arruinar a carreira de um padre. A causa também recebeu novo vigor do Ordinariato, um agrupamento patrocinado pelo Vaticano para ex-anglicanos. Dúzias de padres anglicanos “cruzaram o Tibre” da ultra ritualista “smells and bells” [ndr: “cheiros e sinos”, tradução literal] ala da “alta igreja” anglicana; eles encontraram uma pronta acolhida entre os católicos romanos tradicionalistas.
O retorno do rito antigo causa uma consternação silenciosa entre os católicos mais modernos. Timothy Radcliffe, outrora superior dos dominicais da Inglaterra, vê nisso “uma espécie de nostalgia de ‘Memórias de Brideshead’”. O renascimento tradicionalista, acredita ele, é uma reação contra o “liberalismo da moda” de sua geração. Algumas oscilações no pêndulo podem ser inevitáveis. Mas para uma igreja nos países do ocidente assaltada por escândalos e declínios, o surgimento de uma vanguarda tradicionalista é preocupante. Trata-se meramente de um afloramento de excentricidade, ou de um sinal de que a igreja tomou um caminho errado há 50 anos?
Trata-se, CLARAMENTE, de um sinal de que os líderes da Igreja tomaram um caminho errado há 50 anos.
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Falar de tradição e não falar de Dom Lefebvre soa até como uma leviandade. O artigo é muito superficial; só acerta de raspão, quase que por acaso, ao perguntar-se se o erro não teria sido há 50 anos.
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TOMARA QUE A MODA “PEGUE”…
A tradição da Igreja sob todos os pontos, a começar da musica sacra, quanta diferença de conteúdo sacro e na musicalidade quanto de mais em enlevo espiritual de quem a ouve em cerimonias religiosas, como o melodioso Canto Gregoriano, toca no fundo das pessoas, pois Deus não está no meio do barulho, porém, nas horas de silencio interior é que suas mensagens são repassadas e podem ser apreendidas.
Assim como o profano após o Vaticano II de forma proposital-fraudulenta entrou na Igreja por grupos dissensos – taí a esquerdo-comunista Teologia da Libertação para confirmá-lo dentre mais – assim pentecostalismo protestante entrou na Igreja via grupos “RCCs auês” formando grupos cismáticos, os espalhafatosos, da gritaria, de gente “orando em línguas e repouso no espirito – o mais provavel seria no “ESPÍRITO DE PORCO” – e suas músicas ideais a se recitarem em locais de Rock in Roll, trazendo senão muitas emoções e nisso se perdem, e acabou-se, comparando-se os dois ambientes silencioso-ruidoso mais propicios de contato com Deus pela oração e meditação.
Quanta diferença, são dois extremos que não se tocam…
Varios têem percebido, e muito a juventude: seria semelhante a ir a um concerto de Rock: muito enlevo momentaneo; depois vem o vazio que deprime mais ainda, assemelhando-se ao efeito da droga: muito bom apenas na hora do efeito, depois o vazio, sentimentos de depressão e caos geral interior…
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Só uma coisa para dizer aos modernistas e progressistas de plantão:
“Não conspires, ó ímpio, contra a casa do justo, não destruas sua habitação!”
Evidentemente o processo de reconstrução na Igreja é longo e trabalhoso, mas o triunfo da Tradição Católica é certo. É crescer e ocupar enquanto eles minguam e desaparecem.
Há prazo de validade para aqueles camaradas gente boa, que se vestem como se estivessem num domingo de sol prontos para um churrasquinho e uma cervejinha, com a diferença que os camaradas são bispos reunidos numa sala tratando sobre liturgia.
A sanha modernista irá crescer. Mas isso é bom sinal. Pior é se eles estivessem acomodados em seus postos.
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Creio que é o segundo caso (respondendo as perguntas da última linha).
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O Vaticano II NÃO TROCOU O LATIM PELA LÍNGUA VERNÁCULA… Este artigo traz é UMA GRANDE INVERDADE.
36. § 1. Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular.
§ 2. Dado, porém, que não raramente o uso da língua vulgar pode revestir-se de grande utilidade para o povo, quer na administração dos sacramentos, quer em outras partes da Liturgia, poderá conceder-se à língua vernácula lugar mais amplo, especialmente NAS LEITURAS E ADMONIÇÕES, em algumas orações e cantos, segundo as normas estabelecidas para cada caso nos capítulos seguintes.
§ 3. Observando estas normas, pertence à competente autoridade eclesiástica territorial, a que se refere o artigo 22 § 2, consultados, se for o caso, os Bispos das regiões limítrofes da mesma língua, decidir acerca do uso e extensão da língua vernácula. Tais decisões deverão ser aprovadas ou confirmadas pela Sé Apostólica.
(Sacrosanctum concilium)
Agora.. Dizer “Pegue a Missa em Latim, trocada pelo Vaticano em 1962 por liturgias em línguas vernáculas. ” não passa de mentira!
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Entendo Senhor Lucas o vosso questionamento, (muito coerente) todavia mesmo no Novus Ordo, quantas vezes Vossa Senhoria assistiu uma Missa em que o Padre celebrou o Santo Sacrifício da Missa em Latim ?
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Ailton Barbosa,
Te pergunto: se hoje a grande maioria não segue o que o PRÓPRIO CONCÍLIO VATICANO II PRESCREVE, a culpa é do Concílio? Oras, é de uma incoerência colossal dizer que foi o Concílio quem trocou o latim pela língua vernácula. Não há desculpa para querer culpar o Concílio de algo que ele nunca fez. O VTC II são seus documentos, e ponto.
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