Por FSSPX-EUA | Tradução: Fratres in Unum.com
O que Dom Fellay realmente disse ao Cardeal Cañizares sobre a Missa Nova.
O Cardeal Antonio Cañizares, Prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, afirmou à imprensa, no dia 15 de janeiro, o seguinte:
Certa vez, Dom (Bernard) Fellay, líder da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, veio me ver e disse: “Acabamos de chegar de uma abadia próxima de Florença. Se o Arcebispo (Marcel) Lefebvre tivesse visto como eles celebraram lá, ele não teria dado o passo que deu”… O missal usado naquela celebração foi o Missal de Paulo VI em sua forma mais estrita.[1]
Dom Fellay gentilmente prestou este esclarecimento à sspx.org do que ele efetivamente disse, e o contexto de suas palavras, relativamente à Novus Ordo Missae.
* * *
Dom Fellay esclarece…
Como muito frequentemente ocorre em tais circunstâncias, uma frase foi mal interpretada: Eu estava descrevendo ao Cardeal Cañizares (e isso ocorreu cinco ou seis anos atrás) que os abusos na liturgia causaram uma grande reação entre nós. E isso ainda ocorre hoje em dia, no sentido de que os abusos e sacrilégios na sagrada liturgia têm ajudado os fiéis e até mesmo os padres a entenderem mais rápida e plenamente os defeitos profundos e o perigo do Novus Ordo – porque existe um elo entre a Missa Nova e os abusos. Os abusos têm ajudado a provar que a nossa posição é a correta: ou seja, a Missa Nova não é boa em si mesma.
Porém, tendo dito isso, desde o início e antes que os abusos ocorressem, o Arcebispo Lefebvre já tinha se recusado a celebrar o Novus Ordo Missae. Porque as graves omissões e toda a reforma [conciliar], feitas em um espírito ecumênico, lhe conferem um sabor protestante. A Missa Nova coloca em risco a Fé Católica e os inúmeros exemplos de fiéis e padres que perderam a Fé em relação direta com a celebração do Novus Ordo são bastante óbvios. Não obstante, por algum tempo – e até que esses novos efeitos nocivos fossem reconhecidos claramente – o Arcebispo Lefebvre não proibiu estritamente a frequência à Missa Nova. Só depois de alguns anos foi que ele proibiu os seminaristas de frequentarem a Missa Nova enquanto estivessem de férias.