Onde você estava? Como recebeu a notícia? E quais semelhanças e diferenças, na sua opinião, foram mais marcantes em relação ao conclave do mês passado? Deixe seu comentário.
26 comentários sobre “Há 8 anos.”
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Impossível não chorar ouvindo “cardinale Ratinzger”.. ainda hoje as lágrimas caem..
Me recordo de estar na sala da minha casa, e cair de joelhos aos prantos ao saber que o cardeal que eu amava, prefeito da congregação da doutrina da fé seria meu Pastor.
Estou grávida e meu filho chamar-se-á Bento que cresça em sabedoria e graça como Santo Padre…
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Recordo aqui parte do que escrevi em abril de 2005, sob o impacto e a alegria da eleição de Sua Santidade Bento XVI::
O pontificado de João Paulo II, o Grande, pôde contar, quase desde o seu início, com a extraordinária cabeça pensante do teólogo Joseph Ratzinger, exemplar guardião da doutrina católica, que subiu ao trono de São Pedro, em 19 de abril. O ponto-chave do pensamento de Ratzinger é justamente o amor a verdade da vida que ele tão bem soube testemunhar.
Antes de falar sobre os desafios de Ratzinger à frente da Igreja em nossos dias, cabe algumas palavras sobre os extraordinários acontecimentos de abril, quando o mundo se despediu de João Paulo II e recebeu o anúncio de Joseph Ratzinger como papa Bento XVI.
Desde a sua aparição na janela de seu quarto, nos aposentos do Palácio Apostólico, em 31 de janeiro, ladeado por duas crianças e duas pombas brancas que voaram sobre sua cabeça, que João Paulo II entrou em sua agonia final, sendo internado duas vezes na Clínica Gemelli, até entregar sua vida ao Pai, no sábado, 2 de abril. A sua última aparição foi de dor profunda, de quem chegara ao seu limite no cumprimento de sua missão. E então, presenciamos um fenômeno sem igual. Nunca na história da Europa, houve uma mobilização tão comovente de multidões que afluíram a Roma para se despedir de João Paulo II, o Grande. Foi um teste de eficiência para o prefeito de Roma, Aquile Serra, na coordenação das acomodações de mais de 2 milhões de pessoas que passaram pelo Vaticano, em tão curto prazo de tempo. Suas exéquias contaram com a presença de mais de 200 chefes de Estado. Os maiores poderosos do mundo se ajoelharam diante do Sumo Pontífice. Quando os guardas-suíços ergueram o esquife e o apresentou pela última vez o corpo do papa aos milhares na Praça de São Pedro e aos bilhões que assistiam pelas televisões, encerrava ali o capítulo final da vida extraordinária de Karol Wojtila em sua passagem pelo mundo. Sua missão estava cumprida. Da Praça ecoavam os apelos da multidão, aclamando-o “santo, santo”!
Os próximos dias foram de intensos debates na mídia. Quem sucederia este gigante da fé? Teríamos um papa africano ou latino-americano? Muitos ansiavam por um João XXIV. Os 115 cardeais entraram no conclave e rapidamente escolheram o sucessor de João Paulo II. Seria João, Paulo, João Paulo? Como se chamaria?
E eis que então, outro acontecimento extraordinário! Era quase meio-dia (pouco perto das quatro da tarde em Roma), quando recebi a ligação de minha esposa: “saiu a fumaça branca”. Como eu, bilhões de pessoas em todo o mundo pararam suas atividades e foram aos seus televisores, numa expectativa inenarrável. Foi com uma tal emoção que cheguei em casa, de bicicleta (e sinto até hoje com que velocidade pedalei naqueles instantes) ouvindo os sinos da Basílica de São Pedro, podendo, em seguida, acompanhar pela CNN espanhol os acontecimentos daquele histórico início de tarde.
Da fumaça branca até o aparecimento do cardeal Medina Esteves para o anúncio, foram mais de quarenta minutos de ansiedade. Milhares afluíram à Praça de São Pedro. De fato, havia uma notícia a ser dada. Não vejo nenhuma outra instituição humana capaz desta proeza. De parar o mundo para o anúncio de uma notícia. Nem quando Bill Clinton anunciou a conclusão do Projeto Genoma, etc., nenhum outro evento, chamou tanto a atenção. E não é só porque deu audiência, como disseram alguns. Havia um mistério naquela força de imantação. Aquela notícia era algo muito importante, aguardada por um número muito grande de pessoas, em todo o mundo.
E então, quando o cardeal Medina Esteves anunciou o nome de Joseph Ratzinger, houve um sentimento de grande perplexidade por parte dos críticos da Igreja, especialmente por Leonardo Boff, que não acreditou no que estava assistindo pela TV. A imprensa não sabia o que dizer, como destacar aquela notícia em suas mensagens. Muitos jornais preferiram manchetes sóbrias. E quando Ratzinger apareceu na janela para a sua primeira benção apostólica, senti em seu olhar a força de quem já havia sido provado na difícil missão de salvaguardar a sã doutrina, no mundo culturalmente pulverizado por correntes ideológicas estranhas e hostis ao cristianismo.
Como teólogo brilhante, Ratzinger tem uma visão profundamente realista da natureza humana e um amor oceânico pela verdade da Boa Nova anunciada e vivida por Jesus Cristo. “A Igreja não é um fim em si mesmo, mas existe para que Deus seja visto (…) Deus é a temática central dos meus esforços”, afirmou em ‘O Sal da Terra'”. E mais: “A esperança contém o elemento de confiança perante a nossa História ameaçada, mas nada tem a ver com utopia; o objeto da esperança não é o mundo melhor do futuro, mas a vida eterna.”
Como intelectual, ele abriu mão de ter pensamento próprio, poderia estar hoje como Cardeal, aposentado na Baviera, escrevendo livros, falando o que acha a respeito disso ou daquilo, como fazem os escritores de best-sellers. Ratzinger preferiu viver sua brilhante carreira intelectual a serviço da Igreja, não apenas como pensador de gênio, mas como homem prático, tendo que decidir questões do cotidiano, intervindo e contribuindo com o testemunho a fé professada. “Nunca procurei construir um sistema próprio, uma teologia especial. O que é específico é que, por assim dizer, eu queria simplesmente pensar com a fé da Igreja, e isso significa, sobretudo pensar com os grandes pensadores da fé”.
Acostumado desde cedo, a conviver com a crítica, e a debater com correntes do pensamento moderno, muitos deles acentuadamente anti-cristãos, Ratzinger é uma potência intelectual, que sabe que a Igreja possui um tesouro cuja riqueza poucos ainda puderam apreciar devidamente, e como guardião da sã doutrina, manteve-se vigilante. Todo o pensamento de Ratzinger está em iluminar mais vivamente a consciência cristã no processo histórico, de ontem e de hoje, e afirmar a convicção de que esta consciência é uma perspectiva duradoura, que ainda tem muito a contribuir para a edificação da pessoa humana, porque ela indica o caminho salvífico apresentado por Jesus redentor dos homens.
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Estranho! Simplesmente não consigo lembrar de como recebi a noticia 8 anos atrás.Longe de o motivo ser indiferença mas sim talvez a falta do conhecimento. Acho que depois de 2005 houve uma explosão de blogs ligados a tradição. Ninguém pode negar os benefícios que esta nova forma de evangelização proporcionou porque foi através dela que conheci pessoas ligadas pelo amor a tradição que formou tantos santos. Na atual estava ouvindo rádio na saída do trabalho, deixei de lado outros compromissos e rapidamente fui para casa. O primeiro conclave que estava cheio de expectativas e depois do anúncio e das primeiras palavras, a grande expectativa é tomada de assalto por um pedido de prudência e o desejo que a beleza e o amor que une tantas pessoas não seja tratado como simples apego ao passado e isso mencionando apenas o que é mais exterior e evidente.
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Me recordo que estava na escola e a professora não deixou ver este momento histórico!
Saudades de Bento XVI!
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Eu estava em casa, e afastado da Igreja naquela época, recebi com muita desconfiança.
Bento XVI foi uma das pessoas responsáveis pelo meu retorno à Igreja. Bendito seja Deus!
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Estava em casa de folga do trabalho. Impressionante a forma como um e outro se apresentaram. O papa Bento XVI de forma solene, destacando a importância do papado e papa Francisco de forma bisonha, se inclinando para receber a benção do povo. O jeito é rezar para que o papa reinante não leve a igreja para situações piores que JPII. Domine, miserere nobis.
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Fiquei apreensivo por conhecer o passado modernista do Cardeal Ratzinger. O pontificado de Bento XVI foi razoável, mas diante do Papa Francisco, que é muito mais progressista, chego até a ficar com saudade do papa emérito.
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Ainda lamentava a morte do SS João Paulo II, uma das personalidades mais marcantes do século XX!!! Estava em meu ambiente de trabalho, onde estagiava, e volta e meia atualizava o navegador e minha lista do Yahoo para saber a respeito do conclave. Quando soube que a fumaça branca subia, um minuto depois a frase “Habemus Papam” percorria a tal lista como a corça da manhã!!! Tive de me levantar para uma reunião de 15 minutos, e em seguida, na nova atualização, de braços abertos em nome de Deus, vi o antigo Joseph Ratzinger, agora Bento XVI, ora de braços abertos, ora de mãos entrelaçadas, se recomendando pouco depois humildemente a nossa orações, e tempos depois, já preparando nossos corações para a defesa da verdadeira Fé. Foi um grande dia!!!
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Recordo-me perfeitamente como se fosse hoje, no 19 de abril de 2005, às 17:48, Bento XVI apresentou-se ao mundo, como o novo Pai espiritual de todos (e não somente dos Católicos), proferindo as seguintes palavras: “Queridos irmãos e irmãs: Depois do grande Papa João Paulo II, os cardeais elegeram-me Senhor, um simples e humilde trabalhador na vinha do Senhor. Consola-me o fato de que o Senhor sabe como agir, mesmo com instrumentos insuficientes e, acima de tudo entrego-me às suas orações. Na alegria do Senhor Ressuscitado, confiantes na sua ajuda permanente, à medida que avançamos o Senhor vai nos ajudar, e Sua Mãe, Maria Santíssima, está do nosso lado Obrigado “. Eu e minha família ficamos bastantes felizes com a eleição de Bento XVI, por inúmeros motivos: melhor teólogo vivo da humanidade, simples, com sua voz amável, mas firme no timão da Barca de São Pedro (a Igreja). Já na eleição de Francisco, a recebi com perplexidade, confesso que não compreendi o polêmico gesto do novo papa em abaixar-se para o povo, para receber a unção, com vistas talvez a legitimar a sua autoridade. Não sou teólogo, nem religioso, mas aprendi com o meu catequista (hoje, um cardeal da Santa Igreja) que a bênção vem do alto, de Deus e jamais do povo, numa relação vertical e não horizontal. Depois vieram mais e mais apreensões (bênção aos jornalistas, brasão, lava-pés…). Nestes dias tenebrosos, da Grande Tribulação, veio-me à mente a seguinte fábula da Ratoeira na Fazenda, que diz mais ou menos assim:
Um rato olhando pelo buraco na parede vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo em que tipo de comida poderia ter ali. Ficou aterrorizado quando descobriu que era uma ratoeira. Foi para o pátio da fazenda advertindo a todos:
– “Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa.”
A galinha, que estava cacarejando e ciscando, levantou a cabeça e disse:
– “Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que é um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.”
O rato foi até o cordeiro e disse a ele:
– “Tem uma ratoeira na casa, uma ratoeira.”
– “Desculpe-me Sr. Rato, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser orar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.”
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela disse:
– “O que Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!”
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia pego. No escuro, ela não viu que a ratoeira pegou a cauda de uma cobra venenosa que picou a mulher. O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja. O fazendeiro pegou seu cutelo e foi providenciar o ingrediente principal
– a galinha.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o cordeiro. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O fazendeiro então sacrificou a vaca para alimentar todo aquele povo.
MORAL DA ESTÓRIA: Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está denunciando um problema (quebra de tradições e rituais) e acreditar que o problema não lhe diz respeito lembre-se que,
quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco. Quem tem ouvidos, ouça!
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Estava trabalhando como recepcionista de uma Pousada. Lembro-me bem na época em que um dos hospedes que eu gostava de conversar soltou algo assim, antes de Bento XVI aparecer na sacada: “Será mais um italiano!” Bem, não foi! Como eu tinha um apego por João Paulo II, fiquei com um certo temor do então novo Papa. “Seria esse papa o anticristo que agora viria causar o caos na Igreja”?, pensei eu. Engraçado lembrar disso, pois eu tinha João Paulo II como um grande mártire da fé ao resistir heroicamente no sofrimento sua doença até a morte.
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Eu ainda tenho guardado todos os jornais e revistas sobre a morte do JPII e o conclave que elegeu Bento XVI nas minhas pastas de recortes de noticias.
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Eu estava fazendo uma porva de matemática. Acabe rápido e a professora me emprestou seu radio de ouvido. Foi uma emoçao muito grande. No ano seguinte entrei no semminario, graças a Deus
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Quase chorei, porque ele era “meu candidato” desde que li a homilia do então Decano do Colégio cardinalício Cardeal Josef Ratzinger na Missa “pro eligendo pontifice”, condenando a ditadura do relativismo.
Quando li sobre esta homilia, pensei comigo mesmo “tinha que ser esse homem, o novo Papa”, mas não tinha nenhuma esperança de que fosse eleito justamente por causa dessa palavras duras, porém verdadeiras, necessárias e características do então “Cardeal Blindado” (PanzerKardinal).
Estava no serviço quando vi pela televisão a fumaça branca, a sua apresentação ao povo foi marcante, a sua benção principalmente.
Hoje, vejo-me órfão. É triste e lamentável ver a humildade contraditório de S.S. Papa Francisco, mas que Deus o conserve e que Nossa Senhora interceda por ele e lhe dê a sabedoria para conduzir a Igreja sob a égide de seus 2000 anos de existência.
A eleição do Papa Bento XVI, foi uma verdadeira primavera nesses 40 anos de concílio. Sob o reinado “PanzerKardinal”, vi muitas conversões e muito ódio à Igreja (Se me perseguiram, também vos hão de perseguir – São João XV, 20), e isso foi decorrente da postura do Papa Bento de se mostrar como verdadeiro líder, principalmente porque inspirou respeito e autoridade. O que o “povinho” quer ver é isso: que os líderes tomem posturas de líderes, porque a proteção de toda a sociedade vem da postura firme daqueles responsáveis por comandá-las.
Na eleição de Bento XVI, vi muita gente simples na Fé e humilde aplaudindo o novo Papa, ouvi um senhor falando: “É isso mesmo, tá falta ordem na Igreja”.
O que o povinho queria, era exatamente alguém que “botasse ordem na casa” e punisse os bagunceiros.
Foi uma pena muito grande sua renúncia. Quase não acreditei quando fique sabendo.
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Lembro-me como se fosse ontem. Estava no 2º ano da Universidade, com os meus 20-21 anos e meio afastado da Igreja. Apesar disso, durante todo o dia fui “várias vezes ao WC” durante as aulas (uma péssima mas eficaz desculpa para ir ao Bar da faculdade ver na TV se já havia novidades!).
Lembro-me de não ter aulas da parte da tarde e ter ido dormir um pouco (directas de faculdade….), mas fui acordado pela minha mãe que me estava a telefonar a dizer “Fumo branco!”
Dei um pulo na cama e liguei a TV (não tinha acesso à Internet naquela altura, na cidade onde era a faculdade). E ouvi o nome de Ratzinger. Indiferença total.. aquele homem não me dizia nada… Vazio…
Curioso que foi precisamente esse homem, Bento XVI, que transformou a minha vida e sob o seu Pontificado retornei à Igreja e amadureci muito na Fé!
Há exactamente oito anos, o nome Bento XVI era-me indiferente,
Hoje, devo a Bento XVI o que sou como pessoa e principalmente o que sou como católico!
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Num intervalo das minhas tarefas quotidianas, creio que a meio da tarde, liguei a “internet” no meu gabinete de trabalho e procurei o jornal digital que então lia e continuo a ler ainda hoje. Noticiava este, em primeiríssima mão, a eleição do Cardeal Ratzinger como Papa Bento XVI. Uma alegria intensa e imensa invadiu-me e num gesto de contentamento, em tudo semelhante ao que faço quando o meu clube marca num jogo de futebol, abri os braços em sinal de vitória. O melhor candidato possível no contexto havia ascendido ao Trono de Pedro.
Infelizmente, foi bem diferente a sensação que a eleição de Francisco me provocou. Sobre esta última, de clara decepção, escrevi atempadamente no meu próprio blogue. Por agora, direi tão-só mais que devemos continuar a rezar pelo nosso actual Papa, dar tempo ao tempo e aguardar que Deus lhe dê a capacidade de cumprir fielmente, sempre no estrito respeito da ortodoxia católica, todas as gigantescas tarefas que tem de enfrentar.
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Eu era diácono e ainda estudava em Roma. Ao anuncio da fumaça branca, saimos em disparada, correndo a pé pela Via Aurelia, pois o transito estava congestionado. Chegamos à Praça lotada e conseguimos entrar até uma das fontes, de onde dava pra ver a sacada da basílica e também um telão. Acabamos encontrando um padre brasileiro na multidão e ficamos aguardando o anúncio. Depois do nome “José” e antes do sobrenome que o distinguiria, houve um aparente tempo longo. Quando o cardeal anunciou… “Raaaaaaatzinger” eu pude houvir o grito do padre brasileiro: “Nãaaaaaaaaaaaooooooo”, mas o seu grito foi sufocado pelo aplauso e alegria da multidão em festa.
Minha particular reação foi de surpresa positiva, pois eu gostava do “homem de ferro” da CDF, mas nao achava que ele seria eleito por conta da imagem “linha dura” que a imprensa fazia dele. Mas foi essa imagem que me encheu de esperança. E afirmo, reconhecendo as compreendidas limitações do seu pontificado, que ele surpreendeu minhas expectativas.
Quanto aos conclaves eu nao tenho muitas recordações do anterior. No deste ano, estando eu no Brasil, pude verificar a tentativa de impor opiniões da imprensa, o oportunismo dos especialistas de 30 segundos sobre a Igreja que não conhecem, minha torcida esperante por um cardeal conservador que “não tinha chance” e a preocupação por causa dos “cotados”.
O susto de um papa argentino foi evidente, mas com o passar dos dias, e alimentado pela doutrina de Bento XVI, veio a necessária esperança: Deus conduz a Igreja! Vai dar tudo certo! Isso não significa dificuldades no caminho, mas sim certeza da vitória final. E a barca de São Pedro segue mar a dentro…
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A minha história é quase igual à do André.
Foi a primeira vez que vi eleger um Papa, e depois do longo pontificado havia aquela exaltação nos média de que se fazia história, e fui na onda, apesar de estar algo afastado da Igreja.
Apesar de jovem e distante destas questões, havia-me afastado da igreja , quer por desleixo meu, mas também desagradado com a linha do “Erguei as mãos” que então fazia moda na catequese, e que eu instintivamente rejeitava.
Quando vi Bento XVI na varanda, também fiquei indiferente, era um cardeal e um nome papal que não me diziam nada. Bento? Lembro-me até de uma jornalista traduzir o nome para Benedito!
Formatado pelos jornais e comentadores ignorantes, durante meses apenas vi um velho demasiado conservador, uma figura autoritária.
Até que descobri a presença da Igreja na Internet, a ler os seus textos, comprei os livros que havia traduzidos, procurei os esgotados.
Alguma coisa me tocou, não sei explicar. Os meus amigos notavam a minha devoção nova à Igreja e ao Papa e se espantavam: ” Mas porquê a Igreja? Mas este Papa? O outro era muito melhor! Este até foi Nazi!”
Devo a Bento XVI não só ter voltado à Igreja mas finalmente conhecer a IGREJA em toda a sua riqueza histórica e profundidade de pensamento, já que fui amputado pela catequese do passado e forçado a vive uma Igreja que julga ter nascido há 50 anos.
Sabia eu alguma coisa de latim na missa, arranjo Beneditino do altar, devoção eucarística, canto gregoriano, inclinação durante o Credo, comunhão de joelhos? Não, nada. Habituei-me de tal maneira às missas de Bento XVI que hoje, compreensivelmente, até exijo demais do actual Papa. Rezando o Angelus há dias impressionou-me a sua hesitação no latim, o Glória uma vez só.
Bento XVI criticou a ditadura do relativismo e um dia olharemos com espanto como ele a pressentiu tão cedo.
Bento XVI insistiu na relação entre Razão e Fé, e daqui a uns anos voltaremos aos seus ensinamentos, pois é o fundamental na Nova evangelização.
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Continuando,
Naquela situação de ignorância em relação a tradição da Igreja, minha reação a eleição de Bento XVI foi indiferentemente normal. Não fiquei comovido nem um pouco, tinha saudades de João Paulo II e desconhecia quem tinha sido Cardeal Joseph Ratzinger. A mídia, como sempre cogitava a eleição de um papa africano, papa brasileiro, mais aberto ao mundo e etc. Estava acompanhando pela Tv Canção Nova o conclave que elegeu Francisco. Quando vi o cardeal anunciante (naõ me recordo o nome) entronchar a cara, enquanto tentava pronunciar o nome Cardeal Bergolio, virando-a de lá pra cá. pensei num dado momento: ou esse bispo tem alguma deficiência fisica ou ele não gostou de quem foi eleito, ainda sem saber que foi realmente que ele disse.
De repente, Padre Roger disse: “É Francisco, Papa Francisco!” E apareceu na janela desegonçado, sem ação, sem paramentos, pensei, :vixe! Padre Roger anunciou com gritinhos de “hurrru” quando soube que ele era argentino: “É um papa argentino, Glória a Deus!!” Enquanto eu, fiquei apreensivo e lastimando a eleição daquele que veio do outro lado do fim do mundo, segundo suas próprias palavras.
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Vi, neste post, inúmeros relatos de conversões e reconversões com o pontificado de Bento XVI.
E agora tenho medo do que pode vir…
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Era o dia de meu aniversário, como hoje, morava na Itália, em Trieste e estava no apartamento que dividia com alguns amigos italianos. Por lá a eleição de um Papa é vivida com muita intensidade! Saiu a fumaça branca e todos ficamos na frente da tv para ver quem seria. Todos já imaginavam que seria Ratzinger. Fui rápido até o mercado comprar uns petiscos para comemorar o aniversário achando que daria tempo antes do “habemus papam” mas não deu, meu amigo me mandou por SMS o nome “Ratzinger”. Foi maravilhoso, nunca vou me esquecer!
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A minha história é um tanto engraçada: lembro-me que aguardava o anúncio junto da minha avó e da minha tia-avó, catolicíssimas por sinal. Há 8 atrás eu tinha 16 anos e passava por aquela fase de rebeldia típica dos jovens, embora me declarasse católico ainda. Quando fora anunciado o nome de Ratzinger, eu, profundamente (des) orientado pela cobertura falaciosa da mídia, que pintava o cardeal Ratzinger como um inquisidor malvado, recebi com pesar o nome do novo Papa.
Minha avó e minha tia, contudo, anteviram a bondade nos olhos estreitos do cardeal Ratzinger, ainda abismado no alto da sacada da Basílica de São Pedro. Eu, na minha tolice, desdenhei da beatice das que me fizeram católico. Tolice da qual eu me arrependo até hoje. Infelizmente, tanto minha avó quanto minha tia não mais estavam comigo para presenciar o modo com as palavras de Bento XVI conduziram o meu coração de volta para a Igreja do Senhor.
Que ironia, o Papa que eu reneguei na juventude é o Papa que me reconverteu no aurora da minha idade adulta. Serei grato a Bento XVI para o resto da minha vida, pois que seus gestos e palavras reconduziram ao árduo, sofrido, mas profundamente gratificante caminho da Salvação. Deus entrou na minha vida pelas palavras de Bento XVI.
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Eu estava no restaurante. Havia uma TV. Deram a noticia. A maioria reagiu como se fosse o resultado de um desfile de escola de samba: todos queriam saber “quem ganhou” mas sem consequências para suas vidas. Comentários banais e piadinhas romperam de todos os lados. Eu explodi de alegria… por dentro. Mas não externei nada, não tinha uma única pessoa a minha volta que entenderia se eu dissesse qualquer coisa. Mas me encantei muito, fiquei nas nuvens… Vinha rezando por ele havia 25 anos, desde que li o livro “A fé em crise” e descobri que havia pelo menos um cardeal na Igreja que enxergava o que eu via, que chamava isso de crise e que desejava ardentemente vencer essa crise e restaurar a Igreja.
Rezava por ele mas nunca pensei em pedir ou esperar que ele fosse papa, não sei porquê. Deus atende os pedidos que a gente nem faz mas queria ter feito. Sinto-me participante de sua eleição. Quando fui conversar com um padre amigo sobre a eleição, antes que eu dissesse quanto gostei ele disse “Quando ouvi, desliguei a TV e virei as costas”. Eu não tinha mesmo com quem partilhar minha alegria mas a mantive intacta por 8 anos.
Bento XVI não fez tudo, mas fez o que pôde. E creio que ainda está fazendo.
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Eu estava em um seminário “católico” o qual, graças a Deus deixei, esperando o anúncio. Quando saiu, um dos padres do meu lado – tal como o do padre Francisco, pôs-se a reclamar. Um dos meus, então, irmãos seminaristas foi chorar na capela… Nem preciso dizer no que esses dois deram.
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Nesse dia eu estava almoçando e assistindo as notícias ! Quando o Cardeal Estevez anunciou Papa Bento XVI, fiquei irritado! Eu detestava o “retrógrado” Cardeal Ratzinger ! Graças ao Bom DEUS fiquei livre dessa cegueira e aprendi a amar muito o Santo Padre (agora Emérito) e combater ao lado da Divina Liturgia. Viva o Papa reinante e ao Papa Emérito, “leão da Liturgia”.
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Ah e na escolha do Papa Francisco, fiquei feliz, porém com prudência resolvi esperar, pois fiquei sabendo que era jesuíta ….
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No momento do anuncio me encontrava no trabalho, mas como a TV estava ligada fui dar uma espiadinha. Achei o Papa antipático! Não conhecia nadinha dele, aliás, ia a missa simplesmente como preceito, nem confessar para receber a comunhão fazia! Não sei como este amor por Bento XVI começou, parece que foi quando finalmente fiz as pazes com o confessionário, Pe.Thiago José foi meu confessor, na época com 25 aninhos, mas muito sábio. Então, com o Espírito Santo me guiando, comecei a pesquisar na internet sobre tudo da Igreja Amada. Sobre Bento XVI…
Quando o Papa Francisco foi eleito, agradeci a Deus por ele, mas fiquei na expectativa. Achei estranho quando ajoelhou, porque não me pareceu algo espontâneo, aliás, tudo que faz parece sempre ter segundas intenções. Como diz os antigos: este Papa é “escorregadio que nem quiabo”. Espero que daqui a algum tempo esta minha impressão, seja só impressão mesmo.
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