Foto da semana.

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Vaticano, Mosteiro Mater Ecclesiae: Bento XVI caminha pelos jardins acompanhado pelo seu secretário, Dom Georg Gaenswein. Foto: Francesco Grana.

Ontem, Joseph Ratzinger completou 62 anos de vida sacerdotal. Deixemos que ele mesmo recorde aquele dia (trecho de seu livro La mia vita):

“Éramos mais de quarenta candidatos, respondendo ‘Adsum‘ ao sermos chamados. Foi um radiante dia de verão, inesquecível como apogeu da vida. Não devemos ser supersticiosos. Mas quando, no momento em que o idoso arcebispo pôs as mãos sobre minha cabeça, um passarinho — talvez uma cotovia — subiu do altar-mor da catedral e cantarolou alegremente, isso foi para mim como uma palavra vinda do alto: “Que bom! Tu estás no caminho certo!”. Seguiram-se quatro semanas de verão, que foram como uma só festa. No dia da primeira missa, a igreja paroquial de Santo Oswaldo brilhou com todas as suas luzes, e a alegria que quase tangivelmente enchia o seu espaço empolgou a todos de maneira mais viva possível, em uma “participação ativa” no ato sagrado que não precisava de esforços externos. Fomos convidados para levar a “benção da primeira missa” para dentro das casas, e em toda parte fomos recebidos, inclusive por pessoas totalmente desconhecidas, com uma cordialidade como eu nunca pudera imaginar. Assim experimentei, de maneira totalmente imediata, o quanto as pessoas aguardavam o sacerdote e como esperavam pela benção que vem da força do sacramento. Aí não se tratava de minha pessoa ou da de meu irmão: o que nós, jovens ainda, poderíamos significar, por nós mesmos, para as inúmeras pessoas com as quais agora nos encontrávamos? Em nós elas enxergavam seres humanos que tinham recebido a incumbência de Cristo e poderiam trazê-lo para mais perto; assim, formou-se também de modo muito rápido, exatamente porque não se tratava de nós mesmos, um agradável relacionamento humano”.

Cardeal Pell: “Gosto de papas que agem como papas”.

Cardeal Pell: “Haverá uma grande reforma na Cúria. Francisco quer o Vaticano como um lugar onde as pessoas levem à sério o serviço a Cristo e aos outros”

Cardeal George Pell.
Cardeal George Pell.

Cidade do Vaticano (RV) – O Cardeal-arcebispo de Sydney, George Pell, um dos oito Cardeais nomeados como Conselheiro do Papa Francisco, prevê uma “mega reorganização da Cúria Romana” e espera que se encontrem métodos mais eficazes para a seleção de seus membros. Falando ao Vatican Insider, o Cardeal afirmou que “o Papa que temos agora é diferente e está realizando muitas coisas”.

O Cardeal considerou o encontro do Papa Francisco com os motociclistas das Harley Davidson como “emblemático”. “O Papa se sentiu completamente à vontade com eles e os abençoou – observou Pell. É um Papa que compreende a importância dos símbolos. Ele escolheu Francisco como nome. São Francisco de Assis caracterizou-se por muitas coisas, entre as quais um ditado atribuído a ele, em que, dirigindo-se a seus irmãos, disse: ‘Preguem o Evangelho com ações e se necessário, usem as palavras’. Acredito que o Santo Padre entenda muito bem tudo isto e por esta razão o seu estilo de ensino é bastante diferente daquele de Bento XVI. Alguém disse que Bento era um bom professor para os intelectuais, bispos e padres, mas Francisco é muito mais imediato e direto, e fala às pessoas comuns”, afirmou.

Sobre a decisão de Papa Francisco em permanecer na Casa Santa Marta, o Cardeal Pell afirmou que ele gosta de companhia e arriscou um palpite: “é a escolha de um homem que não quer ser controlado. E eu sou a favor dos Papas que agem como Papas”.

Ao analisar os primeiros cem dias de pontificado, o Cardeal-arcebispo de Sydney mostrou alguma preocupação em relação à saúde de Francisco, especialmente devido ao seu ritmo de trabalho: “Penso que ele deveria cuidar de sua saúde. Não é mais jovem e está trabalhando sem descanso. Obviamente, que é muito forte, mas penso que todos estejam interessados de que ele não exagere, ou melhor, que trabalhe duramente mas de uma forma correlata às suas forças. Francisco está trabalhando num ritmo extraordinário”.
O Papa decidiu passar suas férias de verão no Vaticano. O Cardeal Pell afirmou que gostaria muito que Francisco fosse a Castel Gandolfo, mas “ele é um jesuíta do velho estilo, fez um juramento de pobreza e o está levando muito a sério”. Além disto, o purpurado também atribuiu a não ida de Francisco a Castel Gandolfo, à ida de Bento XVI, que poderá passar uma temporada na Casa de verão dos Papas.

Perguntado se o estilo de vida simples de Francisco faria com que tantos bispos e sacerdotes repensassem seu estilo de vida à luz deste modelo, o Cardeal-arcebispo de Sydney afirmou não ter dúvida quanto a isto: “o estilo de seu pontificado, seus ensinamentos e seu modo de viver, afetam a vida de toda a Igreja. Certamente, o Papa Bergoglio não quer que o Vaticano seja visto como uma corte renascentista ou do século XVIII, mas sim como um lugar onde as pessoas levam a sério o serviço a Cristo e aos outros”.

O Cardeal Pell é um dos oito cardeais escolhidos como conselheiro do Papa. Na sua opinião, ao invés de partir de uma grande reorganização da Cúria – que será realizada em grande parte -, deve-se “concentrar em alguns problemas concretos. Por exemplo, deveríamos nos perguntar se o Vaticano tem um número suficiente de transcritores e sobre o número de pessoas com doutorado que passam o tempo transcrevendo. Este é apenas um pequeno exemplo dos problemas práticos que existem hoje.”.

O Cardeal Pell também observou que é necessário melhorar “a disciplina e o aspecto motivacional”. “Eu acho que Francisco fez grandes progressos no que tange ao IOR, mas poder-se-ia fazer muito mais. Para ser mais específico, eu acho que se deveriam realizar inspeções externas a cada ano, como é feito em qualquer lugar no mundo anglo-saxão. Além disso, nas realidades vaticanas que lidam com a comunicação, existe uma falta de coordenação e se gasta muito em determinadas agências. Estes são alguns aspectos práticos que precisamos resolver”. (JE)

“Quando o pastor se torna lobo…”

“…  é dever do rebanho, primeiro, defender-se. Normalmente, a doutrina flui dos Bispos para o povo fiel, e os súditos não devem julgar os seus chefes. Mas, no tesouro da Revelação, existem certos pontos que cada Cristão necessariamente conhece, e deve obrigatoriamente defender” (D. Prosper Gueranger, L’année liturgique – Le temps de la septuagesime, Tours: Maison Mame, 1932, pp. 340-341).

“Que a Igreja se reconcilie com a Teologia da Libertação”, pede Casaldáliga ao Papa.

IHU – De Pedro para Francisco, por intermédio de Adolfo. O Prêmio Nobel da Paz argentino, Adolfo Pérez Esquivel, transmitiu ao papa Francisco uma mensagem clara e direta de Pedro Casaldáliga (na foto, com as crianças): “Que aIgreja se reconcilie com a Teologia da Libertação”.

A reportagem é de José Manuel Vidal, publicada no sítio Religión Digital, 25-06-2013. A tradução é do Cepat.

Fonte: http://goo.gl/4IDny

Antes de visitar o Papa, na companhia do líder indígena Qom argentino, Félix Díaz, o Nobel argentino, Pérez Esquivel, telefonou para seu velho amigo Pedro, bispo emérito de São Félix do Araguaia, poeta, profeta dos pobres e pastor dos índios. E o bispo brasileiro de origem espanhola aproveitou a ocasião para enviar dois pedidos ao Papa: que defenda os indígenas e que reabilite a Teologia da Libertação.

“Apresentei-lhe uma mensagem de Pedro Casaldáliga, que me disse: ‘Você verá Francisco, diga para ele que procure escutar, refletir e chegar a um acordo, uma reconciliação com os teólogos latino-americanos. Que se preocupe com toda a questão dos povos originários no continente’. Para mim, isso foi um sinal positivo”, afirmou oNobel.

Após a audiência com o Papa, Esquivel reconheceu: “É verdade que existiram problemas com muitos teólogos da libertação. É preciso revisar muitas coisas. As teologias nunca são definitivas, são caminhos para construir”.

Sem saber o que o Papa fará a esse respeito, o que o pensador argentino já tem claro é que “Francisco tem um compromisso com os pobres. É um pastor e isto está manifestando continuamente. Há tempo para tudo, tem apenas 100 dias como Pontífice. Aí (no Vaticano), as mudanças não são fáceis. É preciso esperar. Não esperem mudanças rápidas porque não serão feitas. É preciso dar passos. É necessário ver e orientar para identificar o que é o melhor”.

Passo a passo, mas na direção pedida por Casaldáliga: “Eu acredito que o Papa promoverá a reconciliação com a Teologia da Libertação. O Papa é um pastor, outros foram funcionários. Esta é a diferença”.

O Pacto das Catacumbas

O Nobel argentino também revelou que, na reunião com o Papa, de 45 minutos, entregou-lhe uma cópia do chamado “Pacto das Catacumbas”, um manifesto assinado por 40 bispos, entre eles grandes personalidades latino-americanas, poucos dias antes do encerramento do Vaticano II.

Esquivel disse que o Papa, ao ver entre os assinantes Helder Câmara, Luigi Betazzi, Manuel Larraín, Leónidas Proãno, Sergio Méndez Arceo e Faustino Zazpe, exclamou: “Ui! Quem está aqui!”.

E o Nobel explica que o Papa se interessou muito pelo assunto e, embora não tenha se comprometido com nada, disse que iria pensar. De sua parte, Esquivel se comprometeu em “reunir os teólogos da Libertação, como Leonardo Boff e outros, que tanto contribuíram com a Igreja”.

A íntegra do Pacto das Catacumbas está aqui.

Padre Renato Martins, Diretor Executivo do Setor Atos Centrais JMJ Rio 2013, fala sobre artistas participantes do evento.

Palavras do reverendíssimo Padre Renato Martins em nossa caixa de comentários que, pela sua importância, publicamos neste post.

Anúncio dos Cantores e Artistas que estarão na JMJ

Comentário 1) Mais de trezentos cantores passarão pelos palcos de Copacabana e Guaratiba, cantores de todas as partes do mundo! No meio destes mais de trezentos cantores católicos, estarão quatro católicos que não seguiram a carreira de cantores de músicas religiosas. Também estarão na Jornada, alguns artistas famosos que ofereceram seus dons voluntariamente, para participarem deste projeto, por acreditarem que a JMJ, é uma grande oportunidade de transformação da juventude e da sociedade. Qual o pecado que há nisto?

Padre Renato Martins é o diretor dos Atos Centrais (Foto: Paulo Dizaró/JMJ Rio2013)
Padre Renato Martins é o diretor dos Atos Centrais (Foto: Paulo Dizaró/JMJ Rio2013)

Me entristeceu profundamente, as mensagens postadas nas redes sociais, mensagens enviadas por WhatsApp e outros meios de comunicação. Católicos atacando cristãos! Em meio a tantas criticas, me chamou atenção as dirigidas ao jovem Luan Santana! Porque criticar a participação de um jovem, que conquistou a fama de forma honesta, começou a trabalhar tão novo desejando conquistar os seus sonhos? Talvez alguns possam me dizer, que algumas letras de suas musicas não são adequadas! Concordo com aqueles que disserem isso! Mesmo assim, isso seria motivo para criticar tão duramente a participação de um “pecador” se assim desejarem chama-lo? Se alguns pensam que sim, eu discordo! Relembrem o que disse Jesus: Os sãos não necessitam de médico, mas, sim, os que estão doentes; eu não vim chamar os justos, mas, sim, os pecadores ao arrependimento. Marcos 2:17

Eu creio que a Jornada Mundial da Juventude, será para todos os jovens peregrinos, cantores e artistas, uma grande oportunidade para o fortalecimento da fé, aproximação de Cristo e conversão. Deus tem caminhos para nos chamar a uma nova vida!

Nós não temos o direito de tentar impedir os planos de Deus! Se alguém tivesse me impedido de entrar na igreja a 28 anos atrás, só porque eu era protestante, eu não teria tido a oportunidade de conhecer e me apaixonar pela igreja católica!

Se o nosso comprometimento com Cristo fosse tão forte, como as criticas que saem de nós, não precisaríamos de uma Jornada Mundial da Juventude! Não seria preciso que o Papa nos relembrasse a ordem do Senhor: Ide e fazei discípulos entre todas as nações! Estaríamos tão imersos nesse compromisso de fazer discípulos, que não procuraríamos excluir os discípulos!

Pe. Renato Martins
Diretor Executivo do Setor Atos Centrais JMJ RIO 2013
Executive Director for Main Venues WYD RIO

Comentário 2) O repertório do jovem Luan Santana, será uma música católica em homenagem a São Francisco!

IOR: Monsenhor é preso em investigação sobre corrupção.

Na semana em que o Papa Francisco dá os primeiros passos na reforma do chamado “Banco Vaticano“, polícia italiana prende diretor contábil da Santa Sé.

Mons. Nunzio Scarano.
Mons. Nunzio Scarano.

ROMA, 28 Jun (Reuters) – Um importante clérigo do Vaticano suspeito de tentar ajudar amigos ricos a levar milhões de euros para a Itália ilegalmente foi preso nesta sexta-feira, como parte de uma investigação no Banco do Vaticano, disseram fontes da polícia e o advogado do suspeito.

O monsenhor Nunzio Scarano, de 61 anos, trabalhava como contador da administração financeira do Vaticano e já estava envolvido em outra investigação realizada por magistrados do sul da Itália.

Ele foi preso em uma paróquia da periferia de Roma e levado para uma prisão da capital italiana, disse à Reuters o advogado Silverio Sica. Também foram presos na investigação um membro dos serviços secretos da Itália e um corretor financeiro.

Sica disse que Scarano foi acusado de envolvimento numa tentativa de ajudar amigos a levar 20 milhões de euros (26 milhões de dólares) da Suíça para a Itália de avião, em conluio com o agente do serviço secreto e o intermediário financeiro.

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Comunicado de imprensa sobre a prisão de prelado da cúria

Cidade do Vaticano, 28 de junho de 2013 – VIS | Tradução: Fratres in Unum.com – Nesta manhã, Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, publicou o seguinte comunicado a respeito da prisão, na Itália, de Mons. Nunzio Scarano, diretor do serviço de análise contábil da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), no contexto de uma investigação sobre corrupção e fraude.

“Como é de conhecimento nos últimos dias, Mons. Nunzio Scarano foi suspenso de sua posição na APSA há um mês, tão logo seus superiores foram informados que ele estava sob investigação. Isso está em conformidade com as Normas da Cúria Romana, que exige a suspensão preventina da pessoa contra a qual o processo foi iniciado”.

“A Santa Sé ainda não recebeu nenhuma solicitação das autoridades competentes italianas sobre o assunto, mas confirma sua disposição de cooperar plenamente”.

“A autoridade competente do Vaticano, a AIF (Autoridade Vaticana de Informação Financeira), está acompanhando o caso a fim de tomar, se necessário, as medidas apropriadas dentro de sua competência”.

Cardeal Ranjith e a Sacra Liturgia.

Ocorre em Roma, de terça a sexta-feira desta semana [25 a 28], na Pontifícia Universidade da Santa Cruz, a conferência Sacra Liturgia, que reúne renomados liturgistas do mundo todo. Da interessante conferência do Cardeal Malcom Ranjith, Arcebispo de Colombo, Sri Lanka, destacamos apenas alguns pontos para instigar os leitores à sua leitura na íntegra — aos que puderem traduzir outros trechos, agradecemos antecipadamente.

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“Se tais improvisações tornassem a Liturgia verdadeiramente mais eficaz e interessante, então, por que com tais experimentações e criatividade o número dos participantes aos domingos caiu tanto e tão drasticamente em nossos dias?”

LATIM E LITURGIA

Cardeal Ranjith.
Cardeal Ranjith.

A respeito do uso do latim na liturgia, vale a pena sublinhar o que foi decretado pelo Concílio: “Deve conservar-se o uso do latim nos ritos latinos, salvo o direito particular” (Sacrosanctum Concilium, n. 36), e consentia no uso do vernáculo para as leituras, monições e algumas orações e cantos. Naturalmente, confiava à competente autoridade eclesiástica territoriais decidir se e em que medida o vernáculo seria usado na Liturgia, todavia, sempre com a aprovação da Santa Sé. Mesmo relativamente ao canto gregoriano, o Concílio é prudente enquanto, mesmo admitindo outros gêneros de música sacra, sobretudo a polifonia, afirma que a Igreja “reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano”, pelo que “terá este, na ação litúrgica, o primeiro lugar” (Sacrosanctum Concilium, n. 116). Tal concepção limitada do Concílio para o uso do vernáculo na Liturgia foi aventureiramente estendida pelos reformadores; tendo o latim quase totalmente desaparecido da cena, permaneceu como o órfão mais amado na Igreja. Digo isto não porque eu seja um fanático do latim; provenho de uma terra de missão, na qual o latim não é compreendido por quase toda a minha comunidade. Mas é um erro crer que uma língua deva sempre ser compreendida por todos. A língua, como sabemos, é um meio de comunicação de uma experiência que, quase sempre, é mais ampla do que a própria palavra. Língua e palavra são, portanto, secundárias e, em ordem de importância, estão, depois, a experiência e a pessoa. A língua leva consigo sempre uma originalidade do acontecimento. Por exemplo, o termo “OM” é intraduzível para a liturgia hinduísta; além disso, as religiões orientais usam uma língua que é estritamente limitada às suas formas de oração e de culto: o hinduísmo usa o sânscrito, o budismo o pali, e o islã o árabe corânico. Nenhuma destas línguas é falada hoje, e são usadas somente em sua forma cultual; cada uma destas línguas é respeitada e reservada, desde o início, pela expressão de “algo que está para além do som e das letras”. O judaísmo, por exemplo, usa o tetragrama YHWH para indicar o impronunciável nome de Deus. Por si mesmas, as quatro letras do sagrado tetragrama não têm nenhuma nuance linguística, mas constituem o nome santíssimo de Deus na tradição escrita da Massorá.

O uso litúrgico do latim na Igreja, mesmo que tenha se iniciado em torno no século IV, dá origem a uma série de expressões que são únicas e constituem a própria fé da Igreja. O vocabulário do Credo é claramente cheio de expressões em latim que são intraduzíveis. O papel da lex orandi em determinar a lex credendi da Igreja é validíssimo no caso do uso do latim na Liturgia, porque a doutrina é frequentemente mais compreendida na experiência de oração. Por tal razão, um sadio equilíbrio entre o uso do latim e do vernáculo deveria ser, segundo meu ponto de vista, mantido. A reintrodução do usus antiquor feita pelo Papa Bento XVI não era, então, um passo para trás, como alguns definiram, mas uma iniciativa que restituía à Sacra Liturgia um sentido de estupor místico, uma tentativa de impedir uma clara banalização daquilo que é fundamental para a vida da Igreja. Deve-se honrar e impulsionar tal iniciativa do Pontífice, que também pode conduzir à evolução de um novo movimento litúrgico, que poderia desembocar na “reforma da reforma”, desejo ardente do papa Ratzinger. De fato, alguns elementos do usus antiquor refletem melhor o sentido de maravilhamento e devoção com o qual nós somos chamados a re-presentar os acontecimentos do Calvário em nossas celebrações eucarísticas. E porque aceitamos os diversos desenvolvimentos positivos do novus ordo, como, por exemplo, o mais amplo uso do texto bíblico e um maior espaço à participação da comunidade nos vários momentos da Missa, deveríamos também assegurar que aquilo que acontece sobre os nossos altares não perca a própria capacidade de causar uma verdadeira transformação espiritual da comunidade. E é por isso que se torna necessária uma mutualidade dos elementos mais positivos das duas formas: isto é a “reforma da reforma”. A própria definição das duas formas como usus antiquor e novus ordo, para mim, é errônea, porque o sacrifício do Calvário nunca é antigo, mas é sempre novo e atual.

CONCEPÇÕES ERRÔNEAS

Outro aspecto do processo de uma verdadeira renovação profunda da Igreja, por causa do papel decisivo que o culto desempenhou em sua vida e missão, é a necessidade de purificar a Liturgia de algumas concepções errôneas que penetraram pela euforia das reformas introduzidas por alguns liturgistas depois do Concílio – coisa que, é necessário reconhecê-lo, nunca esteve na mente dos padres conciliares quando aprovaram a histórica Constituição litúrgica Sacrosanctum Concilium.

a. Arqueologismo

A lista é aberta por um tipo de falso “arqueologismo” que tinha por slogan “voltemos à Liturgia da Igreja primitiva”. Escondia-se aqui a interpretação de que somente aquilo que se celebrava na Liturgia do primeiro milênio da Igreja fosse válido, pensava-se que o retorno a isto fizesse parte do aggiornamento. A Mediator Dei ensina que esta interpretação é errada: “A liturgia da época antiga é, sem dúvida, digna de veneração, mas o uso antigo não é, por motivo somente de sua antiguidade, o melhor, seja em si mesmo, seja em relação aos tempos posteriores e às novas condições verificadas” (Cf. Pio XII, S.S., Encíclica Mediator Dei, Enchiridion Encicliche, vol 6, Bolonha 1995, n. 487). Além disso, já que as informações sobre a práxis litúrgica dos primeiros séculos não são claramente atestadas nas fontes escritas do tempo, o perigo de um arbítrio simplista em definir tais práxis é ainda maior e corre o risco de ser uma pura conjectura. Além disso, não é respeitoso do processo natural de crescimento das tradições da Igreja nos séculos sucessivos. Nem está em consonância com a fé na ação do Espírito Santo ao longos dos séculos. E é, além de tudo, altamente pedante e irrealista.

b. Sacerdócio ministerial

Uma outra concepção errônea de reformismo em matéria de Liturgia é a tendência a confundir o altar com a nave. Observa-se frequentemente que a distinção essencial na Liturgia entre o papel do clero e dos leigos é confuso, por causa de uma compreensão errônea da diferença entre o ofício sacerdotal de todos os fiéis (sacerdócio comum) e o ofício do clero (sacerdócio ministerial): uma diferença muito bem explicada na Lumen Gentium. Este documento esclarece que o sacerdócio comum de todos os batizados foi sempre afirmado pela Igreja (cf. Ap 1,6; 1 Pd 2,9-10; Mediator Dei, nn. 39-41; e Lumen Gentium, n. 10), assim como o sacerdócio ministerial; os quais, cada um a seu modo, participam “do único sacerdócio de Cristo”… “embora se diferenciem essencialmente e não apenas em grau” (Lumen Gentium, n. 10). A Constituição litúrgica do Concílio afirma que a Liturgia prevê uma distinção entre as pessoas “que deriva do ofício litúrgico e da sagrada ordem” (Sacrosanctum Concilium, n. 32). A Mediator Dei era ainda mais categórica, afirmando que: “Ai soli Apostoli ed a coloro che, dopo di essi, hanno ricevuto dai loro successori l’imposizione delle mani, è conferita la potestà sacerdotale” (Mediator Dei, in Enchiridion Encicliche, vol. 6, Bolonha 1995, n. 468).

O resultado de tais confusões de papéis na época moderna é a tendência a clericalizar os leigos e a laicizar o clero. Índice de tais confusões é a sempre maior remoção das balaustradas dos altares dos nossos presbitérios e o fato de as pessoas permanecerem sentadas ou agachadas por terra em torno do altar; são pessoas demais a entrar e circular no presbitério, causando distração e distúrbio em nossas funções litúrgicas. A Santa Eucaristia, em tais situações, se torna um espetáculo, e o sacerdote um showman. O sacerdote não é mais como no passado – como escreveu K. G. Rey, em seu artigo Coming of age manifestations in the Catholic Church –: “ o mediador anônimo, o primeiro entre os fiéis diante de Deus e não do povo, representante de todos, que oferece com eles o sacrifício, recitando as orações prescritas. Hoje, ele é uma pessoa distinta, com características pessoais, o seu estilo de vida pessoal, com o seu próprio rosto voltado ao povo. Para muitos sacerdotes, esta mudança é uma tentação que não sabem gerenciar… se torna para eles o nível de sucesso do próprio poder pessoal e, por isso, o indicador do sentimento de segurança pessoal e de autoestima” (K. G. Rey, Pubertätserscheinungeng in der Katolischen Kirche, Kritische Texte, Benzinger, vol. 4, p. 25). O padre, aqui, se torna o ator principal, que recita um drama  com outros atores sobre o altar, e quanto mais são capazes e sensacionais, tanto mais sentem que recitaram bem. Em um cenário assim, o papel central de Cristo desaparece, e também, se num primeiro momento isso parece agradável, à longo prazo se torna extremamente banal e cansativo.

c. Actuosa participatio

(…)

Existem pessoas, também em nosso tempo, que desejam tornar a Liturgia mais interessante ou apetecível; fazem suas próprias regras, correndo, assim, o risco de esvaziar a Liturgia de seu essencial dinamismo interior, com o resultado final de que as chamadas formas de culto se tornam, por fim, insípidas e maçantes. Se tais improvisações tornassem a Liturgia verdadeiramente mais eficaz e interessante, então, por que com tais experimentações e criatividade o número dos participantes aos domingos caiu tanto e tão drasticamente em nossos dias? Esta é a pergunta que  devemos enfrentar com coragem e humildade. É justo considerar os requisitos antropológicos de uma sã Liturgia, sobretudo em relação aos símbolos, as rubricas e à participação; mas não se deve ignorar o fato de que estes não teriam significado sem uma correlação à chamada essencial de Cristo para unirmo-nos a Ele em Sua incessante Ação Sacerdotal.

Fonte: Diocese Suburbicária de Porto-Santa Rufina | Tradução e destaques: Fratres in Unum.com

Os shows (confirmados) da JMJ.

Guaratiba receberá o “Show do Futuro”

Por Jornada Mundial da Juventude – Página oficial: Com um conceito novo de construção do futuro, a vigília do Campus Fidei, em Guaratiba, promete levar o público a experimentar grandes emoções. O Show do Futuro, com uma programação começando às 10h30do sábado, 27 de julho, levará ao palco grandes nomes da música católica, como os Padres Reginaldo Manzotti, Marcelo Rossi e Fábio de Mello.

Serão 13 shows no sábado com quase 50 atrações reunidas. A programação seguirá até meia-noite, com um intervalo para a vigília com o Papa Francisco. Para o domingo, dia 28 de julho, estão programados dois shows para antes da missa com o Santo Padre e dois logo após. Ao todo, serão quase 15 horas de atração, de acordo com o Diretor Artístico dos eventos de Guaratiba, Edson Erdmann. A direção artística da vigília é de Ulysses Cruz.

É um show muito mais para pensar, de acordo com Edson Erdmann. “Existem mil maneiras de contar uma história. A mais original é a que você nunca esquece. O que nós vamos fazer ali é contar uma história incrível, verdadeira, criada por quem conta histórias, que são os peregrinos. Vamos retratá-los no palco”.

No sábado, os shows começam às 10h30 com o Ministério Missionário Shalom. A partir de 12h30, a orquestra JMJ fará a abertura do “Show do Futuro Brasil”. Adriana Arydes e a Banda Dominus estão entre os artistas que irão animar o público. Haverá em seguida um vídeo contando fatos importantes da história desde que o Papa Emérito Bento XVI anunciou que a Jornada seria no Rio de Janeiro, passando pelos acontecimentos na própria Jornada até aquele momento. “A partir daquela hora, a gente zerou tudo e é futuro. Vamos dizer como vai ser o seu futuro”, explicou.

O “Show do Futuro Brasil” vai abrir a programação com cerca de 10 artistas. O “Show Duets”, com o tema paz e união, seguirá o roteiro. Na sequência, haverá o “Show Esperança” com grandes nomes da música cantando, como Anjos de Resgate e Celina Borges. A chegada do Santíssimo Sacramento está programada para 16h e, logo após, haverá o momento do Angelus, às 18h. As atrações musicais internacionais estarão no “Show do Futuro Mundo”, que será realizado após a participação do Papa Francisco no evento.

No domingo, os jovens que passarão a noite em vigília serão despertados às 7 h com o primeiro show, com músicas do Ministério Adoração e Vida. O Papa Francisco reencontra os jovens no Campus Fidei, às 9h30, e será recepcionado com um grande flash mob. Às 10h da manhã, o Pontífice dá início à Santa Missa de Envio da JMJ Rio2013 e anuncia o próximo local que acolherá a Jornada Mundial da Juventude. Ao meio-dia, também fará a oração do Angelus com os peregrinos.

Compromisso com o Futuro

Antes de cada um dos shows haverá intervenções com depoimentos de voluntários e peregrinos que mostrarão suas opiniões e seus desejos sobre amor, esperança, união, futuro, fé e ser anjo. “O que eu fiz foi criar um conceito para o sábado que fosse mais forte do que qualquer cenário, do que qualquer balé, qualquer musical”, destacou Erdmann.

As gravações dos jovens serão apresentadas em totens de LED distribuídos pelo palco. “Quem conduz o “Show do Futuro”, quem é o protagonista são os jovens da JMJ, não são os nossos cantores”, disse Erdmann. A ideia, de acordo com Edson Erdmann, é trazer um conceito diferenciado e fazer com que os jovens pensem sobre as questões do futuro. “Os jovens dizem como vai ser o futuro, como vai ser o show e todos nós no palco estamos a serviço deles. É diferente o conceito”, completou.

Mostrando seus desejos e planos para o futuro, os jovens também estarão se comprometendo com as novas gerações, explicou o diretor artístico. “No momento em que escolheu, você se comprometeu. Isso vira um compromisso até a próxima Jornada”, disse. A ideia é que esses jovens também levem esse desejo de engajamento para seus países.

Durante o dia também haverá ensaios para o flash mob, que está programado para a Missa de Envio, no dia 28 de julho. A ideia é que a ação, comandada pela Banda Expresso HG e pela Orquestra JMJ, aconteça no momento da chegada do Papa Francisco ao Campus Fidei, no domingo. O jingle “Bem-Vindo Papa Francisco”, composto por Kledir Ramil, Dudu Trentin e Edson Erdmann, irá embalar a coreografia.

Histórias de fé na Vigília

Na noite do dia 27, alguns jovens que passaram por situações difíceis da vida e encontraram a razão de viver na fé vão contar, no palco, suas histórias. As histórias serão intercaladas com a construção da igreja cenográfica e complementadas com elementos coreográficos. Além disso, o lema da Jornada, “Ide e fazei discípulos entre todas as nações” vai aparecer de forma cênica, no discurso.

Segundo o diretor geral, Ulysses Cruz, “o ato artístico tem o objetivo de renovar forças e criar um sentimento de ação, um sentimento que de que nós podemos realizar, nós podemos mudar. O jovem precisa vivenciar essa experiência, estar dentro dela e não apenas ser um espectador. É importante que a vigília seja com os jovens e não apenas para os jovens”, disse.

Depois da saída do Papa, cerca de 200 jovens de várias partes do Brasil que estão em processo de recuperação da dependência química subirão no palco para cantar junto com a banda de origem italiana Gen Rosso, que possui integrantes de várias partes do mundo. O ato artístico contará também com as participações do ator Tony Ramos e do cantor Luan Santana.

Artistas participantes – 27 de julho

Banda Missionário Shalom, CCC – Catolic Culture Comunnity, Banda Dom, Adriana Arydes, Padre Reginaldo Manzotti, Allyson Castro, The Flanders, Banda Dominus, Luan Santana, Irmã Kelly Patrícia, Padre Marcelo Rossi, Iahweh, Ziza Fernandes, Martin Duarte, Diego Fernandes, Athenas, Tony Allyson, Flaviane Montenegro, Leandro Souza, Olivia Ferreira, Nazaré Araújo, Miguelli, Eugênio Jorge, Daniel Poli, Padre Fábio de Melo, Anjos de Resgate, Celina Borges, Dunga, Eliana Ribeiro, Rosa de Saron, Alessandra Salles, Gil Monteiro, Nando Mendes, Cantores de Deus, Ministério Amor e Adoração, Tony Melendez, Martin Valverde, Kiki Troia, Cardiac Movie, Jon Carlo, Paco Aranda, Alfareros, Palo Santo, Son by four, Judy Bailey, Rex Band, Gen Rosso e Comunidade Taizé.

Artistas participantes – 28 de julho

Ministério Adoração e Vida, Polyana Demori, Padre. Cleidimar Moreira, Padre Fábio de Melo; Padre Omar Raposo; Padre Marcelo Rossi; Padre Reginaldo Manzotti; Padre Jorjão; Padre Antônio Maria; Padre Joãozinho; Adriana Arydes, Olívia Ferreira, Márcio Pacheco, Eliana Ribeiro, Dunga, Ricardo Sá, Marcelo Duarte, Anjos de Resgate, Padre Marcelo Rossi, Padre. Reginaldo Manzotti, Leandro Souza, Eugênio Jorge, Ziza Fernandes, Padre Gleuson Gomes, Padre Juarez de Castro, Celina Borges, Eros Biondini, Suely Façanha, Ir. Kelly Patrícia, Cristiano Pinheiro, Davidson Silva, Missionário Shalom, Luiz Carvalho, Martin Valverde, Soledad, Axel, Larissa Viana. Banda Rosa de Saron e Banda Dominus.

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Luan Santana, Fafá e Ana Maria Braga são algumas das atrações da JMJ

G1 – Os Atos Centrais da Jornada Mundial da Juventude contarão com shows dos cantores Luan Santana e Fafá de Belém e também terão a presença de cerca de 300 artistas, entre eles: Murilo Rosa, Ana Maria Braga, Lívia Aragao e Eriberto Leão, conforme informou a assessoria do evento durante uma coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (27).

Os principais atos são a Missa de Abertura, Cerimônia de Acolhida, Via Sacra, Vigília e Missa de Envio. A programação da Jornada Mundial da Juventude inclui uma série de atrações culturais, com música, dança e do teatro, envolvendo aspectos da cultura e da fé católica no Brasil e no mundo.

Novamente para registro: Veja afirma que Luan Santana cantará na JMJ.

Publicamos apenas para registro, pois você sabe muito bem, caro leitor: Michel Teló, Ivete Sangalo, Milton Nascimento, Belo e, agora, Luan Santana, tudo isso é invenção da malvada imprensa! Onde já se viu imaginar que a santa preparação dos peregrinos da JMJ para a Sagrada Comunhão que farão na Missal papal será ao som de Luan Santana?! Que absurdo cogitar algo do tipo! 

Luan Santana vai cantar na Jornada Mundial da Juventude

Cantor se apresentará em Guaratiba, durante a vigília que antecede a chegada do papa Francisco ao Campus Fidei

Luan Santana cantor sertanejo em fotos de divulgação

Veja – O cantor Luan Santana vai cantar em um dos atos centrais da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). O artista participará de um show na noite do dia 27 de julho, durante  a vigília no Campus Fidei, em Guaratiba. No dia seguinte, o papa Francisco celebrará a missa de encerramento, que deverá reunir 2 milhões de fiéis, segundo estimativa da organização do evento.

A apresentação de Luan Santana promete animar o público adolescente durante a vigília. Para ver a apresentação do ídolo, os fãs terão que caminhar pelo menos 13 quilômetros por uma das três rotas destinadas à peregrinação.

A assessoria de imprensa da JMJ não esclareceu qual será o repertório do cantor, mas informou que ele não receberá cachê pela participação no evento [ndr: como com todos os outros nomes levantados anteriormente, parece ser esta a única preocupação da organização da JMJ: enfatizar que não haverá cachê. Perverter as almas com músicas mundanas? Não tem preço!]. Outros artistas se apresentarão em Guaratiba. Os nomes serão divulgados em uma coletiva de imprensa na quinta-feira.

Milagre Eucarístico em Buenos Aires.

Por Le Salon Beige | Tradução: Fratres in Unum.com* – Em 1996, quando o papa Francisco era bispo auxiliar sob o Cardeal Quarracino em Buenos Aires, um milagre eucarístico notório ocorreu. Foi o próprio papa atual que pediu que o fato fosse fotografado e que o examinou de perto. Os resultados foram surpreendentes.

Aos 18 de agosto de 1996, às 19h, o padre Alejandro Pezet dizia a missa na igreja que se encontra no centro comercial da cidade. Logo quando ele acabava de dar a santa comunhão, uma mulher veio lhe dizer que ela havia achado uma hóstia que alguém havia jogado no fundo da igreja. Dirigindo-se ao lugar indicado, o Pe. Alejandro viu a Hóstia suja. Como ele não podia consumi-la, ele a colocou num pequeno recipiente com água e o guardou no sacrário da capela do Santíssimo.

Milagre Eucarístico de Buenos Aires

Na segunda-feira 26 de agosto, abrindo o sacrário, ele viu para seu grande espanto que a hóstia se havia tornado uma substância sangrenta. Então, ele informou o ocorrido a D. Jorge Bergoglio que deu instruções a fim de que a hóstia fosse fotografada de modo profissional. As fotos, tiradas em 6 de setembro, mostram claramente que a hóstia, que se tornara um fragmento de carne sangrenta, havia aumentado bastante de tamanho. Durante alguns anos a hóstia permaneceu no sacrário, tudo era mantido em segredo. Como a hóstia não sofria nenhuma decomposição visível, D. Bergoglio decidiu enviá-la para análise científica.

Aos 5 de outubro de 1999, na presença dos representantes de D. Bergoglio, elevado a arcebispo nesse ínterim, o Dr. Castanon retirou uma amostra do fragmento sangrento e o enviou a Nova York para análise. Como não queria influenciar os resultados do exame, ele decidiu esconder à equipe de cientistas a origem da amostra. Um dos cientistas era o renomado cardiologista e patologista médico-legal, Dr. Frederick Zugibe. Ele afirmou que as substâncias analisadas foram identificadas como sendo verdadeiros carne e sangue contendo ADN humano. Ele declarou ainda que:

“a matéria analisada é um fragmento do miocárdio que se encontra na parede do ventrículo esquerdo, perto das válvulas. Esse músculo é responsável pela contração do coração. Deve-se lembrar que o ventrículo esquerdo do coração age como uma bomba que envia sangue para todo o corpo. O músculo cardíaco está num estado de inflamação e contém um número importante de glóbulos brancos. Isto indica que o coração estava vivo no momento em que a amostra foi coletada. Eu afirmo que o coração estava vivo visto que os glóbulos brancos morrem fora de um organismo vivo. Eles têm necessidade de um organismo vivo para os conservar. Assim, sua presença indica que o coração estava vivo no momento da coleta dessa amostra. Alias, esses glóbulos haviam penetrado os tecidos, o que indica ainda que o coração fora submetido a um estresse intenso, como si seu proprietário tivesse recebido golpes severos no nível do peito.”

Dois australianos, o jornalista Mike Willesee e o jurista Ron Tesoriero, foram as testemunhas desses testes. Conhecendo a origem da amostra, eles alucinaram diante da declaração do Dr. Zugiba. Mike Willesee perguntou então ao cardiologista quanto tempo os glóbulos brancos poderiam permanecer vivos se eles proviessem de tecido humano conservado na água. O Dr. Zugibe respondeu-lhe que eles teriam deixado de existir depois de alguns minutos. O jornalista revelou então ao cientista que a substância donde provinha a amostra havia inicialmente sido conservada em água ordinária durante um mês e que em seguida, durante três anos, ela fora conservada num recipiente com água desmineralizada, e somente depois desse tempo que uma amostra fora coletada para análise. O Dr. Zugibe ficou muito desconsertado ao considerar o fato. Ele declarou então que não havia nenhum modo de explicar esse fato cientificamente. E perguntou ainda:

“O senhor precisa me explicar uma coisa: se essa amostra provém de uma pessoa morta, que razão teria no fato de que, durante o exame, as células da amostra estavam em movimento e pulsavam? Se esse coração pertence alguém morto em 1996, como se explica o fato de que ele ainda esteja vivo?

Somente então Mike Willesee revelou ao Dr. Zugibe que a amostra analisada era de uma Hostia consagrada que se havia misteriosamente transformado em carne sangrenta. Estupefato pela informação, o Dr. Zugibe respondeu:

“Como e por que uma Hostia consagrada pode mudar seu caráter e se tornar carne e sangue humanos vivos permanecerá um inexplicável mistério para a ciência – um mistério totalmente além de sua competência.”

Em seguida, o Dr. Ricardo Castanon Gomez tomou as disposições para que os relatórios do laboratório concluídos após o que se chamou de milagre de Buenos Aires fossem comparados àqueles elaborados pela analise do milagre de Lanciano, ainda dessa vez sem jamais revelar a origem das amostras de teste. Os peritos que procederam a essa comparação concluíram que ambos os laboratórios haviam analisado amostras oriundas da mesma pessoa. Eles assinalaram ainda que ambas possuíam sangue tipo AB positivo. Este mesmo sangue continha características de um homem que nasceu e viveu no Oriente Médio.

Somente a fé na extraordinária ação de Deus pode oferecer uma resposta razoável!Deus quer que nós estejamos conscientes de que Ele está realmente presente no mistério do Sacramento da Eucaristia. O Milagre Eucarístico de Buenos Aires é um sinal extraordinário atestado pela ciência. Através dele, Nosso Senhor Jesus Cristo quer despertar em nós uma fé viva em Sua Presença Real na Eucaristia, real e não simbólica. É somente com os olhos da fé e não com olhos carnais que nós O vemos sob a aparência do pão e do vinho consagrados. Na Eucaristia, Nosso Senhor nos vê e nos ama e quer nos salvar.

* Nosso agradecimento a um caríssimo amigo por gentilmente nos fornecer sua tradução.