O nome de São José agora consta nas Orações Eucarísticas II, III e IV.

St-Joseph-BPor WDTPRZ – 17 de junho de 2013| Tradução: Fratres in Unum.com – Você já soube da notícia?  Décadas após João XXIII ter colocado o nome de São José no Cânon Romano, parece que [ndr: o decreto, que publicamos abaixo, foi oficialmente divulgado hoje, 19] o nome do grande Patrono dos Moribundos, Terror dos Demônios, estará nas Orações Eucarísticas II, III e IV na 3ª edição do Missale Romanum.

Recebi uma cópia de um documento da USCCB [Conferência dos Bispos dos EUA] que comunica o decreto – Paternas vices (Prot. N. 215/11/L) – da Congregação para o Culto Divino.

O texto em Latim será:

II: “ut cum beáta Dei Genetríce Vírgine María, beáto Ioseph, eius Sponso, beátis Apóstolis”
III: “cum beatissíma Vírgine, Dei Genetríce, María, cum beáto Ioseph, eius Sponso, cum beátis Apóstolis”
IV: “cum beáta Vírgine, Dei Genetríce, María, cum beáto Ioseph, eius Sponso, cum Apóstolis”

A versão em inglês:

II:
that with the Blessed Virgin Mary, Mother of God,
with Blessed Joseph, her Spouse,
with the blessed Apostles

III:
with the most Blessed Virgin Mary, Mother of God,
with blessed Joseph, her Spouse,
with your blessed Apostles and glorious Martyrs

IV:
with the Blessed Virgin Mary, Mother of God
with blessed Joseph, her Spouse,
and with your Apostles

Em espanhol:

II:
con María, la Virgen Madre de Dios, su esposo san José, los apóstoles y…

III:
con María, la Virgen Madre de Dios, su esposo san José, los apóstoles y los mártires…

IV:
con María, la Virgen Madre de Dios, con su esposo san José, con los apóstoles y los santos…

Tradução não oficial do Fratres para o português:

II:
com Maria, a Virgem Mãe de Deus, seu esposo São José, os apóstolos e…

III:
com Maria, a Virgem Mãe de Deus, seu esposo São José, os apóstolos e os mártires…

IV:
com Maria, a Virgem Mãe de Deus, seu esposo São José, os apóstolos e os santos…

O texto do decreto diz “doravante” e :

“…em vista das faculdades concedidas pelo Supremo Pontífice FRANCISCO, tem a satisfação de decretar que o nome de São José, Esposo da Bem Aventurada Virgem Maria, doravante será acrescentado às Orações Eucarísticas II, III, IV, ….”

Isso significa que aqueles de vocês que celebrarem a Missa Nova (Novus Ordo) amanhã – ou hoje à noite – poderão e, certamente, deverão acrescentar o nome de José.

* * *

Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos – Prot. N. 215/11/L

DECRETO

Pelo seu lugar singular na economia da salvação como pai de Jesus, São José de Nazaré, colocado à frente da Família do Senhor, contribuiu generosamente à missão recebida na graça e, aderindo plenamente ao início dos mistérios da salvação humana, tornou-se modelo exemplar de generosa humildade, que os cristãos têm em grande estima, testemunhando aquela virtude comum, humana e simples, sempre necessária para que os homens sejam bons e fiéis seguidores de Cristo. Deste modo, este Justo, que amorosamente cuidou da Mãe de Deus e se dedicou com alegre empenho na educação de Jesus Cristo, tornou-se guarda dos preciosos tesouros de Deus Pai e foi incansavelmente venerado através dos séculos pelo povo de Deus como protector do corpo místico que é a Igreja. Na Igreja Católica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestarem sempre uma especial devoção a São José honrando solenemente a memória do castíssimo Esposo da Mãe de Deus como Patrono celeste de toda a Igreja; de tal modo que o Beato João XXIII, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, decretou que no antiquíssimo Cânone Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI acolheu e quis aprovar tal iniciativa manifestando-o várias vezes, e que agora o Sumo Pontífice Francisco confirmou, considerando a plena comunhão dos Santos que, tendo sido peregrinos connosco neste mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele.

Considerando o exposto, esta Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, em virtude das faculdades concedidas pelo Sumo Pontífice Francisco, de bom grado decreta que o nome de São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, seja, a partir de agora, acrescentado na Oração Eucarística II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano. O mesmo deve ser colocado depois do nome da Bem-aventurada Virgem Maria como se segue: na Oração Eucarística II: “ut cum beata Dei Genetrice Virgine Maria, beato Ioseph, eius Sponso, beatis Apostolis”, Na Oração Eucarística III: “cum beatissima Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum beatis Apostolis”; na Oração Eucarística IV: “cum beata Virgine, Dei Genetrice, Maria, cum beato Ioseph, eius Sponso, cum Apostolis”. Para os textos redigidos em língua latina utilizam-se as formulas agora apresentadas como típicas. Esta Congregação ocupar-se-á em prover à tradução nas línguas ocidentais mais difundidas [Pergunta do Fratres: Estaria a comissão para tradução da CNBB solenemente “dispensada” desta função?] ; para as outras línguas a tradução devera ser preparada, segundo as normas do Direito, pelas respectivas Conferências Episcopais e confirmadas pela Sé Apostólica através deste Dicastério.

Nada obste em contrário.

Sede da Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, 1 de Maio de 2013, São José Operário.

Antonio Card. Cañizares Llovera – Prefeito

Fonte do decreto: News.va

33 comentários sobre “O nome de São José agora consta nas Orações Eucarísticas II, III e IV.

  1. Nada mais justo e perfeito.
    São José tem um papel importantíssimo na história de salvação.
    Outro santo importante que comemoraremos daqui uns dias é São João Batista, precursor do Messias e padroeiro de grandes dioceses, além de ser patrono da grandiosa maconaria!

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  2. Sou muito devoto de São José (e não poderia ser diferente) e peço a sua poderosa intercessão todos os dias em minhas orações matinais e antes de iniciar as minhas atividades laborais. Por outro lado, acredito que se o grande São Pio V, e antes dele São Gregório Magno, e antes dele São Pedro, não incluíram o nome do bem aventurado São José no Cânon, UM MOTIVO HAVIA!

    Dessa forma, sou absolutamente contra a inserção feita tanto no Cânon Romano (até porque ele foi promulgado de forma infalível, perpétua e perfeita), quanto nas orações eucarísticas (mas quanto a essas últimas não acho que o dano seja grande pois elas já são horríveis mesmo…).

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  3. Que boníssima notícia! Nesses tempos em que a figura paterna é tão menosprezada e desfigurada pela ideologia de gênero, lembrar, mencionar o nome de São José na oração eucarística é o mesmo que despertar a consciências adormecidas sobre a importância do pai de família.

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  4. Na seqüência do documento, já consta a tradução em português:

    ‘Na Oração Eucarística II:
    “com a Virgem Maria, Mãe de Deus, com São José, seu esposo, os bem-aventurados Apóstolos…”;

    Na Oração Eucarística III:
    “com a Virgem Santa Maria, Mãe de Deus, com São José, seu esposo, os bem-aventurados Apóstolos…”;

    Na Oração Eucarística IV:
    “com a bem-aventurada, Virgem Maria, Mãe de Deus, com São José, seu esposo, os Apóstolos…”.’

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  5. … Vou ver se o padre da minha paróquia vai obedecer o decreto. Hoje (Quarta-feira) na missa não teve o Glória nem o Credo. Pode isso?

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  6. É muito bom ver o nome do padroeiro da Igreja universal, poderoso São José. Sempre recitei o nome de São José, em cada Santa Missa. Estamos ansiosos pela tradução oficial do Missal Romano, Missal não da “missa nova”, mas da atualização do Santo Sacrifício.
    Missa Nova quando se trata de mais uma celebração, entre as milhares em todo orbe terrestre. Mais uma Missa celebrada, mais uma missa nova. Nova para a nossa conversão pessoal.
    Santa Missa celebrada pelo quase Bem Aventurado Papa Paulo VI, João Paulo I, quase Santo Papa João Paulo II, o papa emérito Bento, pois é a forma ordinária. Sem esquecer o nosso papa Francisco, celebrada por ele nas paróquias da diocese de Roma, todos os dias na capela da casa Santa Marta, e sobretudo, sobre o tumulo de São Pedro.
    Por isso, podemos chamar, Missa de Sempre, Missa dos papas, Missa da Santa Igreja.

    Pe. Leo

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  7. Também acho que João Batista deveria ser mais lembrado. Que coisa linda foi a situação em que Jesus pediu para ser batizado, e João Batista O reconheceu como Messias. Que lindo exemplo! Pois muitos não reconhecem Jesus após 2000 anos.

    Mas o assunto é outro, desculpe. Concordo, claro, sobre São José.

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  8. Para Myguel 19/06/2013 11:46 pm
    O Gloria e o Credo são previstos durante a semana somente nas Solenidades, e nas Festas o canto do Gloria.
    Portanto, por ser Missa Feiral do Tempo Comum, teu padre estava correto.

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  9. “(…)decreta que o nome de São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, seja, a partir de agora, acrescentado na Oração Eucarística II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano
    Como ainda não temos – nem previsão – de uma terceira edição do Missal Romano (de Paulo VI) em língua nativa, acredito que tal acréscimo não será visto no Brasil.
    Li corretamente? Interpretei literalmente? “São José” só vale para a IIIª Edição do Missal Romano.

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  10. Myguel,

    O padre da sua paróquia está certo. O Glória só é recitado nas missas durante a semana no Tempo Pascal e o Credo só nas missas dominicais.

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  11. “Missa de Sempre, Missa dos papas, Missa da Santa Igreja.”????? Porventura tratas da Missa Gregoriana, de Sempre, Tridentina?

    Sua benção!

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  12. Atenção, o decreto da Congregação para o Culto Divino manda colocar o nome de S. José nas Orações Eucarísticas na 3a edição do Missal Romano. Como tal 3a edição ainda não saiu no Brasil, em si teríamos que esperar a publicação de tal edição, que deve sair, ao que se diz, em 2015 ou 2016…A mesma espera sucede com a famosa modificação da tradução da consagração na missa, “pro multis”, determinada pela Santa Sé.
    A tendência, é claro, é acrescentar desde logo o nome do Glorioso Patrono da Igreja, ainda mais que a própria Santa Sé já publicou a tradução portuguesa… Curiosamente a tradução é segundo a edição portuguesa e não a brasileira do Missal. Curiosamente também o texto português do decreto, conforme consta no site do Vaticano, está truncado, faltando algumas expressões que estão em outras traduções.

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  13. Qual é Pe. Leo? Dê lição de falsa moral para os teus. O próprio Missal de Paulo VI chama a si mesmo de NOVUS ORDUS MISSAE. Abra o seu Missal e veja com seus olhos.

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  14. Eis o tradução portuguesa que consta no site do Vaticano:

    “Na Igreja Católica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestarem sempre uma especial devoção a São José honrando solenemente a memória do castíssimo Esposo da Mãe de Deus como Patrono celeste de toda a Igreja; de tal modo que o Beato João XXIII, durante o Concílio Ecuménico Vaticano II, decretou que no antiquíssimo Cânone Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI acolheu e quis aprovar tal iniciativa manifestando-o várias vezes, e que agora o Sumo Pontífice Francisco confirmou, considerando a plena comunhão dos Santos que, tendo sido peregrinos connosco neste mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele.”

    Eis uma tradução correta, confrontando com o texto latino e outras traduções:

    “Na Igreja Católica os fiéis, de modo ininterrupto, manifestaram (no site do Vaticano tem um evidente erro de digitação, “manifestarem”) sempre uma especial devoção a São José, honrando solenemente e constantemente (tal palavra não consta da tradução portuguesa) a memória do castíssimo Esposo da Mãe de Deus e (no site vaticano está, “como”) Patrono celeste de toda a Igreja, de tal modo que já o Beato João XXIII, durante o Sacrosanto (tal palavra não consta da tradução portuguesa) Concílio Ecumênico Vaticano II, decretou que no antiqüíssimo Cânone Romano fosse acrescentado o seu nome. O Sumo Pontífice Bento XVI quis acolher e benevolamente aprovar os piedosos desejos vindos por escrito de muitos lugares (nada disso consta na tradução portuguesa), que agora o Sumo Pontífice Francisco confirmou, considerando a plenitude (e não “a plena”, como consta na tradução) da comunhão dos Santos, que, um tempo peregrinos junto conosco no mundo, nos conduzem a Cristo e nos unem a Ele.”

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  15. Pax Domini.
    Glória a Deus. Particularmente sempre senti falta da menção do nome de São José na missa, e, acho lamentável que o culto dado a ele tenha se esfriado tanto nesses últimos decênios.

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  16. São José é o santo do meu coração,tenho um apreço muito grande por ele.E tenho certeza que ele é um grande intercessor junto a Deus,que ocupa um lugar grandioso no céu.

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  17. O nome de São José já pode ser mencionado na missa, desde ontem, data da publicação do decreto. A referência a III edição do missal não significa uma proibição de que o nome de São José não pode ser mencionado antes, mas que obrigatoriamente deve ser incluído na 3ª edição do missal, mas desde ontem pode e dever ser mencionado.

    “O decreto determina que a adição seja feita “a partir de agora”, ou seja, a partir de hoje, 19 de junho de 2013, data em que foi publicado o decreto.”

    http://oblatvs.blogspot.com.br/2013/06/nome-de-sao-jose-nas-oracoes.html

    Excerto do texto do próprio decreto, 2º parágrafo, linhas 1 e 2.

    “[…]decreta que o nome de São José, esposo da Bem-aventurada Virgem Maria, seja, a partir de agora, acrescentado na Oração Eucarística II, III e IV da terceira edição típica do Missal Romano.”

    http://press.catholica.va/news_services/bulletin/news/31223.php?index=31223&po_date=19.06.2013&lang=po#TRADUZIONE%20IN%20LINGUA%20PORTOGHESE

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  18. Curioso o comentário de Rafael Bassoli: “o grande São Pio V, e antes dele São Gregório Magno, e antes dele São Pedro, não incluíram o nome do bem aventurado São José no Cânon”. Não imaginava que S. Pedro apóstolo rezasse a Missa com o Cânon Romano! E como este foi “promulgado de forma infalível, perpétua e perfeita” (pelo próprio S. Pedro?), a menção do nome do S. Pedro e dos mártires que seguem devem se explicar por um espírito profético que inspirava do santo Apóstolo! Vou procurar na literatura da época para ver se encontro a comprovação desse prodígio!

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  19. No Nordeste ainda há grande devoção a São José, porém vem sendo esquecida nos últimos tempos. Só na zona rural que as pessoas continuam prestando todo o respeito que o esposo da Virgem Mãe da Igreja merece.

    Acredito que nas missas sendo ele mencionado, reforce a memória das pessoas sobre a figura de um pai exemplar e de um homem de grande fé, que cuidou do Filho de Deus; figura tão precisa para o mundo atual, como disse alexbenedictus.

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  20. Carlos, disse São Pedro de forma figurada, pois há quem diga que algumas partes do Cânon são de tradição tão antiga que poderia remontar aos apóstolos.

    O Cânon já existia tal qual é hoje (menos a inserção a S. José) desde São Gregório Magno e, mesmo assim, foi pouquíssimo alterado por ele. Sinceramente, não sei porque o nome de São José não foi incluído, mas o fato é que não foi e assim ficou.

    Finalmente, sim, o Cânon foi promulgado de forma infalível e perpétua pelo Papa São Pio V, assim como toda a Missa Gregoriana, aliás.

    Veja, sou devotíssimo do Bem Aventurado São José, mas a inserção de seu nome no Cânon pelo Papa Beato João XXIII foi a primeira alteração no Cânon desde o século VII e abriu as portas para o seu quase esquecimento com a invenção burocrática das orações eucarísticas.

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  21. Rafael
    Ainda que o Cânon Romano seja antigo e venerável, algumas observações devem ser feitas:
    1) a Anáfora romana mais antiga que conhecemos é a da “Tradição Apostólica” de Hipólito romano (na qual se inspira a Oração Eucarística II do atual Missal Romano), escrita entre os anos 215 e 225, em grego (com exceção do norte da África = Cartago, a língua oficial da Igreja do Ocidente = Roma, até o séc. III, foi o grego).
    Mais facilmente atribuíveis aos santos Apóstolos seriam a Prece Eucarística da Didaqué (final do séc. I) ou a Anáfora dos Apóstolos (ou de Addai e Mari, séc. III ?), não o Cânon Romano.
    2) “Os primórdios da missa latina em Roma são escondidos numa escuridão profunda. Os manuscritos mais antigos nos quais a encontramos se devem quase todos à diligência de copistas francos do séc. 8/9. Naquilo que eles nos oferecem, a crítica literária e a crítica textual conseguem comprovar, em alguns casos, testemunhos do séc. 6 ao máximo; mas, dificilmente, jamais do séc. 5” (Jungmann, Missarum Sollemnia, p. 65). Visto que S. Gregório I nasceu por volta do ano 540, é difícil comprovar que, na sua época, o Cânon Romano “já existia tal qual é hoje”. Novamente, mais tradicional é a Anáfora de S. Basílio († 379), na qual se inspira a Oração Eucarística IV do Missal Romano.
    3) Não consta, pela Pastor aeternus do Vaticano I (e constituição dogmática mais católica que ela não pode haver) que um Papa possa estabelecer de forma “perpétua” o texto de uma Prece Eucarística (ao menos no que se refere aos santos dos quais ela faz memória), de modo que um outro Sucessor não possa alterá-la. A autoridade primacial que possuía S. Pio V para promulgar o Missal Romano, possuiu o Beato João XXIII para acrescentar o nome de São José no Cânon Romano e possui o Papa Francisco para acrescentá-lo nas demais Orações Eucarísticas.
    Entendo e sua oposição (mesmo não concordando com ela), mas quero mostrar que os argumentos apresentados são frágeis.

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  22. Carlos, eu concordo com você. O problema não são os textos em si pois eles foram quase todos extraídos de liturgias antigas. De qualquer forma, há trechos do Cânon que (segundo já li, pois não sou especialista) seriam ainda mais antigos (veja, por exemplo: ).

    O problema, para mim, é o porquê desses textos terem ido parar no Missal. É o caráter herético do movimento litúrgico que causou essas mudanças. A Missa tinha sido promulgada para durar para sempre e isso é claro. Todas as mudanças que ocorreram até 1969 tinham sido correções ou cosméticas (exceção à mudança no Cânon).

    O resultado do que foi a promulgação do novo Missal fala por si… Se o Missal tivesse sido deixado como estava, talvez com uma alteração aqui e ali como aquelas que foram introduzidas no decorrer do tempo (menos no Cânon!) acho que teríamos hoje uma arma muito melhor para combater o mal e as heresias.

    De qualquer forma, a nossa hierarquia não acredita no mal e não quer combater heresias mesmo…

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  23. Prezado Sr. Carlos,

    é preciso considerar (com grande pesar) que:

    1. O texto de Hipólito não foi redigido como Fórmula fixa, mas
    sim como um modelo para improvisação. Esse texto nunca
    foi pronunciado como Cânon. Consta que Hipólito era reacionário,
    oposto à hierarquia romana à ponto de ser erigido em antipapa –
    o que ele repararia pelo Martírio -. Assim, sua Anáfora teria
    sido possivelmente um “paralelo” à Oração Eucarística
    então empregada em Roma.
    Ademais, o texto da Oração Eucarística II não traz a Anáfora
    de Hipólito completa, fazendo supressões das partes mais
    “desagradáveis” ao “ecumenismo” reinante (de fato,
    foi só uma “inspiração”…).
    1.1 A Didaqué, diferentemente da OEII,
    faz referência à Confissão de Pecados (antes da Missa) e
    ao Sacrifício Ofertado. Quanto à Prece Eucarística que nela
    consta, repare que se assemelha muito mais a um “Prefácio” que
    à Própria Oração Eucarística: perceba que ela não traz ainda,
    nem mesmo, a Fórmula da Consagração constante dos Evangelhos
    e da Encíclica de São Paulo.

    2. Se não conhecemos Anáfora mais antiga (que essencialmente,
    claro, faz parte do Vetus Ordo), podemos recorrer a escritos
    de Santos Sacerdotes da época para se ter uma ideia de seu
    entendimento da Missa:

    “Os Apóstolos receberam este Sacrifício de Jesus Cristo e a Igreja o recebeu
    dos Apóstolos e Ela O oferece hoje, por toda parte, conforme
    a profecia de Malaquias”.
    (Santo Irineu, Século II)

    “O Sacrifício que nós oferecemos é a mesma Paixão do Salvador”
    (São Cipriano, Século II).

    2.2 A Anáfora de São Basílio (Séc. IV), que se pretende mais antiga,
    também foi mutilada no texto da OEIV. Veja, por exemplo, esses extratos
    da citada como “Liturgia de São Basílio”, e que não constam da OEIV:

    “Enquanto viveu neste mundo, Ele deu-nos preceitos de salvação,
    desviou-nos do erro dos ídolos, levando-nos a conhecer-Te, a Ti,
    Deus verdadeiro. Desse modo, conquistou-nos para Si como
    povo escolhido, sacerdócio real, nação santa [I Pe 2, 9].
    […]
    Que todos nós, que participamos no único pão e no único
    cálice, estejamos unidos uns aos outros na comunhão do único
    Espírito Santo, e que nenhum de nós participe no corpo santo e no
    sangue sagrado do Teu Cristo para seu juízo e sua condenação,
    mas que encontremos piedade e graça, com todos os santos que,
    desde o começo, Te foram agradáveis”.

    – Por fim, Carlos, por que substituir o milenar e venerável
    Canon Romano por essas frágeis e
    “experiências litúrgicas”?

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  24. Apenas um acréscimo:

    2.3 Grandes Sacerdotes (e) Liturgos discordam dessa opinião de que a
    Liturgia de São Basílio é mais antiga que a recebida por São Gregório Magno
    (a não ser, é claro, naquilo que têm de essencial e em comum).
    E, de toda forma, tanto na Liturgia de São Basílio (Séc. IV)
    quanto na Liturgia Divina de São João Crisóstomo (Sec. IV-V),
    o conceito de “ceia” ou “banquete” aparece nitidamente subordinado ao conceito de
    sacrifício – exatamente como se dava no Velho Ordinário da Missa Romana.

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  25. Assisti missa ontem na Catedral de Vancouver, Canada e o padre incluiu “with Blessed Joseph, her Spouse” durante a oração eucarística.

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  26. E já tem tradução errada aí no meio… (Fratres, eu sei que a de você não é a oficial, mas também não é a literal).

    A LITERAL É ESTA:

    II – ”Com a Santa Mãe de Deus Virgem Maria, São José, seu esposo, os Santos Apóstolos”
    III – ”Com a Santíssima Virgem, Mãe de Deus, Maria, com São José, seu esposo, com os Santos Apóstolos”
    IV – ”Com a Santa Virgem, Mãe de Deus, Maria, com São José, seu esposo, com os Apóstolos”

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