IOR: Monsenhor é preso em investigação sobre corrupção.

Na semana em que o Papa Francisco dá os primeiros passos na reforma do chamado “Banco Vaticano“, polícia italiana prende diretor contábil da Santa Sé.

Mons. Nunzio Scarano.
Mons. Nunzio Scarano.

ROMA, 28 Jun (Reuters) – Um importante clérigo do Vaticano suspeito de tentar ajudar amigos ricos a levar milhões de euros para a Itália ilegalmente foi preso nesta sexta-feira, como parte de uma investigação no Banco do Vaticano, disseram fontes da polícia e o advogado do suspeito.

O monsenhor Nunzio Scarano, de 61 anos, trabalhava como contador da administração financeira do Vaticano e já estava envolvido em outra investigação realizada por magistrados do sul da Itália.

Ele foi preso em uma paróquia da periferia de Roma e levado para uma prisão da capital italiana, disse à Reuters o advogado Silverio Sica. Também foram presos na investigação um membro dos serviços secretos da Itália e um corretor financeiro.

Sica disse que Scarano foi acusado de envolvimento numa tentativa de ajudar amigos a levar 20 milhões de euros (26 milhões de dólares) da Suíça para a Itália de avião, em conluio com o agente do serviço secreto e o intermediário financeiro.

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Comunicado de imprensa sobre a prisão de prelado da cúria

Cidade do Vaticano, 28 de junho de 2013 – VIS | Tradução: Fratres in Unum.com – Nesta manhã, Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, publicou o seguinte comunicado a respeito da prisão, na Itália, de Mons. Nunzio Scarano, diretor do serviço de análise contábil da Administração do Patrimônio da Sé Apostólica (APSA), no contexto de uma investigação sobre corrupção e fraude.

“Como é de conhecimento nos últimos dias, Mons. Nunzio Scarano foi suspenso de sua posição na APSA há um mês, tão logo seus superiores foram informados que ele estava sob investigação. Isso está em conformidade com as Normas da Cúria Romana, que exige a suspensão preventina da pessoa contra a qual o processo foi iniciado”.

“A Santa Sé ainda não recebeu nenhuma solicitação das autoridades competentes italianas sobre o assunto, mas confirma sua disposição de cooperar plenamente”.

“A autoridade competente do Vaticano, a AIF (Autoridade Vaticana de Informação Financeira), está acompanhando o caso a fim de tomar, se necessário, as medidas apropriadas dentro de sua competência”.

8 comentários sobre “IOR: Monsenhor é preso em investigação sobre corrupção.

  1. A Igreja deve ser assim: pão, pão, queijo, queijo. Um prelado está em investigação, suspenda e efetive a colaboração completa com as autoridades.

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  2. Decididamente, o Banco do Vaticano é a “Coroa de espinhos” do papa. O grande problema mundial e da Igreja se localiza neste setor financeiro. Veja como a história se repete: Judas Iscariotes (da tribo de dã, excluída do Paraíso – vide Ap 7, 5-8) o banqueiro de Jesus, o traiu. Hoje, o sistema financeiro domina o planeta e dá as cartas mundiais: a exemplo da família Rockefeller, Rothschild… veja que interessante: na campanha da Senadora do PT, Marta Suplicy, deparei-me com os irmãos Safra entrando num jantar para arrecadar fundos para sua campanha eleitoral. Resumindo a ópera: em breve, eles conseguirão instituir um Governo Único Mundial anticristão e totalitário, com ajuda do mercado financeiro (sinagoga de Satanás – Ap 2,9). Quem viver, verá!

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  3. Paulo, só completando o que você disse: Judas além de trair Cristo, roubava dinheiro da “bolsa”:

    “Tomando Maria uma libra de bálsamo de nardo puro, de grande preço, ungiu os pés de Jesus e enxugou-os com seus cabelos. A casa encheu-se do perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, aquele que o havia de trair, disse: Por que não se vendeu este bálsamo por trezentos denários e não se deu aos pobres? Dizia isso não porque ele se interessasse pelos pobres, mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, furtava o que nela lançavam. Jesus disse: Deixai-a; ela guardou este perfume.” (São Mateus XII, 3-7).

    Além de traidor, Judas Iscariotes era ladrão e socialista (veja que ele tinha o mesmo “papo-furado” dos socialistas e TLs de hoje: “Vender tudo e dar aos pobres”).

    Em suma, a figura do Iscariotes resume os banqueiros de hoje (com raríssimas exceções): ladrão, traidor e socialista.

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  4. Aqui cabe uma reflexão pertinente.
    Muitos países impõem severa perseguição religiosa contra os cristãos. Toda ajuda humanitária que chega a estes grupos é submetida a fiscalizações, confiscos, inspeções e todo tipo de obstáculos pelas autoridades. A ajuda financeira, do mesmo modo, sofre grandes restrições de tal modo que é praticamente impossível os cristãos sob perseguição receberam um mínimo de apoio material para sobreviverem em regiões hostis (é o caso da China e da Coréia da Norte).
    Existem indícios de que a maior ajuda financeira para os refugiados chegaria por via clandestina, sem passar pelas instituições bancárias regulares. E estas operações dependem quase sempre de pessoas ligadas ao Banco do Vaticano, do qual se originaria a maior parte destes recursos. Assim, até onde se sabe, o Banco do Vaticano poderia estar atuando em operações clandestinas de transferência de recursos não para acobertar ações criminosas, mas para salvar seus filhos da perseguição.
    Claro que até agora só existem boatos ou suspeitas. No futuro, a História vai revelar quem são os verdadeiros heróis e vilões envolvendo o Banco do Vaticano.

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  5. São Paulo nos ensina que o “amor ao dinheiro é a raiz de todo pecado”. Nós Católicos devemos mais do que nunca, ver em São Francisco de Assis e outros tantos Santos(as), o exemplo de desapego e renúncia aos principados e potestades do mundo.

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  6. Caros FRATRES;
    Ah, mais um da cúria espúria…
    Mas afinal, depois de tantos escândalos… hummm… nada de mais, afinal:
    “Tutti buona gente!”
    E ainda tem aquela tchuminha tentando defender…
    Daí, faço a “perguntinha incômoda” e tem gente que fica de beicinho:
    ESSA IGREJA CONCILIAR É SÉRIA?

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