Confirmado: Parolin nomeado novo Secretário de Estado.

Como antecipado ontem, acaba de ser anunciada a nomeação de Dom Pietro Parolin, até o momento núncio apostólico na Venezuela, como novo Secretário de Estado. O Cardeal Bertone permanecerá no cargo até 15 de outubro.

Palavras de Parolin em sua declaração por ocasião da nomeação: “Possa Nossa Senhora, a quem gosto de invocar sob os títulos de Nossa Senhora do Monte Berico, Guadalupe e Coromoto, nos dar ‘a coragem de caminhar na presença do Senhor, com a Cruz do Senhor; de edificar a Igreja no sangue do Senhor derramado na Cruz; e de professar a única glória: Cristo crucificado. E assim a Igreja irá adiante”.

Nota do Bispo de Pesqueira advertindo sobre a maçonaria.

Texto da Nota emitida por Dom José Luiz Ferreira Salles, na tarde deste dia 30 de agosto de 2013, através da Cúria diocesana de Pesqueira, após reunião com a Comissão diocesana de pastoral para a Doutrina da Fé

Aos padres, religiosos (as), leigos (as) e a todos aqueles que as presentes letras virem, saudação, paz e bênção  em nosso Senhor Jesus Cristo.

A respeito da celebração presidida pelo Pe. José Gomes de Melo realizada em Sanharó no dia 20 do corrente mês, que deu margem a comentários na internet que denigrem a Santa Igreja, faço saber a todos que: Lamento profundamente a reincidência neste erro gravíssimo que traz muitos transtornos à nossa Igreja diocesana. Por ocasião de denuncia sobre fato semelhante ocorrido em Belo Jardim, foram tomadas as medidas cabíveis de admoestação ao padre envolvido naquele triste e reprovável episodio, conforme o Direito Canônico e as orientações da Santa Sé. Também o Padre José Gomes de Melo foi severamente advertido, está afastado de suas funções paroquiais em Sanharó e das demais funções diocesanas. Ao mesmo, visivelmente arrependido, recomendamos recolhimento, penitência, oração e exigimos retratação perante a Igreja. Imediatamente, o citado padre nos apresentou uma carta escrita, assinada de próprio punho, na qual pede perdão e compromete-se a se retratar publicamente.

Esta Igreja diocesana reafirma a comunhão com a doutrina da Igreja e não permite que seja celebrada qualquer função em união com qualquer associação que não esteja em comunhão com a Doutrina da Igreja. Não é permitido que se realize nenhuma ação litúrgica para a maçonaria nem consentido que sejam apresentados seus símbolos nas celebrações, muito menos que se celebre em ambiente de denominação maçônica.

Os presbíteros desta Diocese receberão um comunicado oficial do ocorrido tornando-os cientes de que será determinada a sumária suspensão do padre que porventura cometa qualquer abuso litúrgico ou ouse expor a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo à qualquer situação vexatória desta ou de outra natureza.

Aproveito esta Nota para ratificar a fidelidade desta Igreja diocesana à Cristo e à sua Igreja, sempre pronta a testemunhar a fé e anunciar a Boa Nova do Reino, percorrendo os caminhos da missão – frequentemente árduos – para santificar a todos.

Pesqueira, 30 de agosto de 2013

Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR

Bispo Diocesano

Fonte: Comissão diocesana para a Doutrina da Fé

Bertone se aposenta. Em seu posto, Parolin.

A IMINENTE SAÍDA DE CENA DO CARDEAL BERTONE

Papa Francisco poderia nomear amanhã o novo Secretário de Estado: o núncio da Venezuela

Por Andrea Tornielli – Vatican Insider | Tradução: Fratres in Unum.com – Papa Francisco poderia receber amanhã as demissões apresentadas há algum tempo pelo Secretário de Estado, Tarcísio Bertone, e, segundo diversas indiscrições, teria decidido nomear em seu lugar o arcebispo Pietro Parolin, núncio apostólico na Venezuela.

Cardeal Tarcisio Bertone.
Cardeal Tarcisio Bertone.

O novo “primeiro ministro” vaticano tem 58 anos e é originário de Schiavon, na província de Vicenza. Sacerdote desde 1980, entrou na diplomacia vaticana em 1986. Em 2002 foi nomeado sub-secretário da Seção para as Relações com os Estados, da Secretaria de Estado – em política, “vice-ministro do Exterior” –, onde colaborou, primeiramente, com o cardeal Sodano e, depois, com Bertone. Em setembro de 2009, Bento XVI, que algumas semanas antes o tinha nomeado núncio na Venezuela, o consagrou bispo. Entre os consagrantes estava, também, Bertone.

O atual Secretário de Estado deixa o cargo já às vésperas de completar os 79 anos, como aconteceu com seu predecessor, o cardeal Angelo Sodano, atual decano do colégio cardinalício. O salesiano Tarcísio Bertone, até então arcebispo de Gênova, foi escolhido pelo Papa Ratzinger como Secretário de Estado em 2006, um ano depois da eleição. Então, a nomeação seguiu o curioso itinerário de um anúncio em junho e de um ingresso no cargo em setembro: o novo “primeiro ministro” vaticano teve de enfrentar logo uma crise, aquela provocada por uma interpretação das palavras pronunciadas por Bento XVI no famoso discurso de Ratisbona.

Dom Pietro Parolin, até agora núncio apostólico na Venezuela.
Dom Pietro Parolin, até agora núncio apostólico na Venezuela.

Na origem da escolha de um prelado não proveniente da diplomacia pontifícia – por outro lado, não totalmente inédita na história da Igreja – havia uma pessoal colaboração e confidência, que tinha se consolidado entre 1995 e 2002, nos anos em que este último tinha sido secretário da Congregação para a Doutrina da Fé, guiada pelo Prefeito Joseph Ratzinger.

O então chefe do Ex-Santo Ofício tinha apreciado as qualidade operativas e a fidelidade de Bertone. Por isso, não obstante o parecer contrário de diversos curiais, o tinha escolhido e defendido até o fim, não acolhendo as solicitações dos cardeais, que nos últimos anos sugeriam uma mudança.

Bertone, que conserva o cargo de carmelengo da Santa Igreja Romana e, pelo momento, permanece no conselho cardinalício para a superintendência do IOR, já sabia que em qualquer momento, no final do verão, seria substituído. Se lembrarmos o passado recente, entenderemos como a substituição, facilitada pela idade do Secretário de Estado atual, aconteceu em tempos rápidos.

Em outubro de 1958, João XXIII escolheu o secretário de Estado na noite da própria eleição, mas o cargo permaneceu vacante desde 1944, desde quando tinha morrido o cardeal Luigi Maglione e o Papa Pio XII não o tinha substituído, servindo-se dos dois substitutos, Montini e Tardini.

Paulo VI, em junho de 1963, confirmou no cargo o cardeal Amleto Cicognani, já octagenário e já Secretário de Estado do predecessor, mantendo-o por outros seis anos.

João Paulo I e João Paulo II confirmaram o cardeal francês Jean Villot, mesmo que o Papa Wojtyla tenha escrito que um Papa não italiano deveria ter um Secretário de Estado italiano. Villot, que até hoje continua sendo o único Secretário de Estado que serviu três Pontífices, morreu em março de 1979, e em seu posto foi nomeado Agostino Casaroli. A demissão do prelado símbolo da Ostpolitik foram recebidas pelo Papa Wojtyla quando Casaroli completou 76 anos, e Angelo Sodano se tornou Secretário de Estado, chegando a acompanhar por um ano e meio, de abril de 2006 a setembro de 2006, o pontificado de Bento XVI.

Em julho passado, o cardeal Timothy Dolan, acebispo de Nova York, em uma entrevista, se lamentou da demora na nomeação do Secretário de Estado, sobre o qual se tinham adensado críticas durante a discussão do pré-conclave. “Espero que, depois da pausa de verão, se concretize algum sinal a mais relativamente à mudança da gestão”, comentou o purpurado americano, depois de ter dito que esperava a substituição antes do verão, como, aliás, tinha sido prognosticado erroneamente por outros.

Sim, eles fizeram de novo: Missa pelo dia do Maçom na diocese de Pesqueira, uma verdadeira Casa da Mãe Joana.

Você certamente se lembra, caro leitor, da escandalosa Missa pelo dia do Maçom celebrada na diocese de Pesqueira, Pernambuco, no ano passado. A repercussão, inclusive internacional, foi enorme, e o post acabou sendo o mais lido de todo o ano de 2012 no Fratres.

Pois bem: neste ano, eles fizeram de novo. A informação é do site Pesqueira em Foco:

Missa Em Homenagem Ao Dia Do Maçom (20 de Agosto) 

Publicado em 26/08/2013 – Missa em homenagem ao dia do Maçom (20 de Agosto), Hoje em Sanharó-PE, Celebrada por Pe. Nilson, que contou com a presença de membros das lojas maçônicas de Sanharó, Belo Jardim e Pesqueira. Sem esquecer da bela participação da Banda Filarmônica Santa Cecília e da comunidade de Sanharó.

O celebrante, Padre José Gomes de Melo, conhecido como Padre Nilson, é Administrador Paroquial da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus e “articulador” (?) da Comissão Diocesana para o Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso da Diocese de Pesqueira.

Desta vez, os maçons foram mais discretos — deixaram o avental do ano anterior e usaram apenas um pequeno broche. A seguir, algumas fotos:

No ano passado, interpelado por um fiel, o bispo diocesano, Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR, pediu desculpas e respondeu simplesmente que… acabara de chegar de viagem! Qual será a desculpa da vez, senhor bispo? Sua Excelência Reverendíssima é pura e simplesmente conivente? Banimos de pronto a idéia de que o senhor possa também ser mais um dos “irmãos” das lojas de Pesqueira… Deus nos livre!

E o que espera a Nunciatura Apostólica para tomar uma atitude? E os dicastérios competentes da Cúria Romana? Aguardarão o escândalo se repetir ano após ano em total inércia?

Não deixe de manifestar o seu repúdio às autoridades eclesiásticas, de preferência por telefone ou fax:

BISPO DIOCESANO DE PESQUEIRA

Dom José Luiz Ferreira Salles, CSsR: ; ;
Página da Diocese de Pesqueira no Facebook: https://www.facebook.com/pages/Diocese-de-Pesqueira/131059023689139
Cúria Diocesana: Rua Cardeal Arcoverde, 23  Centro. CEP: 55200-000  Pesqueira – PE
Fone/Fax:  (87) 3835.1562 

NUNCIATURA APOSTÓLICA

Excelência Reverendíssima Dom Giovanni D’Aniello, Núncio Apostólico
Av. das Nações, Quadra 801 Lt. 01/ CEP 70401-900 Brasília – DF
Cx. Postal 0153 Cep 70359-916 Brasília – DF
Fones: (61) 3223 – 0794 ou 3223-0916
Fax: (61) 3224 – 9365
E-mail: nunapost@solar.com.br

SECRETARIA DE ESTADO DA SANTA SÉ:

Eminência Reverendíssima Dom Tarcisio Cardeal Bertone
Palazzo Apostolico Vaticano
00120 Città Del Vaticano – ROMA
Tel. 06.6988-3438 Fax: 06.6988-5088
1ª Seção Tel. 06.6988-3014
2ª Seção Tel. 06.6988-5364
e-mail: ;  ; 

CONGREGAÇÃO PARA A DOUTRINA DA FÉ

Excelência Reverendíssima Dom Gerhard Ludwig Müller
Palazzo del Sant’Uffizio, 00120 Città del Vaticano
E-mail:  – Tel. 06.6988-3438 Fax: 06.6988-5088

CONGREGAÇÃO PARA O CLERO

Eminência Reverendíssima Dom Mauro Cardeal Piacenza:
Piazza Pio XII, 3 00193 – Città del Vaticano – ROMA
Tel: (003906) 69884151, fax: (003906) 69884845
Email:  (Secretário)

SUPREMO TRIBUNAL DA ASSINATURA APOSTÓLICA

Eminência Reverendíssima Dom Raymond Cardeal Leo Burke.
Piazza della Cancelleria, 1 – 00186 ROMA
Tel. 06.6988-7520 Fax: 06.6988-7553

CONGREGAZIONE PER IL CULTO DIVINO E LA DISCIPLINA DEI SACRAMENTI

Eminência Reverendíssima Dom Antonio Cardeal Cañizares Llovera, Prefeito desta egrégia Congregação, Palazzo delle Congregazioni
Piazza Pio XII, 10
00120 CITTÀ DEL VATICANO – Santa Sede – Tel. 06-6988-4316 Fax: 06-6969-3499
e-mail: ; 

CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA – DOS SEMINÁRIOS E DOS INSTITUTOS DE ESTUDO:

Eminência Reverendíssima Dom Zenon Cardeal Grocholewski:
Piazza Pio XII, 3 00193 – Città del Vaticano – ROMA
Tel. 06.6988-3438 Fax: 06.6988-5088

CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA 

Excelência Reverendíssima Dom João Braz de Aviz:
Piazza Pio XII, 3 00193 – Città del Vaticano – ROMA
Tel. 06.6988-3438 Fax: 06.6988-5088
Senhor Prefeito: +39. 06. 69884121
Senhor Arcebispo Secretário Joseph William Tobin, C.SS.R.: +39. 06. 69884584
E-mail:  (Prefeito)
 (Secretário)
 (informação)

Sancte Augustine, ora pro nobis!

Oração de Santo Agostinho

Vós sois, ó Jesus, o Cristo, meu Pai santo, meu Deus misericordioso, meu Rei infinitamente grande; sois meu bom pastor, meu único mestre, meu auxílio cheio de bondade, meu bem-amado de uma beleza maravilhosa, meu pão vivo, meu sacerdote eterno, meu guia para a pátria, minha verdadeira luz, minha santa doçura, meu reto caminho, sapiência minha preclara, minha pura simplicidade, minha paz e concórdia; sois, enfim, toda a minha salvaguarda, minha herança preciosa, minha eterna salvação.

Ó Jesus Cristo, amável, Senhor, por que, em toda minha vida, amei, por que desejei outra coisa senão Vós? Onde estava eu quando não pensava em Vós? Ah! que, pelo menos, a partir deste momento, meu coração só deseje a Vós e por Vós se abrase, Senhor Jesus! Desejos de minha alma, correi, que já bastante tardastes; ó, apressai-vos para o fim a que aspirais; procurai em verdade Aquele que procurais.

Ó Jesus, anátema seja quem não Vos ama. Aquele que não Vos ama seja repleto de amarguras. Ó doce Jesus, sede o amor, as delícias, a admiração de todo coração dignamente consagrado à vossa glória.

Deus de meu coração e minha partilha, Jesus Cristo, que em Vós meu coração desfaleça, e sede Vós mesmo a minha vida.

Acenda-se em minha alma a brasa ardente de vosso amor e se converta num incêndio todo divino, a arder para sempre no altar de meu coração; que inflame o íntimo de meu ser, e abrase o âmago de minha alma; para que no dia de minha morte eu apareça diante de Vós inteiramente consumido em vosso amor. Assim Seja.

Publicado originalmente na festa de Santo Agostinho de 2010.

Nova Evangelização nas “periferias existenciais”: Padre celebra missa dentro de córrego poluído.

padre nelson

CBN – Os moradores da região do Jardim Capivari, em Campinas, participaram na manhã deste domingo de uma missa um tanto inusitada. A missa foi celebrada pelo Padre Nelson Ferreira de Campos, da Paróquia de Santa Luzia, dentro do córrego extremamente poluído do Rio Capivari. A solenidade encerrou a Sétima Caminhada Pela Vida, organizada pela paróquia que reúne oito comunidades da região. Centenas de fiéis participaram da caminhada que saiu por volta das 9h30, em frente a igreja de Santo Antônio, no Parque Ipiranga. Eles percorreram cerca de cinco quilômetros até chegarem ao córrego que é tomado por muita sujeira.

Ao longo do caminhada, os fiéis paravam e encenavam por alguns minutos situações do cotidiano que remetiam aos problemas da comunidade. Em uma das paradas adultos e crianças encenaram o descaso do poder público com o setor da saúde . Em uma outra parada os fiéis prestaram uma homenagem aos quatro jovens que foram vitimas em uma chacina que já completou um ano sem nenhuma solução.

O ponto alto da caminhada foi a missa celebrada pelo Padre Nelson dentro do fétido córrego. Segundo o religioso o local foi escolhido como forma de protesto contra o descaso do poder público com a população das periferias da cidade.

Para pagar dívidas da Jornada, igreja vende prédio no Rio.

Folha de São Paulo – A Arquidiocese do Rio está se desfazendo de parte do patrimônio da Igreja Católica para tentar saldar a dívida deixada pela Jornada Mundial da Juventude.

Um prédio em São Cristóvão, bairro da zona norte da cidade, está sendo vendido para a Rede D’Or de hospitais por R$ 46 milhões. No imóvel funciona, desde 2001, o hospital Quinta D’Or.
O prédio pertence à Casa do Pobre de Nossa Senhora de Copacabana, entidade ligada à igreja. Estava alugado à Rede D’Or desde a inauguração do hospital.

Com o fim da Jornada, em 28 de julho, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, procurou empresários para conversar, em busca de uma solução para a dívida –cujo montante não foi revelado.

Uma das ideias que surgiram dessas conversas foi a venda do prédio onde, até os anos 80, funcionou o Hospital São Francisco de Paula, da Ordem de São Francisco dos Mínimos.
Há duas semanas, foi assinada uma escritura de promessa de compra e venda entre a Casa do Pobre de Nossa Senhora de Copacabana e a Rede D’Or.

Procurado pela Folha, o vice-presidente do comitê organizador da Jornada, dom Paulo Cezar Costa, hesitou em dar detalhes sobre a negociação. “Isso não está totalmente concretizado.”
Mas o bispo reconheceu que está sendo feito um levantamento dos imóveis da igreja que poderão ser usados para quitar as dívidas.

“Não pensamos em vender muitos imóveis, até porque nem temos muitos imóveis para vender.” A direção da Rede D’Or confirmou à Folha a compra do prédio.

Pouco antes do início da Jornada Mundial da Juventude, o comitê organizador estimou que o custo do encontro internacional de jovens católicos, que teve a presença do papa Francisco, pudesse custar até R$ 350 milhões, dos quais pouco mais de R$ 100 milhões viriam dos governos federal, estadual e municipal.

Segundo a igreja, a principal fonte de receita da Jornada estaria nas inscrições de 427 mil peregrinos, que pagaram entre R$ 100 e R$ 600 para ter direito a pacotes que incluíam alimentação, transporte e hospedagem.

A Arquidiocese do Rio, no entanto, não informa qual foi o valor arrecadado.

“Ainda vai levar algum tempo para chegar aos números definitivos da Jornada”, disse dom Paulo Cezar.

Foto da semana.

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Gricigliano, Itália, 3 de julho 2013, ordenações subdiaconais e diaconais conferidas por Sua Excelência Reverendíssima Dom Guido Pozzo, secretário da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, a membros do Instituto de Cristo Rei e Sumo Sacerdote: nosso caríssimo amigo de longa data, o seminarista Heitor Martins Matheus Netto, é ordenado ao subdiaconato. Rezemos por ele, que em breve será ordenado diácono e sacerdote do Altíssimo. Congratulazioni carissimo Don Heitor!

Mais imagens podem ser vistas no site do Instituto.

As múmias ressurgem das catacumbas. Com a ajuda de um pombo-correio da CNBB.

‘Queremos que, na Igreja, pessoas sintam que não há distinção’

mun-ra

O Globo – RIO – Arcebispo emérito da Paraíba e bispos eméritos de Goiás e São Félix do Araguaia (MT), Dom José Maria Pires, Dom Tomás Balduino e Dom Pedro Casaldáliga, respectivamente, enviaram uma carta a todos os bispos do país conclamando ao diálogo, e pedindo que os princípios do Concílio Vaticano II, convocado pelo Papa João XXIII e levado à frente pelo Papa Paulo VI, sejam retomados pela Igreja Católica.

A primeira geração que teve contato com o Concílio tentou segui-lo com muito ardor. Gostaríamos de retomar esse ardor, essa capacidade de nos ajustar à realidade das pessoas, de estar mais perto do povo, seja rico ou pobre — diz Dom José Maria Pires: — À época do Concílio, os bispos deixaram os palácios e foram viver em casas. Quando viajavam, eles deixaram de ficar hospedados na melhores casas e passaram a se aproximar mais das pessoas. Queremos que o diálogo sobre essas questões seja retomado e que, na Igreja, as pessoas sintam que não há distinção entre elas.

Carta relembra Papa Francisco

A carta, escrita em 15 de agosto, diz que a eleição do Papa Francisco foi motivo de alegria e lembra seus pedidos de mais simplicidade: “Alegrou-nos muito a eleição do Papa Francisco no pastoreio da Igreja, pelas suas mensagens de renovação e conversão, com seus seguidos apelos a uma maior simplicidade evangélica e maior zelo de amor pastoral por toda a Igreja”. Diz ainda que a vinda do Papa ao Brasil, durante a Jornada Mundial da Juventude, e suas palavras aos jovens e aos bispos os fez lembrar do Pacto das Catacumbas.

O Pacto das Catacumbas foi feito por bispos progressistas de todo o mundo e deixava claro como eles deveriam levar o Concílio à prática. No entanto, Paulo VI foi boicotado pela Cúria Romana. João Paulo II assumiu como Papa e foi ficando cada vez mais conservador, ainda que tenha assinado o pacto quando era bispo. Depois, tivemos Bento XVI e agora, com o Papa Francisco, existe a possibilidade que o Concílio seja colocado em prática — explica Frei Betto, que diz ainda que, com o passar dos anos, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) foi se afastando dos mais pobres e dos que não tinham voz: — Agora, com a carta assinada por esses três homens que dedicaram a vida à Igreja, que são mártires vivos, e que vão ao encontro do que o Papa Francisco tem falado, acredito que o diálogo possa ser retomado.

A carta relembra ainda o que o Papa Francisco disse no Rio: “O Papa Francisco ao dirigir-se aos jovens na Jornada Mundial e ao dar-lhes apoio nas suas mobilizações, assim se expressou: ‘Quero que a Igreja saia às ruas”. Isso faz eco à entusiástica palavra do apóstolo Paulo aos Romanos: “É hora de despertar, é hora e de vestir as armas da luz” (13,11)’. Seja essa a nossa mística e nosso mais profundo amor.”

As novas gerações se afastaram do que era proposto pelo Concílio. Mas nossa grande força agora é o estilo do Papa Francisco, que quer uma Igreja cada vez mais perto do povo — diz Dom José Maria Pires, que já recebeu duas cartas de bispos interessados em repassar o que ele e os outros dois bispos escreveram para todos os padres de suas arquidioceses:

— A carta foi feita para isso, para que todos possam refletir, para provocar uma reflexão. Nós perdemos a capacidade de nos ajustarmos (à realidade de todos), mas agora podemos ter uma integração maior com as pessoas. O começo dessa mudança foi a eleição do Papa Francisco. Então, nós nos sentimos na obrigação de apoiá-lo.

* * *

Fratres in Unum está em condições de afirmar que a carta, cuja íntegra segue abaixo, foi distribuída também por e-mail, ao menos a alguns bispos do Brasil, através do garoto de recados secretário-geral da CNBB, Dom Leonardo Steiner, futuro arcebispo de Porto Alegre — que acumula, assim, mais um feito para seu enorme currículo de bizarrices e desserviços à Igreja na Terra de Santa Cruz.

Das múmias das catacumbas, recorde-se: que Dom Steiner (a 14 anos de se aposentar) foi o primeiro sucessor de Casaldáliga (85 anos) na prelazia de São Felix do Araguaia; que Dom José Maria Pires (94 anos) esteve presente no congresso herético-libertário da Unisinos no ano passado (de clergyman — nessas horas eles se valem de sua apresentação clerical); e que Dom Tomás Balduíno (90 anos) foi condecorado, juntamente com Boff e Casaldáliga, pelo governo federal petista no ano passado.

Bispos eméritos escrevem aos bispos do Brasil

Queridos irmãos no episcopado,

Somos três bispos eméritos que, de acordo com o ensinamento do Concílio Vaticano II, apesar de não sermos mais pastores de uma Igreja local, somos sempre participantes do Colégio episcopal, e junto com o Papa, nos sentimos responsáveis pela comunhão universal da Igreja Católica.

Alegrou-nos muito a eleição do Papa Francisco no pastoreio da Igreja, pelas suas mensagens de renovação e conversão, com seus seguidos apelos a uma maior simplicidade evangélica e maior zelo de amor pastoral por toda a Igreja. Tocou-nos também a sua recente visita ao Brasil, particularmente suas palavras aos jovens e aos bispos. Isso até nos trouxe a memória do histórico Pacto das Catacumbas.

Será que nós bispos nos damos conta do que, teologicamente, significa esse novo horizonte eclesial? No Brasil, em uma entrevista, o Papa recordou a famosa máxima medieval: “Ecclesia semper renovanda”.

Por pensar nessa nossa responsabilidade como bispos da Igreja Católica, nos permitimos esse gesto de confiança de lhes escrever essas reflexões, com um pedido fraterno para que desenvolvamos um maior diálogo a respeito.

1. A Teologia do Vaticano II sobre o ministério episcopal

O Decreto Christus Dominus dedica o 2º capítulo à relação entre bispo e Igreja Particular. Cada Diocese é apresentada como “porção do Povo de Deus” (não é mais apenas um território) e afirma que, “em cada Igreja local está e opera verdadeiramente a Igreja de Cristo, una, santa, católica e apostólica” (CD 11), pois toda Igreja local não é apenas um pedaço de Igreja ou filial do Vaticano, mas é verdadeiramente Igreja de Cristo e, assim a designa o Novo Testamento (LG 22). “Cada Igreja local é congregada pelo Espírito Santo, por meio do Evangelho, tem sua consistência própria no serviço da caridade, isto é, na missão de transformar o mundo e testemunhar o Reino de Deus. Essa missão é expressa na Eucaristia e nos sacramentos. Isso é vivido na comunhão com seu pastor, o bispo”.

Essa teologia situa o bispo não acima ou fora de sua Igreja, mas como cristão inserido no rebanho e com um ministério de serviço a seus irmãos. É a partir dessa inserção que cada bispo, local ou emérito, assim como os auxiliares e os que trabalham em funções pastorais sem dioceses,todos, enquanto portadores do dom recebido de Deus na ordenação são membros do Colégio Episcopal e responsáveis pela catolicidade da Igreja.

2. A sinodalidade necessária no século XXI

A organização do papado como estrutura monárquica centralizada foi instituída a partir do pontificado de Gregório VII, em 1078. Durante o 1º milênio do Cristianismo, o primado do bispo de Roma estava organizado de forma mais colegial e a Igreja toda era mais sinodal.

O Concílio Vaticano II orientou a Igreja para a compreensão do episcopado como um ministério colegial. Essa inovação encontrou, durante o Concílio, a oposição de uma minoria inconformada. O assunto, na verdade, não foi suficientemente amarrado. Além disso, o Código de Direito Canônico, de 1983 e os documentos emanados pelo Vaticano, a partir de então, não priorizaram a colegialidade, mas restringiram a sua compreensão e criaram barreiras ao seu exercício. Isso foi em prol da centralização e crescente poder da Cúria romana, em detrimento das Conferências nacionais e continentais e do próprio Sínodo dos bispos, este de caráter apenas consultivo e não deliberativo, sendo que tais organismos detêm, junto com o Bispo de Roma, o supremo e pleno poder em relação à Igreja inteira.

Agora, o Papa Francisco parece desejar restituir às estruturas da Igreja Católica e a cada uma de nossas dioceses uma organização mais sinodal e de comunhão colegiada. Nessa orientação, ele constituiu uma comissão de cardeais de todos os continentes para estudar uma possível reforma da Cúria Romana. Entretanto, para dar passos concretos e eficientes nesse caminho – e que já está acontecendo – ele precisa da nossa participação ativa e consciente. Devemos fazer isso como forma de compreender a própria função de bispos, não como meros conselheiros e auxiliares do papa, que o ajudam à medida que ele pede ou deseja e sim como pastores, encarregados com o papa de zelar pela comunhão universal e o cuidado de todas as Igrejas.

3. O cinquentenário do Concílio

Nesse momento histórico, que coincide também com o cinqüentenário do Concílio Vaticano II, a primeira contribuição que podemos dar à Igreja é assumir nossa missão de pastores que exercem o sacerdócio do Novo Testamento, não como sacerdotes da antiga lei e sim, como profetas. Isso nos obriga colaborar efetivamente com o bispo de Roma, expressando com mais liberdade e autonomia nossa opinião sobre os assuntos que pedem uma revisão pastoral e teológica. Se os bispos de todo o mundo exercessem com mais liberdade e responsabilidade fraternas o dever do diálogo e dessem sua opinião mais livre sobre vários assuntos, certamente, se quebrariam certos tabus e a Igreja conseguiria retomar o diálogo com a humanidade, que o Papa João XXIII iniciou e o Papa Francisco está acenando.

A ocasião, pois, é de assumir o Concílio Vaticano II atualizado, superar de uma vez por todas a tentação de Cristandade, viver dentro de uma Igreja plural e pobre, de opção pelos pobres, uma eclesiologia de participação, de libertação, de diaconia, de profecia, de martírio… Uma Igreja explicitamente ecumênica, de fé e política, de integração da Nossa América, reivindicando os plenos direitos da mulher, superando a respeito os fechamentos advindos de uma eclesiologia equivocada.

Concluído o Concílio, alguns bispos – sendo muitos do Brasil – celebraram o Pacto das Catacumbas de Santa Domitila. Eles foram seguidos por aproximadamente 500 bispos nesse compromisso de radical e profunda conversão pessoal. Foi assim que se inaugurou a recepção corajosa e profética do Concílio.

Hoje, várias pessoas, em diversas partes do mundo, estão pensando num novo Pacto das Catacumbas. Por isso, desejando contribuir com a reflexão eclesial de vocês, enviamos anexo o texto original do Primeiro Pacto.

O clericalismo denunciado pelo Papa Francisco está sequestrando a centralidade do Povo de Deus na compreensão de uma Igreja, cujos membros, pelo batismo, são alçados à dignidade de “sacerdotes, profetas e reis”. O mesmo clericalismo vem excluindo o protagonismo eclesial dos leigos e leigas, fazendo o sacramento da ordem se sobrepor ao sacramento do batismo e à radical igualdade em Cristo de todos os batizados e batizadas.

Além disso, em um contexto de mundo no qual a maioria dos católicos está nos países do sul (América Latina e África), se torna importante dar à Igreja outros rostos além do costumeiro expresso na cultura ocidental. Nos nossos países, é preciso ter a liberdade de desocidentalizar a linguagem da fé e da liturgia latina, não para criarmos uma Igreja diferente, mas para enriquecermos a catolicidade eclesial.

Finalmente, está em jogo o nosso diálogo com o mundo. Está em questão qual a imagem de Deus que damos ao mundo e o testemunhamos pelo nosso modo de ser, pela linguagem de nossas celebrações e pela forma que toma nossa pastoral. Esse ponto é o que deve mais nos preocupar e exigir nossa atenção. Na Bíblia, para o Povo de Israel, “voltar ao primeiro amor”, significava retomar a mística e a espiritualidade do Êxodo.

Para as nossas Igrejas da América Latina, “voltar ao primeiro amor” é retomar a mística do Reino de Deus na caminhada junto com os pobres e a serviço de sua libertação. Em nossas dioceses, as pastorais sociais não podem ser meros apêndices da organização eclesial ou expressões menores do nosso cuidado pastoral. Ao contrário, é o que nos constitui como Igreja, assembleia reunida pelo Espírito para testemunhar que o Reino está vindo e que de fato oramos e desejamos: venha o teu Reino!

Esta hora é, sem dúvida, sobretudo para nós bispos, com urgência, a hora da ação. O Papa Francisco ao dirigir-se aos jovens na Jornada Mundial e ao dar-lhes apoio nas suas mobilizações, assim se expressou: “Quero que a Igreja saia às ruas”. Isso faz eco à entusiástica palavra do apóstolo Paulo aos Romanos: “É hora de despertar, é hora e de vestir as armas da luz” (13,11). Seja essa a nossa mística e nosso mais profundo amor.

Abraços, com fraterna amizade,

Dom José Maria Pires, arcebispo emérito da Paraíba.

Dom Tomás Balduino, bispo emérito de Goiás.

Dom Pedro Casaldáliga, bispo emérito de São Félix do Araguaia.

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O Pacto das Catacumbas pode ser lido aqui.

Bento XVI responde por que decidiu renunciar: “Deus me disse”.

Roma, 19 de Agosto de 2013 (Zenit.org) Salvatore Cernuzio | Talvez ele precisasse de respirar um ar diferente daquele dos Jardins do Vaticano, ou, ao terminar o verão, ele quisesse rever a casa onde passou oito verões e apreciar a vista do Lago Albano. O fato é que, ontem à tarde, Bento XVI se permitiu uma curta viagem até Castel Gandolfo, vila que é a residência de verão dos papas desde o papa Urbano VIII, onde passou os primeiros dois meses após a renúncia do ministério petrino.

O papa emérito – de acordo com relatos de fontes do Vaticano – passou cerca de três horas na cidade, caminhou nos jardins do palácio, recitou o rosário e assistiu a um concerto de piano. Retornou à noite para o mosteiro Mater Ecclesiae, no Vaticano, onde decidiu viver “escondido do mundo” após a decisão histórica de 11 de Fevereiro.

Bento XVI, ainda Pontífice reinante, em Castel Gandolfo.
Bento XVI, ainda Pontífice reinante, em Castel Gandolfo.

Acompanharam Bento XVI na tarde de ontem, seus “anjos da guarda”: as memores domini, Loredana, Carmela, Cristina e Manuela, quatro leigas consagradas, do movimento Comunhão e Libertação, que cuidavam do apartamento, da capela e do guarda-roupa de Ratzinger nos anos de seu pontificado, e continuam a ajudá-lo, mesmo agora, após a renúncia.

Papa Francisco teria”cedido” o lugar ao predecessor, convidando-o para passar o verão, nas colinas Albani, já que ele ficaria em Roma por “compromissos de trabalho”. O papa emérito recusou o convite, evitando assim o possível rumor de uma transferência e mantendo o perfil discreto.

Cerca de seis meses após o anúncio que chocou o mundo, a decisão de Ratzinger de viver uma vida oculta ainda suscita reflexões e questionamentos. Alguns tiveram o privilégio de ouvir dos lábios do papa emérito as razões desta escolha. Apesar da vida de clausura, Ratzinger concede, esporadicamente, e apenas em certas ocasiões, algumas visitas muito particulares no Mater Ecclesiae. Durante estes encontros, o ex-pontífice não revela segredos, não faz declarações que podem pesar como “as palavras do outro papa”,e mantém a discrição que sempre o caracterizou.

No máximo observa com satisfação as maravilhas que o Espírito Santo está fazendo com o seu sucessor, ou fala sobre si mesmo, de como a escolha de renunciar foi inspiração de Deus.

Assim teria dito Bento XVI a um convidado destes encontros raros que teve a graça de encontrá-lo algumas semanas atrás, em Roma. “Deus me disse”, foi a resposta do papa emérito à pergunta sobre por que ele quis renunciar. Ele imediatamente esclareceu que não houve qualquer tipo de atitude por aparência ou algo parecido, mas foi uma “experiência mística”, em que o Senhor suscitou em seu coração um “desejo absoluto” de ficar a sós com Ele, recolhido em oração.

A atitude de Bento XVI, portanto, não foi uma fuga do mundo, mas um refúgio em Deus para viver do Seu amor. Ratzinger disse — revelou a fonte,que prefere permanecer anônima — que esta “experiência mística” perdura por todos esses longos meses, aumentando cada vez mais o desejo de uma relação única e direta com o Senhor. Além disso, o papa emérito revelou que quanto mais observa o carisma de Francisco, mais compreende o quanto essa escolha foi a vontade de Deus.