Foi anunciada hoje, festa do Santíssimo Nome de Maria, a confirmação, pela Comissão Ecclesia Dei, da reeleição do Padre Philippe Laguerie como superior do Instituto do Bom Pastor.
A reeleição de Laguerie ocorre enquanto o instituto passa por uma situação conturbada, após a anulação da votação anterior que elegera o atual reitor do seminário Saint Vincent, Padre Roch Perrel, como novo superior.
Perrel representava uma ala no instituto contrária às recentes propostas de Roma, quais sejam: a mudança de rito “exclusivo” para “próprio”, o que permitiria, ao menos formalmente, que seus membros celebrassem conforme o Missal de Paulo VI; e a adoção do Magistério “integral” na vida do seminário, incluindo o uso do Catecismo da Igreja Católica e o magistério recente, ao passo em que seria necessário deixar para trás a famosa “crítica construtiva” aos textos conciliares. Tais pontos desejáveis pela Santa Sé foram expressos na carta de monsenhor Guido Pozzo ao fim da visitação apostólica realizada no instituto, que divulgamos com exclusividade. Vale ressaltar que aquilo que hoje é indesejado para a Santa Sé foi aprovado por ela mesma, em 2006, quando da ereção do IBP.
Diversas manobras foram feitas pelo superior interino do instituto, o abade emérito de Fontgombault, Dom Antoine Forgeot, que levaram à recomposição do capítulo, com várias mudanças no quadro de eleitores, e que culminaram na reeleição do candidato supostamente aberto às aspirações da comissão Ecclesia Dei.
Laguerie foi questionado publicamente, várias vezes e por mais de um membro do instituto, por sua alegada abertura às solicitações romanas, que, segundo eles, minariam a identidade e o “carisma” do IBP.
É possível que a eleição, por conta dessas manobras, seja canonicamente questionada nas instâncias competentes.
Bem dizia o Eclesiástico: “Quem ama o perigo, nele perecerá”.
Houve um tempo em que eu julgava ser possivel estar perto do perigo sem perecer junto com ele. Houve um tempo em que pensei que o IBP seria realmente a alternativa para conciliar Tradição e obediência.
Ledo engano. Eu acreditava, aliás ainda acredito em muitos que de boa fé pensam desta forma. Mas os filhos da serpente sempre são mais espertos… Com o liberalismo NÃO SE NEGOCIA.
Simples assim.
Passei então a me pôr ao lado da FSSPX, porque entendi que a mesma não estava excomungada, que a mesma era católica, e que nela não havia heresia nem cisma. E que não existe meia comunhão.
E principalmente, compreendi melhor a gravidade de nossa situação atual, e também vi aos olhos da história que a causa católica sempre esteve entre os mais indigestos, entre os irredutíveis, entre os intragáveis, que geralmente nunca aceitavam soluções de compromisso.
Tanto entendi que hoje em dia progredi mais um pouco, e estou favorável à intransigência pura e simples. O que chamam de “FSSPX do B”, com D. Williamson e os padres que o apoiam, que vêm engrossado muito lentamente – mas de maneira constante – as suas fileiras.
Não se trata de maneira alguma de desprezo a Roma. Mas é uma questão de sanidade. Ou Roma retorna 100% ao que sempre ensinou, ou não se tem conversa.
Concessão 0%.
Acho que não vou viver para ver isso, e sinceramente, acho que ninguém aqui irá.
Mas enquanto Roma estiver com esta postura maçônica, com dor no coração tenho que dizer: que fique longe de mim e dos católicos que querem ser plenamente católicos. Não estou atacando ninguém, mas que os liberais nos esqueçam. Esqueçam de nossa existência, se não querem deixar de ser liberais.
Olha aí.
Eu, como muitos aqui, fomos testemunhas da esperança que constituiu a ereção canônica do IBP. “crítica construtiva”, “missa exclusiva” “versão lefevbrista regularizada”.
Eis aí a PROVA CABAL de se lidar com liberais.
Roma não precisa de boas influências. Ela precisa de conversão mesmo. É caso para parar tudo e fazer um longo e profundo exame de consciência para saber até onde se permanece católico.
Por isso quando houve o escândalo de D. Fellay, quando o mesmo disse que não queria regularizar a FSSPX, mas que se Roma forçasse, não teria como negar, por isso na hora mudei de posicionamento. Com a Fé não se brinca, está comprovado que é impossível unir vontades CONTRÁRIAS.
Meu objetivo não é atacar a FSSPX de D. Fellay. Considerando que ele não caiu no liberalismo e não esteja conduzindo a FSSPX ao naufrágio, “pelo sim, pelo não”, por via das dúvidas, deixemos D. Williamson e seus padres. Só por uma questão de garantia que se a barca furar, a bandeira da resistência não cairá…
Mas agora isso está claro, ao menos para mim, O IBP é a prova irrefutável de que não existe a menor possibilidade de “plena comunhão” com Roma, por mais ultraconservadora que a mesma se apresente.
Ou temos a mesma fé e os mesmos objetivos, ou cada um no seu canto.
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Todos os institutos e congregações eram tradicionais antes do Concílio Vaticano II. Todos se corromperam. Como é que esses novos esperam não se corromper? Não há como, não enquanto houver “plena comunhão” com quem não está em plena comunhão com Nosso Senhor.
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Vão acabar aderindo ao modernismo pos-vaticano II se depender do Pe. Laguerie. É evidente que a Eclesia Dei anulou a eleição do anterior para, nessa nova eleição, eleger o Pe. Laguerie que cederá em tudo ao progressismo e usando batina… O eleito anterior, Pe. Perrel era da linha da fidelidade. Pe. Laguerie causará a divisão e prevalecerá a regra: divida e mande. Essa história de ser “canonicamente questionada nas instâncias competentes” quero ver. Claro, espero que haja os inconformados – os fiéis a tradição – com essa situação e que vá para a luta, para a resistência.
Que Deus os ajude.
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Os Templários tiveram “membros” cuja única função foi trair a Ordem.!!!!
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Caros,
Não faço ideia de quem passou essas informações para vocês, mas elas são um tanto equivocadas. Devo atualizá-los e informar que o atual reitor do Séminaire Saint Vincent de Paul é o Abbé Paul Aulagnier, braço direito de Dom Lefebvre e fundador de muitos priorados em toda a França enquanto esteve como membro daquela Sociedade e durante seus anos como superior do priorado da França.
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Muito diferente do que essa matéria leva a crer, o abbé Perrel não é o salvador da pátria. Engana-se quem pensa que mesmo as boas sementes do “exclusivo” ou da “crítica ao Vaticano II” possam dar bons frutos nas mãos de gente orgulhosa. Boas árvores dão bons frutos; vejam quais foram os frutos dele quando esteve aqui em São Paulo, ou no Seminário, e podemos imaginar quais seriam esses frutos como superior do instituto.
Se ocorreu tudo isso é porque Nsa. Senhora ouviu as orações daqueles que estão lá dentro buscando a santidade e trabalhando duro pela Igreja, obedecendo-A e ao Romano Pontífice também, de mesmo, caminhando para serem padres e seminaristas segundo o coração de Jesus, manso e humilde.
Aprendei do mestre que é manso e humilde de coração, e encontrareis a vossa paz. A rigidez demasiada só escandaliza almas, a falta de caridade pode levar muitos à condenação! Portanto a necessidade de não ceder nos princípios, e por um bem maior, e cientes do mundo atual, relevar pequenas coisas.
O que é muito rígido se quebra com facilidade.
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Primeiro os Franciscanos da Imaculada, agora o IBP; quem será o próximo?
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