Por Saint Louis Catholic | Tradução: Fratres in Unum.com – Este sábado [ontem, 14] é a Festa da Exaltação da Santa Cruz, que também celebra a dedicação da Igreja do Santo Sepulcro.
Menciono esse fato porque um sábio amigo católico, a quem tenho em alta estima, me fez uma observação. Eu havia pedido a essa pessoa uma opinião rápida sobre algumas palavras proferidas pelo Papa Francisco na homilia de outro dia, na qual ele criticava os “cristãos triunfalistas” que “não acreditam profundamente no Ressuscitado”, com “suas atitudes triunfalistas, em suas vidas, em seus discursos, em sua teologia pastoral, liturgia, tantas coisas…” Enquanto o Santo Padre não identificou especificamente quem eram essas pessoas, talvez você tenha notado que os católicos que amam a Missa Tradicional estão um pouco agitados esses dias. Não comento sobre se há razão para estarem agitados, mas muitos estão agitados.
Esta pessoa observou o mesmo que eu observei – que o grupo não está identificado, que as homilias espontâneas não são pronunciamentos ex cathedra, etc. Até aí eu já tinha entendido.
Mas então meu amigo fez uma observação que me impressionou bastante por sua incrível profundidade.
Esta pessoa indagou-se se a liturgia de São Francisco de Sales [ndr.: Oratório de São Francisco de Sales, em Saint Louis, Missouri, EUA, sob os cuidados do Instituto Cristo Rei] era tão triunfalista, onde as pessoas congelam no inverno e desmaiam de calor no verão. Como reação pensei nas agruras monetárias, físicas e espirituais de tantas famílias triunfalistas, que praticam o ensino domiciliar [homeschool] ou têm muitos filhos ou que precisam dirigir muito para chegarem ao Oratório ou que moram em bairros de segurança duvidosa, a fim de estarem próximos da Missa, e daqueles que são banidos dos melhores círculos na sociedade por tentar viver sua fé da melhor maneira possível.
Então, meu amigo teve que dizer isso:
“Não conheço ninguém que celebra o rito antigo hoje em dia que consiga experimentar algum triunfo, exceto o da cruz.”
Amém.
O Crux Ave Spes Unica
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Parece-me que semanalmente teremos do Papa Francisco uma palavra ou frase fora do lugar, descabida ou mesmo uma sentença errada em termos de Doutrina da Igreja.
Se não viram, vejam mais esta dificuldade de entender o Papa:
http://www.thyselfolord.blogspot.com.br/2013/09/papa-francisco-escreve-em-um-jornal-e.html
Será um pontificado difícil, apesar de aparentemente ser tranquilo.
Rezemos por ele e pela Igreja
Abraço,
Pedro Erik
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É o constante problema da espontaneidade pastoral. Qual é o governante civil, o artista, o “formador de opinião” que se pronuncia espontaneamente de modo ordinário? Ninguém. Por quê? Porque isso expõe as limitações do ser humano, desde os simples lapsos de memória até as construções conceituais mais apressadas que darão margem futura a mal-entendidos sobre o que se disse. O Papa, pelo que se vê, optou por essa espontaneidade. Não tem medo de expor suas limitações pessoais. Prefere o confronto direto com o público, num estilo que, dizem, aproxima as pessoas.
Não estou julgando nem muito menos condenando o Papa, simplesmente questionando a validade de sua opção pastoral. Isso qualquer católico pode fazer. Até os discípulos perguntaram a Jesus por que Ele ensinava em parábolas…
Vejo que aí se manifesta mais uma vez aquela dicotomia que, sinto eu, aparece também nas desconcertantes opções gestuais de humildade praticadas pelo Santo Padre desde o dia de sua eleição. Se de um lado está a pessoa concreta, de outro está o cargo que ocupa e o seu peso histórico e mundial. Entendo que seja difícil para um homem acostumado com ambientes pobres e oriundo de uma espiritualidade austera, assumir plenamente a estrutura que seu cargo, e que cargo, de certo modo impõe. É talvez aí onde mais se deve notar aquele “serviço” que se espera de quem tem entre seus títulos o de “Servus servorum Dei”: a renúncia (que não é anulação, claro) da pessoa, do individual, em prol do Corpo de Cristo. Bento XVI deu disso uma lição imortal. Eis a verdadeira humildade, a verdadeira pobreza, muito além do gestual, dos paramentos, de usar um carro de uma marca ou de outra…: fazer o que se espera de um Papa, uma instituição que existe muito antes e para além de uma pessoa A ou de uma pessoa B.
A impressão que me passa é que Francisco ainda se sente Arcebispo de Buenos Aires. Detalhes simples como pronunciar-se nas línguas modernas mais comuns são por ele transcurados (a saudação seguinte às bênçãos urbi et orbi nem pensar), parecendo esquecer-se de seu múnus universal. Acho impossível que um jesuíta não conheça pelo menos o inglês e o francês.
No campo concreto das homilias diárias, a simples preocupação de evitar os mal-entendidos (frequente, por exemplo, nos escritos de São Paulo) deveria convidar a um cuidado maior na preparação do que se diz. Considero um mal tremendo que, senão a cada dia, pelo menos a cada semana, tenhamos que nos defrontar com mais uma “pérola”, quase sempre tirada de contexto, de uma dessas homilias, lançada ao vento pela imprensa. “O Papa disse…”, “O Papa falou…”.
Conceitos como o de “triunfalismo”, “pelagianismo” (este até pior)… etc. soam para povo católico de que maneira? É pastoral o seu uso fora de um estudo de teologia, ou pelo menos de uma encíclica em que se achem definidos e explicados? Um conceito solto torna-se “palavra-ônibus”, ou seja, leva em si todo e qualquer tipo de conteúdo que os “vaticanistas” e os nem tão vaticanistas assim queiram dar-lhe. Não consigo perceber a utilidade de seu emprego superficial, rotulador do vazio.
Se é assim, por que não falar de “modernismo”? Esse conceito que caiu em desuso justamente porque seus detratores (curiosamente aqueles mesmos a quem ele se referia) diziam que era muito amplo e inócuo.
Que exemplo maior de triunfalismo que o da “elite” teológica da atualidade que, sentada, mais que sobre a Tradição da Igreja, sobre Hegel, se julga como a realização mais perfeita do Cristianismo, considerando o Vaticano II como concílio único na História da Igreja e superior a tudo o que se disse ou se pensou dizer em mais de dois mil anos? E alguns deles, como Hans Küng e asseclas, já falam até de Vaticano III…
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Triunfalismo é o otimismo imbecil dos modernistas do Vaticano II ou dos metidos a modernos (=pagãos).
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Um pouco de “triunfalismo” pra vocês:
Triunfemos na Cruz.
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Apenas um detalhe: a Santa da Imagem acima é Santa Helena, mãe do Imperador Constantino. Por ela – a exemplo de Santa Mônica – se deu a conversão do filho, quem acabou tirando o Cristianismo da marginalidade.
Santa Helena foi quem, segundo a Tradição, encontrou a cruz de Cristo, dando início à construção das primeiras Basílicas e Santuários católicos na Terra Santa.
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Só os inimigos de Cristo e Sua Igreja triunfam nos dias de hoje…
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