Sandro Magister: Papa Francisco bloqueou exame desfavorável à “liturgia neocatecumenal”.

Da coluna de hoje de Sandro Magister:

A segunda decisão tomada pelo Papa Francisco no âmbito litúrgico foi a substituição em bloco de cinco consultores do departamento das celebrações papais.

Enquanto os anteriores estavam em sintonia com o estilo celebrativo de Bento XVI, entre os novos volta a aparecer, no entanto, algum dos mais fervorosos fautores das inovações introduzidas nos anos de João Paulo II sob a direção do então mestre de cerimônias pontifícias Piero Marini.

Correm vozes no Vaticano — para terror dos amantes da tradição — de que Piero Marini pode inclusive ser nomeado por Bergoglio como prefeito da Congregação para o Culto Divino. Mesmo que estas vozes sejam infundadas, fica o fato de que as atuais liturgias papais se diferenciam muito visivelmente das de Bento XVI.

O ápice desta diferença foi a missa celebrada por Francisco na praia de Copacabana, ao fim da Jornada Mundial da Juventude, no Rio de Janeiro, com o “musical” que irrompeu no próprio coração da liturgia, com solistas, coros e ritmos de estádio de futebol.

Mas sem chegar a estes excessos, há elementos recorrentes no estilo celebrativo do Papa atual que surpreendeu esses fiéis negativamente, aos quais deu voz pesarosa — em uma carta abertura de 23 de setembro que deu volta ao mundo — a católica mexicana Lucrecia Rego de Planas, mãe de nove filhos, docente universitária e amiga de há muito tempo do próprio Bergoglio:

> “Muy querido Papa Francisco…”

Na carta, Lucrecia Rego de Planas diz, entre outras coisas, “sofrer” ao ver que Bergoglio, também como Papa, “não faz a genuflexão diante do Sacrário nem na Consagração”, como já fazia em Buenos Aires.

De fato é assim. Na missa, depois da consagração do pão e do vinho, o Papa Francisco nunca faz a genuflexão prescrita pela liturgia, mas somente se inclina. E no Rio de Janeiro, durante a vigília noturna transmitida, na Adoração do Santíssimo Sacramento, não se ajoelhou, mas permaneceu de pé ou sentando [ndr: alguns dizem que o Papa tem problemas para genuflectir, mas não para permanecer de joelhos. Desconhecemos uma nota oficial a respeito].

Todavia, também é verdade que ao finalizar a jornada de oração e jejum pela paz convocada por ele em 7 de setembro, na Adoração Eucarística na Praça de São Pedro, permaneceu muito tempo de joelhos.

E é necessário recordar que no vôo de volta do Rio de Janeiro, o Papa Francisco expressou admiração pelas liturgias orientais, cheias de sacralidade e de mistério, e muito fiéis à tradição, nestes termos:

“As Igrejas ortodoxas conservaram essa liturgia primitiva tão bela. Nós perdemos um pouco o sentido de adoração. Eles o conservaram, eles louvam a Deus, eles adoram a Deus. Necessitamos desta renovação, deste luz que vem do Oriente”.

De fato, entre os cinco novos consultores do departamento de celebrações papais, Francisco incluiu um monge de rito oriental, Manuel Nin, retiro do Pontifício Colégio Grego de Roma. A seu lado, consultores com outra visão, como o servita Silvano Maggiani e o monfortino Corrado Maggioni, ambos da equipe de Piero Marini.

Em suma, há em Bergoglio uma oscilação nas nomeações, nos gestos e nas palavras que torna difícil interpretar suas decisões e, sobretudo, prever os seus futuros movimentos.

* * *

Papa Francisco recebe os iniciadores do "Caminho Neocatecumenal": Carmem Hernández, Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi.
5 de setembro de 2013: Papa Francisco recebe os iniciadores do “Caminho Neocatecumenal”: Carmem Hernández, Kiko Argüello e Pe. Mario Pezzi.

Mas além das duas decisões citadas, o Papa Francisco tomou outra reservadamente: bloqueou o exame realizado pela Congregação para a Doutrina da Fé sobre as missas das comunidades neocatecumenais.

A ordem de verificar se nestas missas havia abusos litúrgicos e quais seriam, havia sido dada pessoalmente por Bento XVI em fevereiro de 2012:

> Essa missa estranha que o Papa não quer

A execução deste exame havia terminado decididamente desfavorável ao “Caminho” fundado e dirigido por Francisco “Kiko” Argüello e Carmen Hernández, desde sempre muito à vontade para modelar as liturgias segundo os seus critérios.

Mas agora eles se sentem seguros, pois receberam a confirmação de que se salvaram do perigo pelo próprio Papa Francisco, que lhes recebeu em uma audiência em 5 de setembro passado.

* * *

É certo que o Papa atual, na entrevista à “La Civiltà Cattolica”, que é o manifesto de seu início de pontificado, ao descrever a reforma litúrgica pós-conciliar, concebe-a em termos puramente funcionais:

“O trabalho da reforma litúrgica foi um serviço ao povo como releitura do Evangelho a partir de uma situação histórica concreta”.

Se Bergoglio tivesse sido aluno do professor Ratzinger — grande estudioso e apaixonado por essa liturgia que o Vaticano II definiu como “cume e fonte” da vida da Igreja — veria estas linhas riscadas em vermelho.

40 comentários sobre “Sandro Magister: Papa Francisco bloqueou exame desfavorável à “liturgia neocatecumenal”.

  1. E alguém AINDA dúvida a que veio o papa Francisco?

    Está cada vez mais difícil a justificação conservadora.

    Adoçar o veneno eclesiástico para eu mesmo beber, como disse o Gustavo Corção, é algo que agora me recuso a fazer.

    Onde fica a admiração do papa Francisco pela liturgia teocêntrica dos orientais?

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  2. ”Se meu predecessor (papa Bento XVI), movido por zelo e sabedoria, dá uma ordem de exame sobre prováveis abusos litúrgicos do Caminho Neocatecumenal, quem sou eu para bloquear?”

    Se a partir dos fatos, eu concluir que a ”humildade”-quem-sou-eu-para…?-eu-não-sou-ninguém do papa Francisco só vale para gayzismo, abortismo e tudo que escandaliza os católicos sinceros, eu estaria pecando?…

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  3. Não sei se é por incapacidade física or por falta de respeito na celebração da Santa Eucaristía.
    No meu parecer o Papa Francisco celebra a Missa para o povo porque se fosse para Deus, o Rei dos reis, o Senhor dos senhores, vestir-se-ía de ouro e prata, adornaria o altar de Deus com a maior riqueza , assim o fazia o Padre Pio. Debaixo daqueles paramentos bordadas de ouro usava as suas pobres vestes de frade. Alguem ousa questionar a humildade e simplicidade do Padre Pio?
    Assusta-me, mas devo reagir “não tenhais medo, Eu estarei convosco até ao fim dos tempos”.

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  4. Todos os tipos de aberrações liturgicas receberão os aplausos e as bênçãos do atual ocupante do trono de Pedro. Enquanto isso, as manifestações tradicionais recebem apenas o desprezo. Se esse pontificado for longo, triste será a missão do sucessor, que dará a bênção “Urbi et Orbi” (se não houver sido abolida), sobre um monte de ruínas…

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  5. “Nos anos 30 pusemos 1.100 homens no sacerdócio para destruir a Igreja a partir do seu interior.” A idéia era que estes homens se ordenassem e subissem até ocupar posições de influência e autoridade como Monsenhores e Bispos. Uma dúzia de anos antes do Vaticano II, ela declarou o seguinte: “Neste momento estão nos cargos mais altos da Igreja” – onde estavam a trabalhar para conseguir mudanças que enfraquecessem a eficácia da Igreja na sua luta contra o Comunismo. Acrescentou que estas mudanças seriam tão drásticas que “não reconhecerão a Igreja Católica.”
    (Sra. Dodd, antiga funcionária de destaque do Partido Comunista Americano)

    Contra fatos não há argumentos…

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  6. Uma coisa esse Papa já conseguiu, que é fazer que os progressistas e liberais de outrora se tornem tradicionais.

    Não deixem de ler a carta da católica mexicana Lucrecia Rego de Planas. Um primor… e muito distante do mundo tradicionalista a moça… o que revela a desonestidade intelectual dos cortesões do Papa, os neo-conservadores.

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    1. Como assim, Pedro Henrique?

      Explique melhor, por favor. Como assim fazer que progressistas e liberais se tornem tradicionais?

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  7. Na minha diocese, as missas do bispo agora são sempre com as músicas daquela missa quase show do fim da JMJ, quando não são com as da missa do padre Marcelo Rossi e daquele Dom Fernando, sem absolutamente nada em latim. Antes era alguma coisa melhor. Mas mesmos com essas músicas ruins para o Santo Sacrifício da Missa, as missas com o bispo ainda são uma maravilha perto das do pároco da minha cidade, que antes pelo menos ainda usava a indumentária correta, agora só com a batina preta e estola reza a missa, sem o Kyrie, Gloria negligenciado…

    Com o Papa Francisco, que qualquer coisa que faça contra a Tradição vira notícia internacional e de destaque, agindo assim, a situação só tende a piorar, logicamente! Com Bento XVI era melhor, agora piora, e vai piorando!

    Às vezes eu peco muito pensando que rezar não adianta… Deus, tende misericórdia!

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  8. Frater Pedro Henrique, seria muito pedir-te para traduzir a carta da Lucrécia?
    Certa limitação impede-me de entendê-la completamente no espanhol…
    Se algum outro frater puder fazer, agradeço da mesma maneira.

    Per Mariam ad Iesum semper!

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  9. ” … Em suma, há em Bergoglio uma oscilação nas nomeações, nos gestos e nas palavras que torna difícil interpretar suas decisões e, sobretudo, prever os seus futuros movimentos.”
    Realmente, é extremamente difícil saber qual ou quais decisões, o papa irá tomar!
    Quanto ao caminho neocatecumenal: na minha paróquia tem esse movimento. O pároco já pensou em solicitar a retirada deles da paróquia, por não concordar com alguns “pontos liturgicos” deles (eu entendo como abuso liturgico, principalmente, passar o cálice de mão em mão), mas, ele percebeu que poderia comprar uma briga que, dificilmente, ganharia, devido à “força” que o movimento adquiriu.
    Hoje em dia, já bem mais enfraquecido, eles vão “capengando” pelas celebrações deles, lá na paróquia … Meu pai costuma dizer que o caminho é divisão! É uma igreja dentro da igreja.
    Agora, quanto à não genuflexão do papa, dizem em Roma, que ele tem problemas nos joelhos e quadris. Percebe, realmente, que ele anda de um jeito “meio desengonçado”. A impressão que passa é que ele tem algo de problemático, mas, algo que deixa outra dúvida é, o fato de na vigília pela síria (em 07/09) ele ficou um bom tempo ajoelhado.
    Outro fato curioso é que o papa não canta também. Muito deve-se ao fato de ter sua capacidade pulmonar reduzida, o que impacta no modo de falar e cantar, porém, ouvi que os jesuítas não tem esse hábito (de cantar).
    Enfim, voltando ao tema, é extremamente difícil saber o que o papa irá fazer!

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  10. Agora com o rito tradicional se ele não bloqueou o seu cardeal brasileiro no caso dos franciscanos da imaculada não poupou esforços em “bloquear” a liturgia tradicional.

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  11. Amigos… durante grande parte de minha vida fui o que podemos chamar de “católico de IBGE”, isto é, aquele que foi batizado na Igreja e que nEla retornava apenas para batizados, casamentos ou missas de 7º dia de algum parente.

    Lembro-me de minha querida avó, uma santa velhinha semi-analfabeta do sertão pernambucano que, quando vinha nos visitar, demonstrava uma fé tremenda, tanto por palavras como por atos. Sempre cubria a cabeça com seu véu ou algum lenço quando entrava em uma Igreja, jamais usava calças, era fácil encontrá-la a rezar seu terço em qualquer hora do dia. Lembro que ela sempre nos aconselhava a nos afastar do mundo, a nos afastar das seitas protestantes e para que nos aproximássemos de Deus e de sua Igreja. Na época achávamos engraçado como ela se escandalizava com as modas e as músicas modernas, “coisa do cão”, “música imunda” como ela costumava falar em seu “pernambucanês” característico. Achávamos que era coisa de uma velhinha de “outros tempos”…

    Curioso era ver (lembro de uma missa de natal) como ela se sentia “meio perdida” com seu véu e sua seriedade em meio a uma missa com guitarras, baterias, “bateção de palmas” e algazarra… Não consigo imaginar como vovó entendia aquela mudança na Igreja. Como eu gostaria de tê-la levado a uma Santa Missa como as que ela assistiu na maior parte de sua vida e que há quase 30 anos não via mais… Mesmo assim, ela permaneceu católica até o fim e hoje de coração acredito que se encontra na glória de Deus.

    Muitos anos depois do falecimento de minha querida avó, meus pais foram se aproximando da Igreja, embora por conta da RCC que em várias paróquias de nossa região foi substituindo a TL até então ali enraizada. Muitos voltaram para a Igreja nessa época, aconteceu um verdadeiro “bum” em nossa região. Mesmo com todos os problemas da RCC a região ganhou mais espiritalidade que nos tempos puramente terrenos da Teologia da Libertação. E eu? bem, continuei em meus caminhos errantes…

    Confesso que também tentei me aproximar, mas talvez por minha aversão ao protestantismo acabei não “me sentindo bem” em meio a todo aquele clima de culto pentecostal e “voltei para o mundo”. Muitos dos que voltaram para a Igreja naquela época também acabaram voltando à antiga vida, alguns até “aceitaram jesuis” e se tornaram protestantes, outros perseveraram na Igreja via RCC.

    E eu? Bem, só alguns anos atrás me reaproximei da Igreja quando descobri sites que promoviam a tal da apologética. Comecei a descobrir que existiam sim respostas para as milhares de dúvidas que carregava comigo. Descobri pessoas corajosas e sábias que debatiam com seguidores de outras religiões e lhes mostravam seus erros, não através de vãs acusações, mas por meio de sólidos e irrefutáveis argumentos. Descobri que existia uma “outra” Igreja Católica que até então eu desconhecia. Descobri que Deus fundou uma religião, que ela é necessária ao homem para alcançar a salvação e portanto descobri que não são todas as religiões que nos salvam, enfim, descobri um sentido na vida.

    Mesmo assim, não conseguia compreender quando alguns eram mais “radicais” e apontavam a origem de todos esses problemas (essa mudança da Igreja) nas “novidades teologicas”, introduzidas na Igreja por meio de um Concílio (Vaticano II) e em algumas atitudes dos Papas pós-conciliares. Isso me irritava profundamente. Não importava com quais argumentos viessem esses críticos, não importava o que estivesse escrito nos textos conciliares, não me importava qual fosse o gesto ou palavra do papa alvo de críticas, minha opinião seria sempre a mesma! Pensava eu: “por mais doutos que sejam, quem são esses sujeitinhos para criticar um concílio? quem são esses pobres leigos, quem são esses padrecos para criticar ao próprio papa? Por ventura se acham mais católicos que o papa?” Nesse período, creio ter sido o que hoje chamam “neoconservadores”.

    Mas e agora, caríssimos irmãos? em meio a tudo o que vem acontecendo diante de nossos olhos, como poderei tentar tapar o sol com a peneira? Deverei fazer contorcionismo mental para chegar à compreensão de que o que estou vendo não é aquilo que estou vendo, de que aquilo que foi dito na verdade não é o que todos entenderam, de que aquilo que foi feito não foi com a intenção que parece ter sido?

    Confesso que estou muito angustiado…

    Quanto mais venho aprendendo e me aproximando da Fé católica, mais vão acontecendo situações que se mostram totalmente aversas a tudo aquilo que venho aprendendo.

    Com o pouco que adquiri, quis também eu compartilhar com outros, criando uma espécie de “cursinho” de catolicismo aqui pelas bandas onde moro. Até então, tentava demonstrar a pessoas de outras religiões que a verdade está na Fé católica. Mas e agora? Como essas pessoas serão por mim convencidas disso se as próprias autoridades da Igreja me desmentem?

    Meu objetivo também era o de demonstrar aos meus irmãos católicos de nossa região que aquilo que praticam de bom coração não é necessariamente aquilo que a Igreja nos ensina. A quem me lê, tentarei explicar a complexidade deste problema: A maior parte dos pobres coitados que vemos aceitando ou até promovendo desvios litúrgicos e doutrinários – dançando e batendo palmas na missa, recebendo o Santíssimo na mão e mesmo em pecado, tocando bateria e cantando “deus é 10” no momento da comunhão, etc – o fazem “de bom coração”, isto é, achando que estão agradando a Deus e “sentindo com a Igreja”. Não possuem qualquer noção de que estão fazendo algo errado. Falo até por meus pais, católicos sinceros que se dedicam à Igreja, mas que aceitam ttudo isso porque aprenderam dos próprios pastores, do clero, da Igreja. Quando o padre da região por algum motivo se ve impedido de vir celebrar a Missa, ao invés de buscarem uma outra Igreja onde haja Missa (não são tão longes, há muitas por aqui) eles não vêem problema algum em que um dos MECES faça a tal “celebração” (que basicamente é idêntica à missa do padre, exceto no momento da consagração que eles omitem (é o mínimo, penso))… Mas, conhecendo-os como conheço, sei que não o fazem por maldade, o fazem por extrema ignorância e despreparo.

    Essas pessoas simples a que me refiro confiam cegamente nos clérigos, nos representantes da Igreja, portanto, se os últimos autorizaram e até incentivam essas práticas, quem sou eu para lhes dizer o contrário? Acreditava eu que conseguiria levar a verdade que tenho aprendido à pessoas de outras religiões e a católicos ignorantes, mas como convencer alguém quando quem me contradiz são aqueles que estão no topo da hierarquia?

    Se a luta antes era para converter almas a fé católica e trazer os católicos àquilo que Roma ensina, convidando-os a ouvir o Papa e a seguir seu exemplo (a Liturgia de Bento XVI, por exemplo), agora nos sobrará tentar mostrar a nós mesmos, católicos, o que deverá ser o caminho certo a ser seguido, mesmo que para segui-lo devamos ignorar o que “nos ensinam” aqueles a quem todo católico deveria seguir e obedecer…

    Ó tempos difíceis e confusos, em que já estamos a nos preocupar não mais em converter os não católicos à Santa Religião, mas antes a tentar perseverar e convencer os próprios católicos daquilo que é ou não católico…

    Senhor, tende piedade de nós!

    Peço desculpas se minhas palavras ofendem a alguém e estou aberto a correções caso tenha cometido algum erro. Peço desculpas pelos possíveis erros ortográficos que certamente cometi, mas não tenho tempo de rivisar o comentário, que se trata apenas de um desabafo, uma “carta aberta de um católico perplexo”.

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    1. José, belíssimo o seu comentário. É exatamente como minha esposa e eu nos sentimos. Antes tínhamos prazer e vontade de sair pelo mundo gritando o Evangelho e tentando explicar à sã doutrina a nossas famílias e amigos. Agora nos sentimos bobos, parece que pregamos um catolicismo nosso que não tem nada a ver com o que o Papa diz. Tornamo-nos radicais, fanáticos… Gostaria de saber o que o Santo Padre acharia de suas palavras. Como ele responderia às suas (e nossas) dúvidas. Ele tem se demonstrado tão aberto aos não crentes, mas parece que os católicos estão sempre mais escandalizados. É como dizia São Pio X: ao abrirmos as portas da Igreja para que os de fora entrem, temos que ter cuidado para quem está dentro não sair…

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    2. Também me sinto como você, meu caro José.
      Aliás, é curioso: tenho visto muitos católicos “conservadores” como eu sendo empurrados ainda mais para a Tradição nesses últimos tempos (mais alguém tem notado até no Pe. Paulo Ricardo alguns indícios disso?) Mais cedo ou mais tarde o Papa terá de lidar com essa situação, e aí veremos até que ponto vai a sua “humildade” e sua “cultura do diálogo”, ou se isso só vale para os outros.

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    3. Pelo teu comentário, José Santiago Lima, vejo em você um locutor, alguém que verbalizou e expressou muito daquilo que muitos de nós experimentamos nesses tempos duros e difíceis.

      Na verdade, não se tem um erro da parte do clero. Mas uma complexidades de erros acumulados e hierarquizados.

      Explico melhor: Primeiro erro: o clero não ensina a sã doutrina.

      Segundo Erro: o clero ensina desvio doutrinal, uma má e nefasta doutrina.

      Terceiro erro: deixar o ensino da sã doutrina e a conversão dos não-católicos a leigos que, movidos por zelo, convicção, iniciativa e virtude pessoais, se veem sozinhos e abandonados nessa árdua missão de converter e ensinar.

      Quarto erro: como se não bastasse todos os três erros anteriores e acumulados, ainda assim, quando o pobre e virtuoso leigo, remando contra a corrente, e lutando contra toda sorte de adversidades e reveses, quase como numa epopeia, tenta a todo custo fazer alguma coisa para instruir os ignorantes e infiéis, aparece um clérigo, padre, bispo e, no momento, até o papa, para te desacreditar, desmoralizar e tornar debalde todos os teus insólitos esforços.

      Não ensinar a sã doutrina é mau. Ensinar uma doutrina falsa e perversa é péssimo. Abandonar pobres e zelosos leigos sozinhos em uma missão que compete eminentemente ao clero é monstruosidade. Por fim, estragar e desmoralizar o pouco que nós, leigos, conseguimos fazer nestes tempos ingratos, seja por palavras, atos ou maus exemplos, é satânico!

      Que fique bem claro que eu não estou me referindo a nenhuma pessoa do clero como SUBJETIVAMENTE satânica, mas que seus atos são OBJETIVAMENTE satânica, não resta a menor dúvidas! Para isso, basta perguntar: Quem está sendo favorecido com toda essa decadência clerical e eclesial? Deus? A Igreja? Acho que não. Ainda que inconscientemente e involuntariamente, para quem eles estão trabalhando? Para a messe e o rebanho do Senhor? Também acho que não. Quem está lucrando (ainda que relativamente, já que todo êxito do diabo é relativo) com toda essa omissão, cumplicidade e ludibriação do clero? O Reino de Deus certamente não é.

      E eu disse SATÂNICO, e não SATANISTA.

      Excelente comentário, José Santiago.

      ”O meu povo perece por falta de conhecimento”. Oséias 4:6

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  12. Nada há de mal nesta vida que não se possa se revertido para um bem. Tudo é graça.
    Ou seja, tudo pode ser revertido em graça divina.
    Vemos o papa fazer estas coisas, mas somos leigos sem importância. Só podemos sofrer. Aproveitemos então estes sofrimentos, porque agora é o momento favorável. Se Deus nos livrasse da cruz, então estaríamos realmente em maus lençóis.
    O papa não é a Igreja, e nós também não somos a igreja, somos apenas membros. Se a cabeça visível está doente, soframos com paciência, mas façamos o que nos compete. Oremos por ele, oremos por Francisco ainda que algum dia seja revelado que ele é o anticristo, ou que ele na verdade é uma vítima. Mas não é da nossa alçada. Deus nos deu a graça de conhecer a Verdade, saibamos manter o depósito dentro de nosso raio de ação, e soframos com paciência, pois não podemos fazer nada além disso.
    Nada além de sofrer, nada além de mantermo-nos fiéis.
    Ninguém aqui pode ir ao Vaticano sacudir o Santo Padre pelos ombros e perguntar a ele o que está fazendo. Mas o que podemos fazer de fato (e seria uma pena perdermos a oportunidade) é nos humilhar diante de Deus e abrir os nossos olhos para a Sua Oferta. Não existe cristianismo neste mundo sem cruz. E se a cruz é esta, alegremo-nos com o que a Providência nos reservou. Os santos que estão no céu naturalmente não têm a inveja no coração, e se santificaram com as cruzes que Deus lhes reservou. Mas se pudessem, voltariam a terra para se juntar a nós, porque é na vida que temos que Deus nos prova, mas sobretudo no sofrer com paciência que nos tornamos como os cireneus, como as verônicas, como os que subiram o Calvário junto com Cristo. Cristo nos ajuda a levar esta cruz. Levemo-na. Se não podemos com alegria, ao menos com paciência.

    Santa Teresinha era inabalável em sua humildade diante de Deus. Lembremos de como se portariam os que praticam o Evangelho com a vida, e tenhamos serenidade diante deste terremoto.
    Não podemos mudar grandes coisas, mas com a Graça podemos nos reformar, e também orar pelos que precisam. Parece pouco?

    “Acho que nesses momentos de grande tristezas tem-se a necessidade de olhar para o céu em lugar de chorar…”
    “Sim, tudo está bem, quando só se busca a vontade de Jesus”. Santa Teresa do Menino Jesus e da Sagrada Face.

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  13. Não seria possível entrar em contato com o Papa Francisco? Implorar por apoio à liturgia tradicional, talvez mostrar o quanto a maioria dos católicos é ignorante sobre diversos pontos doutrinários, pedir ajuda, socorro… Ele não tem fama de ser simples e acessível?

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  14. José Santiago Lima, gostei muito da sua posição. Continue firme amando à Igreja Católica, porque nosso Senhor disse que quem perseverá até o fim será salvo. O próprio Papa Francisco disse que “não tenha medo de ir contra a correnteza”. Se padres dizem tolices, o que não pensar dos leigos? Imagine que eu assistindo à Missa, uma dia, na Rede Vida de Televisão, o celebrante afirmou que não precisa ser católico para ser fiel. Outro dia, chegou uma pessoa (católica) em minha casa e afirmou que os protestantes, tambem se salvam. Aí eu lhe perguntei. Se um católico disser que a hostia não é o corpo de Cristo o acontece com ele, à luz da doutrina?. Ela respondeu. Está pecando, gravemente, e vai para o inferno, se não se arrepender e se confessar. Então eu lhe disse. Meus parabens, você acertou. Mas eu lhe pergunto. Por que um protestante vai para o Céu, se ele nega esta verdade e outras mais e o católico na mesma situação vai para o inferno?. Nessa hora, ela colocou a viola no saco e foi embora sem me dar resposta. A essas pessoas convem seguir o que ensinou São Paulo. “Convem tapar-lhes a boca”.

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  15. Já participei do Caminho Neocatecumenal, e sei bem quais são os seus problemas e desvios. Para quem não conhece, se quiser descobrir um pouco da sua heterodoxia litúrgica, catequética e prática acesse o seguinte site em espanhol: http://cruxsancta.blogspot.com.br/. Garanto que as informações ali contidas são verídicas e generalizadas.

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  16. Caríssimos irmãos,

    Não sejamos omissos. Não sejamos mornos. A pura verdade é que o Papa Francisco, atrás dessa imagem de redentor dos oprimidos, esconde sua verdadeira face. Ele quer se mostrar o pobre com os pobres, o bonzinho. Sua Santidade é estrategista. Irá, durante um tempo, agradar a gregos e troianos. Enquanto isso, abrirá as portas e janelas muito sutilmente para fazer suas reformas.
    Reformas totalmente contrárias à fé tradicional. O Bispo de Roma já demonstrou não gostar nada de qualquer ideia que seja considerada Tradicionalista. Por outro lado, sua aptidão por uma Igreja acolhedora, mas que acolhe a todos sem conversão dos costumes, é evidente.
    Se Francisco não mede esforços para se fazer notado como diferente dos últimos Papas no que tange ao estilo despojado, acessível, popular etc., mostra-se ambíguo nas entrevistas. Suas homilias e pronunciamentos não incomodam a quem quer que seja, pois brandas noções básicas de cristianismo.
    Com certeza, o Espírito Santo assiste o Pontífice, mas Aquele não desrespeitará o livre arbítrio deste. Com certeza, as portas do Inferno não prevalecerão sobre a Barca de Pedro, mas Pedro poderá permitir que as fortes ondas do oceano sacuda fortemente a embarcação e levem ao mar muitas e muitas almas.
    O Papa Francisco parece ser adepto à corrente que acredita que a Igreja se desviou da Pedra Angular durante muitos séculos e que o Concílio Vaticano II foi o marco da ruptura com a “igreja desviada” e a volta à Igreja dos Apóstolos. Sendo ou não esse o pensamento do Bispo de Roma, a verdade é que ele não hesita em desprezar os “Tradicionalistas” e conceder abertura a tudo que sempre foi contrário aos ensinamentos do Vaticano.
    Essa já é razão bastante para dizermos humildemente a Sua Santidade: o senhor está minando a Santa Igreja Católica Romana.
    Não é prudente (e muito menos digno) perceber tudo isso e lamentar pelos cantos sem nada fazer para reverter tal situação. O Bispo de Roma é Papa da Igreja UNIVERSAL! Deve governá-la de acordo com o Depósito recebido dos Apóstolos. Apóstolos esses também os que deram, durante séculos, a continuidade apostólica até chegar ao Concílio Vaticano II e até os dias atuais.
    Sua Santidade precisa ser lembrado que um Papa não segue os seus caprichos, mas as normas e as tradições da Igreja, Esposa Amada de Nosso Senhor Jesus Cristo, que a comprou com Seu Preciosíssimo Sangue.
    Não podemos nos omitir diante de tal situação, mesmo alegando que o Pontífice foi escolhido validamente em Conclave inspirado por Deus, pois, sendo assim, na História Eclesial só teríamos Papas Santos e que governaram santamente a Igreja. Não teria sido preciso uma Santa mulher acusar um Papa, eleito validamente, de estar prejudicando a Igreja.
    Desde o último “Habemus Papam”, preocupo-me o Papado.
    Temos que rezar por Francisco? Sim!
    Mas não só rezar… Deus pode esperar mais de cada um de nós.
    Francisco, talvez, precisa que façamos nossa parte.
    Ainda há tempo.
    Porém, se necessário for, devemos rezar para que o pontificado de Francisco seja curto. Curtíssimo!
    Não tenhamos receio.
    Escrevam ao Papa.

    In Ecclesia Sancta.

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  17. O Estatuto do Caminho Neocatecumenal fala não só sobre passos catequéticos do movimento, mas também sobre a Eucaristia de sábado à noite, em que qualquer um pode participar. Além disso, o papa Bento teve especial interesse ao Caminho. Antes de ser papa, ele acompanhou o papa João Paulo II nas visitas às comunidades neocatecumenais nas paróquias de Roma (principalmente na paróquia dos Santos Mártires Canadenses), já participou de convivências em Seminários Redemptoris Mater (administrados pelo Caminho) dadas por Kiko, e, quando papa, teve inúmeras audiências com os membros do movimento, como, por exemplo, nos envios de milhares de famílias para a missio ad gentes (famílias em missão), para evangelizar em qualquer parte do mundo, principalmente na China. E também em 2010, depois de uma audiência com o Kiko, não permitiu que se encerrassem as atividades do Caminho no Japão, que corria risco de fechar naquela época. Não dá para se dizer que o papa é contrário ao movimento. Acredito que haja uma certa ignorância por parte de vocês no que concerne ao conhecimento do que é o Caminho Neocatecumenal e a importância dele nas dioceses e na evangelização de lugares seculares. Além de como é o movimento, os passos catequéticos e a liturgia.

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  18. Os católicos brasileiros são débeis, sem energia moral, especialmente os clérigos. Estes nem católicos propriamente ditos são. São traidores que de católicos só têm os paramentos. Os católicos brasileiros, enfim, exibem em comum a característica do derrotismo moral. São católicos moles, tíbios e fracos de uma Igreja que deveria ser militante.

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    1. Não deu pra entender bem o que você quis dizer (se é em relação ao Caminho Neocatecumenal ou não). Porém, se for, creio que você esteja cometendo erros em relação ao movimento. E, se realmente for isso, convido-te a se aprofundar mais sobre o movimento antes de sair falando coisas que seriam, de fsato, graves.

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  19. Jose Santiago Lima

    Sua historia é a historia de muitos de nós. Coragem e força, fé e confiança em Deus! o caminho é esse mesmo, como o disse o Bruno Santana, a missão agora é sofrer. Queríamos outra, mas é essa. Ser fiel ao senhor é sofrer. A gente consegue, com a graça de Deus, mas ficamos pensando nos outros, nos filhos, nos amigos, nas pessoas a quem buscamos aproximar de Cristo Jesus e quando elas aceitam e se voltam pra Ele e pra sua Igreja, não temos mais o que mostrar, o que oferecer. É duro! mas acredite muitos estão passando por isso. Deus há de levar em conta nossa dor e transformá-la em graça pra eles. Voce viu o que sua avozinha conseguiu fazer de voce. Ou voce pensa que ela não tem nada a ver com a sua caminhada de descobrimento e encontro da fé. Ela tem tudo. Aquela sua confusão e fidelidade diante das bagunças da Igreja e das sujeiras do mundo foram a semente e a chuva fecunda que te amadureceu na fé.
    Visitei seu site, muito bom. Faça o que pode, como se diz “Deus não nos pede a vitória, só a luta”. Abraços fraternos.

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  20. Rezar pelo Papa todos estamos fazendo. Mas não é só isto. Rezemos também para que nossos corações se abram para o que Deus quer nos falar. Nossa doutrina tem como base a tradição, consolidada nos Concílios e na palavra dos Papas. No entanto, alguns de nós dizem defender radicalmente a tradição, mas discordam do Concílio Vaticano II e dos últimos Papas, especialmente de algumas palavras do Papa Francisco. Quem sabe seria a hora de todos nos perguntarmos o que Deus está nos falando neste momento. Será que é mesmo uma cruz para os seguidores “eleitos”? Ou será que nós é que não estamos querendo ouvir o que Jesus está nos dizendo através da mesma Igreja de sempre? Será que não fizemos de nossos padrões mentais um ídolo?

    Vejo alguns dizendo: “Até quando precisaremos rezar para que o Concílio Vaticano II seja revogado? Até quando iremos implorar para que surja um Papa que restaure a missa tridentina em latim?” Estou seguro de que o caminho é sem volta. O Vaticano II nunca será revogado. A missa tridentina nunca será mais a liturgia única da Igreja, e será cada vez mais minoritária.

    Discordamos das posições uns dos outros, mas todos rezamos intensamente. Respeito a discordância, sei que são católicos de coração sincero, assim como outros o são. A Igreja precisa, sim, se reencontrar, superar uma crise que dura alguns séculos. O ponto mais negativo da Igreja foi quando fomos poder, quando vendemos indulgências, quando o papa era um rei mundano que se envolvia em orgias, conspirações e assassinatos, que mandava à fogueira quem negava que o sol orbitava a Terra. Precisamos voltar a ser a Igreja humilde, simples, dos primeiros séculos, um reinado que não é deste mundo. Estou seguro de que o Papa Francisco é um homem de Deus, que foi escolhido por Cristo para este momento específico da Igreja. Gostei de quase tudo o que ele disse, e de algumas coisas não gostei. Mas será que estou certo? Peço a Deus que Ele ilumine ao Papa e que ilumine a mim mesmo, e a todos os bispos e fiéis.

    Peço para que Ele nos mostre os seus caminhos e que não fiquemos apegados aos nossos caminhos. Não estamos aqui falando de um Papa mundano, incoerente, pecador. Estamos falando de uma pessoa simples, humilde, de uma ternura e bondade que salta aos olhos. Uma pessoa que abre o coração. Um homem de fé, que se arrisca por ela. Quando ele pediu uma vigília pela paz na Síria, o mundo inteiro achou que era um delírio, um sonho inútil de um crente. E menos de uma semana após a vigília, alguma coisa aconteceu, certo? Quem imaginava que os Estados Unidos iriam abrir mão desta nova fase da guerra?

    Um homem de fé, sincero, de boa vontade, escolhido por um conclave que, com as melhores
    intenções, orou, conversou, ouviu, refletiu e votou. Que tal acreditarmos um pouco mais em Deus?

    Um grande abraço a todos.

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    1. Quando vendemos indulgências??? Você é mesmo católico? Desculpe perguntar, mas essa das indulgências é uma questão protestante. E critica os papas, diga-me lá então qual é o homem sobre a terra sem pecados. Aguardo a resposta.

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    2. Caro Pedro Leitão, sobre a venda de indulgências, existem diversos textos, mas sugiro ler, por exemplo, http://pt.wikipedia.org/wiki/Comércio_de_indulgências#cite_note-Catholic_Encyclopedia-1, mostrando inclusive documentos oficiais da Igreja condenando esta prática por representantes oficiais da Igreja.

      Quanto a papas que, nem de longe, honraram o seu cargo, sugiro procurar saber sobre Alexandre VI, por exemplo. Existem inúmeras referências sobre este assunto.

      Mas não vamos ficar polemizando aqui, nem fugir do tema. Gostaria apenas que as pessoas rezassem e se questionassem sobre a possibilidade de estarem erradas a respeito do que os representantes de Cristo na Terra têm dito nos últimos 50 anos, bem como a respeito do último Concílio que tivemos.

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    3. A Igreja condenou o uso errado das indulgências e nunca as indulgências em si mesmo. Pois caso não saiba, a Igreja tem o poder que Cristo lhe conferiu para perdoar pecados entre outras coisas. Quanto aos Papas, continuo sem entender e infelizmente não respondeu á minha questão. Existe algum homem sobre a terra que não seja pecador? Pedro não pecou? São Paulo não pecou e provavelmente até matou? As pessoas, falo por mim e creio que pela maior parte dos que aqui postam, podem não concordar com alguns aspectos da Igreja, mas sabem que é uma Instituição sobrenatural, e como tal, não depende dos ataques dos homens de mal, pois na sua base está o Amor de Cristo, que é infinito.

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  21. Geovanni,

    o Frei Tiago tem uma tia aqui em Araraquara-SP e rezou uma Missa para um grupo na ultima quarta. Atualmente ele está no Paraguai, teve que sair de Atibaia mas é claro como bom pastor não abandonou suas ovelhas.

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  22. Caro Pedro Leitão.

    “A Igreja condenou o uso errado das indulgências e nunca as indulgências em si mesmo. Pois caso não saiba, a Igreja tem o poder que Cristo lhe conferiu para perdoar pecados entre outras coisas. ”

    Por acaso eu disse algo em contrário??? O que eu disse foi que tivemos períodos sombrios da Igreja, quando vendemos indulgências. Falei alguma mentira?

    “Quanto aos Papas, continuo sem entender e infelizmente não respondeu á minha questão. Existe algum homem sobre a terra que não seja pecador? Pedro não pecou? São Paulo não pecou e provavelmente até matou?”

    Por acaso neguei que sejamos todos pecadores??? Isto não quer dizer que achemos normal um papa se meter em orgias e assassinatos! Houve épocas sombrias, e acho que todos reconhecemos isto.

    “As pessoas, falo por mim e creio que pela maior parte dos que aqui postam, podem não concordar com alguns aspectos da Igreja, mas sabem que é uma Instituição sobrenatural, e como tal, não depende dos ataques dos homens de mal, pois na sua base está o Amor de Cristo, que é infinito.”

    Concordo inteiramente com esta frase. Então não estou entendendo a polêmica.

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    1. Está errado e se alguém não concorda que se manifeste. A Igreja nunca vendeu indulgências. Quem abusou e vendeu indulgências foi sancionado pela Igreja. Se ler o manual das indulgências, vai ver que quem infringir essas regras, não está em comunhão com a Igreja e sofre penalização. Se eu, que sou católico, for para a rua vender indulgências, por acaso a Igreja pode ser responsabilizada por esse actos? Continuo sem entender a sua ênfase em criticar a Igreja pelos erros de alguns papas. Eu não acho normal o pecado, mas quem sou eu para criticar o próximo se a “trave que está no meu olho” é capaz de ser maior do que a do meu próximo? Deus e a Igreja sua serva estão aqui para julgar os pecados.

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  23. Caro Pedro Leitão.

    Estamos todos de acordo com o fato de que amamos a Igreja e queremos o melhor para ela. Você pegou uma frase que eu escrevi sobre fases sombrias da Igreja e quer me fazer crer que eu esteja criticando a Igreja? As pessoas aqui estão criticando quase diariamente atitudes do atual Papa, e eu não estou dizendo que estejam criticando a Igreja. Embora eu possa discordar da maioria das críticas, estou seguro de que os que as fazem estejam desejando o melhor para ela, e não criticar a Igreja como instituição criada por Cristo.

    Vamos nos doer por que apontei o fato de um ou mais papas terem sido mundanos, terem se envolvido em orgias, conspirações, assassinatos, e não vamos nos doer por vermos quase diariamente críticas em relação ao Santo Padre que Deus nos entregou nos dias de HOJE?

    Mas crítica é normal, eu compreendo que quem ama a Igreja e discorda do que está acontecendo esteja angustiado. Compreendo. A única coisa que estou propondo é que cada um de nós abra o coração e a mente, e peça a Deus que ilumine sua consciência. Será que todos os Papas desde o Vaticano II estão errados? Será que o Vaticano II é menos verdadeiro em suas conclusões do que os anteriores? Será que o apego quase idolátrico aos conceitos cristalizados há tantos anos está obscurecendo a mente e o coração a ponto de não se estar disposto a ouvir o que o Senhor está nos dizendo por seus Pastores?

    As novidades de Jesus foram insuportáveis para muitos judeus tradicionais de seu tempo. Eles o crucificaram por seu apego a seus próprios conceitos, bem como ao poder religioso e político da época. Por isso, devemos sempre manter o coração e a mente abertos para o que Deus possa nos falar. Não estou pedindo para que me escutem. Estou pedindo para que escutem o que Deus fala em suas consciências. E para que peçam a Deus esta iluminação. Afinal, é um Concílio, não é uma reuniãozinha qualquer. São seis Papas seguidos, seguindo a mesma linha. Não vou escutar nada? Sou eu o dono da verdade?

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