Foto da semana.

patriarca

Ecce Sacerdos magnus, qui in diebus suis placuit Deo et inventus est iustus – Basílica de São Pedro, Vaticano, 25 de novembro de 2013: O Arcebispo Maior de Kyiv-Halyč, Dom Sviatoslav Shevchuk, conduz a peregrinação de clero e fiéis da Igreja Greco-Católica Ucraniana a Roma, por ocasião do quinquagésimo aniversário da translação das relíquias de São Josafá para a Basílica de São Pedro.

Após o encontro com o bispo de Roma, o “Patriarca” — assim o jovem arcebispo é considerado por sua Igreja, embora as relações ecumênicas do Vaticano com os Ortodoxos estejam impedindo, há anos, o seu reconhecimento enquanto tal — celebrou a Divina Liturgia no Altar da Cátedra. Uma coisa é certa: o futuro da Igreja está em sua Tradição, tão valorizada por nossos irmãos do oriente.

Sviatoslav-offering-Liturgy-at-St-Peters

25 comentários sobre “Foto da semana.

  1. A vela da Igreja Ortodoxa há de reacender a da Igreja Romana. Vamos trocar o perdão pela restauração. Eles precisam do nosso perdão, e nós da Tradição (especialmente litúrgica) que eles conservam e nós já quase perdemos.

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  2. Uma coisa é certa: a única Tradição que esse Papa honra e respeita é a dos Cismáticos Ortodoxos, dos hereges protestantes e dos “perfidae judeorum”. Pra esses tais ele até empresta as Catedrais Católicas para que suas tradicões e traições sejam igualmente honradas e reconhecidas.
    Agora, quando se trata da Tradição Católica, é tudo neo-pelagianismo, é restauracionismo, saudosismo, ideologização, fanatismo, desobediência, carnaval…etc.
    Se alguém me dissesse há 10 anos atrás que Católicos seriam agredidos por judeus dentro de uma Catedral Católica enquanto rezavam o rosário eu diria que tal pessoa estava alucinando. O estrago do Vaticano II foi grande mas não chegaríamos a tanto. Hoje vejo que é só o início das dores! O pior ainda está por vir e está vindo tão rápido que eu espero que Deus abrevie esse tempo para que possamos aguentar de pé a tribulação.

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    1. Ora, pergunte a Dom Shevchuk, que está na esquerda da foto!!!

      Apesar de serem questionáveis muitas das atitudes do Papa, isso não elimina o fato de que nossas estupidez e arrogância nos perdem (enquanto acreditamos que essas nos dirigem).

      Então, creio que respeito ao Santo Padre é fundamental.
      É óbvio que lado direito está o SANTO PADRE.

      Respeito Emerson, respeito. Pois a sutileza da ironia pode ser diabólica.
      Se você crê que pode “corrigir”, tenha ao menos caridade.

      Viva o Papa, Viva Francisco.
      (e creio ser esta a opinião de dom Shevchuk, bispo fiel da Igreja)

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  3. Segundo a narração da antiga “Crônica de Nestor”: Os emissários de Vladimiro, quando voltaram de Constantinopla, contaram: “Os gregos conduziram-nos para onde tributam o culto a seu Deus. E não sabíamos mais se estávamos no céu ou na terra. Porque não há sobre a terra semelhante espetáculo, nem semelhante beleza; e somos incapazes de explicá-la. Sabemos somente que é ali que Deus habita com os homens, e não podemos esquecer esta beleza. Qualquer homem que provou algo doce não suporta mais a amargura. Assim não podemos ficar aqui” (cf. POC T 22, j. 3-4, 1972, p. 247, nota 15).

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  4. Se o Santo Padre exaltou as qualidades dos ortodoxos, eis que na Igreja Católica esta riqueza litúrgica está presente e em plena comunhão ( vide este post), suplicando teu apoio para que eles também possam lutar com toda sua força e capacidade contra os inimigos da Santa Igreja.

    Como descendente de filhos da Igreja Oriental e membro ativo dela, isso me traz a questão: Santo Padre, por que o senhor – por coerência de discurso e por alinhamento de ação – não torna norma a forma tradicional do rito romano?

    A Igreja de Cristo, em todos os seus ritos e tradições contidos na Tradição (Atemporal), agradeceria.
    Com certeza, ainda que a lógica temporal indicasse que não, uma Igreja totalmente calcada nos ritos tradicionais (como nunca deveria ter deixado de ser) e atemporais seria muito mais eficaz no fim do Cisma.

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  5. @ Emerson Leite…

    Ora, pergunte a Dom Shevchuk, que está na esquerda da foto!!!

    Apesar de serem questionáveis muitas das atitudes do Papa, isso não elimina o fato de que nossas estupidez e arrogância nos perdem (enquanto acreditamos que essas nos dirigem).

    Então, creio que respeito ao Santo Padre é fundamental.
    É óbvio que lado direito está o SANTO PADRE.

    Respeito Emerson, respeito. Pois a sutileza da ironia pode ser diabólica.
    Se você crê que pode “corrigir”, tenha ao menos caridade.

    Viva o Papa, Viva Francisco.
    (e creio ser esta a opinião de dom Shevchuk, bispo fiel da Igreja)

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  6. Dois passos pra “frente”, um pra “trás”. Essa parece ser a estratégia do Papa. Dá entrevistas e lança documentos pontifícios com afirmações fortemente modernistas e com tendências claras de TL, com ampla divulgação, e depois, para acalmar os ânimos, lança uma ou outra declaração, perdida em algum discurso ou homilia de improviso, de apoio à tradição ou ataque a alguma agenda progressista.

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  7. Belém, Nazaré e Jerusalém ficam no Oriente. Jesus de Nazaré era oriental, filho de uma Mulher oriental. Nossa Igreja Católica Apostólica Romana foi edificada no Oriente.

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  8. Um dia , queira Deus, os ortodoxos rujam tão alto ao ponto de romper a surdez de Roma. Papa Francisco diz que os admira, também no ponto de vista litúrgico. Por coerência de discurso deveria imitar o zelo e a beleza que eles empregam nas liturgias. Afinal de que adianta admirar só nas palavras? A imitação é uma lisonja ainda maior. É claro que recomendamos à Sua Santidade um conhecimento, promoção e execução do Rito Tridentino, que contem qualidades muito superiores à forma ordinária. De certo modo a foto mostra universalidade da Santa Igreja e de todo católico, ao ponto de que nos nossos corações ainda existe um pouco de Oriente, afinal a Igreja, Jesus e Maria sã de lá.

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  9. Há um ponto aí que deve ser esclarecido. A Igreja Greco-católica Ucraniana está em plena comunhão com Roma. É uma das igrejas orientais sui juris de rito bizantino. Ao contrário dos ortodoxos, que não reconhecem a autoridade do Papa, está é também a Igreja Católica. É permitido, por exemplo, aos romanos, assistirem a Santa Missa e a comungarem as espécies (no caso do rito bizantino, a comunhão ocorre sob as duas espécies). Já para os sacramentos do matrimônio e do crisma, é necessário uma autorização da Igreja Católica Romana para se tornarem válidos e lícitos. No Brasil, a Igreja Ucraniana está estabelecida e organizada através da Ordem Basiliana ou Ordem de São Basílio Magno (OSBM). É governada por um Arcebispo Maior (Patriarca), Dom Sviatoslav Shevchuk (da foto da matéria). A Eparquia, que equivale a nossa Diocese, no caso do Brasil; não tem limites territoriais específicos, vigorando dentro de todo o território brasileiro. Sagrada Eparquia São João Batista, sua sede se encontra em Curitiba e seu atual Eparca é Dom Volodemer Koubetch, OSBM. Se quiserem saber mais, segue o link: http://www.eparquiaucraniana.com.br/eparquia/arquivos/PDF/eparquia/IdentidadeHistoria.pdf. Por favor, cuidado para não entrarem na onda cismática ortodoxa. A Igreja de Cristo é só uma: a Romana. Se alguma igreja se diz católica mas não está em comunhão com Roma, não se trata do verdadeiro Corpo de Cristo. De todo o modo, a Igreja Greco-Católica Ucraniana está em comunhão com Roma.

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    1. Disse tudo o que eu queria ter dito Allan. Os ucranianos católicos sofreram muito no regime stalinista: padres, bispos e fiéis foram presos ou mortos (recomendo conhecer a belíssima história do Arcebispo Maior Josyf Slipyj). Sem contar as igrejas confiscadas e entregues aos ortodoxos. Isso tudo sem nunca receberam um pedido de desculpas por parte dos russos, muito pelo contrário. O objetivo de Moscou era ter destruído essa Igreja, eles nunca aceitaram o seu renascimento depois do fim da URSS, por isso até hoje há perseguições por parte dos ortodoxos russos. O Vaticano para não atrapalhar mais essas já conturbadas relações, não concede ao Arcebispo Maior o título de Patriarca, se não fosse por isso já era para ele ter o título de Patriarca faz tempo. Como eles são muito fiéis a Roma, acabam aceitando, mas entre eles Sua Beatitude Sviatoslav Shevchuk é chamado de Patriarca.

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    2. Por isso que eu questionei certa vez a postura da FSSPX, eles bem poderiam parar de criticar e simplesmente viver a tradição dentro da Igreja, dando excelente exemplo e atraindo jovens. Mas parece que preferem criticar Roma…

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  10. Realmente temos algo a aprender com os ortodoxos. As principais sés ortodoxas se encontram em um mundo islâmico a séculos, e o que eles fizeram? Convocaram um Concílio para “aggiornar” a Igreja Ortodoxa ao mundo islâmico? Tentaram tornar a sua doutrina e a sua litúrgia mais “acessíveis” ao homem islâmico? Fizeram alguma inculturação?

    Questões bem interessantes…

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  11. Se estão fora da Igreja – e por isso não pode ser chamado de Patriarca – pq celebra no Templo Mor da Cristandade? Não seria o mesmo que o Pseudo-Arcebispo de Canterbury fazer o mesmo?

    Isso me lembra de como os espanhóis entretinham os indios com espelhinhos e bugigangas… Se não há a sã doutrina… é mero teatro. Belíssimo, sem dúvida, mas teatro.

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    1. Está no texto: “o “Patriarca” — assim o jovem arcebispo é considerado por sua Igreja, embora as relações ecumênicas do Vaticano com os Ortodoxos estejam impedindo, há anos, o seu reconhecimento enquanto tal”… Se estão em plena comunhão, pq não há reconhecimento? Isso não faz sentido.

      Se estão, que bom.

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  12. Há um grave equívoco nesta matéria que precisa ser corrigido: A Igreja Ucraniana Católica NÃO É ORTODOXA. Apenas Católica de Rito Bizantino como as demais 23 Igrejas Orientais Católicas em comunhão com o Bispo de Roma. E o seu “chefe” não é Patriarca e sim Arcebispo Maior

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    1. Meu Santo Deus, leiam a matéria antes de comentar. Ninguém disse que eles são ortodoxos!!! Depois, na caixa de comentários, foi esclarecido por várias pessoas que eles estão em comunhão com a Santa Sé! Também está dito que se trata de arcebispo maior, e que o título de patriarca é ainda informal.

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  13. A Igreja ritual autônoma (sui iuris) greco-ucraniana está em plena comunhão com a Sé Romana e o Sucessor de Pedro. É uma igreja de tradição bizantina eslava.

    Apenas uma correção ao que foi dito pelo Allan – o sacramento do crisma recebido por um fiel latino das mãos de um presbítero ou bispo católico oriental (portanto, em plena comunhão com a Sé Romana) é sempre válido, porém ilícito (ou seja, contrário às normas de direito canônico), salvo nas hipóteses previstas no cânone 696 do Código de Cânones das Igrejas Orientais.

    Cânone 696 – §1. Todos os presbíteros das Igrejas Orientais podem validamente administrar o sacramento do crisma em conjunto com o batismo ou separadamente a todos os fiéis de qualquer Igreja ritual autônoma (sui iuris), incluindo a Igreja Latina.
    §2. Os fiéis das Igrejas Orientais validamente recebem este sacramento também de presbíteros da Igreja Latina, de acordo com as faculdades que estes últimos tenham recebido.
    §3. Qualquer presbítero administra licitamente este sacramento apenas aos fiéis de sua própria Igreja ritual autônoma (sui iuris); quando se trata de fiéis de outras Igrejas rituais autônomas, o presbítero atua licitamente se os fiéis forem seu súditos, ou aqueles a quem licitamente batiza em virtude de outro título, ou aqueles em perigo de morte, e sempre com atenção aos acordos entre as respectivas Igrejas rituais autônomas.

    Já o casamento celebrado entre fiéis latinos com a assistência de um bispo ou presbítero oriental seria inválido por defeito de forma caso o clérigo oriental não tivesse a delegação do pároco ou do Ordinário latino dos nubentes. Caso o clérigo oriental obtivesse esta delegação, o casamento seria válido, porém ilícito, pois nubentes latinos, salvo hipóteses excepcionais (e.g., perigo de morte) não se podem casar mediante rito distinto do seu próprio. Contudo, se o clérigo oriental houver obtido, da Congregação para as Igrejas Orientais, em Roma, a biritualidade (pode administrar sacramentos em seu rito e no rito latino, por exemplo), então bastaria obter a delegação do pároco ou Ordinário latino dos nubentes para assistir ao casamento, mas teria de celebrá-lo em rito latino (e não em rito oriental).

    Em suma: para os sacramentos do Crisma e do Matrimônio, para haver celebração lícita, o fiel latino deve recorrer ao rito latino, salvo hipóteses excepcionais. O mesmo vale para o sacramento do batismo e da ordem. Portanto, em relação aos sacramentos que imprimem caráter (batismo, crisma e ordem), o fiel deve sempre recebê-los em seu próprio rito, salvo hipóteses excepcionais. O matrimônio, embora não imprima caráter, segue a mesma lógica, mas por um critério de segurança jurídica (evitar defeito de forma que, no matrimônio, conduz à invalidade).

    Quanto aos sacramentos da Eucaristia, Penitência e Unção dos Enfermos, podem ser válida e licitamente recebidos por qualquer fiel das mãos de qualquer presbítero ou bispo católico em qualquer rito. Observe-se que a prática reiterada de receber sacramentos em outra Igreja ritual autônoma não opera nenhuma mudança de rito. Aqui no Rio de Janeiro, há fieis latinos que frequentam o rito maronita há décadas, são catequistas na paróquia maronita, somente vão à Missa na Igreja Maronita etc – estas pessoas não se tornam maronitas por este fato. Continuam latinas, ainda que se “sintam” maronitas.

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