Postagem de um leitor acadêmico de longa-data convidado
Por Rorate-Caeli | Tradução: Fratres in Unum.com – Como todos sabemos, Pe. Volpi, Comissário Apostólico para os Franciscanos da Imaculada, tem executado uma inquisição anti-criptolefebvrianos, a qual chamaremos “inquisitio hæreticæ pravitatis”…, e uma das medidas que ele impôs é a aceitação formal do Vaticano II de acordo com a autoridade a ele atribuído pelo Magistério. Alguém poderia, pois, perguntar “a Igreja considera o Vaticano II um Concílio Ecumênico? Qual é a autoridade a ele atribuída?.
O antigo Patriarca Melquita Máximo V certamente não o considera, como visto na 30Dias (n. 2, 1997). Máximo declarou “impensável” tratar os “Concílios da Igreja do Ocidente” (!) ocorridos no segundo milênio como condição de unidade com os ortodoxos [sic], “incluindo a infalibilidade papal” (!!). E: “… deve ser reconhecido que todos os Concílios depois do primeiro milênio, incluindo o Vaticano I e o II, não podem ser descritos como ecumênicos… As decisões tomadas nessas sessões não podem dizer respeito às Igrejas Orientais, as quais não tomaram parte nelas.” (Todo um conjunto de pressupostos teológicos, sem mencionar a falta de rigor histórico, jaz sob essas afirmações. O Patriarca de Constantinopla, o Metropolita de Kiev e cerca de 60 bispos gregos co-definiram o Filioque e o Primado Romano em Florença, em 1439. Veja-se o exaustivo tratdo em GILL, Joseph, SJ, do Pontifício Instituto Oriental. O Concílio de Florença. Cambridge, 1959).
Dum filão similar, mais de uma década depois, há o mundialmente renomado intelectual bizantino, Pe. Robert Taft, SJ, professor do Pontifício Instituto Oriental por mais de 38 anos, sugerindo que a Igreja Católica poderia “especificar mais claramente” quais concílios são ecumênicos. “Os concílios católicos romanos pós-cisma devem ser considerados concílios ecumênicos da Igreja Indivisa? Se sim, quem o diz?” (Entrevista, “Construindo Pontos entre Cristãos Católicos e Ortodoxos”, in Sophia, verão de 2013, p. 7-9.)
Pe. Taft resume a “nova” eclesiologia católica acerca das “Igrejas Irmãs” como uma “surpreendente revolução em como a Igreja Católica vê a si mesma: nós não somos mais a filha única da vizinhança, a Igreja de Cristo toda, mas uma Igreja Irmã entre outras”. Antigamente, a Igreja Católica se considerava a Igreja original e verdadeira da qual as outras se separaram, e “os católicos sustentavam, simplesmente, que a solução para a divisão da Cristandade consistia no retorno de todos os outros cristãos para o seio materno de Roma”. Nas linhas subsequentes, Taft qualifica a visão anterior de “historicamente ridícula, egocêntrica e auto-complacente”.
Que o Vaticano II foi um concílio ecumênico não é certamente estranho para as mentes dos franciscanos que assinarão o que o pe. Volpi colocar em sua frente em nome da Igreja e da obediência. E provavelmente muitos leitores deste blog obedeceriam um Comissário do Romano Pontífice, se fossem religiosos ou clérigos, porque firmemente sustentam aquilo que o pe. Taft e muitos letrados e clérigos católicos atuais repudiam como “ridículo”. Com fé divina e perplexidade humana, perguntamos ao Papa Francisco e aos inquisidores curiais sobre os Franciscanos da Imaculada: que tipo de comunhão com a Igreja é esta?
Adesão opcional ou é para todos ou para ninguém.
“Dum filão similar, mais de uma década depois, há o mundialmente renomado intelectual bizantino, Pe. Robert Taft, SJ, professor do Pontifício Instituto Oriental por mais de 38 anos, sugerindo que a Igreja Católica poderia ‘especificar mais claramente’ quais concílios são ecumênicos. ”
Roberto de Mattei explica no livro “O Concílio Vaticano II – uma história nunca escrita” que o Sagrado
Magistério, de fato, nunca se pronunciou oficialmente sobre o número de concílios ecumênicos, “mas a doutrina canônica e teológica está mais que consolidada desde São Roberto Belarmino (De Controversiis christianae fidei, tomo II, Apud Societatem Minimam, Veneza, 1599, Liber I, De Conciliis et Ecclesia, cap. V, col. 4-9) ” e que o próprio João XXIII “no discurso de inauguração do concílio que proferiu em 11 de outubro de 1962, como Paulo VI, na alocução de abertura do terceiro período do Concílio, referem os vinte concílios ecumênicos anteriormente celebrados” (pág. 9).
E o que significa o concílio ser ecumênico? De Mattei explica que os concílios são ecumênicos “quando sob a direção do Papa reúnem bispos provenientes de toda a ecúmena, isto é, de todo o mundo habitado” (ibidem). Nos concílios ecumênicos, portanto, o colégio dos bispos exerce solenemente seu poder sobre toda a Igreja (Cân. 337, Código de Direito Canônico).
Segundo informação da Wikipédia, a palavra ecumênico deriva do grego “οἰκουμένη”, que significa “o mundo habitado”. Alguém pode confirmar?
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Sim, Pedro Augusto, a etimologia é exata. Na verdade, a palavra grega οἰκουμένη é, gramaticalmente, um particípio feminino, em voz passiva, do verbo οἰκέω, que pode ser traduzido por habitar (“eu habito”), tendo, portanto, o significado de habitada, subentendendo-se aí o substantivo “terra”. É a terra habitada.
O problema de fundo, porém, é bem mais sério.
Todo o diálogo ecumênico que se quis manter nos últimos cinquenta anos foi baseado justamente em “superar” uma mentalidade que exaltava as diferenças com as outras denominações religiosas que se pretendem cristãs, mas não aceitam os decretos dos Concílios tidos por ecumênicos.
Os orientais cismáticos não consideram ecumênicas as assembleias de cunho predominantemente ocidental, realizadas no Ocidente, após o cisma. De forma, aliás, coerente, dada a etimologia da palavra. Muito embora, não esqueçamos que os primeiros Concílios (Niceia, Constantinopla, Éfeso e Calcedônia) foram predominantemente orientais e são aceitos por todos, como pilares fundamentais da ortodoxia e que, em Florença (século XV), houve participação e anuência oriental, como bem recorda o texto.
Os protestantes, caídos em heresia? Não sei nem se ainda aceitam os concílios. Não estou falando dos ocorridos após Lutero (Trento e seguintes), mas de todos os anteriores também, já que põem em dúvida o próprio Magistério da Igreja e, por conseguinte, a validade das definições dogmáticas, que contraria o seu estrito “sola scriptura”.
O problema vai, como se vê, além da mera etimologia.
Ora, se a Igreja não vai em direção a essas pessoas com o texto dos Concílios nas mãos, por que há de ir, e justamente com o de um Concílio que se quis pastoral e nada definiu em matéria de fé e costumes, em direção a católicos?
Fica no ar a impressão de um agir contraditório: para os de fora, ecumenismo; para os de dentro, submissão.
Penso que os hereges/cismáticos ao verem isso – nada passa despercebido no mundo midiático em que vivemos – porão em dúvida as boas intenções apregoadas pela Igreja em seu favor no já cinquentenário e tão propalado diálogo ecumênico. Haverá entre eles quem já esteja pensando: vou aceitar dialogar com uma Igreja que a seus próprios filhos submete dessa forma? O que fará comigo, apesar das adocicadas palavras que me dirige?
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Qualquer especialista em Comunicação Social está ciente de que a “linguagem-dupla” é um recurso muito usado quando se quer confundir o povo e usar da sua confusão pra transmitir algo que a priori seria violentamente rejeitado.
Primeiro você joga idéias no ar consciente de que elas causarão reações fortes, logo em seguida você se retrata ou trata de modificá-las pra acalmar a reação adversa. Mas o conceito já caiu no ar e lentamente se move no sentido de fazer com que o discurso mude daquilo que o povo gostaria de ouvir para o que você realmente deseja transmitir.
Então não procure por nenhuma verdade absoluta no que tange esse Conciliábulo. Ele foi engendrado tendo como base e instrumento de ação justamente a linguagem dupla.
Se alguma idéia ou heresia parece chocante demais, vai ter sempre alguém lá na frente pra interpretá-la ou reinterpretá-la de acordo com a ”hermeneutica da descontinuidade, daí a natural perplexidade de tantos Católicos diante de tantas contradições por parte das autoridades dessa Igreja Conciliar.
Romano Guardini, um importante teólogo que muito influenciou Papa Bento XVI, escreveu algo muito interessante em sua obra “O Espirito da Liturgia” em 1918:
O Primado do Logos sobre o Ethos
A Igreja sempre esteve disposta a perdoar tudo, menos um ataque direto à Verdade. Ela sabe que ainda que o homem caia, se ele deixar intacta a verdade, ele sempre encontrará seu caminho de volta. Mas se ele ataca o princípio vital, a ordem sagrada de sua vida spiritual é demolida.
Além do mais, a Igreja sempre viu com profunda desconfiança cada concepção ética de verdade e dogma. Qualquer tentativa de se fundamentar um dogma apenas sob seu valor prático é inconcebível. A Igreja apresenta a verdade- dogma- como fato absoluto, com base em si mesmo, independente de qualquer confirmação moral ou até mesmo de esfera prática.
A verdade é verdade simplesmente porque é verdade.
A ação da vontade em relação à verdade é indiferente. A vontade não é necessária pra testar a verdade e essa também não tem que prestar contas à vontade humana, pois a vontade é totalmente incompetente diante da verdade. A vontade precisa reconhecer que é cega e precisa de luz, da liderança e do poder formativo e de organização da verdade. Enfim, deve admitir como princípio fundamental a primazia do conhecimento sobre a vontade, do Logos sobre o Ethos.
Pois a alma necessita absolutamente de terreno firme para se sustentar. Ela necessita daquele apoio do qual ela se elevará, um ponto externo e firme pra além de si mesma que só poderá ser fornecido pela verdade.
O conhecimento da verdade puríssima é o fator fundamental de emancipação spiritual. “A verdade vos libertará”. A alma necessita daquele relaxamento no qual as convulsões da vontade sejam acalmadas, em que a inquietação das controvérsias se aquiete e os ruidos do desejo sejam silenciados.
E isso é fundamentalmente o ato da intenção pela qual o pensamento percebe a Verdade e o espirito se silencia diante da esplêndida majestade.
No Dogma, diante do fato da verdade absoluta, inflexível e eterna, inteiramente independente de nenhuma base prática, nós possuímos algo que é inexplicavelmente grande. Quando a alma se torna consciente disso, ela é invadida por uma sensação de ter tocado a garantia de sanidade mística universal. Ela percebe o Dogma como sendo o guardião da própria existência. De fato, a rocha sobre a qual repousa o universo. “No Princípio era o Verbo”… o Logos.
(“Romano Guardini, “The Spirit of the Liturgy” .)
O Dogma é a Verdade, é a Palavra, o Logos, é Cristo. Não se deixem enganar, estão negando descaradamente a Cristo com subterfúgios.
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Interessante é que a solene abertura tão festejada foi uma Missa no rito que a Igreja quis relegar ao ostracismo e ao profano.
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Até os cismáticos tratam sua “igreja” como única e verdadeira – assim também fazem os protestantes e os espiritas no Brasil, mas o clero da igreja católica romana, sempre mostra duvidas quanto a sua legitimidade, mas na hora de perseguir os católicos tradicionais, estes sim fiéis a Roma, fazem a perseguição cobrando para isso a obediência.
Do mesmo jeito que São Paulo resistiu a São Pedro que reconheceu o erro, devemos resistir a cúria romana, só que não estamos falando com são Pedro e sim com outro apostolo: judas iscariotes pois todo o clero modernista é sim um grande traidor como lucifer e judas.
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“Na verdade, a palavra grega οἰκουμένη é, gramaticalmente, um particípio feminino, em voz passiva, do verbo οἰκέω, que pode ser traduzido por habitar (‘eu habito’), tendo, portanto, o significado de habitada, subentendendo-se aí o substantivo ‘terra’. É a terra habitada.”
Luciano, agradeço entusiasmado sua colaboração! A postagem que fiz refere-se à sugestão do Pe. Robert Taft, SJ, indicada no artigo, de que a Igreja Católica poderia “especificar mais claramente” quais concílios são ecumênicos. Segundo De Mattei, embora o Sagrado Magistério nunca tenha se pronunciado oficialmente sobre o número de concílios, a doutrina canônica e teológica católica está pacificada neste ponto, além dos discursos de João XXIII e Paulo VI que fazem alusão aos “vinte concílios ecumênicos anteriormente celebrados” ao CVII.
Segundo o Sr, “os orientais cismáticos não consideram ecumênicas as assembleias de cunho predominantemente ocidental, realizadas no Ocidente, após o cisma. De forma, aliás, coerente, dada a etimologia da palavra.” Data venia, permita-me discordar:
Os concílios são ecumênicos quando os membros do colégio de bispos são provenientes de toda a ecúmena, isto é, de todo o mundo habitado, afinal, como sabemos, é nos concílios ecumênicos que o colégio de bispos, exerce solenemente seu poder sobre a Igreja Universal (cân. 337, CIC). Ora, segundo o cân. 336, CIC, “o colégio dos Bispos, cuja cabeça é o Sumo Pontífice e de que são membros os Bispos em virtude da consagração sacramental e em comunhão hierárquica com a cabeça e com os membros do Colégio, e no qual o corpo apostólico persevera continuadamente, em união com a sua cabeça e nunca sem ela, é também sujeito do poder supremo e pleno sobre a Igreja universal.”
Assim sendo, penso que é a presença de todos os bispos católicos, provenientes de todas as partes do mundo e em comunhão hierárquica com a cabeça, isto é, o Papa, “e nunca sem ela” que confere a qualidade ecumênica, isto é, universal, dos sagrados concílios, independentemente da presença de bispos que tenham sucessão apostólica legítima, mas que sejam cismáticos.
Quanto, porém, ao diálogo ecumênico, não sei qual a sua posição, mas tenho algumas reservas ao penúltimo parágrafo do artigo, particularmente ao seguinte trecho: “Antigamente, a Igreja Católica se considerava a Igreja original e verdadeira da qual as outras se separaram”, como se a Igreja Católica tenha definitivamente renunciado à ideia de que se trata da Igreja fundada por Nosso Senhor Jesus Cristo. No máximo, quanto à polêmica, controversa e infeliz expressão utilizada para definir a Igreja de Cristo na Lumen Gentium, há, por sua vez, tantas outras “conciliares”, que declaram diretamente a Igreja Católica sê-la. Como sabeis o que há é uma infeliz ambiguidade e recurso de expressões dúbias em particularmente trechos conceituais que revelam os embates entre os “tradicionalistas” e “modernistas” no Concílio, estes últimos que fizeram incluir certas expressões que podem ser interpretadas de duas ou mais formas, até contraditórias entre si.
Se, no entanto, a própria Congregação para a Doutrina da Fé, expediu notas que explicam a interpretação oficial do Magistério sobre a expressão usada na Lumen Gentium, malgrado as interpretações particulares heterodoxas, e aqui, reconhece-se: gramaticalmente possíveis, mas contrárias à doutrina católica, não há o que se discutir. O então Card. Ratzinger, a propósito, lançou sua tese pessoal sobre a expressão “subsist” na Declaração Dominus Iesus quando era Prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.
Ainda segundo o texto, “Pe. Taft resume a ‘nova’ eclesiologia católica acerca das ‘Igrejas Irmãs’ como uma ‘surpreendente revolução em como a Igreja Católica vê a si mesma: nós não somos mais a filha única da vizinhança, a Igreja de Cristo toda, mas uma Igreja Irmã entre outras’”.
Tenho ressalvas aqui: Na Constituição Apostólica Humanae Salutis para a convocação do Concílio Vaticano II, João XXIII além de declarar que é a Igreja Católica a Igreja de Cristo, refere-se, por sua vez, às instituições que têm “Sucessão apostólica, Sacerdócio e a Eucaristia” como igrejas separadas de Roma. A Congregação para a Doutrina da Fé explica que se considera tais instituições como sendo Igrejas – separadas de Roma – APENAS, as que têm sucessão apostólica, sacerdócio e a Eucaristia, como sendo IRMÃS das Igrejas Católicas PARTICULARES, que são governadas também por sucessores dos apóstolos, isto é, as dioceses de uma maneira geral, e não irmãs da Igreja UNIVERSAL, embora reconheça que essa condição de Igrejas Particulares seja de certo modo lacunosa, conquanto existam alguns de seus elementos constitutivos, uma vez que a comunhão com a Igreja Universal, é um dos princípios constitutivos internos das Igrejas Particulares.
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Para complementar a discussão sobre as questões expostas acima, podemos dizer que entre os Princípios de Interpretação dos textos do CVII está o Princípio de Interpretação conforme a Tradição, fixado pelo próprio Beato João XXIII explicitamente na alocução de 11 de outubro de 1962:
“o Concílio” […] “QUER transmitir uma doutrina católica ÍNTEGRA e IMUTÁVEL, NÃO DISTORCIDA” […] “Impõe-se todavia que, nos dias de hoje, a doutrina cristã, NA SUA INTEIREZA e SEM MUTILAÇÕES, seja por todos acolhida com novo entusiasmo e com serena e pacífica adesão …É necessário que, como todos os sinceros promotores da realidade cristã, católica e apostólica veementemente desejam, a MESMA DOUTRINA seja conhecida de forma cada vez mais ampla e profunda… É necessário que essa doutrina, CERTA E IMUTÁVEL, a que é devido fiel obséquio, seja estudada e exposta em sintonia com as exigências do nosso tempo. Uma coisa é o próprio depositum fidei, ou seja, as verdades contidas na nossa veneranda tradição, e uma outra é o modo como são enunciadas, sempre porém com os MESMOS SIGNIFICADO E SENTIDO” (destaques meus).
Isto é, diante de duas ou mais interpretações possíveis sobre os textos do Concílio, prevalece a que mais estiver conforme a Sagrada Tradição.
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Perdão, sr. Pedro, mas concordo com Gercione. E, utilizando suas palavras, entendo que não deveria haver “duas ou mais interpretações possíveis sobre os textos do Concílio”. Só o fato de haver outras interpretações já deixa entrever a possibilidade de contradição.
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Daniel Moy, respeito sua posição. No entanto, acredito que nenhum exegeta católico pode interpretar os textos conciliares contra a finalidade declarada do próprio Concílio, que consistia na transmissão íntegra e imutável da doutrina católica, assim declarada pelo Pontífice que o convocou, o Beato João XXIII. Estas são as interpretações particulares heterodoxas, que todos reconhecemos: gramaticalmente possíveis, mas contrárias à doutrina católica. Assim, eventualmente, havendo conflitos de interpretação na doutrina canônica e teológica sobre os textos conciliares, caso o Sagrado Magistério, que tem o poder de declarar o alcance e sentido de seus atos, não tenha se manifestado sobre a questão, a interpretação que prevalece é a que mais estiver conforme a Sagrada Tradição. Acredito que de alguma forma, os textos conciliares que são INTRINSECAMENTE contrários à finalidade do Concílio estão viciados.
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