Cidade do Vaticano (RV) – Um cristão pode perder a fé por causa de suas paixões e da vaidade, enquanto um pagão pode se tornar cristão pela sua humildade: este foi o centro da homilia proferida pelo Papa na missa presidida quinta-feira, 13, na Casa Santa Marta.
A meditação do Papa se baseou no Evangelho do dia, em que “uma mulher corajosa” de Cananéia, ou seja, pagã, pediu a Jesus para libertar sua filha do demônio. “Era uma mãe desesperada – disse Francisco – e uma mãe, diante da saúde de seu filho, faz de tudo. Jesus lhe disse, duramente: ‘Deixa primeiro saciar os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos cachorrinhos’. A mulher, que certamente não era letrada, respondeu com o ânimo de uma mãe: ‘Sim, Senhor; mas também os cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos’. A mulher – explicou o Papa – não teve vergonha e, por sua fé, Jesus lhe fez o milagre”.
“Este é o caminho de uma pessoa de boa vontade, que procura Deus e O encontra. O Senhor a abençoa. Cada dia, na Igreja do Senhor, muitas pessoas fazem este caminho de busca do Senhor, deixando-se conduzir pelo Espírito Santo”.
“No entanto, existe também o caminho oposto”, observou o Pontífice. “A primeira leitura narra que Salomão era o homem mais sábio da terra, havia recebido de Deus grandes bênçãos, tinha fama e todo o poder; acreditava Nele, mas o que aconteceu? Ele gostava demais de mulheres e suas concubinas lhe desviaram o coração, que começou a seguir outros deuses”.
“Seu coração se enfraqueceu tanto que ele perdeu a fé. O homem mais sábio do mundo se deixou levar por um amor indiscreto; se deixou levar por suas paixões. Ele era capaz de recitar a Bíblia, sim, mas ter fé não significa rezar o Credo. Você pode sabê-lo de cor e ter perdido a fé!”, alertou o Papa.
“Salomão era pecador como seu pai, Davi, mas o Senhor lhe havia perdoado porque ele era humilde e pediu perdão. Salomão, por sua vez, era ‘sábio’ mas tornou-se corrupto. A semente maligna de suas paixões cresceu no coração de Salomão e o levou à idolatria. “É no coração que se perde a fé!”, afirmou.
“Acolham com docilidade a Palavra” – aconselhou Francisco, lembrando o Aleluia. “A Palavra que foi plantada em vocês pode levá-los à salvação. Sigamos o caminho daquela mulher de Cananéia. Que a Palavra de Deus nos guarde nesta estrada e nos mantenha afastados da corrupção e da idolatria!”.
Encontra sim e sou um exemplo.
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De fato, isso é o que vem acontecendo sistematicamente com os membros da hierarquia Católica que abraçaram a heresia modernista. Todos eles perderam a fé por causa de suas paixões e da vaidade enquanto muitos pagãos se tornaram cristãos de verdade quando abraçaram com humildade aquilo que a Igreja sempre ensinou.
Eu mesma fui testemunha de vários batismos de pagãos e judeus em capelas da SSPX. Coisa rara de se ver naqueles redutos que abraçaram o famigerado Ecumenismo que Bergoglio tanto promove.
A verdade é que o modo como cada um experimenta a fé enquanto relacionamento pessoal de confiança e intimidade com Deus está condicionado em certo grau por ensinamentos que já foram revelados pelo próprio Deus.
O próprio Catecismo da Igreja Católica assim define:
“Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador (2). A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador” (143)
Padre Gregory Hesse explicava essa realidade citando como exemplo o caso dos índios e outros pagãos que jamais haviam ouvido falar de Cristo mas que aceitaram com alegria a pregação dos missionários porque já traziam em si o Sensus Fidei.
Sensus Fidei se revela através de um ciclo de entendimento que vai do “fides qua creditur” (A fé vista como uma resposta do indivíduo à comunicação de Deus) à “fides quae creditor” ( a resposta do indivíduo como assentimento ou consentimento ao conteúdo de ensinamentos que a Igreja sempre transmitiu).
Tudo se resume na proclamação feita pelo próprio Jesus no Evangelho de Mateus:
“Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelastes aos pequeninos”.
Infelizmente, porque esses clérigos modernistas se tornaram tão inchados de Freud, Marx, Lubacs, Rahners, Von Balthasar…etc, abandonando a fonte pura da Sã Doutrina, a vaidade e orgulho cegou lhes os olhos, ofuscou-lhes a razão e os transformou em cloacas de heresia e impureza.
Com efeito, ter fé não significa apenas saber rezar o Credo. Mas só o fato de deixarem de rezá-lo, de substituirem-no por musiquinhas profanas de conteúdo esquerdista e de criticar abertamente quem ainda insiste em repeti-lo de cor é sinal de que há muito tempo eles perderam a fé!
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Papa Francisco foi feliz em suas palavras…
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“Ter fé não significa rezar o Credo (…)”.
Claro, o falso testemunho é um pecado muito cometido atualmente, principalmente pelo clero modernista, inclusive no Vaticano da TL e do liberalismo humanista.
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Logo, logo, ele convoca o Vaticano III para detonar a Revolução Russa de 1917 na Igreja; já que, como disse o Cardeal Suenens, o Vaticano II foi o 1789 na Igreja.
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O Vaticano III não ocorrerá, pois o Sínodo dos Bispos marcado para outubro deste ano e o do ano que vem já darão conta de possíveis mudanças, que na verdade creio apenas uma; a simplificação no processo da anulação de casamentos, que possivelmente se dará apenas nas paróquias locais onde foram realizadas sem ter a necessidade de se passar por Roma.
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Defacto ter fé não significa rezar o Credo mas, se rezarmos o Credo com fé temos a certeza da verdade que nos transmitiram os Santos Apostolos e hoje onde vejo essa verdade é na Fraternidade de S. Pio X.
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Amar e observar a palavra de Jesus é o caminho para a verdadeira humildade e fé.O Centurião que era pagão confiou na palavra do Cristo e prescindiu da sua presença para curar o seu servo assim como a mulher que poderia ter se revoltado com Jesus mas o amor à filha, lhe deu ânimo para responder ao mestre com sabedoria.Eis ai o amor a palavra de Jesus que é a verdade. è pelo fogo que se purificam o ouro e a prata ,e os homens agradáveis a Deus, pelo cadinho da humilhação.Eu não sou ingênua mas também não quero ser uma temerária mas deu a impressão de que todo este volteio foi para criticar o credo.
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Essa crítica velada ao Credo da Igreja e àqueles que insistem em rezá-lo de cor não é uma opinião inconsequente ou impensada.
O Credo Católico sempre foi um obstáculo ao Ecumenismo dos modernistas pois a crença na Divindade de Jesus Cristo ofende a Judeus e Muçulmanos, a crença no Filioque é anátema para os Cismáticos Ortodoxos, a crença na Ressurreição da carne contradiz os Reencarnacionistas, a fé na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica é uma afronta aos Protestantes e a fé no mundo que virá é motivo de chacota pra comunistas e ateus.
Daí que esse monte de fiéis, recitando essa oração em uníssono todos os domingos em todo o orbe Católico é algo irritante não só para os inimigos da Igreja como para aqueles que tentam agradá-los de todas as maneiras.
É preciso pois fazer com que os Católicos se sintam mal até ao recitarem as orações tradicionais da Igreja. É preciso convencê-los de que a fé autêntica não tem nada a ver com esses rituais e essas repetições de palavras. Assim eles vão aos poucos abandonando essa “fé ideologizada”.
Não se deixem enganar! O fato de estarem substituindo o Credo por musiquinhas heréticas, omitindo partes do mesmo ou erradicando-o por completo das celebrações litúrgicas tem um objetivo bem definido.
Rezem sempre o Credo e de preferência o Credo Niceno-Constantinopolitano pois ele é a declaração de fé da Igreja. Meditem sobre cada palavra e não tenham medo de reafirmar a sua fé naquilo que a Igreja sempre ensinou, pois essa é a Fé que vence o mundo e o demônio.
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É isso mesmo, Gercione: lex orandi, lex credendi. Oração católica, fé católica.
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“Cada dia, na Igreja do Senhor, muitas pessoas fazem este caminho de busca do Senhor”
Que bonito: Sua Santidade reconhece a primazia da Igreja como caminho de passagem para todos
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À parte o quesito “vocações”, em termos de crescimento, não vejo diferença entre as duas esferas: há anos em SP continua o mesmo o número de fieis em uma e outra circunscrição. O de conversões também é o mesmo, de todos os gêneros.
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“Um cristão pode perder a fé por causa de suas paixões e da vaidade, enquanto um pagão pode se tornar cristão pela sua humildade: este foi o centro da homilia proferida pelo Papa na missa presidida quinta-feira, 13, na Casa Santa Marta”. Pelo que sei e aprendi no catecismo um pagão se torna cristão pelo batismo.
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