
Por Rorate-Caeli| Tradução: Teresa Maria Freixinho – Fratres in Unum.com – Dentre os Padres Conciliares que publicamente expressaram sua opinião a respeito da Sagrada Liturgia durante os debates (Primeira e Segunda Sessões) sobre o esquema De Sacra Liturgia, que levou à Constituição sobre a Sagrada Liturgia (Sacrosanctum Concilium), ninguém foi mais radical do que o bispo de origem alemã Wilhelm Josef Duschak, S.V.D., Vigário Apostólico de Calapan, nas Filipinas.
Ele foi o único bispo a propor, nas discussões conciliares oficiais, uma reforma real do Cânon da Missa, uma questão que era considerada impensável para a maioria dos Padres Conciliares — embora ela seria realizada “ad experimentum” em muitos países tão logo o Concílio terminasse, e, de modo permanente, com a criação do novo Ordinário da Missa, em 1969. Assim, Duschak estava na vanguarda dos reformadores litúrgicos mais radicais – o único bispo a expressar abertamente o que os demais bispos e, especialmente, muitos periti disseram e escreveram no submundo conciliar:
Dom Duschak* de Mindoro foi o primeiro a insinuar que o latim fosse completamente eliminado da Missa e que os sacerdotes estivessem sempre virados para as pessoas; outros bispos haviam encorajado um uso maior dos idiomas vernáculos, ainda que conservassem um pouco de latim. Duschak propôs a Missa Orbis ou a Missa do Mundo. Entrevistado posteriormente, Duschak disse: “Eu não tenho muita esperança de que minha ideia seja aceita em um futuro próximo. Porém, como um bom filipino, eu digo: paciência!”
Porém, mesmo um reformador litúrgico tão radical como Dom Duschak exibia um comportamento em relação à Missa Tradicional em Latim que envergonharia os mais recalcitrantes dentre seus colegas no episcopado de nossa própria era. De acordo com o Padre Ralph Wiltgen, S.V.D., o coordenador de imprensa de mente liberal do Serviço de Notícias do Concílio Divine Word Missionaries, recordou em seu famoso “The Rhine flows into the Tiber”, com relação às memórias dessa primeira sessão do Concílio (1962):
Dom Duschak enfatizou que ele não estava propondo a abolição da forma atual da Missa em Latim. Ele estava meramente propondo que uma forma adicional ou estrutura da Missa fosse introduzida.
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*Nota 1: O arquivo original em PDF estava localizado aqui (http://www.jesuits.ph/windhover/WH4Q05.pdf, visited on Oct. 26, 2006), mas desde então ele foi removido. Uma cópia pode ser encontrada na Internet Wayback Archive. A mesma referência também é encontrada em diversas obras que cobrem as reformas litúrgicas.
Nota 2: É interessante observar que Duschak também respondeu a jornalistas quanto ao pedido por uma nova forma da Missa dentre os povos nativos de seu Vicariato:
Ao ser indagado se a sua proposta teve origem nas pessoas a quem ele servia, ele respondeu, “Não, penso que elas se oporiam a ela, da mesma forma que muitos bispos se opõem a ela. Porém, se ela pudesse ser posta em prática, penso que eles a aceitariam.“
E assim eles fizeram: a revolução litúrgica, como quase todas as revoluções, emanaram da “Elite Iluminada” para as pessoas ignorantes…
Até o reinado do Santo Padre Pio XII, os hereges já existiam, claro, mas eram uma minoria tão pequena que quase nunca era ouvida, e quando era descoberta, logo o Santo Ofício decretava a condenação dos tais hereges e de suas teorias. Hoje em dia, quase TODOS, os bispos pensam da mesma forma, muito até pior, que o Reverendíssimo Wilhelm Duschak. E jamais são condenados, até por que o Santo Ofício, que cuidava da pureza da fé católica sequer existe mais. A heresia e a apostasia são exaltadas na Igreja conciliar, agora na igreja de Francisco, de tal maneira que o único caminho que a aguarda seria a ruína, não fossem as promessas de Nosso Senhor e de sua Santíssima Mãe.
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Com a revolução francesa, Marcos, os “iluminados” dela tinham que expandir o plano da nova era: o antropocentrismo.
Necessitavam então implantar estados “laicos”, indiferentes a Deus.
O povo foi na onda dos pensadores, filósofos… pós revolução francesa. Mas para tanto tinha que arrumar uma forma de destruir o ponto referencial do ser humano na terra(campo temporal), a Instituição Divina – a Santa Igreja. Como fazer isso e ficar bem com o povo? Melhor tomar de dentro e controlar.
Os papas desse período foram santos e sábios. Lutaram quando podiam, mas as estratégias dos amigos do demonio iam corroendo a mentalidade popular. Homens gananciosos mais uma vez, seduzidos pelas ideias novas, se deixaram corromper. Preteriram as coisas santas pelas novidades alheias. Atacaram as bases da Igreja, os seminários. Foram galgando lentamente as posições na Igreja.
Para resumir: o marco para o início da guerra contra a Igreja é a revolução francesa e marco da tomada de Roma, é o Concilio Vaticano II, considerando o ponto de vista meramente humano.
Entretanto, sabe-se que no plano sobrenatural o demonio persuadiu e manipulou.
Por que Deus permitiu? Castigos?
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Mas a Missa Tradicional foi proibida, mesmo contrariando os direitos dos fiéis, e quem a prefere hoje é tratado pior que leproso! E não baste a Missa Católica ser proibida até a Missa nova e as orações em geral são desrespeitadas e devem estar sempre em mutação.
Copio um artigo datado de 1 de março deste ano, do padre José Antonio de Oliveira, autor daquele artigo carregado de heresias, aquele padre que não tem inimigos, que vive num mundo lindo cheio de gente boa e não gosta, acha esquisito, que se fale de fogo, inferno, condenação. Esse novo artigo também está no site da Arquidiocese de Mariana e é como que a resposta e reafirmação do outro artigo que o Fratres in Unum publicou.
O padre José Antonio de Oliveira diz “como foi bom!” com as mudanças da celebração eucarística, acha que as orações devem mudar ao gosto das pessoas e que invocações a Maria devem ser omitidas, porque hoje não há necessidade de “reforçar sua presença”, como se atualmente ninguém mais precisasse se valer dos exemplos e intercessões dos Santos e muito menos da Virgem Mãe de Deus!
Eis o artigo, publicado normalmente no site de uma arquidiocese que não deu ouvidos às críticas e continua dando liberdade a um herege:
“Há uma tribo indígena cuja especialidade é a cerâmica. Lá, quando um cacique idoso vai passar pra outro a função, oferece ao que está chegando o vaso mais bonito e precioso que confeccionou durante toda a sua vida. O novo cacique recebe o vaso, o quebra, o mói e, misturando água, faz argila e modela um vaso novo. O velho cacique não vê isso como uma afronta ou desrespeito. Entende que o outro irá conservar a essência, a substância, a Tradição, mas lhe dá uma nova forma.
Na vida e na fé deve acontecer o mesmo. Não podemos abrir mão da essência, mas a vida exige novas formas. O Espírito Santo continua a agir e suscitar coisas novas. Mesmo porque as transformações do mundo o exigem. “Eis que faço novas todas as coisas” (Ap 21,5).
Jesus disse a Simão: “Tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja” (Mt 16,18). Deve estar claro que ‘pedra’ é só o fundamento, o alicerce. Essa base é a fé que Pedro revela na pessoa de Jesus e na proposta do Reino. A Igreja não pode ser toda ‘petrificada’, pronta, acabada. Pedro chega a falar que somos ‘pedras vivas’ (cf. 1Pd 2,5), mas tudo o que é vivo se transforma, se desenvolve.
O alicerce da Igreja é imutável. Jesus Cristo não muda. Nossa fé é única. O Evangelho é o mesmo. Há verdades e valores que são eternos. Mas a Igreja precisa se adaptar a cada tempo, a cada cultura, a cada circunstância. Em sua Exortação Evangelii Gaudium, o papa Francisco nos lembra que “o dom de Deus encarna-se na cultura de quem o recebe. O cristianismo não dispõe de um único modelo cultural, mas permanecendo o que é, assume o rosto das diversas culturas e dos vários povos onde for acolhido”. Aí está a “beleza deste rosto pluriforme” (EG nn. 115 e 116). Por isso, a nossa fé passa por mudanças e adaptações em sua forma de se expressar.
A própria celebração eucarística já passou por várias mudanças ao longo da história. E como foi bom! A oração do Pai Nosso, ensinada por Jesus Cristo, sofreu modificação, e é recitada de forma diferente pelas Igrejas. É natural. Ninguém sabe ao certo como é, porque até os evangelistas a registram diferente. Basta conferir na Bíblia Mt 6,9-13 e Lc 11,2-4. E é claro que, se a oração é conversa entre pessoas que se amam – nós e Deus, não faz sentido obrigar alguém a orar sempre com as mesmas palavras, sem poder expressar o que sente. Há ritos que mantemos e são importantes, mas a prece deve brotar bem livre de um coração que ama e confia.
No artigo que escrevi sobre essas “pequenas mudanças” apresentei alguns exemplos de orações que, mesmo sendo mantidas oficialmente pela Igreja, podem ser modificadas por quem as recita. Mas há muitas outras. Citaria, por exemplo, a prece de louvor que fazemos durante a Bênção do Santíssimo: “Bendito seja Deus…”. Ela expressa o louvor ao Pai duas vezes, ao Filho cinco vezes, ao Espírito Santo uma vez, e a Maria quatro vezes, mais que ao Pai e ao Espírito Santo. Numa oração essencialmente cristológica, a invocação a Maria poderia ser tranquilamente omitida, ou aparecer apenas uma vez. Contudo, como surgiu num tempo em que se negava a importância de Maria na História da Salvação, houve a preocupação, talvez exagerada, de reforçar a sua presença. Hoje não faz mais tanto sentido.
E assim, são muitos os exemplos de mudanças necessárias, inclusive na interpretação bíblica, no ensino da Igreja, nas expressões da fé. O alicerce não pode mudar, mas o formato, a cor, os acessórios, isso precisa ser atualizado. É bom que a Igreja não seja construída de pedras imutáveis, mas de tijolos e massa, algo que seja mais maleável, moldável.
A Bíblia registra um texto muito bonito, quando Jeremias é convidado por Deus a descer até a casa do oleiro e aprender com ele. O Profeta percebe que o vaso precisa ser, às vezes, quebrado, refeito, novamente moldado. Deus, o grande Oleiro, não quer gente de cabeça dura. Muito menos de coração duro. Quer gente que se entregue à ação transformadora da Graça, à força renovadora do Espírito. Somos – ou devemos ser, como o barro nas mãos do oleiro (Jr 18,1-6).
Na Exortação acima citada, Francisco chama a atenção para o perigo de se desenvolver “a psicologia do túmulo, que pouco a pouco transforma os cristãos em múmias de museu” e “corrói o dinamismo apostólico” (EG 83). Para isso, é fundamental quebrar potes e criar vasos novos. Mesmo porque a Igreja é chamada a ser “casa acolhedora” (DAp 370), e toda casa exige contínua limpeza e periódicas reformas.”
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Marcos,
Concordo com suas palavras. A Igreja conciliar perdeu a noção do pecado realmente. Tudo é permitido.
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Marcos, leia novamente a legenda da foto: Missa Solene Coram Episcopo celebrada (verus populum) durante a Oitava Semana Litúrgica Nacional em Portland,1947. O Arcebispo E.D. Howard está no trono; à sua direita, o Reverendíssimo Joseph Gilmore, Bispo de Helena; à sua esquerda está o Reverendíssimo Francis Carroll, Bispo de Calgary.
Tal experimento já estava rolando por volta de1947, bem debaixo do nariz de Pio XII. Um excelente livro sobre Pio XII é a obra de Jean Chélini L’Église sous Pie XII, (Fayard, Paris, dois vols.). Esse livro diz claramente:
“No espelho da História, Pio XII aparece como a imagem grandiosa e radiante do papado, o modelo do Papa da Contra-Reforma, levado à perfeição. Mas, a solenidade de seu comportamento não deve nos esconder, por mais tempo, a ousadia de sua ação. Pio XII é, de longe, o Papa mais citado no Vaticano II. (…) Se na concepção e exercício da função de Papa as diferenças com seus sucessores são reais, se a maneira de definir e de “praticar” a Igreja mudou com o Concílio [Vaticano II], se o ecumenismo adquiriu novo impulso, se se desenvolveu o diálogo entre a Igreja e o mundo, o reinado de Pio XII preparou o trabalho conciliar, colocando os marcos da reflexão e os lineamentos das reformas” .
E olha que é um livro escrito por um simpatizante de Pio XII!
Portanto, os hereges não eram minoria pequena. Se fossem, São Pio X não teria dedicado quase todo seu Pontificado a combatê-los. Eugênio Pacelli( futuramente Pio XII) foi Secretário Privado de Mariano Rampolla del Tindaro, o Cardeal Maçon que quase se tornou Papa, não fosse pela misericórdia divina que deu à Igreja daquele tempo um São Pio X.
O mau clero que temos hoje, os usurpadores do ofício de sucessores dos apóstolos é castigo de Deus por causa da apostasia, porque está escrito: Ferirei o pastor, e as ovelhas ficarão dispersas”.
Olhe o mundo à sua volta, veja quantos estão entristecidos pelo lamentável estado de apostasia em que se encontra a Igreja: poucos e esses poucos são perseguidos, caluniados e execrados.
É uma minoria que quer uma volta à Tradição e essa minoria deve ser abafada e eliminada pra que não “contamine” os outros com sua “ideologia”.
Agora veja quantos manifestam todos os dias sua indignação porque queriam uma Igreja mais liberal, sem dogmas, sem restrições, mais mundana: a maioria dos que se dizem Católicos. Uma geração que vem sofrendo permanente lavagem cerebral por parte do mau clero infiltrado na Igreja.
Essa maioria já rejeitou há muito tempo o Reinado de Jesus Cristo em seus corações e na sociedade. No lugar em que antes era entronizado o Sagrado Coração de Jesus, reina absoluta a Rainha TV! Ela é que tem lugar de honra nas salas das famílias e dali ela dita o que vestir, o que comer, o que usar, em quem votar…etc.
A história se repete, basta ler o que está escrito em I Samuel 8,4-19: todos os anciãos de Israel vieram em grupo ter com Samuel em Ramá, e disseram-lhe: “Estás velho e teus filhos não seguem as tuas pisadas”. É exatamente o mesmo que o mundo diz à Igreja: “estás velha e ninguém segue sua Doutrina”.
Dá-nos um rei que nos governe, como o têm todas as nações… Dá nos um Papa que nos governe como em qualquer outra nação: democrático, politicamente correto, modernista, mais amigo do povo do que de Deus.
Estas palavras: Dá-nos um rei que nos governe, desagradaram a Samuel, que se pôs em oração diante do Senhor. O Senhor disse-lhe: Ouve a voz do povo em tudo o que te disseram. “NÃO É A TI QUE ELES REJEITAM, MAS A MIM, POIS JÁ NÃO QUEREM QUE EU REINE SOBRE ELES”. Fazem contigo como sempre o têm feito comigo, desde o dia em que os tirei do Egito até o presente: abandonam-me para servir a deuses estranhos. Atende-os, agora; mas declara-lhes solenemente, dando-lhes a conhecer os direitos do rei que reinará sobre eles.
Referiu Samuel todas as palavras do Senhor ao povo que reclamava um rei: Eis, disse ele, como vos há de tratar o vosso rei: tomará os vossos filhos para os seus carros e sua cavalaria, ou para correr diante do seu carro. Fará deles chefes de mil e chefes de cinqüenta, empregá-los-á em suas lavouras e em suas colheitas, na fabricação de suas armas de guerra e de seus carros. Fará de vossas filhas suas perfumistas, cozinheiras e padeiras. Tomará também o melhor de vossos campos, de vossas vinhas e de vossos olivais, e dá-los-á aos seus servos. Tomará também o dízimo de vossas semeaduras e de vossas vinhas para dá-los aos seus eunucos e aos seus servos. Tomará também vossos servos e vossas servas, vossos melhores bois e vossos jumentos, para empregá-los no seu trabalho. Tomará ainda o dízimo de vossos rebanhos, e vós mesmos sereis seus escravos. E NO DIA EM QUE CLAMARDES AO SENHOR POR CAUSA DO REI QUE VÓS MESMOS ESCOLHESTES, O SENHOR NÃO VOS OUVIRÁ. O povo recusou ouvir a voz de Samuel. Não, disseram eles; é preciso que tenhamos um rei! – I Samuel 8,4-19.
Portanto, não adianta inventarem teologias materialistas, pastorais disso e daquilo, encontros sacrílegos ecumênicos com hereges no afã de trazer paz ao mundo ou prosperidade para o povo. Deus não ouve a oração dos soberbos.
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