Recordando Martini.

Segundo o porta-voz da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, ‹‹ o Papa Francisco qualificou o Padre Martini como um homem de discernimento e de paz, um profeta e homem de paz; como aquele que ajudou muito a entender a relação fé-justiça. O Papa encorajou, naturalmente, a Fundação na sua actividade, referindo o dever dos filhos de recordar os pais: aí estamos na ordem espiritual e eclesial, mas qualificou Martini como um “pai” na Igreja, pai para a sua diocese, pai para inúmeras pessoas. Recordou que também “nós, no fim do mundo – disse –, recebemos dele uma grande contribuição pelo conhecimento bíblico, mas também justamente pela espiritualidade e vida de fé, alimentada pela Palavra de Deus ››.

Ainda de acordo com o Papa Francisco, “recordar o Cardeal Martini é um ato de justiça”. É o que faz a matéria abaixo, do El País, de Buenos Aires – 10 de abril de 2014 (créditos: Secretum Meum Mihi).

La Nación Abr-10-2014 03

Traduzimos alguns excertos:

“Era um homem de Deus, mas não era necessário fazê-lo santo. Deveria ter se aposentado antes” […] Martini foi uma das 114 testemunhas escutadas durante o processo de canonização de Karol Wojtyla (1920-2005), que será proclamado santo em tempo recorde, há tão somente nove anos de sua morte. […] Em seu testemunho durante o processo, de fato, Martini assinalava algumas “limitações” em ações e decisões do papa polonês. Entre elas, algumas nomeações “não muito felizes” de colaboradores, especialmente nos últimos tempos; excessivo apoio aos movimentos, “relevando de fato as igrejas locais”; imprudência ao se colocar “no centro das atenções — especialmente nas viagens — com o resultado de que o povo o percebia como o bispo do mundo e ficava obscurecido o papel da Igreja local e do bispo”.  […] “Não quis enfatizar mais do que devido a necessidade de sua canonização, porque me parece que basta o testemunho histórico de sua dedicação séria à Igreja e a serviço das almas”, indicou Martini ao dar seu testemunho na causa.

[…] Martini não é o único que teve reservas sobre a canonização de João Paulo II, o reconhecimento de santidade mais rápido da época moderna, já que Pio X foi proclamado santo por Pio XII em 1954, 40 anos após sua morte, e João XXIII será proclamado santo em 27 de abril próximo, juntamente com João Paulo II, 50 anos após sua morte. “Este processo está avançando muito rápido, a santidade não precisa de caminhos preferenciais”, apontou o cardeal belga Godfried Danneels.

15 comentários sobre “Recordando Martini.

  1. Até certo ponto Martini tinha seus motivos pra ser contra, afinal se era pra canonizar o Vaticano II ninguém tinha mais direito a uma canonização do que o próprio Carlo Maria Martini pois Martini é o “garoto-propaganda” n.1 dessa loucura chamada Vaticano II e a inspiração principal das loucuras bergoglianas.
    Mas João Paulo II também teve lá seus méritos e isso ele deixou claro em sua própria Constituição FIDEI DEPOSITUM para a publicação do Novo Catecismo da Igreja Católica pós- Conciliar:

    “…O Concílio Ecumênico Vaticano II, inaugurado há trinta anos pelo meu predecessor João XXIII, de feliz memória, tinha como intenção e como finalidade pôr em evidência a missão apostólica e pastoral da Igreja, e, fazendo resplandecer a verdade do Evangelho, levar todos os homens a procurarem e acolherem o amor de Cristo que excede toda a ciência (cf. Ef 3,19).
    Ao Concílio, o Papa João XXIII tinha confiado como tarefa principal guardar e apresentar melhor o precioso depósito da doutrina cristã, para o tornar mais acessível aos fiéis de Cristo e a todos os homens de boa vontade. Portanto, o Concílio não devia, em primeiro lugar, condenar os erros da época, mas sobretudo empenhar-se por mostrar serenamente a força e a beleza da doutrina da fé. […]
    “Para mim – que tive a graça especial de nele participar e colaborar no seu desenvolvimento – o Vaticano II foi sempre, e é de modo particular nestes anos do meu Pontificado, o constante ponto de referência de toda a minha ação pastoral, no consciente empenho de traduzir as suas diretrizes em aplicação concreta e fiel, a nível de cada Igreja e da Igreja inteira. É preciso incessantemente recomeçar daquela fonte” [3].

    Basta ler essa Constituição pra entender porque os modernistas em Roma precisavam se livrar de Bento XVI e nos empurrar Bergoglio goela abaixo: “É preciso incessantemente recomeçar daquela fonte”.
    Da minha parte podem espernear à vontade porque vou continuar seguindo minha consciência, pois é ela que me impede de acender velas tanto pra Woytila como pra Nikita Roncalli.
    Quando Roncalli lançou a Pacem in Terris ela foi recebida com “hosanas” pelo bloco soviético” . Pela primeira vez, contrariando todos os Papas anteriores esta encíclica defende um acordo entre Cristo e Belial, defende que a paz só pode ser alcançada através da colaboração de todas as “pessoas de boa vontade” com aquelas que defendem “ideologias erradas” como o comunismo.
    Devido a este apelo à colaboração e à solidariedade, ele acabou por incitar a Igreja Católica a começar negociação com os governos comunistas. Graças à essa política diplomática (a ostpolitik) que foi continuada pelo Papa Paulo VI, foi liquidada a “Igreja do Silêncio” e um de seus mais notáveis representantes, o Cardeal Mindeszenty, Primaz da Hungria.
    Graças ao PAPA BOM PARA OS COMUNISTAS, o Vaticano abriu suas portas para ativistas políticos disfarçados de padres que haviam sido previamente aprovados pelos regimes comunistas e Bispos que haviam recebido selo de aprovação dos regimes comunistas daquela época rapidamente subiram ao Cardinalato.
    “Pelos frutos vos conhecereis” e isso pra mim é o suficiente. Quanto aos que insistem em proclamar o santo mas não contam o milagre, eu vejo que até no uso do provérbio eles distorcem a realidade.

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  2. “São João Paulo 2” padroeiro do islã!!

    Os “santos” da “igreja” conciliar beija alcorão, faz acordo de Metz com os comunistas mas como essa seita é obra de satanás ela instrumetaliza verdadeiros Santos católicos (como Santo Anchieta) para poder TENTAR calar os católicos que contestam os processos de canonização fraudulentos pós-conciliares.

    Excelente artigo em The Remnant, de autoria de Peter Crenshaw, acerca das consequências da escandalosa canonização de João Paulo II.

    O título é Do advogado do diabo: abrirá São João Paulo as portas para “santos” não católicos?

    Crenshaw analisa as vicissitudes dos processos de canonização e como as rigorosíssimas normas estabelecidas pelo papa Sixto V, quatrocentos anos atrás, foram postas abaixo por JP2, eliminando a figura do advogado do diabo, que garantia a seriedade do processo.

    (agradecer ao blog http://www.christeeleyson.com/ pelas informações concedidas)

    “Esta é a tua hora e o poder das trevas.” (Lc 22,53)

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  3. Não conheci o PAPA JOAO XXIII… era novíssima,começando a vida, (he…he..he..!),mas, no Pontificado de JOAO PAULO II, eu já podia opinar, já frequentava a IGREJA…!!! Já entendia certas coisas.

    A d m i r o , e muiiiiiito,…. SUA SANTIDADE, o falecido PAPA JOAO PAULO II, independentemente de seus acertos ou enganos……coisas tão comuns em seres humanos….

    KAROL WOYTILA tem meu carinho e admiração, até porque, ele , apesar de PONTIFICE, também pertence ao Grupo dos CONSAGRADOS MARIANOS pelo Método MONFORT, como eu, também o sou, graças à DEUS! Amém!

    IRMAO!!!!!!….. e PAPA, rogai por nós! e, pela IGREJA CATOLICA! Amém!

    VIVA JESUS!!! Aleluia! CRISTO Ressuscitou! verdadeiramente,aleluiaaaa!!!!

    MARANATHA!

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  4. Martini, Daneels, Boff, Hans Kung . João Paulo II, pode ter tido seus defeitos e teve vários, porém ter uma lista de desafetos como essa já serve como um grande passo para a sua canonização.

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  5. SE OPOR A CANONIZAÇAO DE JOÃO PAULO II É DAR Credibilidade a TL e aos movimentos modernistas. O PAPA FRANCISCO resolveu canonizar JOÃO 23, dispensando o segundo milagre, para tirar o brilho do grande papa polônes.

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