Papa à Renovação Carismática: unidade e aproximação aos pobres.

Cidade do Vaticano (RV) – Uma multidão em festa acolheu na tarde deste domingo o Papa Francisco no Estádio Olímpico de Roma, para celebrar os 37 anos da Renovação Carismática italiana.

O Presidente do Movimento, Salvatore Martinez, deu as boas-vindas ao Pontífice, afirmando que o Olímpico hoje não é palco de um jogo de futebol, com os times da Roma, da Lácio ou do São Lourenço (da Argentina). Mas há sempre uma equipe, a dos discípulos de Jesus, cujo técnico é o Espírito Santo e o capitão é o Papa Francisco. “A estratégia de jogo é maravilhosa. Colocando em campo a fé, a vitória de Jesus está garantida”, disse ele.

Tomaram a palavra representantes dos sacerdotes, dos jovens, da família e dos enfermos, que deixaram seu testemunho, intercalados por palavras do Santo Padre, que porém fez notar aos organizadores que faltava um representante dos avós.

“Aos sacerdotes, me vem uma única palavra: proximidade. Proximidade a Jesus Cristo, na oração. Próximos ao Senhor. E proximidade às pessoas, ao povo de Deus que lhes é confiado. Amem sua gente”, disse Francisco.

Aos jovens, suas palavras foram: “Seria triste um jovem que protege sua juventude num cofre. Assim, esta juventude se torna velha, no pior sentido da palavra. Torna-se pano velho. Não serve para nada. A juventude serve para arriscar: arriscar bem, com esperança. Apostá-la em coisas grandes. Deve ser doada para que outros conheçam o Senhor. Não a poupem para vocês, avante!

Para as famílias presentes, o Pontífice recordou que são a Igreja doméstica, onde Jesus cresce, cresce no amor dos cônjuges, na vida dos filhos. Por isso o inimigo a ataca tanto: o demônio não a quer! E tenta destrui-la. “O Senhor abençoe a família e a fortifique nesta crise na qual o diabo quer destrui-la.”

Em seu pronunciamento, Francisco definiu a renovação carismática “uma corrente de graça na Igreja e para a Igreja”. Como em uma orquestra, nenhum movimento pode pensar em ser mais importante ou maior que o outro. “Quando isso acontece, a peste tem início. Ninguém pode dizer: eu sou o chefe. Como toda a Igreja, há um só chefe, um único Senhor: Jesus.”

Como na entrevista que concedeu voltando do Brasil, Francisco repetiu que não amava muitos os “carismáticos”, mas depois se tornou o assistente espiritual da Renovação Carismática, nomeado pela Conferência Episcopal Argentina. “Trata-se de uma força”, afirmou o Papa, pedindo que renovem o amor pela palavra, carregando no bolso o Evangelho.

E advertiu: “Cuidado para não perder a liberdade que o Espírito Santo nos doou. O perigo para a Renovação é a da excessiva organização. Sim, ela é necessária. Mas não percam a graça de deixar Deus ser Deus. Não há graça maior que deixar-se guiar pelo Espírito Santo”.

O Pontífice identificou ainda outro perigo, que é se tornar controlador da graça de Deus. “Muitas vezes, os responsáveis (gosto mais da denominação ‘servidores’) por alguma comunidade se tornam, sem querer, administradores da graça, decidindo quem pode recebê-la. Vocês são dispensadores, não controladores. Não sejam a alfândega ao Espírito Santo”. E indicou três obras como guias seguros para não errar o caminho, sendo uma delas “Renovação Carismática e serviço ao homem”, escrita pelo Card. Suenens e por Dom Hélder Câmara. “Este é o percurso, sintetizou: evangelização, ecumenismo espiritual, cuidado pelos pobres e necessitados e acolhida dos maginalizados. E tudo isto baseado na adoração!”

Por fim, Francisco disse o que espera da Renovação. Em primeiro lugar, a conversão ao amor de Jesus. “Espero de vocês uma evangelização com a Palavra de Deus que anuncia que Jesus está vivo e ama todos os homens.” Em segundo lugar, dar testemunho de ecumenismo espiritual, de permanecer unidos no amor que Jesus pede a todos os homens. A seguir, a aproximação aos pobres e aos necessitados, para tocar em sua carne a carne ferida de Jesus. “Aproximem-se, por favor.”

O Pontífice concluiu com um apelo: “Busquem a unidade da Renovação, porque a unidade vem do Espírito Santo. A divisão vem do demônio. Fujam das lutas internas, por favor.”

48 comentários sobre “Papa à Renovação Carismática: unidade e aproximação aos pobres.

  1. 1-) Deveria mudar o nome porque carisma é uma coisa que os carismáticos não possuem.

    2-) Então se vê que os mesmos seguem as palavras do bispo vermelho e que a RCC é a TL só que com outro nome.

    3-) Eles passam a idéia de que a igreja católica são um bando de bobos (vejam as fotos acima deles abanando braços).

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  2. Caros Fratres,

    Dois pensamentos a respeito desta notícia:

    1) RCC
    Não tenho dúvidas de que a RCC é de origem e “modus operandi” protestantes, mas não podemos deixar de lado, o fato de que ela reavivou a espiritualidade da Igreja do Pós-Concílio.
    Aqui no Brasil e na América Latina, sentimos os efeitos desastrosos do CV II, pois o “espírito do concílio” trouxe a Teologia da Libertação, e erradicou toda a piedade e espiritualidade da Fé católica.
    Falava-se apenas de pobre, de sindicato, de luta de classes, de oprimido, e por aí seguia o desastre.

    Repito: toda a espiritualidade e vestígios da Igreja pré-conciliar foram erradicados, eliminados, apagados. Não sobrou praticamente nada!

    Aqui na minha realidade do interior de São Paulo, eu vivi essa situação.

    A RCC conseguiu recuperar devoções como o Santo Terço, aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, as bênçãos do Santíssimo Sacramento, e até mesmo a leitura espiritual da Bíblia.

    Por outro lado, surgiram os efeitos colaterais como a evasão de vários fieis que eram da RCC para seitas pentecostais, missas-show, orações de línguas, repouso no espírito com gente caindo para todo quanto é lado, entre outras coisas…

    Mas creio que se não tivesse ocorrido o CV II, isso não teria acontecido.

    A raiz da demolição da Igreja é sim o Vaticano II.

    Portanto, a RCC foi uma resposta – ainda que incorreta – ao marxismo do pós-vaticano II.

    2) Sugestão de Dom Hélder Câmara

    Encontrei o livro “Charismatic Renewal and Social Action: A Dialogue” citado na reportagem da RV. Encontra-se o arquivo PDF No link abaixo.

    Clique para acessar o Charismatic%20Renewal%20and%20Social%20Action%20by%20Leon%20Joseph%20Suenens.pdf

    Outra coisa, no livro Vaticano II uma história nunca escrita, percebi que juntamente com os teólogos, dom Helder Câmara teve importantíssimo papel na demolição da Igreja.

    A tempo: e ainda querem canonizá-lo.

    Fiquemos espertos, caminhamos para o final dos tempos e a passos largos.

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  3. Alguém mostre o vídeo de Monsenhor Jonas Abib ensinando a orar em línguas . Deve ser fácil encontrá-lo no you tube. Não faço eu mesmo por falta de tempo.

    Bergoglio aprova tudo de suspeito e age com rigor com tudo aquilo que é correto e edifica a Igreja.

    Esse homem, que veio do fim do mundo, veio para edificar ou destruir?

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    1. Após o pentecostes, os apóstolos com o dom do Espírito Santo oravam em línguas ou pregavam e todas as pessoas de várias nações que estavam ali presentes e ouviam essa mesma pregação cada um no seu próprio idioma? Alguém me esclareça, por favor? Antes de retornar a Santa Tradição da Igreja, fui convidado pela minha namorada e sua mãe a ir ao metrô Bresser se não me engano na missa show do pe. Antonello, fiquei anestesiado com uma dança em cirandinha e “oração” em línguas, depois, mais tarde perguntei o que essas pessoas estavam dizendo e não sabiam responder, pedi para traduzir e não sabiam, de repente estavam conversando com o demo e nem sabiam. Fugi dali e graças a Nossa Mãe Santíssima estou de volta a Santa Tradição da Igreja,
      Adveniat regnum Tuum, oh Maria!

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  4. Pra mim que tive a experiência pessoal de passar por paróquias controladas por padres TL e depois de participar de grupos carismáticos antes de conhecer a verdadeira Tradição Católica, eu entendo perfeitamente quando dizem:

    “Como na entrevista que concedeu voltando do Brasil, Francisco repetiu que não amava muitos os “carismáticos”, mas depois se tornou o assistente espiritual da Renovação Carismática, nomeado pela Conferência Episcopal Argentina. “Trata-se de uma força”, afirmou o Papa, pedindo que renovem o amor pela palavra, carregando no bolso o Evangelho.

    Nenhum TL ama a Renovação Carismática, porque assim como a Tradição Católica, eles consideram a “fé carismática ou pentecostal” ideologizada. Daí essas advertências:

    “Espero de vocês uma evangelização com a Palavra de Deus que anuncia que Jesus está vivo e ama todos os homens.” Em segundo lugar, dar testemunho de ecumenismo espiritual, de permanecer unidos no amor que Jesus pede a todos os homens. A seguir, a aproximação aos pobres e aos necessitados, para tocar em sua carne a carne ferida de Jesus. “Aproximem-se, por favor.”

    Em suma, nas paróquias que eu participei em Salvador-BA, a permissão para que os fiéis pudessem formar um grupo da RCC estava condicionada à participação ativa nas chamadas “pastorais TL”.
    Tinham que participar ativamente da famigerada “campanha da Fraternidade” e JAMAIS criticar qualquer atitude dos padres cujo exemplo de vida estava em contraste público com o Evangelho que se pregava.
    Alguns eram tão escandalosos que tiveram que ser afastados pela própria Arquidiocese.
    Aos que se perguntam, por que a “Igreja TL” aturou e permitiu a atuação da RCC, a resposta é simples. Foi numa época em que os Católicos estavam debandando aos milhões para as seitas pentecostais devido ao vazio espiritual que se instalou na Igreja Conciliar.
    O povo se cansou da “Igreja de Dom Helder, de Dom Evaristo Arns, de Dom Ivo Lorscheider, de Leonardo Boff e Frei Betto onde se entra oco e sai vazio ou cheio de ódio.
    Era preciso conter o êxodo dos fiéis e assim resolveram permitir que o protestantismo pentecostal disfarçado com o nome de RCC fosse instalado na própria Igreja, mas com a devida vigilância para que seus líderes não se tornassem ” sem querer, administradores da graça, controladores”, ou seja pastores protestantes dentro da Igreja desafiando a própria hierarquia. A velha política da cenoura e do porrete.
    Por outro lado, os encontros da RCC onde frequentemente eram convidados líderes pentecostais protestantes, onde músicas das seitas protestantes se misturavam às Católicas era uma ocasião perfeita pra se promover o famigerado “ecumenismo”.
    A RCC com sua dinâmica pentecostal, com seu misticismo barato, seu apelo à emoção e com a acolhida no estilo “love bombing” atrai milhares de jovens que tem sede pelo espiritual.
    E os impostores na hierarquia sabem bem que muitos jovens são idealistas e acreditam em um futuro melhor; mas igualmente sabem que a maioria desses idealistas não é muito culta, não tem um profundo conhecimento da história da Igreja Romana, por isso é natural que eles cultivem esses grupos formados por idealistas ingênuos, a fim de manipulá-los e levá-los a apoiar seus planos que estão muito longe de serem santos.
    Concluindo, tenho que concordar com Bergoglio quando ele diz que a unidade vem do Espírito Santo e a divisão vem do demônio, pois foi exatamente o que os promotores da Igreja Conciliar fizeram ao dividir a Igreja em seitas e partidos, foi o que fizeram ao romper com a unidade de culto rasgando a túnica inconsútil de Cristo.
    Aos adoradores dessa Igreja Conciliar, hoje mais do que nunca cai como uma luva o protesto do escritor italiano Tito Casini ao seu Bispo, o Cardeal Lercaro de Bolonha, que era também o responsável pela Comissão Pontifícia para a Liturgia:

    “Vocês fizeram o que nem os soldados Romanos ao pé da cruz tiveram a ousadia de fazer. Vocês rasgaram a túnica inconsutil, aquele elo que unia os cristãos, do passado, presente e future e a reduziram aos mulambos”.

    http://www.latunicastracciata.net/tunica_stracciata/index.htm

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  5. Eu acho tão curioso o interesse do Cardeal Suenens pela RCC. Eu acho que se ele deu tanto apoio para ela é porque viu que de alguma forma ela poderia servir aos seus princípios modernistas. Hoje vemos que a RCC é o carro-chefe do ecumenismo com os protestantes, por exemplo.
    Fora isso, mesmo que não queira a RCC faz uma das piores evangelizações, rebaixando a fé católica, pelo menos em nível cultural, vida de piedade e liturgia. Se por uma tem pic para falar de Deus, por outro faz o catolicismo parecer coisa de gente retardada com aquela coisa dengosa, se não meio boiola de “põe a mão no seu coração, fecha os seus olhos”; ou então falemos dos concertos de rock sem nenhuma beleza e capacidade de elevação espiritual, vulgarizando com suas melodias o Santíssimo nome de Jesus e de Maria, sem falar que as letras parecem muito mais um desabafo emotivo do meu “eu interior” do que um digno louvor, como as singelas canções de piedade popular de outrora e a suposta alegria que muito mais é uma euforia devido a música “sacra-pop” e o show de luzes e os aplausos marcando a pulsação da música.
    A RCC está anos-luz de distância do que seja realmente católico. Pode até ter seu lado bom, mas não me parece que compensou os efeitos-colaterais.

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  6. Alexandre Antunes, como diz um antigo ditado: “dois errados não fazem um certo”.

    “A RCC conseguiu recuperar devoções como o Santo Terço, aos Sagrados Corações de Jesus e Maria, as bênçãos do Santíssimo Sacramento, e até mesmo a leitura espiritual da Bíblia.” Esses não são os frutos da RCC, mas resquícios de Catolicismo.

    “Por outro lado, surgiram os efeitos colaterais como a evasão de vários fieis que eram da RCC para seitas pentecostais, missas-show, orações de línguas, repouso no espírito com gente caindo para todo quanto é lado, entre outras coisas…” Esses são os frutos da RCC propriamente.

    Já ouvi falar que existe uma RCC séria, como na Itália. Eu mesmo nunca vi.

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  7. Não há porque dos comentários contrários à RCC. Se o Santo Padre aprova a RCC devemos também respeitá-los. Temos que manter a Igreja unida porque vivemos tempos difíceis. Como católico penso que temos que atuar em nossas paróquias, combater atos que desrespeitam a Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo frente a frente e não em um ambiente virtual. Chega dessa murmuração.

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  8. Algumas considerações a respeito do tema: primeiro, creio que a TL não suporta a RCC, pois o maior expoente da RCC, padre Marcelo Rossi, foi várias vezes impedido de se reunir com o Papa Emérito Bento XVI e, recentemente, com o Papa Francisco. Sem contar, que o Frei Beto, um dos maiores expoentes da TL, vive tecendo críticas a RCC e. especialmente, ao padre Marcelo Rossi. Em segundo lugar, a causa da redução do número de católicos não pode exclusivamente ser posta na conta de TL, pois na Europa a TL praticamente não conseguiu por os pés, e como todos sabemos o número de católicos europeus não para de decrescer faz décadas.

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    1. oh! Henrique, não seria pelas mesmas razões que ele tambem não criticaria edir macedo, silas malafaia, apostolo valdomiro?

      E na europa, agora, há muitos TLs, mesmo que eles não saibam.

      J Carismático Catolico Apostolico Romano e RENOVADO! Tu és?

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    2. A TL é a forma mais específica que o Modernismo assumiu na América Latina, e mais escandalosa por ser assumidamente comunista. Na Europa – onde você aponta, corretamente, que também houve perda de fé – o Modernismo assumiu outras formas. Guardadas as diferenças circunstanciais e geográficas, em todos os casos houve a negação da fé tradicional, tentativas de criar uma “nova Igreja” (sobre os escombros da “velha”), permissividade moral, alianças com os inimigos tradicionais da fé, adoção de práticas e vocabulário alienigenas, enfim, clara perda de fé já por parte dos prelados. A perda de fé dos fieis é resultado, portanto, do Modernismo, seja qual for sua forma.
      Mesmo em relação àqueles que dizem que o mundo mudou e que por isso houve crise na fé, devemos sempre avaliar quem antecede quem, pois certas mudanças no mundo só ocorreram justamente por causa da perda da fé. E quase sempre podemos observar que houve colaboração dos modernistas para isso, seja endossando as “novas práticas”, ou até mesmo capitaneando-as.
      A culpa do Modernismo na perda de fé da população é menos evidente no Brasil – onde dão a desculpa de o país outrora rural se tornou urbano (e a Igreja supostamente não conseguiu chegar aos migrantes que eram católicos enquanto viviam no campo, mas que ficaram órfãos de fé quando chegaram nas periferias) – do que nos EUA – onde os católicos sempre foram urbanos em sua grande maioria (pois eram imigrantes ou descendentes destes que se dirigiram para as cidades), onde também houve perda de fé. Olhando para o caso dos EUA, onde o perfil da população não mudou nesse sentido, é óbvio que foi um problema interno à Igreja.

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    3. J Carismático ou JP Carismático,

      Chega de ironia, vazio intelectual, a coisa é séria.

      Vamos rezar pra essa turma da RCC se converter.

      Converter a quê?

      Ao que o episcopado anda ensinando?

      Então rezemos e fazemos sacrifícios pela autentica conversão de vida dos infiéis e pobres pecadores.

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  9. Caro Henrique Lopes, a “Ideologia da Libertação” que você conhece, é apenas outra vertente do marxismo cultural adaptado à realidade da América Latina. Engana-se e muito quem acha que tal ideologia foi cunhada na própria América Latina. Ela nasceu da influência de três frentes de pensamento: o Evangelho Social das igrejas norte-americanas, trazido ao Brasil pelo missionário e teólogo presbiteriano Richard Shaull; a Teologia da Esperança, do teólogo reformado Jürgen Moltmann; e a teologia política que tinha como seus grandes expoentes o teólogo católico Johann Baptist Metz, na Europa, e o teólogo batista Harvey Cox, nos EUA.
    E mais: a “Teologia da Libertação” não foi apenas influenciada pelo marxismo: tem também uma forte influência da Nova Teologia que surgiu na Europa na primeira metade do século XX. E tanto o marxismo como a Nova Teologia têm uma raiz eminentemente imanente (são filosofias, e não teologias propriamente ditas). Ou seja: a Igreja Católica atualmente está sendo orientada por uma filosofia imanente e gnóstica, e não por uma teologia transcendental.
    A idéia mais comum entre os Católicos é que qualquer coisa que venha do Papa vem de Deus. Vivem sob uma espécie de Positivismo Papal sem levar em conta que é o próprio Papa que está fazendo de tudo pra transformar a Igreja Católica numa espécie de igreja protestante, descentralizada. E para que os Católicos embarquem nessa aventura cantando kumbaya, é preciso ainda fazer uso do tal Positivismo Papal onde está implícito um centralismo e a exigência de um culto de personalidade ao Papa. Eh vida de gado, povo marcado, povo feliz!
    Os bajuladores do Papa Bergoglio ainda não se deram por conta que há muito abandonaram a milenar Igreja Católica Apostólica Romana com toda sua Tradição e Doutrina pra abraçar uma espécie de partido político que ainda dão o nome de “Igreja Católica”. E Bergoglio se tornou o expoente máximo dessa Organização política que é orientada por uma determinada ideologia imanente e gnóstica.

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  10. Henrique Lopes, você é um claro representante dos católicos moderninhos de hoje.

    “Algumas considerações a respeito do tema: primeiro, creio que a TL não suporta a RCC, pois o maior expoente da RCC, padre Marcelo Rossi, foi várias vezes impedido de se reunir com o Papa Emérito Bento XVI e, recentemente, com o Papa Francisco. Sem contar, que o Frei Beto, um dos maiores expoentes da TL, vive tecendo críticas a RCC e. especialmente, ao padre Marcelo Rossi. ”

    Como foi explicado mais acima, os TL só batem de frente com a RCC porque esses padrecos ideológicos veem a RCC como uma representante de uma ideologia contrária ao esquerdismo. Ambas, RCC e TL, são frutos do modernismo satânico, não se engane.

    “Em segundo lugar, a causa da redução do número de católicos não pode exclusivamente ser posta na conta de TL, pois na Europa a TL praticamente não conseguiu por os pés, e como todos sabemos o número de católicos europeus não para de decrescer faz décadas.”

    A TL no seu esquerdismo pode até não ter ganho muitos adeptos, mas outros movimentos satânicos modernistas inspirados na TL, como por exemplo o tal neocatecumenato, esses fizeram e fazem muito sucesso, e estrago, na Europa. Repare como é muito comum os neocatecumenatos também falarem em “ajudar os pobres” bem ao estilo TL.

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  11. O Papa aprovou a RCC mas também alertou sobre erros que acontecem dentro dela. O problema é que esses erros são muito comuns,são erros que praticamente definem o que é a RCC.

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  12. Acolhamos as palavras do Santo Padre, e seguimos em frente ,corrigindo o que de alguma forma precisa ser corrigido, mas sempre fazendo comunhão.Semeando a cultura de Pentecostes!Abçs

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  13. Eu,na minha simplicidade, gostaria muito de entender como Deus permite este tipo de comportamento na Igreja. Sei que o cristão deve passar por provações pois isto contribui para fortalecer a fé e consequentemente contribui com sua salvação, mas o que temos presenciado ultimamente é terrível.
    Como suportar as provações e manter a firmeza da fé se nem mesmo aqueles que deveriam nos guiar pelo “vale da sombra da morte” (o Clero, com destaque ao Santo Padre) se lembram o que é ser Católico ?

    O mais triste é perceber que, mesmo que tenhamos um novo Papa Paulo III, no estado em que estamos, a Igreja nunca mais voltará a sanidade de outrora.

    Por que permite isso Senhor Deus ? Por que ?

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  14. Alexandre antunes,

    a RCC reavivou? Não, ela continuou a destruição da fé.

    a RCC reza o rosário? Aonde, me mostrem um evento em que eles estão rezando o rosário – e outra tem que ser todo dia e como Nossa Senhora afirmou em Fátima, do contrário só sabem pular, abanar braço, violão, e outras idiotices.

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  15. Pedro Rocha (2 junho, 2014 às 12:21 pm),

    Minha réplica ao teu comentário:

    a) No item 1 do meu post anterior, encerro com a frase: “Portanto, a RCC foi uma resposta – ainda que incorreta – ao marxismo do pós-vaticano II.”
    Foi uma resposta incorreta, mas foi a única que houve na época… E foi útil, pois como muito bem comentou dona Gercione, “Foi numa época em que os Católicos estavam debandando aos milhões para as seitas pentecostais devido ao vazio espiritual que se instalou na Igreja Conciliar”
    Sim! Ainda hoje aqui em Campinas interior de São Paulo, estimo que 50% da classe média que professa uma fé, é evangélica. Isso se não for mais!
    E a RCC foi uma resposta. Disso não temos como negar.
    Lamentar a história? Já foi… Já passou… É um fato histórico.

    b) Se você ler com atenção meu comentário, perceba que escrevi que “a RCC conseguiu RECUPERAR devoções”, recuperar é trazer de volta; não afirmei que as devoções citadas são “frutos” da RCC. rs

    Quanto ao que chamo de “efeitos colaterais”, concordo com você que foram frutos da RCC.

    c) Quanto a RCC da Italia, uma vez fui na convocação geral em Rimini. Os excessos são menores, mas existem. Não vou mentir para vocês que não gosto de ouvir as “predicas” do Padre Raniero Cantalamessa, mas, quando ele fala sobre ecumenismo, Vaticano II, eu simplesmente descarto, pois minhas convicções são sólidas quanto a esses assuntos.
    Quantas vezes escutando as “predicas” do Cantalamessa, não me arrependi dos meus pecados, e recomecei numa vida nova.

    Abraço,

    Alexandre

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  16. Duvido muito que o papa Bergoglio mudará de opinião acerca da Tradição como mudou em relação a RCC. À Tradição ele sempre dedicará o seu desprezo e dirá, como dizem que já disseram, “o carnaval acabou” (ou seja: o amor ao Belo acabou); enquanto ao carnaval proposto pela RCC ele dará sempre o seu apoio, seu patrocínio e benção apostólica.

    Achei ótima a expressão “ecumenismo espiritual”, com certeza o diabo vai incentivar bastante o nefasto ecumenismo.

    Não sei o que é mais danoso para as almas, o comunismo da TL ou o fideísmo sentimentalista da RCC.

    Que venham as provações derradeiras e façam emergir os verdadeiros católicos!

    Ó Coração Imaculado de Maria, sêde a nossa salvação!

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  17. Henrique Lopes, o modernismo é o causador-mor dos problemas da Igreja atualmente. A TL foi de carona, enquanto não é possível dissociar a RCC da protestantização modernista.

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  18. Caro Henrique Lopes

    Infelizmente a TL também já chegou à Europa.
    Sou disso testemunha ao assitir a uma missa no sábado passado na igreja do carmo em lisboa.
    o padre que fez a homilia e “presidiu” à missa, era brasileiro e todo o seu discurso era completamente marxista, parecia que estava a ouvir um qualquer político comunista a debitar.
    No jargão que usava até esperança teleologica era dum Reino de Deus aqui e agora.
    Vejo vocês brasileiros a falar da TL isto, TL aquilo. Mas nunca tinha tomado contacto directo “in loco” com a realidade TL. Fiquei muito chocado e agora compreendo melhor toda a aversão ao movimento.

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  19. Parece que depois de tantas elucubrações por parte de muitos sobre quem poderia contribuir para destruição da Igreja, temos uma Resposta. Haja visto que um Papa que deveria nada mais nada menos do que manter a Tradição que é justamente o que Deus espera da Igreja , pois nela se leva ao longo dos séculos a mensagem de Jesus Cristo, ajoelha-se para a heresia e pede orações talvez em línguas!

    Ha nós , pobres leigos, so resta uma frase de socorro. Meus Deus, o que está acontecendo ?

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  20. interessante essas estratégias marqueteiras do clero progressista: conter a saída em massa dos católicos para as igrejolas protestantes(únicos inimigos do clero fariseu) com um protestantismo disfarçado de catolicismo.

    E raiz de todos os males, o pecado, continua destruindo a sociedade.

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  21. O pentecostalismo e a “Teologia” da Libertação são as duas faces de uma mesma moeda, aquela que é a síntese de todas as heresias: o Modernismo. Como esperar bons frutos?

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  22. O que esperar de um Papa Jesuíta que adota um perfil Franciscano, fala o que quer com total destempero sem se preocupar com os efeitos do que diz aos fiéis sequiosos de um verdadeiro pastoreio doutrinal? E esses jovens fazendo macaquices diante do Romano Pontífice(com sua aprovação): estão rezando em línguas(histeria coletiva)?
    É preciso afirmar em alto e bom tom que a RCC é uma heresia triteísta que tem endereço certo onde fazer uma “sanatio”: Monsenhor Jonas Habib, Pe. Marcelo Rossi, Pe. Eduardo Doughety, S.J. Mas enquanto renderem dividendos às respectivas Igrejas Particulares em em que se localizam e à própria CNBdoB, tudo passa.
    Santo Inácio de Loyola, do céu, deve lamentar tais filhos(…)

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  23. Caros irmãos católicos, eu apenas sou Católico Apostólico Romano como imagino que todos devemos ser. Não gosto de movimentos cismáticos, sejam eles quais forem: TL ou seguidores de Marcel Levebrve. Entretanto, movimentos como a RCC são necessários para evitar a derrocada total do catolicismo. Se não fosse a RCC, o número de Evangélicos no Brasil e, em outros países da América Latina já seria superior ao de Católicos. Se algum milagre ocorresse e o PAPA Francisco ou outro Papa que vier depois, anulasse o Concílio Vaticano II ou então tornasse a missa tridentina a única a ser permitida em todo o mundo, o número de Católicos seria reduzido a um pequeno punhado, pois as pessoas entenderiam isso como um retrocesso e não aceitariam. E quando falo de pessoas, incluo boa parte do clero também. Então, é necessário que se faça uma escolha: ou ” tolerar” movimentos como o da RCC e manter o prestígio da Igreja Católica, ou nos tornarmos minoria, com menos gente até do que seitas como o candomblé ou o espiritismo. Mas se isso ocorresse , a Igreja Católica correria um sério risco de ser varrida do mundo, pois já não teria mais o prestígio que serve a muitos governantes. Creio que a pressão pelo fim do papado e pelo fechamento de quase todas as Igrejas Católicas seria inevitável. Seríamos obrigados a uma volta ao passado, ou seja, manter a nossa fé em ” catacumbas” . O Papa Francisco sabe bem disso, e embora não goste da RCC, como já disse antes quando era Cardeal na Argentina, ” muda” o discurso fazendo de conta que a aceita, assim como faz com outros movimentos como os neo catecumenos igualmente recebidos por ele.

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    1. Henrique Lopes, e quando a Igreja era minoria no começo, era perseguida, tinha os Papas martirizados, todo que se convertesse ao catolicismo mártir também, mas continuava firme na Fé Católica, você se envergonha e lamenta a falta de prestígio da Igreja no mundo? Hoje você sente vergonha dos mártires, porque eles não tinham prestígio no mundo?

      Jesus Cristo, nosso Senhor, foi bem claro aos cristãos: O que vos mando é que vos ameis uns aos outros. Se o mundo vos odeia, sabei que me odiou a mim antes que a vós. Se fôsseis do mundo, o mundo vos amaria como sendo seus. Como, porém, não sois do mundo, mas do mundo vos escolhi, por isso o mundo vos odeia. Lembrai-vos da palavra que vos disse: O servo não é maior do que o seu senhor. Se me perseguiram, também vos hão de perseguir. Se guardaram a minha palavra, hão de guardar também a vossa. (São João 15, 17-20)

      Santo Atanásio também disse: Ainda que os católicos fiéis à Tradição se reduzissem a um punhado, este punhado seria a verdadeira Igreja de Cristo.

      Teve tempo mais glorioso e fecundo para a Igreja, que aquele das catacumbas? O sangue dos mártires daquele tempo produziu muitos frutos, um continente pagão inteiro foi convertido, e depois outro continente e parte de outro. Com certeza, este tempo que vivemos, de nova perseguição aos fiéis, produzirá novos e boníssimos frutos, porém nunca a igreja vai se esquecer daqueles primeiros tempos da Igreja e seus frutos.

      Um santo Papa dê nova liberdade para a Tradição dos Apóstolos e censure os modernistas, e verá o quanto a Igreja ganhará nova força e admiração de Deus, embora muito desprezo e ódio do mundo! Pois também há clareza aqui: Jesus então lhe disse: Feliz és, Simão, filho de Jonas, porque não foi a carne nem o sangue que te revelou isto, mas meu Pai que está nos céus.
      E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

      Se Simão não tivesse reconhecido Jesus como Filho de Deus, se tivesse tido escrúpulos e para não desagradar o mundo, negasse Jesus naquela hora, porventura teria sido constituído Papa? Mas ele negou três vezes nosso Senhor, e por isso Jesus disse: Simão, Simão, eis que Satanás vos reclamou para vos peneirar como o trigo; mas eu roguei por ti, para que a tua confiança não desfaleça; e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos.

      Convertido é que Simão é Pedro, e católico é que um papa é Papa. Se um papa não fala como Papa, mas como um qualquer que pode errar, como pode ser infalível e confirmar a fé dos irmãos? É em razão de um papa que não confirma os irmãos, que a Igreja vai perdendo a fé em muitos lugares, porque não há mais vigilância. Porém onde existe obediência ao Papa, ao reinante, quando este age como Papa, e aos Antecessores do Papa reinante, sem contradição entre qualquer um, as portas do inferno nunca prevalecem contra a Igreja, mesmo ela perseguida e num punhado isolado, cresce e se afervora na fé tradicional de sempre.

      Portanto, não se desespere, se a Igreja cai em muitos lugares, é porque nesses lugares não há Igreja mas somente fachada de Igreja. Se a Igreja voltar à Tradição em todos os cantos, apenas os infiéis, que desprezam a glória de Deus mostrada com evidência, fugirão para as seitas, ao passo que os verdadeiros fiéis produzirão frutos. Entretanto tal não acontecerá, eu acho, porque é necessário que se cumpram as Escrituras, que dizem que virá a apostasia e o crescimento do mal. A RCC não impede o crescimento do mal, antes o favorece, porque nominalmente não são protestantes, mas na prática são protestantes.

      Se o “cismático” São Paulo não tivesse resistido face a face a São Pedro e se São Pedro fosse orgulhoso e desprezasse a repreensão de São Paulo, hoje ainda os partido dos judeus continuariam distinguindo animais puros de impuros e circuncidando os varões, vivendo ainda a Lei do Antigo Testamento e desprezando a de Cristo do Novo Testamento, para não desagradar aos seguidores do partido dos judeus, porque o Papa da época fazia gracinhas para os judeus e o povo imitava, enquanto os fiéis formados por São Paulo continuariam firmes na Fé Católica, porém, “cismáticos”. Se salva quem perseverar até o fim, como deixou também patente nosso Senhor Jesus Cristo!

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    2. Realmente Henrique Lopes, seria reduzido a um numero pequeno de CATÓLICOS e não, como vemos hoje, um numero enorme de “católicos de fim de semana” que só se reúnem se o show oferecido pelo “padre” for de seu agrado.

      Até que ponto uma quantidade imensa de fieis é importante ?

      Lembre-se sempre que a Igreja Santa e Católica começou com apenas 12 e, estes 12 conseguiram converter o Mundo conhecido na época simplesmente porque tinham uma fé sólida e não porque tinham milhares ao seu lado.

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    3. A Igreja Tradicional cresce, mas não no mesmo sentido que a dos modernistas que congrega apóstatas, ignorantes e até ateus. É um crescimento lento e não muito grande em números, porém é um crescimento extraordinário na fé, foi o que eu quis dizer.

      A igreja do mundo dos hereges cresce numa velocidade muito alta nos números, levando muitos para a perdição, é rápida e eficiente para fazer os fracos perderem completamente a fé. É só ver o que se incentiva no mundo moderno, o ódio que a Igreja Católica, a que segue a Tradição dos Apóstolos, causa, o quanto cresce o número de ateus, de protestantes, de muçulmanos, das práticas anticristãs. Não tenho dúvidas de que se trata da apostasia!

      Nos lugares que permaneceram fiéis à Tradição, contudo, o crescimento é mais num outro sentido. Cresce um pouco nos números de fiéis, mas cresce muito no modo como se vive a fé, e os frutos são muitos e bons. Não foi da noite para o dia que a Europa se converteu e largou o paganismo, mas foi em menos de 50 anos que a grande maioria dos europeus largou a Igreja e abraçou as coisas novas.

      Mas para que ganhar o mundo inteiro, se perder a alma? De que vale a igreja do mundo, dos modernistas, dos carismáticos, a igreja dos protestantes, a igreja dos muçulmanos, dos ateus, dos judeus e pagãos, se conscientemente desprezam e odeiam a Igreja de Cristo, não suportam o Sacrifício da Missa, as verdadeiras devoções católicas, a memória dos mártires? De que vale a glória do mundo que eles recebem? Quando morrerem, receberão o prêmio de Deus, se em consciência recusam a graça de Deus?

      Um católico não deve lamentar se é minoria ou não. Tem que lamentar e muito é se não agradar a Deus e se O desprezar para satisfazer os inimigos de Deus.

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    4. De qualquer modo – sendo positivo ou negativo o resultado de se falar verdades “incovenientes” – que fique claro e registrado que houve uma grande apostasia nas últimas décadas, a ponto de a Igreja já não poder ensinar a doutrina católica sem que pensemos seriamente que um grande número de “católicos” abandonaria a Igreja oficialmente.

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  24. Senhor Henrique Lopes,

    Que argumento torto o seu. Digno daqueles que fizeram o vaticano II, tal como se serpenteou por aquele tempo: protestantização na Igreja enquanto a serpente-TL se encolhia para dar o bote.

    Foi assim que, sob as possibilidades ambíguas do VII, se destruiu a Fé da maioria católica e se construiu esse picadeiro demoníaco que se vê nas imagens acima.

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  25. Eu entendo as considerações dos amados irmãos católicos, mas há um dado que ninguém observa. Antes do Concílio Vaticano II só era permitida a missa tridentina e tudo mais que envolve ela, certo? Praticamente todos os Católicos seguiam ela, com exceção de um certo número de cismáticos que já estavam preparando o bote do Vaticano II, certo? Pois bem, com a inauguração da missa nova, como explicar que em pouco tempo aquelas centenas de milhões de seguiam os ritos da missa antiga, se bandeassem tão facilmente para os ritos e tudo mais que envolve a missa nova? Se, como alguns irmãos dizem aqui, o que importa é permanecer na fé e resistir ao modernismo a todo custo, como uma quantidade tão grande de católicos se ” bandeou” para o outro lado em questão de tão pouco tempo assim? A fé deles na missa tridentina por acaso era falsa? Será que mesmo participando da missa tridentina, não sentiam nada? Ou será que o modernismo na Igreja Católica surgiu por apenas uma simples razão: os católicos se converteram “misteriosamente” em modernistas da ” noite para o dia” e, por isso, a hierarquia católica resolveu seguir a maioria.

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    1. Em muitos lugares houve resistência, mas eram poucas pessoas e nada podiam fazer, afinal as pessoas leigas sabiam que deviam obedecer à hierarquia da Igreja, porque antigamente o povo tinha total confiança nos padres, diferente de hoje. Portanto, se um padre dizia que a missa nova era boa e traria muitos frutos, as pessoas não podiam duvidar, por conta da confiança que naquele tempo as pessoas tinham na Igreja. Quem inventou a missa nova e a impôs em todo lugar foi a hierarquia, ninguém pediu por mudanças! Foi a hierarquia que fez o povo cair, sempre foi assim: se a hierarquia não apostatava e fazia o povo pecar, a hierarquia era omissa e permitia que o povo pecasse.

      Sem a Missa Tridentina, a Missa Católica, e sem toda a Doutrina Católica, é evidente que com o tempo as pessoas se esquecem do passado, a Doutrina e a Liturgia da Igreja, e fazem seus ídolos, porque elas perdem os bons pastores e só encontram lobos que as guiam para as matarem e as devorarem, ou pastores que não as defendem.

      Se você ler na Bíblia, vai ver o quanto o povo de Israel era rápido em esquecer os Mandamentos de Deus. Quando Moisés subiu ao monte Sinai e ficou lá por 40 dias, quando voltou o povo já tinha feito um bezerro de ouro e estava perdido adorando o ídolo, porque foi o Sumo Sacerdote Arão quem fez o bezerro para o povo adorar, o qual o povo pediu, pois no tempo era moda adorar ídolos e moderno era o povo que tinha muitos ídolos para adorar. Porém nesse tempo, o povo tinha acabado de conhecer Deus e era muito inclinado ao mal, e Arão foi apenas fraco e condescendeu com o erro, não arquitetou uma apostasia. No livro dos Juízes ocorria algo parecido, muitíssimas vezes o povo abandonou as leis e preceitos de Deus e foi derrotado em todas as batalhas por castigo de Deus, só quando se levantava um bom juiz que Israel se voltava para Deus, mas sem um bom juiz, caia novamente no pecado das outras nações, e até pior que elas, porque desprezava a Lei de Deus.

      Mas já depois, Israel pecou porque primeiro pecou o rei, a autoridade, como no tempo de Jeroboão, e seguindo o rei, Israel pecou, e gravemente. O rei Manassés, que foi idólatra, também fez o povo de Judá pecar, não porque o povo pediu, mas porque ele traiu Deus.

      É a lei de Deus fraca? Não! Fraco é quem tem autoridade e permite que o povo, que também é fraco sozinho, peque, senão propriamente induzindo o povo a pecar, não fazendo nada para o povo deixar de pecar!

      Muitos outros exemplos de traição do povo à Lei de Deus está na Bíblia, mas isso não faz a Lei de Deus fraca e muito menos errada, e ainda menos a Lei plenamente revelada de Cristo, que é perfeita e foi revelada ao povo pela Igreja. Fracos somos nós, que sem a graça de Deus não podemos fazer nada, somente pecar e rejeitar o que é de Deus, que na primeira ocasião de pecado caímos e desprezamos a graça de Deus; foi o que aconteceu depois do Vaticano II, quando as autoridades da Igreja não mais ensinaram a Sã Doutrina e brincaram com a Liturgia, e não fizemos nada, apenas seguimos os erros das autoridades, erros há muito tempo condenados pela Igreja, que sequer tivemos vontade de conhecer! Se eu não tivesse conhecido a Igreja pelos escritos próximos à Tradição de Bento XVI, e não tivesse lido Encíclicas dos Papas do período anterior ao Vaticano II, eu ainda estaria sem dar importância à Igreja, porque não via nenhuma importância sendo dada à Igreja pelo clero, e muitos outros foram como eu, se não tivessem conhecido a história e Tradição da Igreja, continuariam perdidos.

      Perceba que questionar a Missa Tridentina porque o povo apostatou quando a perdeu é o mesmo que questionar os Mandamentos da Lei de Deus, conhecidos desde o tempo de Moisés, porque o povo desprezou os Mandamentos os conhecendo quando as autoridades desprezavam!

      No Antigo Testamento, quando havia um Rei que fosse fiel a Deus e fizesse a vontade d’Ele, o povo voltava para o caminho do Senhor e era recompensado com a vitória nas guerras e com prosperidade. E muito mais Deus recompensa no Novo Testamento os que cumprem a Sua vontade! Dou um exemplo. São João Maria Vinney, que quando chegou em sua paróquia, não encontrou um povo fiel, mas relaxado e dado ao vício, porém com seu trabalho e santidade em cumprir os deveres do sacerdócio, o Cura d’Ars fez o povo se converter. E São João Maria Vianney viveu no tempo de antes do concílio. Hoje, quase todas as paróquias católicas estão piores que a de São João Maria Vianney, mas se tivéssemos pelo menos 2 novos santos em nossos dias como o Cura d’Ars, estaríamos bem melhores.

      É pelos frutos que se conhece a árvore. Este artigo é perfeito: http://www.fratresinunum.com/2014/06/03/retornar-ao-sacrificio-para-salvar-o-sacramento/

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  26. A RCC é um “movimento” da Igreja. Fato.
    Como todos os movimentos precisa de respeito e orientação.
    Não é certo um membro desejar a eliminação do outro. O olho precisa do pé para fazer o corpo inteiro percorrer o caminho.

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    1. O papa Bento XVi nunca foi a favor da RCC: sempre se referia a ela reprovando seus emotivismos e uma fé protestantizada por causa de seus cultos hilariantes e alienantes; recomendava a prática de um cristianismo simples e segundo a tradição de sempre da Igreja.

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  27. Francisco tanto definiu a Renovação Carismática como “uma corrente de graça na Igreja e para a Igreja”, como fez referência às PRÁTICAS heterodoxas dos carismáticos, APROVANDO-AS:

    Disse Francisco: “Yo decía de ustedes: Pero si parecen una escuela de samba! No compartía el modo de rezar ni las muchas cosas nuevas que hacían en la Iglesia. Luego comencé a conorcelos bien, y al final comprendí el bien que el movimento carismático hace a la Iglesia.”

    Logo, segundo Francisco tanto o “modo de rezar” como as tantas “coisas novas” que os carismáticos fazem são um BEM para a Igreja! Entre as tantas “coisas novas” inclua-se aí a “oração em línguas” e o “batismo no espírito santo”…

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