Sínodo: os bilhetinhos do Papa.

Qual seria o conteúdo dos bilhetinhos que o Papa Francisco escrevia e mandava ao Secretário Geral do Sínodo, o cardeal Lorenzo Baldisseri, durante as assembléias sinodais? Curiosidade sem esperança. Segundo o presidente da Conferência dos bispos poloneses, o relatório lido ontem no Sínodo: “inaceitável para muitos bispos”.

Por Marco Tosatti – La Stampa | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com: Infelizmente esse é um desejo impossível de ser realizado, mas eu pagaria não pouco para saber o que estava escrito nos bilhetinhos que durante a assembléia do sínodo, Papa Francisco escrevia e, em seguida, enviava ao Secretário-Geral do Sínodo, o cardeal Lorenzo Baldisseri.

Bergoglio e Baldisseri recém-criado cardeal.
Bergoglio e Baldisseri recém-criado cardeal.

O Cardeal Baldisseri lia, tomava nota e em seguida retornava a mensagem ao Papa, que a metia no bolso. Esse é um fenômeno que se repetiu muitas vezes nos dias de reunião da Assembléia Geral do Sínodo, e que foi observado por vários participantes. Ele deu origem à impressão de que o Papa estava passando as disposições ao Secretário-Geral.

Desde ontem, os Padres estão nas Comissões Linguísticas. Mas entre os Padres sinodais, há um mal-estar generalizado com relação à gestão global do Sínodo, e pelo fato de que muitos não se reconhecem no documento, assinado pelo Cardeal Erdo, mas escrito por outros, o que marcou o fim da primeira fase da Assembléia Geral.

O mesmo Erdo sublinhou a sua alienação parcial, indicando o Arcebispo Bruno Forte como o autor das passagens relativas à homossexualidade.

É um mal-estar presente em várias personalidades de destaque, como deixou claro o Presidente da Conferência Episcopal polonesa, Cardeal Gadecki.

Em entrevista à Rádio Vaticano, o prelado afirmou sem meio-termos que a “Relatio” apresentada ontem é “inaceitável para muitos bispos e se distancia do magistério de Papas anteriores, contém traços de uma ideologia anti-matrimonial e demonstra uma falta de visão clara da parte da Assembléia sinodal”. Em sua entrevista, Dom Gadecki ressalta que “o ponto que trata da possibilidade de casais do mesmo se responsabilizarem por crianças é apresentado como algo aceitável. É um dos erros do texto, ao invés de incentivar a fidelidade e os valores familiares, aceitar as coisas como elas se apresentam. Dá a impressão de que o ensino da Igreja tenha sido até agora implacável e só agora se começa a ensinar a misericórdia”.

8 comentários sobre “Sínodo: os bilhetinhos do Papa.

  1. Mãe Santíssima,será que ainda tem gente que acha que está tudo num mar de rosas?
    Está claro,a guerra foi desvelada:Igreja Católica e heréticos,não há mais o que esconder,cada dia que passa eu percebo que tudo que eu li seja sobre Akita,La Salette,Fátima,São Pio,Beata Anna Catarina Emerich e tantas outras revelações estão se concretizando.
    Nosso Senhor nos permite vivenciar estes tempos difíceis,devemos rezar cada vez mais,porém vejo que providencialmente Deus permite tudo isso para sabermos quem é quem,já não há mais o que esconder,a Igreja deve permanecer fiel ao seu Senhor!
    Tudo que está podre cairá! Nossa Senhora já havia dito isso!
    Precisa ser dito nos telhados:’A Misericórdia de Deus é a Justiça!’
    Não tem como afrouxar todo Magistério em nome de uma pseudo misericórdia,jamais!
    Devemos olhar todos esses acontecimentos também com um olhar ESPIRITUAL,
    Satanás odeia a Igreja e sabe que nela está a Salvação por isso tantos ataques,
    principalmente internos por tantos JUDAS dos nossos tempos que querem uma “IGREJA MODERNA”
    Deus não é moderno,Deus é Eterno!

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  2. Ops, segundo se aprende dos relatos de Santa Faustina Kowalska em seu diário, se te uma coisa hoje que não se ensina corretamente é a Misericórdia que é o pecador procurar a Deus fazendo penitencia, e não um faça o que você quiser. Devemos amar uns aos outros como Deus nos amou: respeitando os dez mandamentos e não os abolindo da vida social.

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  3. Essa estória de bilhetinhos do Papa já dá o tom da coisa. Pois um Papa, embora cabeça visível da Igreja e podendo sempre agir direta e imediatamente como Doutor comum de todos fieis, está ao menos moralmente obrigado a ouvir e dar a palavra aos Bispos, os quais não são gerentes e vigários dele, mas legítimos sucessores dos Apóstolos. A aparente quebra da regularidade canônica, o cerceamento da liberdade dos Bispos, acaba por infirmar a legitimidade do próprio Sínodo.

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