A “Revolução de Outubro” do Sínodo falhou, e com ela acabou também a primeira parte do pontificado bergogliano. Qual será a segunda parte?
Por Antonio Socci | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com: O discurso de encerramento feito no sábado por Francisco nos leva a intuir. Talvez aquele que se inicia será um dos anos mais dramáticos e confusos da história da Igreja.
MAQUIAVELISMO
Antes de mais nada, o Papa Bergoglio descarregou sobre o Cardeal Kasper (e companhia) toda a responsabilidade pela derrota, após tê-lo usado como testa de ferro para quebrar a resistência dos cardeais ortodoxos, tanto no Consistório de fevereiro como no Sínodo.
A maioria rejeitou a “revolução” que Kasper, a mando de Bergoglio sugeria. Assim o Papa em seguida se distanciou de suas teses, desqualificando-as como “a tentação do “bonismo” destrutivo, que em nome de uma misericórdia enganadora, enfaixa as feridas sem antes curá-las e medicá-las; que trata os sintomas e não suas causas e raízes”.
Pena que foi exatamente sobre essas absurdas teses kasperianas que ele permitiu que a Igreja fosse traumaticamente dividida por meses e também por meses seguidos tais teses foram divulgadas pelos meios de comunicação como a grande novidade do pontificado de Bergoglio, sem qualquer desmentido.
Pena que foi o próprio Papa Francisco que impôs o mesmo Kasper como relator único para o Consistório de fevereiro e ainda elogiou sua tese como sendo “teologia de joelhos” (Kasper sempre declarou, sem ser desmentido, que tinha feito tudo combinado com o Papa).
A fina flor dos intelectuais e jornalistas Católicos que há um tempo atrás se classificavam como “ratzingerianos”, agora ansiosos por uma recolocação abraçaram e aplaudiram as revolucionárias teses kasperianas. Assim como todos os jornais seculares.
Ver agora a ruptura que faz Bergoglio deveria ser humilhante para todos aqueles papólatras apressados. E deveria também levar a imprensa marron laica como_ La Repubblica_ a reconhecer que errou feio.
Ao invés disso, ninguém teve coragem de fazê-lo. Evidentemente porque todos acreditam que a disassociação tardia de Bergoglio da tese derrotada é só uma questão tática.
No entanto constatam que, tanto do Consistório de fevereiro como do Sínodo de outubro, o único que saiu derrotado e “desacreditado” foi o próprio Bergoglio.
Claro, que existem ainda os últimos “japonêses” ( alusão aos japoneses que ainda não acreditavam que a Guerra tinha acabado) os quais ressaltam que sobre temas controversos como a comunhão para divorciados novamente casados e homossexuais (parágrafos 52, 53 e 55), embora não tendo atingido os dois terços dos votos (resultando em sua rejeição pelo Sínodo ), há no entanto a maioria absoluta e, portanto não se trata de uma derrota. Mas este argumento é risível porque aqueles eram textos que já haviam sido corrigidos e emendados, não eram as explícitas teses “kasperianas” e “fortianas.”
Na verdade, o “Relatio post disceptationem,” da metade do Sínodo, aquela “revolucionária”, foi rejeitada e re-escrita. E a “Relatio Synodi” é um outro texto (“mais equilibrado, balanceado e desenvolvido”, como deixou claro o próprio Padre Lombardi).
SURPRESA
Assim, o resultado do Sínodo é uma verdadeira e própria “surpresa de Deus” e se o Papa Bergoglio fosse de fato aberto a tais surpresas, reconheceria que não é possível um “desalojamento” scalfariano do Catolicismo, que acabaria por atropelar os sacramentos, os mandamentos e o magistério.
Como ele mesmo disse: “esta é a Igreja, nossa mãe! E quando a Igreja, na variedade dos seus carismas, se expressa em comunhão, não pode errar: é a beleza e a força do “sensus fidei”, que é doado pelo Espírito Santo.”
Então, por que não reconhecer serenamente o que emergiu a partir do Sínodo? Por que não acolher o sopro do Espírito?
Na realidade, ao que parece, o papa argentino não gosta muito destas “surpresas de Deus”, que fizeram naufragar a sua “revolução” e – de acordo com alguns observadores – estaria disposto a ganhar por baixo da mesa a partida que ele perdeu em campo.
CONTRA OS CATÓLICOS
E isso pode ser visto a partir dos pontos sucessivos em seu discurso conclusivo. Na verdade, mesmo antes de tomar distância de Kasper, ele condenou (mais uma vez) como “endurecimento hostil” na “letra” (isto é, o Evangelho sem subterfúgios) a posição dos Católicos que se opunham à Kasper.
Ele rotulou como “tradicionalistas” e “intelectualistas” aqueles que simplesmente recordaram o Magistério de sempre da Igreja, os Evangelhos e São Paulo, e até Paulo VI, João Paulo II e Bento XVI.
Mas se os Católicos, apostólicos romanos que professam a posição da Igreja de todos os tempos e de todos os papas anteriores, para Bergoglio são dignos de condenação, então não está claro quem seria pra ele seu rebanho e o magistério católico (no entanto, também é verdade que o mesmo Bergoglio disse a Scalfari que “Deus não é católico” …)
O PAPA REI
Logo em seguida, no discurso de encerramento, o Papa recorda aquele argumento que seus “adversários” usaram para lhe opor, o argumento vencedor: o Papa não é o dono do Evangelho, da doutrina e da tradição da Igreja, mas o seu servidor. Ele reconheceu, concordando. Mas logo em seguida, acrescentou um final surpreendente.
Ele disse: a Igreja é de Cristo – é a sua esposa – e todos os bispos, em comunhão com o Sucessor de Pedro, têm a missão e o dever de custodiá-la e de servi-la, não como donos, mas como servidores. O Papa, neste contexto, não é o senhor supremo, mas sim um supremo servidor – o “servus servorum Dei”; a garantia da obediência e da conformidade da Igreja à vontade de Deus, ao Evangelho de Cristo e à Tradição da Igreja, deixando de lado todo arbítrio pessoal, mesmo sendo – por vontade do próprio Cristo – o “Pastor e Doutor supremo de todos os fiéis” (Can. 749) enquanto gozando “da potestade ordinária que é suprema, plena, imediata e universal na Igreja” (cf. Cann. 331-334). “
A primeira parte desta citação desmente os bergoglianos mais fanáticos que tanto na mídia católica como secular, nas últimas semanas espalhavam a teoria de que o Papa poderia fazer o que ele quisesse até com sacramentos (alguém chegou a chamá-lo de “senhor absoluto”).
Nossos leitores se lembarão que exatamente nessa mesma coluna, no dia 5 de outubro do ano passado, eu havia escrito citando uma página de Joseph Ratzinger: “O papa não pode dizer: A igreja sou eu, ou: a tradição sou eu, mas, pelo contrário, ele tem precisas restrições, incorpora uma obrigação da Igreja em conformar-se à palavra de Deus. “
Recebi insultos e investidas dos fanáticos como se eu tivesse deslegitimado o Papa. Bem, sábado à noite Francisco repetiu a mesma coisa.
Ele acrescentou, no entanto como uma surpresa, a citação do Código de Direito Canônico que lhe dá um poder inquestionável sobre todos os fiéis e sobre a Igreja universal.
Aquele Francisco que foi ostensivamente apresentado como “Bispo de Roma” e evitava o título de Papa a todo custo, de repente redescobriu as prerrogativas de poder mais pesadas do Pontífice, as prerrogativas do Papa Rei.
Na verdade, já no Sínodo ele exerceu o seu poder através da estrutura de gestão, a fim de orientá-lo e controlá-lo, de uma forma muito pouco sinodal ou conciliar. Tanto foi, que conseguiu suscitar fortes protestos por causa do “amordaçamento”.
A própria decisão de fazer com que cheguem às dioceses um documento que contém os três pontos que o Sínodo rejeitou sobre os divorciados recasados e gays, dá a impressão de que ele se sobrepôs ao próprio Sínodo e quer continuar a batalha (em Roma se diz que ” nun ce vonno sta ” ou seja: “se não querem, vai assim mesmo” ). Recomeça o caos.
EXPURGOS
Um observador como John Allen acredita que agora se passará aos “ajustes de contas” ou seja, as demissões ou rebaixamentos daqueles que mais se opuseram à revolução Kasper-Bergoglio, começando pelos cardeais Burke e Mueller.
Se assim for, aquela citação do Código significaria: “vocês me dizem que eu não posso tocar a Doutrina, mas lhes recordo que eu posso decidir a sua sorte.”
Seria o início dos expurgos e depurações realmente vergonhosos, que só serviriam para deixar ainda mais desconcertados um povo cristão já em estado de choque.
A confusão em que a Igreja se viu nos últimos meses se tornaria realmente dramática. Será que é isso que ele quer?
Allen registrou os comentários pós-sinodo de um Cardeal: “Eu não acho (que Bergoglio) seja um grande estrategista… Pensava que havia um plano por trás do caos… agora eu me pergunto se não é justamente o caos o seu verdadeiro plano.”
Só podemos esperar por uma surpresa de Deus: a de que o Papa Bergoglio inverta a sua direção.
Antonio Socci
E o báculo virou cetro e o pastor o lobo.
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“A maioria rejeitou a “revolução” que Kasper, a mando de Bergoglio sugeria” . Creio que o autor do texto está muito otimista. A maioria foi a favor das teses de Kasper sobre os divorciados e também a favor dos gays, basta ver a votação. As teses não conseguiram a maioria qualificada (2/3) mais a maioria conseguiu.
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Meu Deus será que o Santo Padre não é o que eu pensava
que fosse?
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Uma questão também altamente dramática que se antepõe é que ele não está sozinho na empreitada de seus desvairos. Ao seu lado, na hierarquia da Igreja, há toda uma sorte de asseclas que compartilha da mesma absurdeza repugnante de idéias e que, assim como ele, ao que tudo indica, está ali disposta a não medir esforços na concretização de seus nefastos intentos. A dramaticidade deste quadro desolador e tal que suscita a seguinte pergunta: Que casta de gente é esta: Religiosos ou atazanadores das almas ?
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A represália do papa já havia começado, ao tirar Burke do lugar em que o mesmo é especializado, e além de ter o preparo adequado, sempre desempenhou bem o seu papel. Será exilado para um cargo irrelevante para o governo da Igreja.
É um autocrata, indubitavelmente. É um Paulo IV às avessas. Aquele pecava por excesso de zelo em defender a Sã Doutrina; este, por falta de zêlo com a Doutrina Católica. A tirania despótica é o nosso flagelo, por nossa ruindade.
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As palavras de Socci, forçam-me a repetir o que disse anteriormente aqui no Fratres: Bergoglio é Nero redivivo que veio incendiar Roma (a Igreja), enquanto coloca a culpa nos outros (Kasper) e enquanto toca a sua harpa (no caso do Sínodo, troca de bilhetinhos).
Magníficas palavras do Cardeal não identificado: “agora eu me pergunto se não é justamente o caos o seu verdadeiro plano.”
Com Bergoglio à frente da Igreja o que estamos vendo é a ascensão do caos, através das lutas de bispos contra bispos, padres contra padres, leigo contra leigos… É a luta de Cristo com o falso cristo, da Verdade contra a mentira, da Ortodoxia contra a heresia…
Que o Deus das surpresas me surpreenda, mas o pelo andar da carruagem o fim do túnel é a apostasia final da Igreja.
IPSA CONTERET!
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Para os “bergolianos”, enquanto os homossexuais tem atributos a dar a igreja, os Franciscanos da Imaculada que fielmente seguem a São Francisco e aos grandes santos franciscanos do século passado Padre Pio de Pietrelcina e São Maximiliano Maria Kolbe são perseguidos pelo Vaticano.
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Acho que estou confuso. E isso é ruim.. Com base em alguns achismos que se apresentam estou quase achando que Francisco é um vilão que se apoderou da Sé de Pedro e não o Pastor da Igreja. Parece que se esta na torcida para que o Papa seja um herege.
Uns dizem que Bento XVI ainda é o verdadeiro Papa, mas se referem a FSSX como guardiã da fé, esquecendo que esta já rompeu a comunhão com Roma.
Me parece ter algo estranho, mas se Bento XVI realmente não apoiasse Francisco, não acho que iria apoia-lo tão frequentemene em público. Bento não seria conivente, dando o aval para a barca afundar depois de decádas lutando para guardar a doutrina. Por isso, acho que devemos ter cautela. Muitos achismos e poucas certezas.
Não tenho dúvidas que os lobos estão dentro da Igreja terrena, mas me incomoda dizer que o Papa é a ovelha disfarçada. Se muitas coisas que são ditas aqui não forem verdade, estamos nós no erro, ajudando a causar ainda mais o caos. Aqueles que se rebelaram contra João Paulo e Bento, se rebelaram contra Pedro, e rebelar-se contra Francisco, também é atingir Pedro.
Boa Mãe, rogai por nós.
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Antonio Socci fez duas observações espantosas. A primeira delas quando disse que o início de expurgos e depurações (do cardeal Burke e outros) seria vergonhoso, e que só serviria para deixar ainda mais desconcertado “um povo cristão já em estado de choque”. Não é assombroso que um Pastor tenha colocado suas ovelhas em estado de choque? Ao que provoca o escândalo se aplicam as palavras de Nosso Senhor: “É inevitável que venham escândalos, mas ai do homem pelo qual eles vêm! Melhor fora que… (Lc 17, 1-2).
A segunda observação, muito mais grave, não é menos assombrosa, e refere-se ao que o vaticanólogo norte-americano John L. Allen ouviu de um Cardeal que comentou a estratégia do Papa Francisco no Sínodo: ““Eu não acho (que Bergoglio) seja um grande estrategista … Pensava que havia um plano por detrás do caos… agora eu me pergunto se não é justamente o caos o seu verdadeiro plano”.
Sabemos que a obra da Criação reportada no Gênesis trouxe a luz, a vida, a ordem. E que o caos é o retrocesso na ordem do universo, conduz às trevas, à morte, à desordem. Em última análise a ordem vem de Deus e a desordem vem do diabo. Um plano estratégico que tenha em vista instaurar o caos dentro da Santa Igreja é diabólico. Não é apenas a “fumaça de Satanás que penetrou no templo divino” como afirmou o Pontífice que concluiu os trabalhos do Concílio. A difusão do caos a partir da própria Cátedra de Pedro, com intensidade inaudita, instaura o reino do demônio na terra.
Indagação mais grave não poderia formular esse Cardeal. A única resposta aceitável é o retorno imediato e pleno da luz espiritual, da vida sobrenatural, do esplendor da ordem. Não é mais admissível a ambigüidade, a confusão, o vai-e-vém. Para a crise extrema, remédio supremo. Ou temos a restauração da luz de Cristo, plena e abundante, ou as trevas demoníacas abarcam a Igreja e o mundo. A primeira situação conduz ao Reino do Imaculado Coração de Maria. A segunda atrai a ira divina com castigos espantosos que preludiam a instauração do Reino de Maria. De qualquer modo, em qualquer hipótese, o calcanhar da Virgem esmaga a cabeça do demônio: Maria vincit, Maria regnat, Maria ímperat.
É com a chave de leitura que acabamos de propor, que o leitor pode compreender a segunda observação de Antonio Socci, “Só podemos esperar por uma surpresa de Deus: a de que o Papa Bergoglio inverta a sua direção.”. Não ficará frustrado, nem perderá a fé, em meio ao ziguezague caótico da fase bergoliana, aquele que tenha os olhos postos na Virgem. A grande surpresa de Deus, por qualquer dessas vias, é o triunfo marial!
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Muito bom texto, esclarecedor. Parabéns.
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Também eu estou perplexo com vários aspectos do Sínodo dos Bispos Contudo o artigo de Antonio Socci está totalmente errado (infelizmente). A maior parte dos Padres sinodais aprovou a idéia da comunhão aos divorciados recasados, sob certas condições (que não foram bem esclarecidas) e uma maior boa vontade para com os homossexuais. Não tiveram os dois parágrafos a votação requerida para aprovação, mas tiveram grande maioria. Mais ainda, o Papa mandou que os textos figurassem no documento, não reconhecendo a derrota que em si tiveram. Só por um milagre o Sínodo no próximo ano não vai aprovar definitivamente as proposições, que serão regulamentadas depois. Recordo, a propósito, a aprovação da comunhão na mão aqui no Brasil. De início, não teve a maioria requerida na Assembléia da CNBB. Mas ela voltou nos anos seguintes às Assembleias, até que foi aprovada.
De outro lado, continuo perplexo com as violentas críticas feitas aqui ao Papa. Afinal o Papa é ou não infalível em questões de fé e de moral? Temos que obedecer o Papa só quando ele diz o que nós queremos? Os progressistas queriam uma revolução na Igreja depois do Concilio Vaticano II e daí criticarem muito ao Beato Paulo VI (Credo do Povo de Deus, Humanae Vitae, encíclica sobre o celibato, etc) e a São João Paulo II… Agora é o outro lado que critica o Papa, aparentemente não vendo nada de bom nele. Façamos as três coisas mais importantes na hora atual: rezemos, rezemos, rezemos… pelo Papa Francisco, pelos Bispos, por nós.
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O Socci sintetiza com aguçada clareza a correta interpretação que se deve abstrair dos fatos ocorridos desde o consistório até a realização do sínodo extraordinário. Infelizmente, não há dúvida de que o próprio pontífice reinante é o principal protagonista de toda a angústia que assolou a Igreja no mundo inteiro, desde os mais simples fiéis até os mais elevados prelados.
O mais espantoso de tudo é o fato de ele, o papa, ter ordenado que os artigos rejeitados integrem o texto final, como um adendo, dando assim uma explícita demonstração da sua destemida obstinação em mudar a doutrina da Igreja para agradar o mundo.
O pior é que esse documento será enviado para todas as dioceses do mundo e sabe Deus a dimensão do estrago que esses adendos causarão nos católicos, a depender do tipo de orientação pastoral “surpresa de Deus” que será dada aos bispos. De qualquer modo, a inclusão desses artigos rejeitados vai causar muitos estragos, pois muitos bispos, padres e fiéis, que não forem bastante firmes na fé, acabarão aceitando o erro sem maiores resistências.
Talvez seja a estratégia que será usada para a aprovação no próximo sínodo.
Apesar de vivermos uma situação tão adversa, é dever de todo católico rezar muito pelo papa para que Deus o ilumine, e assim possa ele inverter a direção do seu pontificado para confirmar a fé da igreja.
O papa Bergoglio não é o primeiro papa a ter uma atitude bastante heterodoxa. Já houve outros que começaram mal, retrocederam e acabaram tomando o rumo certo. Há outros, porém, que começaram bem, mas acabaram mal. Daí porque é preciso rezar sempre pelo papa, bispos e padres.
Nossa Senhora sempre pediu isso aos católicos.
Com efeito, para Deus nada é impossível.
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Senhor Robson,
Antes se conceda da minha parte o seu comentário, e, valendo-me dele faço o seguinte:
“Demonio que tenta cá tenta lá”.
Ninguém está imune à tentação do demonio, como nos garante o Sagrado Magistério: do lugar teológico das Sagradas Escrituras em que Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensinou na Oração do Pai Nosso, “Et ne nos inducas in tentationem” – por óbvio da Fé, que nos garante o mesmo Sagrado Magistério, a exceção da Imaculada Conceição Sempre Virgem Maria -, razões pelas quais devemos perseverar da guerra que se sucede, como muitas orações do Rosário, meio eficaz contra o demonio. Não à toa que o Papa Francisco pediu-nos que rezemos por ele – seja por honestidade, retórica, dissimulação… mas o fato prevalece. Ainda que em outro comentário atrás, certo glutão, não sei de que partido herege ele seja (cismático ou protestante); postou um vídeo do ator veneziano Terence Hiil, de sua personagem Trinity (“A mão direita do Diabo”), aludindo de termos que engolir o Papa. Pois nos deixou Cristo Jesus Seu Vigário por sua misericórdia, para a garantir o governo da Sua Santa e Única Igreja. E sob a graça da assistência do Espírito Santo, este mesmo Vigario pode também fechar-se a esta mesma graça. Portanto, que se reze por Sua Santidade, nos garante o Sagrado Magistério a obtenção de indulgencias plenárias ou parciais, conforme o caso e, ou, o modo(estado) de quem pede ou da alma a que se pede.
Contudo, voltemos para parte do adendo, permita-me o trocadilho de adendo para adento(de adentar: prover de dentes ou nascimentos de dentes), diz muito bem assim o senhor: “De qualquer modo, a inclusão desses artigos rejeitados vai causar muitos estragos, pois muitos bispos, padres e fiéis, que não forem bastante firmes na fé, acabarão aceitando o erro sem maiores resistências.”
De fato, podemos ter esses dentes crescidos ou arrancá-los antes no interstício de um ano:
“O papa Bergoglio não é o primeiro papa a ter uma atitude bastante heterodoxa. Já houve outros que começaram mal, retrocederam e acabaram tomando o rumo certo. Há outros, porém, que começaram bem, mas acabaram mal. Daí porque é preciso rezar sempre pelo papa, bispos e padres.”
Sabe-se também que o “demonio dá tiros com cabo de vassoura”.
Por isso parece que na prática já ocorre em muitos lugares aquilo que se pretendeu fazer valer por meio desse sínodo ainda possa de fato tornar a parte integral do texto agora refutado.
Que seja, entre as especulações, aquilo que comentou, abaixo, Rosana Ramos.
Que seja para conhecer melhor por quem está cercado. Mesmo sem sabermos as reais intenções do Papa Francisco.
“as portas do inferno não prevalecerão contra Ela” . Sabe-se por mais este ensinamento que o termo “prevalecer” pressupõe guerra.
Os infernos, os diabos que passam por suas portas estão em guerra contra a Igreja de Cristo e muitos vão sucumbir, não por lutar, mas ao contrário por deixar de lutar. Nosso Senhor vê o esforço dos seus. Seu Sacratíssimo Coração – Coração Humano e Divino – sabe realmente quem de fato lutou a verdadeira batalha, o Sacratíssimo Coração de Sua Mãe, a Onipotência Suplicante – Coração Humano -, ainda mais.
Militar sempre, pois o inimigo não dorme.
Nossa Senhora nos ajude, pois a batalha tornar-se-á renhida, como foi no começo(os tres primeiros séculos e os anos posteriores – dois mil anos).
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Sr. José, a infalibilidade do Papa depende dele se pronunciar ex cathedra, com intenção de definir doutrina, em comunhão com os bispos… Não tem nada a ver com comentários pessoais que não se adequam a nada disso.
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No contexto da eclesiologia aggiornata, é bem estranha e extemporânea a citação do Código de Direito Canônico sobre as prerrogativas do Papa; é estranhíssima toda essa candura e desenvoltura de Francisco ao “lembrar” ao Padres Sinodais o seu poder “ordinário, supremo, pleno, imediato e universal” sobre toda a Igreja (Cânn. 331-334): estranha citação tão anti-colegial…! É estranhíssimo q Francisco, humilde Bispo da diocese de Roma, evoque ad hoc suas prerrogativas sobre a Igreja inteira. Quem é essa metamorfose ambulante, esse déspota-democrata? Pois esse tipo de obstinação em fazer a própria vontade, esse jeito de mandar recado, de perseguir e humilhar cruamente seus desafetos, não hesitando jogar na cara de Bispos e Cardeais o Código de Direito Canônico – como se sabe, a boa etiqueta eclesiástica reza que “NÃO se cita cânon para Bispos” – tudo isso preludia dias bem piores e lança muitas dúvidas sobre o perfil psicológico e mesmo sobre a sanidade mental do Papa argentino. Quem é esse homem? Quem vai detê-lo?
Ipsa Conteret
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Penso que o ilustre jornalista está enganado. Hoje, infelizmente até na Igreja, prevalece a lei da maioria. E a maioria defende a imoralidade. Há tempos a maioria absoluta dos bispos é contra a paternidade responsável (Humanae Vitae), a maioria é divorcista (basta ir às paróquias e ver as filas das comunhões como os padres e seus ministros dão a comunhão aos adúlteros e, finalmente, como vao pipocando aqui e acolá bênçãos de uniões gays e transexuais, como o ocorrido em Goiânia (o padre foi readmitido) e na Argentina de Bergoglio (diocese de Santiago del Estero), conforme denunciado pela Paginacatolicablogspot.com
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FRTRES:
Avisou-nos a Virgem Imaculada em la Salette:
“(…) e Roma perderá a Fé e tornar-se-á a sede do anticristo”.
Rezemos!
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Volto a insistir:
É COM ESSA GENTE QUE O MONS. FELLAY QUER ESTAR EM PLENA COMUNHÃO?
Libera nos Domini!
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“Ainda não tendes resistido até o sangue, na luta contra o pecado. (Hebreus 12,4).
Um dos fundadores do LifeSiteNews.com Steve Jalsevac, famoso Filósofo Católico e também o Professor Peter Kreef do Boston College deram uma palestra na qual eles apontam as similaridades entre o Movimento Homossexual e o Fundamentalismo Islâmico em voga atualmente.
Ao serem indagados sobre a simultânea ascensão do Islamismo militante e do Movimento Ativista Homossexual, apesar de serem duas ideologias opostas, Kreeft respondeu: “Eles são os dois únicos movimentos na Civilização Ocidental que lutarão ou morrerão por suas crenças”.
“É um surpreendente paradoxo o fato de que eles são antagônicos em quase tudo e ao mesmo tempo tão similares no modo como lutam pelo que acreditam”, mencionou Kreeft. “Cristãos deveriam lutar também, a noção de combate espiritual é o verdadeiro significado da guerra santa – uma guerra contra o pecado, mais do que carne e sangue. Essa é a mensagem central do Cristianismo e nós a perdemos, portanto é natural que forças opostas estão entrando pra preencher o vácuo.
“No Ocidente as certezas morais e religiosas estão em declínio…estamos perdendo a fé. Europa já está quase totalmente perdida. E a natureza tem horror ao vácuo, tanto espiritual como físico. Assim quando uma fé enfraquece, outra entra no lugar, porque ninguém consegue viver sem a fé em alguma coisa e o Islamismo é uma fé muito forte”.
Ao ser perguntado especificamente sobre a razão da ascensão do movimento homossexual, Dr. Kreeft responde:
“Porque nos tornamos muito cordeirinhos. É como se disséssemos: “Abusem de nós, nós somos educados, nós toleramos tudo”Quando as pessoas são dessa maneira, alguém que tem princípios fortes, sejam bons ou maus, toma o lugar. Nós adoramos tanto a palavra “igualdade” que passamos a ter medo de ser diferente, distinto, ter uma mensagem distinta. E igualdade pode até ser uma boa arma de defesa, mas nunca de ataque”.
O que eu achei interessante nessa palestra é que ela coincide com o que Nossa Senhora pediu em Fátima: a luta contra o pecado, a penitência, o rosário. Que parássemos de ofender a Nosso Senhor. Como não fomos capazes de resistir até o sangue contra o pecado, estamos nos confrontando com dois inimigos que não tem medo de derramar o próprio sangue e o dos outros pra fazer valer sua ideologia.
Os milhões de homossexuais que morreram por causa da AIDS não foram capazes de parar esse movimento fascista e as várias guerras no Oriente Médio apenas contribuíram para que o Islamismo radical se fortalecesse ainda mais.
Hoje temos no vértice da Igreja um Pontífice néscio que simpatiza com essas duas correntes, ao mesmo temos que demoniza os poucos Católicos que ainda querem imitá-los na convicção em defesa da Igreja de Cristo. Tempos realmente difíceis!
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kkkkkkk Eu entendo exata e perfeitamente ao contrário . Enxergo q maneira q o Papa Francisco encontrou de se livrar da pressão que sofria dos pseudos “reformistas” da Igreja foi “dar corda” à eles e deixar q se enforcassem .
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Gregório (22 outubro, 2014 às 7:45 pm), então o Sínodo foi uma traição ao Papa por não ter seguido a proposta de Kasper e Forte? Nesse caso, vamos repudiar São Paulo e passaremos a aceitar os ritos judaizantes?
Sobre o “se referem a FSSX como guardiã da fé, esquecendo que esta já rompeu a comunhão com Roma”, estude antes de propagar erros. Recomendo sempre aos que não conhecem o assunto a “Carta Aberta aos Católicos Perplexos”: http://permanencia.org.br/drupal/node/1336
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Obrigado, Pedro. Texto esclarecedor. Indico também a leitura do livro “Fé em Crise”, uma entrevista com o então Cardeal Ratzinger, em 1985. Ajudou-me bastante. Inclusive, se alguém estiver com o livro, existe uma fala sobre a questão do matrimônio.
Não existe Igreja pré-conciliar e pós-conciliar, a Igreja é uma só, segue em frente. Referia-me aos comentários que colocam a FSSX como guardiã da fé. Ela pode, sim, ajudar a Igreja a encontrar seu caminho na crise, mas ainda não esta em união com Roma. Com certeza, guarda mais a doutrina do que muitos membros que se dizem em comunhão com a Igreja.
Quanto a São Paulo, ainda bem que discordou e repreendeu São Pedro. Paulo buscava a verdade, a unidade. Mas Paulo sabia o que estava acontecendo, Paulo viu e não teve medo de falar. Porém, o que acontece em muitos comentários é exatamente o contrário, caluniam o Papa sem antes saberem a verdade. Até minha bisa, com 89 anos, que não é uma teóloga, mas reza manhã, tarde e noite, pelo Papa, saberia que alguns aqui já ultrapassaram os limites. Insultam o Papa, apenas com as notícias que chegam de Roma. Muita confusão, é verdade, mas eu até agora só sei dos “bastidores”. Se o Papa estiver errado, que os bispos o repreendam sem medo, eles devem saber o que se passa no Vaticano.
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Falso “casamento” gay nos EUA sofre importante revés.
Juiz federal enfrenta movimento gay e ativismo judicial e proclama o Casamento Tradicional como o único válido em Porto Rico.
.
http://www.breitbart.com/Big-Government/2014/10/22/Federal-Judge-Upholds-Puerto-Rico-s-Gay-Marriage-Ban
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Vejam esta noticia, parece que os malandros nunca querem ficar com a culpa sozinhos , este ainda tem o desplante de se colar a Bento XVI. Depois de ter adicionado texto à revelia dos padres sinodais ainda vem com este tipo de conversa. Espero que já ninguém acredite no que este senhor diz.
“O relator especial do Sínodo sobre a Família, o arcebispo Bruno Forte, assegurou nesta quarta-feira que a vontade de colocar claramente questões difíceis sobre a mesa responde à vontade e aos ensinamentos de Bento XVI. “A escolha de fundo de enfrentar honestamente os desafios e problemas da família atualmente corresponde ao que ele queria de forma decisiva durante os oito anos do seu pontificado”, escreveu Forte em uma coluna do Osservatore Romano, o jornal do Vaticano.”
http://noticias.ne10.uol.com.br/mundo/noticia/2014/10/22/bento-xvi-inspirou-o-sinodo-sobre-a-familia-515644.php
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“Roma perderá a Fé, e tornar-se-á sede do AntiCristo” (Nossa Senhora de La Salette)
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Na prática a comunhão já vem sendo ministrada a muitos casais em segundas ou terceiras núpcias em todo o Brasil e mesmo concedida a gays declarados. Políticos, então, nem se fale. Todos comungam sem o mínimo rubor!
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Existem dificuldades claro. Mas por favor, si são católicos mesmo, mais respeito com o Santo Padre. Não estão falando de qualquer pessoa, mas do Vigário de Cristo. Si é que tem fé, deveríamos mostrar com mais respeito a Sua pessoa.
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Leio, reflito e realmente devo admitir com dor no coração que este pontificado cada vez me surpreende, mas a surpresa não é boa…. Vamos rezar para que tais previsões não se concretizem, a Igreja está perdendo com toda esta confusão, de pensar que já tínhamos o mundo contra nós e agora essa discórdia interna porque estão querendo agradá-lo mais que à DEUS.
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Infelizmente Bergoglio e’ como aquele fiozinho que sai da camisa e que quando você puxa sai cada vez mais, até terminar desfazendo a trama da roupa por inteiro…
Não houve vitória nenhuma nesse sínodo, porquê se ele não consegue destruir a Igreja irá simplesmente continuar destruindo o papado…
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