Fratres in Unum entrevista Dom Athanasius Schneider.

Um Atanásio do Quirguistão, mas de coração sacerdotal brasileiro. Dom Athanasius Schneider, o combativo bispo auxiliar da Arquidiocese de Santa Maria, em Astana, capital do Cazaquistão, esteve no Brasil no último mês de dezembro, ocasião na qual viajou por várias cidades brasileiras lançando seu novo livro. Nos últimos dias de sua visita, em que dedicou seu tempo a seus amigos de longa data do IPCO (Instituto Plínio Correa de Oliveira), Dom Athanasius recebeu a equipe de Fratres in Unum para uma conversa sobre os últimos acontecimentos da vida da Igreja — em particular, o Sínodo da Família. Nosso agradecimento a Sua Excelência pela disponibilidade e ao IPCO por abrir as portas de sua sede para esta entrevista.

* * *

Inicialmente, Excelência Reverendíssima, muito obrigado por nos receber e conceder esta entrevista ao Fratres in Unum. O senhor tem uma ligação de longa data com o Brasil. Fale-nos sobre a sua relação com nosso país e como o senhor vê hoje a atual da Igreja no Brasil.

Dom Manoel Pestana e Dom Athanasius Schneider. Foto: Arquivo pessoal de Dom Athanasius.
Dom Manoel Pestana e Dom Athanasius Schneider. Foto: Arquivo pessoal de Dom Athanasius.

Primeiramente, nunca em minha vida pensei que chegaria ao Brasil, porque eu nasci na Ásia Central, em território Soviético, na Igreja clandestina, e depois imigramos, por milagre de Nossa Senhora, para a liberdade do mundo ocidental na Alemanha. Lá constatei a grande crise da Igreja, com muita dor, embora ainda fosse adolescente. E procurei, rezei para que Deus me mostrasse uma comunidade onde pudesse tornar-me um bom sacerdote. Era o fim dos anos 70. E, por Providência Divina, conheci a ordem dos Cônegos Regulares da Santa Cruz, na Áustria, e lá ingressei, pois vi uma vida sólida, católica, com uma liturgia digna, fidelidade ao magistério e tudo isso me agradou muito. Assim, tornei-me religioso e como tal fazemos o voto de obediência. E então, estava à disposição dos superiores e eles decidiram que eu viesse para o Brasil.

Exatamente quando eu iniciei meu noviciado, Dom Manoel Pestana Filho, bispo de Anápolis, Goiás, chegou a Roma, em nossa casa geral, pedindo a ajuda de nossa ordem para a formação de seus sacerdotes diocesanos. Nossos superiores viram neste bispo um homem de Deus, um bispo da Igreja muito zeloso, e tomaram uma decisão, diria eu, de consequências muito decisivas: transferir a formação sacerdotal de nossa ordem da Europa para o Brasil – como Dom Manoel pediu um grupo de professores de nossa ordem para o seminário dele, e eles não eram muitos, decidimos unir a nossa formação com a da diocese, economizando o grupo de professores. Assim, ao fim de meu noviciado, começou esta nova missão de nossa ordem junto à diocese de Anápolis e eu fui um dos primeiros do grupo a ser enviado para lá, para ajudar na fundação da missão de formar bons sacerdotes.

E, assim, cheguei ao Brasil, o que nunca pensei que aconteceria, e logo que cheguei comecei a amar este belo país e este povo brasileiro piedoso, realmente um povo católico. Tive esta felicidade e graça de ter toda a minha formação sacerdotal no Brasil e também de receber a minha ordenação sacerdotal no Brasil. Por assim dizer, nasci como sacerdote no Brasil e isso é indelével na minha vida e na minha alma, como uma espécie de lugar de nascimento do meu sacerdócio. Portanto, estou ligado ao Brasil e ao povo brasileiro, sempre o amando, e pensava que ficaria sempre aqui. Mas Deus dispôs de uma outra forma e agora, depois de ter sido mandado em missão, como bispo, para o Cazaquistão, região onde nasci e cresci, onde nunca pensei que retornaria, não pude voltar tantas vezes ao Brasil.

Minhas visitas agora são mais raras — somente neste ano e no ano passado –, por isso não posso falar com muita base de informações sobre a situação atual da Igreja no Brasil, pois não vivo aqui. Porém, agora nessas poucas visitas que fiz, visitei São Paulo, Belém, Brasília, onde encontrei comunidades pequenas, vivas, muito dinâmicas, com jovens, jovens famílias numerosas, jovens clérigos, sacerdotes que realmente são uma esperança para a Igreja, que têm uma profunda fé, a pureza da fé, que amam a liturgia digna, a liturgia tradicional da Igreja e a vida espiritual séria, realmente católica. Isso me deu muita alegria, muita coragem, e o que vejo no Brasil me encorajou muito, embora estes grupos não pertençam, como costumo dizer, à nomenklatura ou estabilishment.

Quais personagens do catolicismo brasileiro são suas referências e influenciaram sua vida religiosa?

Certamente, Dom Manoel Pestana Filho, primeiramente, porque foi meu professor por quase seis anos, quase toda a minha formação sacerdotal. Ele me ordenou diácono e sacerdote, eu o considero como meu pai espiritual e também, agora sendo eu bispo, é para mim um modelo de bispo realmente católico. Agradeço a Providência Divina por ter tido esse bispo como professor, como modelo espiritual e agora como modelo a imitar. Cada vez mais, quando aumentam meus anos de episcopado, vejo essa figura de Dom Manoel como bispo tão importante, tão exemplar e, diria eu, até heroico. Ele deixou muitas marcas em minha alma e meu espírito. Ele era uma pessoa de vasta erudição, exemplar, espetacular, e um espírito claro, ele via claro. Raramente encontrei um personagem eclesiástico com visão tão clara sobre os problemas atuais do mundo e da Igreja. Por outro lado, era uma pessoa verdadeiramente piedosa. Um homem de oração, um homem de piedade, de devoção, e talvez também um aspecto exterior, que alguns consideram secundário, mas não creio: ele sempre andava de batina. Eu nunca o vi sem batina, nunca. E também me disseram em Anápolis que nunca nenhuma pessoa o viu sem batina. Sempre andava de batina, era também um exemplo. E depois sua simplicidade, uma pessoa simples, pobre e sempre alegre. Por exemplo, ele quase em todas as aula nos contava piadas. Era sempre alegre. No que concerne a doutrina e a moral, era firmíssimo, mas muito humano também.

O senhor está lançando no Brasil o seu livro “A Sagrada Comunhão e a Renovação da Igreja”. Anteriormente, outro livro de sua autoria, “Dominus Est”, já abordava a necessidade de se rever certas práticas no tratamento dado a Nosso Senhor Sacramentado, principalmente a administração da Sagrada Comunhão na mão do fiel. Em tempos de muitas outras preocupações pelos membros da Igreja, por que o senhor considera importante tratar desse tema?

Dom Athanasius em entrevista a Fratres in Unum.
Dom Athanasius em entrevista a Fratres in Unum.

Considero este tema um dos mais importantes e necessários na Igreja, porque na Santa Comunhão não se trata de uma coisa ou de um assunto, mas da Pessoa mesma de Nosso Senhor Jesus Cristo, pois a Fé nos diz que sob as espécies eucarísticas estão presentes o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Cristo, toda a Divindade. E essa presença, a Pessoa Divina, é tratada de uma maneira tão banal, quase insuportável. Pela prática da Comunhão na mão, quantos fragmentos caem, em massa, e são pisados. Quantos furtos, um business de furtos de hóstias consagradas. É incrível! Então, não posso entender como se pode continuar com isso e não falar disso, e dizer que esse aspecto é secundário. Não posso entender, realmente não posso. É um aspecto primário! Não posso entender: Nosso Senhor Jesus Cristo é calcado aos pés, roubado e todos continuam a dizer: “esse aspecto é secundário”. Por isso, sinto-me em consciência impelido a levantar minha voz e gritar: “Parem com isso! Pensem em quem é a Eucaristia! Não que coisa é, mas quem é!” Não tenho sossego em minha alma e em minha consciência de bispo da Igreja em calar-me sobre isso. Preciso defender Aquele que, por causa especialmente da Comunhão na mão, se tornou o mais pobre, o mais indefeso, o mais discriminado, o mais, diria eu, periférico. Portanto, devemos fazer uma opção preferencial por este Pobre, por esta periferia.

O problema da Comunhão na mão não seria uma decorrência lógica e natural do aspecto convival e comunitário, em detrimento do aspecto sacrifical da Santa Missa, que se sobressai do próprio Missal de Paulo VI? Uma eventual reforma da reforma não deveria lidar com tais deficiências que permitem o surgimento de práticas novas, anteriormente inimagináveis?

Eu diria que não provém do Missal, porque isso não seria historicamente correto. Devemos sempre observar bem os fatos históricos, que indiquei também em meu segundo livro: o missal de Paulo VI prevê somente a Comunhão na boca. Até hoje, na terceira edição típica do missal, é dito que a Santa Comunhão se recebe na boca. Ainda hoje a comunhão na mão é um indulto, uma exceção à regra. Os senhores talvez saibam, e pode-se ler, pois há vasta documentação, que mesmo Dom Annibale Bugnigi, em seu livro “A Reforma Litúrgica”, escrevia, sem nenhuma timidez, como foi introduzida a Comunhão na mão, de forma realmente contrária à vontade de Paulo VI, contra a vontade do Papa. Portanto, não está ligada ao missal e se lemos o documento Memoriale Domini, com o qual foi autorizada a comunhão na mão, é dito que se continue a receber a Comunhão na boca, que seria prejudicial receber a Comunhão na mão, dando todos os argumentos contra ela; e, só ao final, diz-se que onde, por votação qualitativa dos bispos da Conferência Episcopal, pode-se introduzir a Comunhão na mão, porém, observando todas as determinadas cautelas e condições. Vejam: a Comunhão na mão não é uma consequência do missal novo, pois devemos ser corretos ao afirmar aspectos históricos. O próprio Paulo VI disse: a Santa Sé pede que todos os bispos e sacerdotes permaneçam com o modo tradicional da Comunhão. O Papa pede, implora, eu citei em meu livro.

Outra questão é o fato do novo rito da Missa, sua estrutura, favorecer em certo sentido uma concepção de Missa enquanto banquete. Favorece, de fato, mas não está diretamente ligado à comunhão na mão. Nesta grande questão da reforma litúrgica, especialmente os textos que considero que, em si, mais favorecem este aspecto no rito novo, são as orações do ofertório, que exprimem mais esse aspecto convival e menos sacrificial em comparação às orações do ofertório no rito antigo. Mesmo celebrar a missa ad populum não é previsto pelo novo missal, pois se observamos o ordo missae da missa nova, até lá se pressupõe que se celebre a missa ad Deum, não ad populum, pois há uma rubrica que diz quando o sacerdote reza o Orate fratreset conversus ad populum dicit, e depois se diz iterum conversus ad altare. Então, a mesma coisa ocorre quando ele diz o Ecce Agnus Dei. São dois exemplos. Por isso, supõe-se que se celebre ad Deum. Falo só e estritamente segundo o texto. Portanto, a celebração versus populum em si não é ligada à nova Missa e por isso considero somente as orações do ofertório como favorecedoras do aspecto convival em detrimento do aspecto sacrificial, assim como a segunda oração eucarística. Infelizmente, é assim. Por isso devemos trabalhar no que o Papa Bento XVI chamava de reforma de reforma. É necessário.

Ao falar do Missal reformado de Paulo VI, chegamos naturalmente ao Concílio Vaticano II. O debate acerca deste evento parece ter sido sepultado com a renúncia do Papa Bento XVI. Vossa Excelência, certa feita, falou em um Syllabus sobre os erros de interpretação dos documentos conciliares. Todavia, sempre ressurge a questão: o problema do Concílio seria somente interpretativo ou seus próprios textos são culpáveis pela confusão atual?

Devemos sempre guardar o bom senso e o espírito do sentire cum ecclesia. Trata-se de um texto de nossa mãe que é a Igreja. Se é algo de minha mãe, eu devo ter, mesmo se não gosto e não concordo com tudo, uma reverência filial e tentar salvar o quanto possível a honra de minha mãe. Nesse caso, a mãe Igreja, também com o Vaticano II, não deixou de ser nossa mãe, mesmo que haja pontos a corrigir e aprimorar nos textos.

Por isso digo que há também muitas coisas boas nos textos do Concílio. Por que não valorizar isso? E isso é esquecido nesses debates. Por exemplo, uma norma da Sacrosanctum Concilium sobre liturgia, onde se diz que: ninguém na Igreja, qualquer que seja o clérigo — clérigo também é o cardeal, o bispo, o sacerdote e até o papa — tem o direito de mudar algo na celebração litúrgica por conta própria. Nem mudar, nem retirar e nem adicionar algo. Então, é uma norma muito forte que não existe nem no Concílio de Trento. Assim, se citarmos essa norma sem referência, sem indicarmos a fonte, por exemplo, faríamos um teste e penso que a maioria do clero progressista diria que essa norma é do Concílio de Trento, que uma norma tão rígida não pode ser do Vaticano II. Este é somente um pequeno exemplo. Conheço um livro na Alemanha que se chama O Concílio Silenciado, no qual o autor recolheu expressões do Vaticano II que são realmente tradicionais.

O recente Sínodo para a Família causou grande perplexidade em muitas católicos. Como o senhor avalia o desenrolar do Sínodo de 2014 e o que espera do próximo Sínodo, sobre o mesmo tema, a ocorrer em outubro deste ano?

Espero que não se repita a vergonha que aconteceu no Sínodo passado, com a Relatio post-disceptationem [relatório intermediário, pós-debates iniciais do Sínodo] que é um documento vergonhoso em três pontos especificamente, não em todo o documento, porque existem coisas nele também boas, porém, três pontos: uniões homossexuais, convivências extra-matrimoniais e Comunhão de divorciados. Tais pontos estavam à beira da heresia e são muito vergonhosos – devemos constatar, não podemos dizer que não é assim. Espero que isso não se repita, por isso confio que o Espírito Santo guiará a Igreja e escutará as orações dos humildes na Igreja, dos pobres e dos puros, para confundir os planos do inimigo, como diz o salmista: “Levantai-Vos, Deus, e confundi os planos dos iníquos”. Confio que Deus confundirá os planos dos iníquos que já se preparam, certamente, para implementar sua agenda novamente no Sínodo de 2015, mesmo se alguns destes iníquos ocupam cargos episcopais e até cardinalícios.

Ainda sobre o Sínodo, falou-se em manobras, em direcionamento de procedimentos internos, em amordaçamento dos chamados “conservadores”. O Cardeal Burke falou abertamente em manipulação. Há, parece, como sugeriu Vossa Excelência, um grupo determinado a fazer de tudo para mudar a disciplina milenar da Igreja, embora afirme não ser possível mudar a sua doutrina. Ora, é possível separar a disciplina da doutrina?

Não é possível, pois separar a prática da doutrina é puro farisaísmo. Assim, voltamos a ser verdadeiros fariseus e escribas que Nosso Senhor condenou, pois trata-se de uma mentira: afirmar uma coisa e fazer o contrário. Uma mentira. E, depois, essa atitude é própria do gnosticismo, uma das teorias do segundo século cristão, depois reapresentada com o maniqueísmo, que Santo Agostinho combateu, e que era também um tipo de gnosticismo, e que consistia em ter uma tese, digamos, uma doutrina, na cabeça que não tinha nada a ver com o seu comportamento moral prático. Esta era uma das características fundamentais do antigo movimento gnóstico, e os cardeais e bispos que querem implementar isso – que seria puramente gnóstico — tomam atitudes de verdadeiros fariseus, escribas e gnósticos.

Em entrevista ao Life Site News, o senhor tratou desse assunto em termos bastante duros, falando em “ideologia neo-pagã” e qualificando o documento preliminar do Sínodo como “vergonha”. Novamente, sua voz é uma das raras vozes episcopais a falar claramente… 

Bem, aqueles bispos com que eu falei, alguns dos quais participaram do Sínodo, estavam chocados, realmente em choque, quando viram de que maneira já se começou dentro do Sínodo o espírito deste mundo, quando viram que de uma instituição tão elevada do episcopado católico manifestavam-se teses realmente contrárias à doutrina da Igreja. Assim, alguns bispos despertaram, mas foi um choque. Alguns bispos falaram, certamente, como os cardeais Burke, Pell, Sarah — o novo prefeito da Congregação para o Culto Divino –, Dom Stanislaw Gadecki, presidente da Conferência Episcopal da Polônia, Dom Tomash Peta, o arcebispo de Astana, no Cazaquistão. Graças a Deus! Mas talvez fosse melhor que mais bispos falassem sobre isso. Até agora não escutei tantas numerosas manifestações, mas houve, certamente, houve. Porém, podiam ser mais. Todavia, o problema é que nós bispos vivemos, depois do Concílio, em uma espécie de falso espírito de colegialidade e somos constrangidos por esse espírito colegial — como que estamos numa camisa de força –, que ninguém se atreve a falar algo claro, porque teme: “O que vão dizer meus confrades? O que vai dizer a Conferência Episcopal? Depois eles me acusam de ser não colegial, ou de ser contra a unidade”. Mas, imagine, falar a verdade com caridade nunca é contra a unidade. Agora, falta de unidade é calar-se e não apontar os problemas graves que ocorreram no Sínodo sobre esses temas. Calar-se simplesmente por esperar uma espécie de unidade entre os bispos, isso sim mostra que não se trata de unidade. Penso que aqui os bispos deveriam, novamente, resgatar a autoridade pessoal, porque cada bispo é sucessor dos Apóstolos e, para o bem da igreja, isso seria importante.

Como o senhor avalia a atuação do Papa Francisco diante desses fatos?

O Papa Francisco falou ao fim do sínodo com palavras claras: a Igreja não pode mudar a doutrina, não deve descer da Cruz, portanto, são também palavras encorajantes. Falou também agora, recentemente, em Estrasburgo que a Europa perdeu a sua alma cristã e que ela deve reencontrar sua alma que é o cristianismo, o que é muito bom, muito encorajante. Porém, ele podia ser mais explícito, diria eu, mais claro, principalmente em dar uma melhor orientação, sobretudo nos temas claros como esses do Sínodo, como a Comunhão de divorciados. Eu desejaria que ele um dia nos desse ensinamentos mais explícitos e claras orientações, porque a primeira tarefa do Papa, que ele recebeu de Cristo, é “Confirma Fratres Tuos”, confirma os seus irmãos, que são os bispos em primeiro lugar. Então, vamos rezar, e eu rezo a cada dia pelo Papa Francisco, para que ele sempre mais consiga ser, viver e realizar este mandado de Cristo: “Confirma Fratres Tuos”.

Por fim, Excelência, que palavras de encorajamento o senhor daria a nossos padres e leigos que batalham contra a revolução doutrinal contra o neo-paganismo dentro da Igreja?

Eu gostaria, realmente, de encorajar a todos para que continuem nessa batalha, pois trata-se de uma honra. Considerem isso uma honra, não é peso. Não façam isso com desencorajamento, façam com alegria. Considerem-se mesmo privilegiados de poder defender a fé, porque defender a fé, a pureza da fé, a pureza da liturgia, não é outra coisa senão defender a Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Verdade em pessoa, que é a santidade. Por isso é uma honra e um privilégio, também se vocês e aqueles sacerdotes jovens são, por vezes, discriminados e marginalizados pela nomenklatura eclesiástica. Não se deixem desencorajar, mas, aceitem essas humilhações por amor a Cristo. Se O amamos, aceitaremos também algumas perseguições. E quero dizer algo importante: o povo e os clérigos devem defender a Fé às claras com a doutrina, mas sempre com amor, com caridade. Pois defender a verdade sem caridade não é cristão, e tomamos o método dos mulçumanos: somente à força, com violência. E isso não é cristão. Por outro lado, não defender a verdade e apenas falar em amarmo-nos uns aos outros e nada mais, também não é cristão. Cristão é defender a verdade com caridade. Então, desejo a todos que continuem e sejam corajosos e formem uma santa rede dos combatentes de Cristo, de bons soldados de Cristo, vivendo simplesmente as graças do sacramento da Crisma, os dons do Espírito Santo, deixar que Ele devolva a fortaleza da Fé aos leigos. Aos sacerdotes, desejo que vivam os carismas e as graças de sua ordenação sendo servidores da verdade.

Fratres in Unum: Muito Obrigado, Excelência!

27 comentários sobre “Fratres in Unum entrevista Dom Athanasius Schneider.

  1. Deus multiplique bispos como este pelo mundo… Tive a graça de conhecê-lo, e – pela primeira vez em vida – senti-me próximo a um santo.

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  2. Dom Athanasius no IPCO? Já ouço o Guilherme Chenta perguntar: “e agora Montfort-Zucchi?” Pecado mortal também? Rsrsrs!!

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  3. Realmente um prelado bastante conservador e como todo “conservador” tenta dissociar o Concílio Vaticano II da sabotagem modernista. Os argumentos de Sua Eminência não demonstram má fé (longe de mim querer julgá-lo, apenas constato o que está escrito) ou “negam o óbvio” como certos ditos “conservadores” ou mesmo os modernistas, mas falta um passo a mais para ser “tradicionalista” e passar a combater as causas (relativismo, modernismo e a inflitração judaico-maçônico-comunista no clero), não somente os efeitos (clero modernista/nomenklatura, abusos litúrgicos, desobediência ao Santo Padre etc.).

    São Pio X, rogai por nós!

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  4. Certamente, falando em termos tão caridosos sobre temas assaz espinhosos, D. Schneider ganhará mais a atenção e benevolência dos opositores. Isso sim é tradicionalista!

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  5. Misericórdia não é ingenuidade. Temos sempre de imitar Nossa Senhora. Nossa Senhora repreendeu até alguns videntes como a Madre Mariana de Quito e como o pastorzinho Francisco de Fátima e a este fulminou que sem muitos Rosários não entraria no Céu. Pareceu seca e crua mas foi misericordiosa. Não se pode pegar só as falas boas e deixar as péssimas falas de Bergoglio, nada católicas. E, na verdade, não se deve julgar a árvore pelas falas, mas pelos frutos, pelas ações. Só com o que falou e testemunhou de erros, Bergoglio já fez um estrago fenomenal. Muitas famílias foram arruinadas. Esta é a obra e uma obra no meio de um esforço globalizado para fulminar as famílias. Os jovens já não casam, nem os que se dizem católicos. Vivem amasiados com 40 anos de idade e ainda assim vivem com os pais ou não co-habitam apesar de se unirem em relações próprias do casamento e de até já terem filhos. Não querem responsabilidades. Não querem renúncias. Vem um papa e diz que não pode julgar gays e que os outros não podem ser coelhos, o que o jovem pensa? E o que o jovem mantém de errado em seguida? Só de um papa dizer que se deveria aceitar divorciados recasados numa legalidade qualquer, eu pergunto: qual jovem católico vai querer casar? E qual jovem católico que questione o seu casamento que não vai querer se separar ou anular o sacramento precipitadamente? E por trás disso não está o globalismo que quer dissolver as famílias e reduzir drasticamente a população? E não estão com o globalismo os que na Igreja querem dissolver o resto da Igreja porque com a Nova Ordem acreditam que emergirá um nova Igreja apropriada ao Naturalismo? Todos sabem que não se dissolve a Igreja sem antes dissolver as famílias. Cristo iniciou Sua Igreja com Sua Sagrada Família e não foi à toa. Não querem famílias! Famílias são bunkers de Deus e da Igreja! Uma família como a Sagrada e a Igreja sobrevive! Por que o Arcebispo não citou as precipitações oficiais de Bergoglio para anular casamentos com mais facilidade ou leviandade? De qual lado Bergoglio está? Ele não deixa claro sua completa adesão ao Naturalismo? Tenho certeza de que Nossa Senhora seria fulminante e não ingênua agora.

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  6. Verdade com Caridade. Aí está o caminho para enfrentarmos as controvérsias atuais. Não precisamos ser sisudos, rancorosos e extremados no uso das palavras. Cristo nos ensinou o caminho do Amor, para construirmos a verdadeira fraternidade entre os homens. Não pecamos pela insistência ao diálogo fraterno, mesmo afirmando com clareza e altaneria a sã doutrina, mas muitas vezes somos tentados a sermos mais ” radicais ” que outros, quem sabe frustrando o encontro com a Verdade.

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  7. Alice, com respeito e mansidão, esquece que Cristo disse pela boca do Apóstolo: “Meio-termo Deus vomita” e Santo Agostinho já ensinava: “nosso dever não pode ser outro do que também morrer por um Deus que por nós morreu na Cruz como escravo”. Cristo não foi radical? Qual Deus deixaria Seu Pai e viria aqui só para morrer na Cruz como escravo, deixando humildemente ser pego e torturado na aparência de homem? São João de Ávila dizia, por isso mesmo, que um católico que não esteja pronto para morrer por Cristo não é católico. Você pode dizer que sou radical e fundamentalista como um muçulmano, pois essa é a imagem à qual querem prender o raciocínio politicamente reputado como correto, mas o próprio Cristo disse que não há maior amigo do que aquele que morre pelo amigo e se sou amigo dEle de verdade, tenho de aceitar morrer por Ele como Ele aceitou morrer por mim. Isto é lógica. A quem muito se perdoa muito se ama e para muito ser amante. Sabe o que acontece com os não radicais? Serão envergonhados no juízo particular, mesmo que ganhem o Purgatório, morrerão de vergonha todo o tempo do Purgatório, porque todos que foram dignos de aparecerem depois de seu juízo, disseram que a bondade de Deus por toda nossa vida nos envergonhará. Não tenho medo das palavras. Vivemos numa época de exacerbação da imagem que as palavras viraram imagens que prendem. Liberte-se delas. O moralmente correto é a atitude justa que salva. Se não for para dizer e atuar para salva, nada fale, nada atue ou aja. Digo palavras crucificado com Cristo e sentindo que Ele toma minhas dores para Ele. Não entremos nas bobagens da época ou no preconceito do século, o qual vigora sempre contra Deus, porque se Deus é a Verdade, só Ele é o conceito e o resto que é preconceito que leva pro inferno. Se sou fundamentalista porque me apoio nos fundamentos de Deus, da criação, da Justiça e da Redenção, graças a Deus, porque me salvo e mais ainda porque posso ajudar a salvar os outros.

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  8. Veja o papa citou aquele casal australiano com um filho gay que pedia para ir na festa familiar de Natal. Se estudássemos as identificações e refutações das heresias pela Igreja, desconsertaríamos o papa na hora. Pois ele não quer seguir o Magistério Infalível que não está morto mas é de sempre tal qual a Palavra (até porque ele que definiu o que era e é a Palavra). O papa disse que o casal não queria ser radical. Ora, o que é o verdadeiro amor se não uma radicalidade? Se o amor não for radical não é verdadeiro amor. Então, se vejo meu filho ir pro inferno porque não aceita uma renúncia por amor de Deus, porque insiste em viver na carne e morrer para o Espírito, que é quem dá a Vida, eu, que digo que amo meu filho, eu me calo e o chamo para a festa? Pode um pai amar um filho e não corrigi-lo? São Pedro escreveu: “Deus corrige aqueles que Ele mais ama” e sabia o que dizia porque foi corrigido duramente. Pois bem, o casal de pais do gay e o papa mostraram-se adeptos do Naturalismo que é a doutrina da legitimação do impulso e da paixão (ou instinto) carnal. Temos de ter paciência e misericórdia com os fracos, já ensinava São Tiago na Carta, mas isso nunca significou não corrigi-los, porque a Igreja considera a correção que a outro salva uma caridade e a maior de todas e, por causa dela que a caridade está para a verdade como a verdade está para a caridade. Ledo engano dos falsos caridosos de acharem que se salvarão deixando com sua mudez os outros errarem e se perderem. Na verdade, São Francisco de Assis, que não adiava nem por um minuto uma prece por um pecador que a solicitava, dizia que são não intercedemos por um pecador que precisa de correção e de alguma forma a solicita ou demanda, aquela sua falta ou culpa também recairá sobre nós que faltamos em corrigir e em interceder. Os pais não podem deixar de velar pelos filhos como velam por si mesmos. E o temor santo em relação a Deus não pode ser sobrepujado pelo temor humano porque o coração sentirá remorso ou porque meu filho me imporá uma cruz e se castigará para me castigar. Não podemos fugir da Cruz que a Caridade nos impõe ou imporá porque não amaremos de verdade e não nos renunciaremos para tomar a cruz de cada dia e de cada relação para, só então, podermos seguir a Cristo.

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  9. Hahahaha!! A Montfort-Zucchi correu pra publicar uma entrevista com Dom Schneider também!! Hahahaha! Que infantiloides…!!!

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  10. Certa vez, encontrei-me casualmente com D. Manoel. Ia celebrar as bodas de um casal amigo, e, como estivesse completamente só na sacristia, puxei algum assunto e ele foi muito receptivo. Falou do que seria Anápolis em 20 anos ou 30 anos e que ele, segundo entendi, providenciara a compra de terrenos para instalação de novas paróquias. Um homem de visão, cujo ideal de Igreja era verdadeiramente apostólico e missionário, interessado em proselitismo – sim! -, isto é, interessado na expansão da Igreja e na conversão das almas. E com que zelo e entusiasmo falou-me de tudo! Nunca me esquecerei dessa graça.

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  11. Existe uma profecia que não me lembro bem de qual santo ou era de Nossa Senhora mas falava que ao mesmo tempo que o mal avançaria como nunca aconteceu dentro da Igreja, que Deus iria fortalecer tantos e tantos bispos que este estariam dispostos a morrer pela Igreja e que o nosso tempo atual de tantas confusões seria o tempo dos Apóstolos dos Últimos Tempos, sem medo falarão e enfrentarão. Percebo que a medida que as coisas vão piorando para o lado Santo da Igreja, os bispos e padres vem se fortalecendo na doutrina como nunca aconteceu.

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  12. É raríssimo, mas encontro alguém como D Athanasius que não culpa diretamente o Vaticano II por todos os erros da Igreja atual, como se antes dele a Igreja desfrutasse de uma verdadeira paz, estivesse uma maravilha, bastando-o os últimos 10 papas até o papa Francisco, esse exclusive, e quantas advertências e condenações tinham aos maçônicos e infiltrados na Igreja de seus subsidiários, como os comunistas e as diversas encíclicas formalizadas contra esses intrusos, como a Divini Redemptoris contra o comunismo e a Syllabus, dentre mais.
    Sabemos que a atuação anti eclesial ocorreu mais sintomaticamente após o iluminismo adiante e culminou na Rev Francesa adiante, sem esquecermos que o iluminismo vem desde a introdução do relativismo protestantismo à frente, redundando no caos atual.
    TRECHOS DE D JAN PAWEL LENGA QUE COMBINAM COM A ENTREVISTA DE D ATHANASIUS:
    “Na questão da nomeação de novos bispos e até cardeais, está se tornando cada vez mais evidente que, muitas vezes, a preferência é dada para aqueles que compartilham de uma ideologia em particular ou para alguns grupos que são estranhos à Igreja mas que tenham recomendado a nomeação de um determinado candidato em particular”.
    “É difícil acreditar que o Papa Bento XVI tenha renunciado livremente seu ministério como sucessor de Pedro. O Papa Bento XVI era o cabeça visível da Igreja; sua corte, no entanto, raramente traduziu seus ensinos da teoria para a prática, ignorando-os ou silenciosamente desobedecendo-os e, em muitos casos, obstruindo todas suas iniciativas para uma autêntica reforma da Igreja, da liturgia, da maneira de se administrar a Santa Comunhão”.
    Ex. meu: a esquerdista CNBB e os raros bispos que a denunciam de forma contundente e os erros de um governo marxista potencial perseguidor da Igreja que, no entanto, o trata de forma complacente, como o comunista PT!
    “Não seria supérfluo lembrar aos meus irmãos no episcopado de uma afirmação feita por uma loja maçônica italiana a partir por volta do ano de 1820: “Nosso trabalho é um trabalho de uma centena de anos. Deixemos de lado as pessoas mais velhas e vamos nos concentrar na juventude. Os seminaristas se tornarão sacerdotes com as nossas ideias liberais. Não devemos nos lisonjear com falsas esperanças. Nós não vamos conseguir fazer um Papa franco-maçom. No entanto, bispos liberais, que irão trabalhar na comitiva papal, irão propor a ele, na tarefa de governar a Igreja, pensamentos e idéias que são vantajosas para nós e para o Papa irá implementá-las na prática. Esta intenção dos Franco-maçons está sendo implementada cada vez mais e de forma aberta, não só graças aos inimigos declarados da Igreja, mas com a conivência de algumas falsas testemunhas que ocupam altos cargos na Igreja hierárquica. Não é sem razão que o beato Paulo VI disse: “por alguma fresta da Igreja, o espírito de Satanás penetrou no interior da Igreja.”
    Não nos tem parecido que o papa Francisco seria controlado e conivente com as ideias desses infiltrados estranhos que o cercam?
    Sem ser prolixo, o proprio Pe Paulo Ricardo discorda de quem atribui a crise atual da Igreja ao Vaticano II, mas a grupos infiltrados que se aproveitaram de brechas do mesmo para o caluniarem e lhe atribuírem invencionices, auxiliados pala mídia globalista, como os “progressistas” de D Hélder da KGB-TL, D Arns e vários outros esquerdistas sucessores até hoje, e o Papa Paulo VI, além de super traído por vários altos hierárquicos desse naipe, não possuiria pulso firme para se impor e foi tragado pelos violentos impostores citados.

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  13. Saúdo o editorial do FRATRES IN UNUM, cuja presteza no serviço à Igreja e aos seus fratres, permitiu-nos conhecer um juízo ponderado, equilibrado,e, talvez, excessivamente CAUTELOSO sobre os últimos acontecimentos na Igreja.

    PS: Hoje sabemos que os “iníquos” que preparam-se para o sínodo têm a aprovação explícita do Santo Padre e que o “relatio post-disceptationem”, aquele texto que segundo Dom Athanasius era vergonhoso e que beirava a heresia, obteve a aprovação prévia do Papa Francisco.

    Talvez seja a hora de levantar-se dos subterrâneos da Igreja e fazer uma resistência pública, articuladamente, contra os desvios doutrinários no sínodo e contra a complacência do Santo Padre sobre eles, denunciando os iníquos de forma aberta e definitiva: Quem são e o que fazem. Apenas isto poderia fazer recuá-los.

    O inteiro teor da entrevista servirá como base para uma boa discussão em nossa paróquia.
    Deus abençoe todos os irmãos e irmãs
    um abraço,
    P.A.

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  14. Um Bispo aqui, outro acolá, um cardeal mais explícito, outros de maneira mais velada, mas não menos contundente, mais de uma dezena de outros Bispos, também um pouco medrosos, e assim a Hierarquia vai mostrando aos Brunos e Kasperes da vida, apoiados por Francisco, que não será tão fácil, numa penada, eles colocarem abaixo o ensinamento moral e dogmático da Igreja sobre o Matrimônio.

    É claro que sempre haverá os Bergóglios e Valentinis da vida que sempre incentivaram os amasiados e “recasados” a comungarem… Agora daí a oficializar este descalabro, é o fim…

    “Então, vamos rezar, e eu rezo a cada dia pelo Papa Francisco, para que ele sempre mais consiga ser, viver e realizar este mandado de Cristo: “Confirma Fratres Tuos”.

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  15. O fato de um bispo tão bom e sábio ter sido formado pela “Opus Angelorum” (que é a associação que re-fundou e orienta completamente ainda hoje a Ordem dos Cônegos Regulares da Sta. Cruz), certamente aumenta ainda mais a estima que por essa obra sempre tive. Um obrigado aos Santos Anjos de Deus por nos darem um bispo destes!

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  16. O que se passou no famigerado Sínodo do ano passado foi só a gota d’água. O pior está ainda por vir. Segundo Edward Pentin que trabalha desde 2002 como correspondente no Vaticano e já cobriu a Santa Sé e o Papa para várias publicações como Newsweek e o The Sunday Times, o assunto da Comunhão aos adúlteros é só uma cortina-de-fumaça. O plano é ainda mais satânico e perverso:

    “[…]Enquanto isso, cresce em Roma a desconfiança de que o tema do divórcio e a comunhão aos recasados é simplesmente um cavalo- de- tróia, pois esse é um assunto aparentemente inócuo e que afeta relativamente um número pequeno de pessoas, mas que se passar causará uma erosão em ensinamentos-chave da Igreja e pavimentará o caminho para o enfraquecimento do ensino Católico em outras áreas como nos relacionamentos homossexuais. “Todos nós pensávamos que a questão girava em torno do divórcio e do segundo casamento”, foi o que me revelou uma bem informada fonte íntima dos círculos do Vaticano”, “Mas não é, é sobre os gays.”
    Algumas das figuras mais poderosas empurrando esta agenda parecem ser altos membros da Igreja Católica alemã. A maioria dos bispos do país, não apenas apoiam publicamente a permissão para os divorciados recasados receber a Comunhão, mas também demonstram abertamente a intenção de passar uma nova lei de trabalho em abril que permitirá aos católicos que vivem “casamentos” ou relações com pessoas do mesmo sexo ou divorciadas recasados se empregarem como funcionários nas várias instituições operadas pela Igreja na Alemanha.
    Aqueles que se opõem a tais medidas temem que tais desenvolvimentos enfraquecerão seriamente o ensino da Igreja nestas áreas, e terão consequências mais amplas. “Tudo está sendo feito” debaixo dos panos “, mas se colar, isso será apresentado como um” negócio fechado “no sínodo”. Foi o que me confidenciou uma fonte próxima à Igreja alemã. “Eles vão trazer esse assunto pra Roma e dizer: ‘Não há nada mais o que discutir, nós já abordamos essa questão e se nós podemos mudar isso, nós podemos mudar qualquer outra coisa.” Ele disse que vê isso como uma “questão crucial “, que tem o potencial de trazer” enormes prejuízos “para toda a Igreja.
    Alguns Católicos de pensamento mais ortodoxo vêem portanto, a preparação para o que pode ser saltar do próximo sínodo como uma das melhores formas de resistência defendida pelo Cardeal Burke e outros. Enquanto os comunistas, do outro lado, dizem, estão altamente organizados, parece que aqueles que defendem a doutrina da Igreja até agora, não se prepararam ou se organizaram o suficiente.[…]
    http://www.newsmax.com/EdwardPentin/Cardinal-Burke-Catholic-Church-German-Catholic-Church-Pope-Francis/2015/02/10/id/623988/

    Aí está cada dia mais claro a agenda desse Pontificado. Quem tiver amor à Cristo e preocupação pela salvação de sua alma não tem outro caminho, senão resistir e denunciar com as trombetas encima dos telhados.
    Quando os pastores dormem, os cães ladram alertando para o perigo e se por um lado é verdade que enquanto os cães ladram e a caravana passa, também é verdade que o latido dos cães tem o potencial de assustar os camelos, desbaratar a caravana e jogar sua mercadoria por terra.

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  17. Fratres: Cardeal Tagle. Esse sujeito merece atenção; presidirá, ao lado de outros, o próximo Sínodo; é do Grupo de Bolonha (a favor da hermenêutica da des-continuidade); é superficial “In 2005, the Archbishop of Astigi, Agostino Marchetto, then Secretary-General for the Pontifical Council for the Pastoral Care of Migrants and Itinerants,[48] criticized the chapter written by Tagle, calling it “unbalanced, journalistic, and lacking objectivity expected of a true historian”.[49]”;
    (http://en.wikipedia.org/wiki/Luis_Antonio_Tagle)

    Paranoia à parte, no brasão de cujo figura um esquadro e também o capitel de uma coluna…(São José e N. Senhora, é claro…!).

    http://rorate-caeli.blogspot.com/2015/02/the-successor-rome-in-pre-conclave-mood.html#more

    Nessa outra matéria, os estragos de 50 anos de V2 (nas estatísticas)

    http://www.washingtonpost.com/national/pope-francis-faces-church-divided-over-doctrine-global-poll-of-catholics-finds/2014/02/08/e90ecef4-8f89-11e3-b227-12a45d109e03_story.html

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  18. Santiago, não dá pra ficar dando ouvido a pesquisas de opinião sobre a Igreja porque toda vez que a Verdade é deixada à mercê de opiniões, o resultado é sempre BARRABÁS.

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    1. Gercione, não será mesmo verdade que “78% Catholics around the world more liberal than the Vatican”? Parece que sim. A culpa já sabemos de quem é.

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  19. Tive a honra de conhecer D. Athanasius Schneider pessoalmente. Li o seu livro “A Sagrada Comunhão e a Renovação da Igreja”.
    Percebi que ele está bem consciente acerca da crise de fé na Igreja.
    No entanto, nesta seara, percebi que ele prefere agir com prudência e serenidade.
    É muito provável que ele julgue não ser nada frutuoso partir para o enfrentamento direto da hierarquia desviada.
    Ao invés disso, prefere atuar serenamente em outro campo, ou seja, busca encorajar e prestigiar aqueles grupos que, ao menos, se esforçam para ser fieis à tradição e à sã doutrina.
    Muito me impressionou o entusiasmo e a confiança que ele deposita no pequeno resto que ama a tradição da Igreja, sobretudo nos jovens.
    Ele simplesmente crê que será por meio desses pequenos grupos que a Igreja será totalmente renovada. Já vislumbra assim o reflorescer da autêntica fé católica sobre os escombros dos abusos cometidos pelos progressistas, os quais já estão velhos e não estão se renovando.
    Entretanto, ao ler o seu livro, confesso que fiquei meio perplexo pelo tanto que ele elogia o aggiornamento proposto pelo CV II e o quanto ele realça o pontificado do papa Paulo VI.
    O livro tem como ponto central o combate à prática da comunhão na mão que ele mesmo, repleto de razão, considera uma prática sacrílega.
    No entanto, ele mesmo afirma que essa prática foi instituída pelo papa Paulo VI, por meio de um indulto. Ele ressalta muito bem que o papa Paulo VI alertou acerca dos perigos que haveriam de ocorrer com a prática da comunhão na mão e em pé.
    Diz ele que ninguém atentou para os alertas do papa Paulo VI, por isso a coisa chegou ao caos em se encontra, tal qual estamos todos vendo nos dias de hoje.
    O que é difícil de entender, nesse episódio, é por que motivo o papa Paulo VI liberou essa prática, mesmo bem consciente do grande mal que ela representaria para a fé da Igreja. Isto é, como é possível a maior autoridade da Igreja consentir uma prática sabidamente nociva à fé dos fiéis e desonrosa ao Santíssimo Sacramento?
    Pelo menos nessa questão, ao meu ver, ele agiu semelhante a um pai de família que, para satisfazer o desejo de seus filhos pequenos birrentos, entrega nas mãos deles uma arma de fogo carregada, mas faz o alerta para o grande perigo caso eles disparem o gatilho da arma. Ora, um pai de família que age dessa forma é, no mínimo, extremamente imprudente.

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  20. Como dizia Dom Manoel :” radical nos princípios e brando nas aplicações !!! ”
    Assim o faz Dom Athanasius : veritate in caritate !
    Deus conserve ad multos annos esse santo bispo que tem a coragem e a consciência de gritar a verdade e nadar contra a corrente !

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