Estaremos atentos para noticiar o resultado final da ação, que terá agora seu curso normal no judiciário italiano.
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Assunto: Esclarecimento sobre a ação civil movida contra o Comissário Apostólico e alguns comentários publicados a esse respeito
Fonte: Immacolata.com | Tradução: Gercione Lima – Fratres in Unum.com
Queridos Irmãos,
Paz e Bem!
Dirijo-me a vós com espírito paterno, ciente das preocupações que podem ter suscitado em vossas almas de religiosos a difusão de notícias relacionadas à minha pessoa com o evidente objetivo de diminuir o espírito de comunhão fraterna instaurado positivamente no Instituto, e que se distingue pelo nosso esforço comum e solidário voltado para o restabelecimento do carisma original dos Franciscanos da Imaculada que o distinguiu em seu serviço à Igreja.
Por isso, peço que sigais atentamente a breve reconstrução dos acontecimentos nos quais me vi envolvido e em torno dos quais maliciosamente estão tentando montar um escândalo.
O Divino Mestre disse: “Oportet ut eveniant scandala” e, certamente, esse princípio vale para todos nós, desde que saibamos discernir a verdade da falsidade, e saibamos tirar os fatos em que estamos envolvidos o ensinamento justo.
Por ocasião da Solenidade da Imaculada de 2013, celebrando a nossa Padroeira Celeste e Protetora, escrevi uma carta circular endereçada a todos vós, resumindo os eventos transcorridos desde a minha nomeação como Comissário Apostólico.
Em tal documento, não deixei de tratar de uma das provas mais difíceis que enfrentamos e superamos em conjunto, com o espírito franciscano e iluminados pela celeste proteção de Maria Santíssima: refiro-me à subtração da disposição ao Instituto dos bens temporais que lhe forem conferidos, necessários para o cumprimento de nossa missão.
Referindo-me às alterações introduzidas nos estatutos das duas associações, munidas de personalidade jurídica de Direito Civil, titulares da propriedade dos bens do Instituto, afirmava eu que estes bens tinham sido colocados à disposição, entre outros, de alguns membros da família do Padre Manelli.
Esta afirmação não tinha nenhum caráter de falsidade e era fácil de se verificar.
No entanto, os irmãos e irmãs carnais do fundador, juntamente com um seu cunhado, considerando-se ofendidos pela afirmação na minha carta circular, promoveram uma ação civil contra mim, para obter a reparação do prejuízo alegadamente sofrido por eles.
Com base nas atuais normas de processo civil, cada ação pode resultar em uma sentença só depois de ter havido uma tentativa de mediação entre as partes.
Em tal sede, “pro bono Pacis” e no espírito de fraternidade do Seráfico, chegou-se no dia 12 de fevereiro a um acordo com a contraparte que, sem nada para reconhecer senão uma explicação óbvia, tinha o único objetivo de evitar a continuação do processo civil no Tribunal de Roma, com custos adicionais por conta do Instituto.
Nos termos deste acordo, eu me comprometi entre outras coisas a publicar um esclarecimento no site oficial do Instituto, concordado com a contraparte.
Eu estava prestes a pôr em prática o acordo, quando, em 15 de fevereiro, apareceu em uma publicação eletrônica, um artigo, cuja “única fonte” – de acordo com o seu editor – era um tal “Don Camillo”, descrito como “amigo íntimo da família Manelli”.
Neste artigo, declarava textualmente o seguinte:
“Padre Volpi, depois de admitir seu crime de calúnia e mentiras, em 12 de fevereiro foi condenado…”
Era evidente a intenção do extensor, que se declarava expressamente ligado à família do padre Stefano Maria Manelli, era minar diante de todos vós, queridos Irmãos, meu prestígio e a autoridade que me foi conferida.
Não fui, de fato, condenado por qualquer crime ou submetido a qualquer processo penal, nem jamais admiti em qualquer sede, judicial ou extrajudicial, ter cometido algum crime, nem de ter manifestado calúnias ou mentiras.
Portanto, dei instruções aos meus advogados para preparar uma ação judicial por crime de difamação contra os responsáveis, e comuniquei à família do Padre Manelli minha decisão de não cumprir o acordo assinado em 12 fevereiro de 2015, considerando que já não é válido devido ao grave descumprimento da contraparte.
Queridos Irmãos,
Sei que posso contar com a vossa “Sapientia cordis”, considerando-vos partícipes do meu sentimento, o que me leva a considerar a campanha de difamação novamente empreendida contra a minha pessoa, aproveitando-se do espírito franciscano com o qual eu tinha decidido acabar com a controvérsia com a família do Padre Manelli, como uma tentativa de minar a harmonia com a qual até agora estávamos todos animados para promover o bem do Instituto e da Igreja.
Eu convido-vos a estreitar ainda mais este laço de solidariedade que nos une com o Santo Padre e com toda a Igreja militante, bem como nos unirmos cada vez mais sob o manto protetor da Virgem, Mãe e Padroeira do Instituto dos Frades Franciscanos da Imaculada, onde nós levantamos a nossa oração comum, penhor de graças celestes, em um momento difícil da nossa história.
Abraço a todos, lembrando o lema Evangelho: “NON PREVALEBUNT”.
Vos abençoo.
Roma, 18 fev 2015
Padre Fidenzio Volpi OFMCap.
Comissário Apostólico