Ecce quam bonum et quam jucundum habitare fratres in unum.
Cardeal Raymond Burke faz grande elogio a Plínio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP.
Cardeal Burke e fiéis brasileiros por ocasião da peregrinação Summorum Pontificum de 2014.
Por Manoel Gonzaga Castro | Fratres in Unum.com: Em 16 de fevereiro último, o Cardeal Raymond Leo Burke, patrono da Soberana Ordem de Malta e atualmente sob os holofotes por causa de sua resistência às ondas inovadores do Sínodo da Família, teceu grande elogio ao pensador católico brasileiro Plínio Corrêa de Oliveira (1908 – 1995).
O elogio foi feito em carta ao Sr. Mathias von Gersdorff, diretor da TFP da Alemanha, que presenteou o cardeal uma biografia recém escrita por ele sobre o fundador da TFP.
Segue a carta, publicada no site do Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, entidade sucessora da TFP após a dissidência dos Arautos do Evangelho, liderados por Mons. João Scognamiglio Clá Dias:
16 de fevereiro de 2015
Caro Mathias,
Meus cordiais agradecimentos por sua amabilíssima carta de 13 de janeiro passado que o senhor deixou na minha residência, por ocasião de sua visita a Roma. Obrigado por incluir junto à carta o presente da biografia de Plinio Correa de Oliveira, Begegnung mit Plinio Correa de Oliveira – Katholischer Streiter in stürmischer Zeit, que vem de ser publicada.
Cardeal Burke e membros da TFP na Marcha pela Vida, em Roma.
Dou-lhe minhas congratulações cordiais pela publicação da biografia do grande leigo católico brasileiro, o qual, como o senhor corretamente observa, é sob tantos aspectos um modelo para nós nestes tempos difíceis na vida da Igreja! Fico muito agradecido por um exemplar deste livro.
Agradeço-lhe especialmente por suas orações por mim. Por favor, continue assim, porque tenho muita necessidade delas.
Invocando a benção de Deus para o senhor e todos os seus labores, e confiando suas intenções à intercessão de Nossa Senhora de Altötting, de São Miguel Arcanjo, de São José e dos Santos Pedro e Paulo, permaneço
seu devotadamente no Sagrado Coração de Jesus
e no Imaculado Coração de Maria
53 comentários sobre “Cardeal Raymond Burke faz grande elogio a Plínio Corrêa de Oliveira, fundador da TFP.”
Pois é, caríssimos fratres, depois de ter de romper com o IBP por causa do convite ao De Mattei, com Dom Schneider por ele se hospedar na sede da TFP, a Montfort-Zucchi tem de romper agora com o Cardeal Burke:
Acredito que você, como eu, também tenha lido a surra que o Guilherme Chenta deu no Alberto e acho louvável sua tentativa de desmascarar a politicagem sem vergonha do Sr. Zucchi, porém não acredito que seu trabalho aqui nos comentários do Fratres tenha alguma eficácia, pois ele consegue levar os montfortianos no bico. Você está convencendo quem já está convencido, isto é, observadores que não estão com a cabeça enfiada no buraco da Montfort-Zucchi e que já perceberam o veneno das calúnias e difamações que brotam desse grupo.
Quantos pecados terá cometido o Cardeal Burke. O Chenta foi acusado de umas dezenas. Como o outro é Cardeal deve ter muito mais pecado com essa afirmação. Será que o Montfort diria ao Cardeal que era melhor ter ido a um cine etc. do que ter dito isso? Ou não?
São dois (2) exemplos para os católicos: Dr. Plínio, uma vida devotada à Igreja e a Santíssima Virgem, da qual foi ” escravo” conforme os ensinamentos de São Luiz Maria Grignion de Montfort; Cardeal Burke, guerreiro atual, cruzado altaneiro nos tempos difíceis do pós-modernismo.
Se até o papa pode errar, quanto mais o cardeal Burke. E errou feio. Plínio Correia de Oliveira foi péssimo. Além do estudo de Orlando Fedeli, tenho outra péssima referência dele por um padre que frequentou por muitos anos a TFP.
Caro Luis , vc não conheceu e não conhece o Dr. Plinio. Já teve conversas com ele pessoalmente? Referências não servem ao seu infeliz comentário, se o papa pode errar, quanto mais o cardeal Burke, imagine as referências do sacerdote…
E esses dois, fedeli e o tal padre, tb podem ter errado feio, ou “maquiado” o fato por pura conveniência. O outros erram feio e esses dois acertam… curiosa lógica.
O cardeal Burke é um dos impávidos defensores da causa de Cristo, que, por sua vez, está presente na doutrina católica. Burke seria um grande Papa! Enquanto este grande cardeal luta arduamente pelo Magistério de Cristo e da Igreja, Bergoglio alia-se a empedernidos hereges como Boff, Baldisseri, Kasper, Marx e Christoph Schönborn, que é arcebispo de Viena. Schönborn, em 1963, entrou na Ordem dos Dominicanos, também chamada Ordem dos Pregadores, que é uma ordem religiosa católica que tem como missão “a pregação da palavra e mensagem de Jesus Cristo e a conversão ao cristianismo”. Infelizmente, hoje, Schönborn não prega a palavra de Cristo, pois se opõe, terminantemente, à sã doutrina católica. Uma vergonha para os Dominicanos, que se veem afrontados com este péssimo comportamento! Ademais, ele é um dos heréticos prelados modernistas austríacos que advogam que se deve dar a comunhão a divorciados recasados, favorecem a união homoafetiva, dentre outros atos absurdos.
Doutor Plínio foi um grande servo da Igreja, defensor vitalício da Tradição dos Apóstolos, um dos maiores combatentes e denunciantes da infiltração modernista e comunista na Igreja, durante décadas.
Por isso, a TFP foi tão odiada pela esquerda, tanto a católica e quanto pela não-católica.
Sei pouca coisa do Prof. Plínio. A única certeza que tenho, segundo testemunhos que ouvi, é que o legítimo tradicionalismo brasileiro, capitaneado pelo Prof. Plínio durante décadas, NUNCA foi nem jamais flertou com o fascismo. Isto é a “Direita” eclesiástica nacional sempre foi extremamente zelosa contra as pretensões dessa lepra, que é o fascismo, condenado pela Igreja sobretudo nos tempos de Pio XI. A constelação tradicionalista Europeia nem sempre parece muito atenta ao necessário cuidado higiênico de não se misturar a santa doutrina da Esposa de Cristo com as doutrinas racistas, imundas e demoníacas do fascismo.
Inicio estas linhas informando que possuo amigos no IPCO, nos Arautos e na Montfort, pessoas de bem e bons católicos, mas, vamos ao que interessa…
Apesar das resistências que, pessoalmente, tenho contra o culto exagerado ao Dr. Plínio e sua mãe, D. Lucília, o que inclusive foi fartamente denunciado pelo Professor Orlando Fedeli, reconheço no IPCO o legítimo continuador da TFP. Eles são muito combativos e, sem sombra de dúvida, dignos herdeiros de um homem tão influente como o Dr. Plínio Correia de Oliveira o qual, digam o que disserem dele, lutou contra a implantação do Comunismo no Brasil e contra a Crise da Igreja que se acentuou após o CV II. Assim, quanto ao IPCO, só tenho elogios.
Por outro lado, lamento profundamete a falta de combatividade do ramo que se separou deles, os Arautos do Evangelho… perderam totalmente a combatividade contra o aborto e o “casamento” gay, não empreendem mais qualquer luta pela Missa Tradicional e, embora ainda mantenham uma lembrança perene do fundador e possuam alguns bons leigos e sacerdotes em suas fileiras, percebe-se que há anos estão “deitados eternamente em berço esplêndido”.
Quem reconhece que – não sou muito de acompanhar esses assuntos – lutou muito contra o comunismo foi o Mons. Lefebvre, citado no livro do De Mattei (li uns trechos Vaticano II etc…) como tendo sido um dos responsáveis pelo Brasil não ter caído no comunismo. É preciso reconhecer o valor dessa grande figura, Plinio Correa de Oliveira, concorde ou não com a TFP ainda que fosse só esse fato. Eu penso assim.
Pelo texto e pela foto deduzo que foi aquele grupo de fiéis brasileiros sorridentes que presenteou o Cardeal com o livro sobre o Sr. Dr. Plínio. Não é isso?
Deve ter presenteado, Sidney, afinal não perderiam a oportunidade. E, se o fizeram, será que receberam uma cartinha elogiosa ao autor, tal como o Cardeal enviou ao membro da TFP elogiando PCO?
Orgulho-me de ser discípulo de Dr. Plínio. Já li tudo o que o Fedeli escreveu, e já tive conversas com muitos Srs. da Montfort. Tem coisa que é verdade, exageros da parte de muitos antigos membros e mesmo atitudes criticáveis por parte da TFP e de seu fundador, mas tem muita coisa que ainda não sei se é desonestidade ou burrice dos que atacam.
Fico com S. Eminência… Dr. Plínio é um dos meus maiores modelos em militância católica. Sua perda foi irreparável.
Dr. Plínio Correa de Oliveira teve grande mérito ao combater os primeiros sintomas da heresia modernista no Brasil (os desvios do movimento litúrgico e da Ação Católica) publicando o livro “Em defesa da Ação Católica”, que lhe custou uma cruel perseguição por parte da hierarquia. Foi condenado ao isolamento e ao ostracismo.
Como político católico fez um grande bem á Igreja na Constituinte de 1934. Ainda que seus detratores digam o contrário.
Foi um bom jornalista em matéria de política internacional durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais tarde fundou a TFP, que passou a render-lhe culto, como que querendo mostrar aos bispos e à sociedade brasileira que aquele Plínio tão desprezado por eles tinha fundado uma grande entidade que se propagava pelo mundo afora à margem da hierarquia eclesiástica. Daí certa desconfiança dos plinianos em relação ao clero em geral.
Orlando Fedeli o acusou de ser gnóstico-romântico. Mas não procede tal acusação. OF queria demolir todos os pensadores católicos do século XIX e XX. Não via o ridículo de sua pretensão.
D. Sigaud que conhecia muito bem Correa de Oliveira nunca o acusou disso. D. Castro Mayer tampouco.
O que diz o Espírito Santo pela boca do apóstolo (Provai de todas as coisas e ficai com o que é bom), vale principalmente para os católicos da tradição do Brasil.
Sobre uma de suas obras e também sobre sua pessoa: Revolução e Contra-Revolução.
O livro Revolução e Contra-Revolução é um best-seller internacional com 35 edições, que perfazem um total de 141.450 exemplares. Foi publicado em português, espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, bielorusso, romeno e polonês.
Ao longo dos anos, Plinio Corrêa de Oliveira recebeu inúmeras cartas elogiosas à sua obra-magna. Seguem alguns trechos.
Do Revmo. Pe. Cesar Dainese, S.J. (Superior de Residência dos Padres Jesuítas)
“Seu estudo é um riquíssimo índice analítico de uma monumental enciclopédia da Teologia da História, que a sua inteligência lúcida e perspicaz, a sua vasta cultura, os seus dotes literários e a sua segurança doutrinária, filosófica e teológica poderiam realizar. […] Teríamos então a edição atualizada, ampliada e completa da grandiosa obra de Santo Agostinho, ‘De Civitate Dei,’ para os homens de hoje”.
Do Conde de Neufbourg (Membro-correspondente do Instituto de França)
“Vossa excelente obra é muito bem escrita, e ainda melhor pensada. Foi com o maior interesse que li essas páginas proféticas de uma tão alta concepção da História”.
Do Prof. Hans Ludwig Lippmann (Da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade da Guanabara)
“O vigor do conteúdo, verdadeiro fortificante de nossa vida espiritual, […] manancial da autêntica doutrina e ação católica que, sem dúvida, despertará no mundo inteiro os encômios de todos os que querem, realmente, nos destroços da cultura contemporânea, construir a Cidade de Deus”.
Do Prof. Fernando Serrano (Da Faculdade de Direito de Madri)
“Terminei, felizmente, e reli uma segunda vez o magistral número de Catolicismo. Na minha modesta opinião, Revolução e Contra-Revolução tem toda a categoria de uma Encíclica”.
Do Prof. Lucas Nogueira Garcez (ex-Governador do Estado de São Paulo)
“Acabo de ler o magnífico estudo […]. Temos que admirar o idealismo, o vigor e o espírito verdadeiramente cristão que anima o grande pensador católico, dos maiores da terra americana”.
Do Conde René Regis de Coniac (Angers, França)
“Estou disposto a pensar que se trata de um monumento, que deveria ter lugar na história do pensamento católico. O seu trabalho parece-me capital, é uma Suma; a questão está por fim colocada em toda a sua amplitude, em todas as suas dimensões, com a ciência de um teólogo, de um historiador, e a apresentação de um advogado”.
Do Barão Meurice de Charrette (Paris, França)
“Minha convicção contra-revolucionária viu-se reforçada e iluminada por este magistral trabalho: apreciei especialmente a retidão de pensamento de Oliveira e a profundidade de sua fé católica”.
Do Revmo. Pe. Bernardo Pani, O. Cister (Itaporanga, Brasil)
“Li o famoso trabalho do consagrado escritor Plinio Corrêa de Oliveira, e posso dizer que é uma obra que cristaliza a ‘Civitas Dei’ de Santo Agostinho. Plinio é admirável no estilo, na forma, no saber e na objetividade”.
Da Imperatriz Zita (Zita de Bourbon-Parma Habsburgo, Imperatriz da Áustria)
“Já tinha ouvido falar deste livro, com grandes louvores, e por isso me pus a lê-lo com alegria”.
De Mr. John Steinbacher (no prefácio à primeira edição da Revolução e Contra-Revolução em inglês)
“Este livro é um catecismo da Contra-Revolução. A história registrou catecismos revolucionários no passado: Mein Kampf de Adolph Hitler, Das Kapital de Karl Marx e o catecismo revolucionário de Netchaev. Mas nunca houve um livro como este”.
De S. Excia. Revma. Dom Salvador Quesada (Bispo de Aguascalientes, México)
“Espero que a Cristandade receba grande bem com a dita obra, ao receber suas magníficas orientações”.
De S. Emcia. o Cardeal Thomas Tien, SVD (Arcebispo de Pequim)
“Tão belo livro, Revolução e Contra-Revolução. Nós que estamos aqui enfrentando um dos três inimigos, o comunismo, podemos devidamente analisar o valor do livro; e diga ao autor que eu lhe agradeço de coração por esse livro de tanta valia, ao qual, também de coração, dou minha bênção”.
Plínio Correa de Oliveira é controverso. De fato tinha um viés combativo. Porém, tinha alguns posicionamentos surpreendentes. Declarou que o que salva é a biografia do sujeito, e não o cumprimento dos Dez Mandamentos. A salvação vem da harmonia entre o sujeito e ” do eu que é mais do que eu”, que no caso é Deus (in Inocência Primeva. A Contemplação Sacral do Universo). Não gostei. A tese contraria a doutrina tradicional da Igreja Católica. Inovou a Revelação. Também não percebi grande elogio de Dom Burke ao Doutor Plínio. Somente respondeu de forma gentil e diplomática uma gentileza que recebeu.
Fedeli força esta compreensão que “a salvação não vem pelos Dez Mandamentos” para imputar a Dr. Plínio a gnose que ele via até em um rato-toupeira-pelado. O que Dr. Plínio disse – e não é tão difícil compreender ao ler o texto – é que o julgamento não é simplesmente um anjo na porta do céu com um check-list de seus pecados, mas sim como balanço da vida, a “biografia” da pessoa. Aí vem o Fedeli e diz que “Dr. Plínio mudou a concepção de salvação” e – como interpreta bem! – que assim o cumprimento dos dez mandamentos não interessa…
Não basta elogiar o dr. Plínio: isso é fácil. Melhor é tentarem refutar, se possível, suficiente e pormenorizadamente, as acusações a ele feitas pelo prof. Orlando e também por outros ex-tefepistas.
Sem dúvida, dr. Plínio tem méritos enormes a serem reconhecidos; mas isso não impede que tenha também as suas culpas, talvez até graves, – e é preciso distinguir aqueles destas, com verdadeira imparcialidade não-passional.
Penso que essa imparcialidade é o que tem faltado aos dois lados do debate: tanto aos que canonizam dr. Plínio, quanto aos que o demonizam. Um dia, por exemplo, eu ouvi um sr. da TFP afirmando solenemente que dr. Plínio “foi, sem dúvida, o maior homem da história”… E, por outro lado, um dia também questionei o prof. Orlando, pessoalmente, dizendo-lhe: “Mas, prof. e o que a tfp fez de bom, não deve ser levado em conta?” E ele me respondeu: “Mas e o que é que a tfp fez de bom? Eles nunca fizeram nada que fosse minimamente certo…”
Dos exageros passionais, livrai-nos Senhor!
Penso igual. Nem Dr. Plínio nem a TFP eram perfeitos. Sem dúvidas muitos membros são de tal modo entusiasmados com a personalidade do fundador que perderam as beiras. E talvez até o próprio Dr. Plínio tenha cometido erros graves neste quesito… Mas também fazer o que o Fedeli fez já é demais. Não dá. É uma obsessão, um ódio, uma arrogância que beira à histeria.
E com essa briguinha “MONTFORT versus TUDO E TODOS” a Tradição parece cada vez mais enfraquecida… E ridicularizada. “Veja como se odeiam”, devem dizer.
O problema da TFP é querer fazer do Dr. Plínio uma espécie de Santo Agostinho ou de um Santo Tomás dos nossos tempos. Ou ainda superior a eles. Revolução e Contra-Revolução seria incomparavelmente superior À Cidade de Deus e à Suma Teológica. Seria perda de tempo ler estas obras e não RCR. Esse fanatismo e endeusamento do Plínio acabam prejudicando a formação moral e intelectual dos plinianos. O problema do OF é querer destruí-los completamente e não ajudá-los a corrigir-se e melhorar.
Vejam como são os que atacam Dr. Plínio. No caso, o Watchman acima. Ele transcreve uma frase retirada totalmente do contexto e sem a menor explicação: “do eu que é mais do que eu”, que no caso é Deus…
Quem conviveu com Dr. Plinio por décadas, como é meu caso, ouviu dele inúmeras vezes o incentivo da obediência aos 10 mandamentos da Lei de Deus.
Por outro lado, quando um cardeal da Santa Igreja diz: “é sob tantos aspectos um modelo para nós nestes tempos difíceis na vida da Igreja!”, será apenas “gentileza e diplomacia”?
O muito bom texto do Robert acima, citando elogios de figuras tão proeminentes à obra de Dr. Plínio. Isso não diz nada ao Watchman?
Dr. Plínio, com seu apostolado, é quem está na origem das eventuais posições boas de muitos que hoje o caluniam ou caluniaram, por ex., o Prof. Orlando Fedeli. Aliás, fique bem claro que o Prof. Fedeli nunca treplicou as respostas dadas às suas primeiras calunias. E sem treplicar, ele e seus seguidores continuaram, entretanto, as campanhas de calunias e publicações no mesmo sentido. Não sei como ficam suas consciência com tantas detrações…
Não poderia terminar sem antes agradecer a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora por ter conhecido e convivido com Dr. Plínio. Considero isto como uma das maiores graças de minha vida. São 45 anos de comunhões diárias, devoção a Nossa Senhora, amor a Santa Igreja e luta pela causa católica. Isso tudo devo ao fato de ele ter impregnado na minha alma bons exemplos e bons conselhos.
Perfeito sr. Gabriel. Também convivi com Dr. Plínio, não tanto tempo assim, mas o pouco tempo que o tive como fundador de uma obra e pai espiritual (daqui a pouco vão dizer que é pai espiritual é apenas para ordem religiosa). Enfim, graças a sua correspondência e chamado de vocação, aprendi a amar verdadeiramente a Santa Igreja, o Papado, Nossa Senhora, respeitar o sublime, o sobrenatural, amar o próximo com uma verdadeira caridade. Infelizmente teremos os que o odeiam, caluniam e dizem maledicências. Sou contra os que o ofendem, mas rezo por suas almas. Não tenho ódio de ninguém aqui que falam mal do Dr. Plínio. É fácil dizer que o Dr. Plínio foi péssimo,(Luís Fernando), sobretudo para alguém que já faleceu e não pode se defender. Mas enquanto tiver alguém que o calunie, haverá sempre alguém que o defenda. Faço das minhas palavras a sua sr. Gabriel, “Não poderia terminar sem antes agradecer a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora por ter conhecido e convivido com Dr. Plínio. Considero isto como uma das maiores graças de minha vida. São 10 anos de comunhões diárias, devoção a Nossa Senhora, amor a Santa Igreja e luta pela causa católica. Isso tudo devo ao fato de ele ter impregnado na minha alma bons exemplos e bons conselhos.”
Alguns associam a TFP a assim chamada “Tradição Católica”.
Considero risível essa tese. Explico:
Moro em Belo Horizonte/MG.
Consta que nesta cidade a TFP está presente há várias décadas.
Até onde sei, e pouco não é, a TFP não conseguiu nem um Padre ou capela ou autorização para que a Missa Tridentina aqui fosse dita.
Ao contrário, amigos vários que foram alunos do Professor Orlando Fedeli fizeram, em bem poucos anos, muitíssimo pela Missa Tridentina aqui em Belo Horizonte: local fixo e padre para as celebrações dominicais.
Segundo o Sr. Zucchi, a TFP enganou o Cardeal… Vejam carta publicada hoje no site, em que ele afirma:
“A TFP agora consegue uma carta de apoio do Cardeal Burke citando favoravelmente a Plinio Correa. É muito triste. Quem conhece a turma do IPCO, sabe que a manobra é muito simples: assim como eles conseguiram enganar Dom Mayer por trinta anos, agora também enganam ao Cardeal Burke.”
Fica agora a pergunta: foié só a TFP que enganou o Cardeal Burke? E a Montfort – Zucchi?
Será que o Cardeal Burke (e também Dom Pozzo, Dom Odilo, et alii) sabem as reais posições da Montfort? Sabem os Cardeais que “o concílio Vaticano II é gnóstico”, que “é pecado assistir a missa nova”, e um sem fim de absurdos que defende a Montfort?
Talvez o Sr. Zucchi seja também escolado na simples manobra que a TFP usou para enganar Dom Mayer e o Cardeal Burke…
Exatamente. Sempre me admiro com a cara lavada da Montfort em acusar todos os seus inimigos (que nem dá para contar) de “enganarem a hierarquia”… Conseguiram a Missa Tradicional Brasil afora “jurando” serem parte de um Coetus Fidelium conforme o Motu Proprio, enquanto isso os membros mantém as posições mais cripto-lefebvristas possíveis, dizendo – inclusive em bom tom – que a Missa Nova é ilícita e protestantizante e que o Vaticano II é (no mínimo) suspeito de heresia
Não que eu esteja criticando o que dizem. Mas esse pessoal dizer essas coisas nas reuniões (secretas? Seita?!?!?!?!), e depois fazer carinha de anjo para ganhar o apreço da Hierarquia é MUITA HIPOCRISIA!!!
Para conhecimento de todos e principalmente para os da Montfort. Mais um aliado na campanha frenética contra a TFP. O aliado é de peso, e se assemelha muito com a persuasão do chefe da Montfort, o Sr. Zucchi. Vejam o vídeo e de sua opinião:
Aprecio o….equilibrio em materia de espiritualidade e de.tudo na vida!!!!! Exageros….não me agradam…geram em mim….desconfianças mil !!!
Nem TL,nem “bergoglismos”..nem OPUS DEI,LEGIONARIOS DE CRISTO,nem TFP.Desculpem-me mas é assim.
Amo e adoro JESUS…mas não aprecio certos grupinhos e certas “interpretaçoes” que são dadas ao Cristianismo…..Nossa..!
DEUS me livre de fanatismos de qualquer direcão:sejam de “esquerda”…de “direita”…ou de “centro”..de norte,de sul,de leste,de.oeste…
Amém.
O eminente Prof. Plinio Correa realmente faria singular diferença nesse momento de um vácuo na fé no Brasil e no mundo, a começar da falta de espírito profético de diversos do clero e até da alta hierarquia coniventes, acuados e silentes com o caos atual – ou nada percebendo de anormal… – como no que tange à situação atual de muitos países, hoje ex cristãos, pelo decréscimo da prática assumida do cristianismo, como o Brasil, praticamente imerso no marxismo e a hierarquia de modo geral mais se comportando como mera espectadora.
Temos escassos exemplos similares do Prof Plinio no clero, raros entre leigos, praticamente nomeáveis, pelo menos na net e, se estivesse presente, seria uma força de elite adicional de confrontação com os ideologistas que infestam nosso ambiente, como vírus pestilentos, inclusive se esforçando para implantar o revolucionarismo dentro da Igreja.
Entretanto, no seu tempo foi uma voz profética: denunciava destemido, até mesmo previa o que sucederia á frente se não se endireitassem os caminhos sob a fé; como não se tomaram a serio suas palavras, chegamos ao momento num verdadeiro impasse, em que o relativismo adentrou a maior parte das mentes, as quais mais se parecem repletas de estrume, daí, submetendo-se ao niilismo, redundando numa sociedade alienada numa encruzilhada, insegura para o porvir.
Um dos problemas da Montfort é a inveja. A Montfort não dispõe, por exemplo, da enormidade de adeptos e simpatizantes que a TFP e o IPCO alcançaram em todo o mundo! A Montfort não chega nem perto. Não é pouca coisa a obra das inúmeras TFP’s na Europa, nos USA, no Leste Europeu, etc. Se o saudoso Dr. Plinio fundasse algo tão perigoso e daninho como a Montfort tenta fazer transparecer, e tenta fazer convencer aos mais ignorantes, eu creio que Deus não permitiria que prosperasse tanto.
Igualmente, a Montfort se morde de inveja por não ter a qualidade e a enormidade de assinantes da excelente revista “Catolicismo”, elogiada e apreciada em todo o território nacional, e além fronteiras também. Taí uma ideia pra esse pessoal: editem uma revista que tenha, como um dos seus objetivos, atacar a TFP, e vamos ver quantos assinantes conseguirão.
Dá para dizer o mesmo sobre os Arautos do Evangelho, e a revista que eles publicam. Aliás, vejam a beleza do santuário católico que eles construíram em Caieiras!
Um aviso final aos membros da Montfort: dor de cotovelo tem cura.
“Briga de cachorro grande, vira lata não late”. Não sei se posso ajudar em alguma coisa nesta “briga” de Cardeal, Plínio, Orlando F…Eu conheci praticamente todos os mencionados cidadãos. Acompanhei e acompanho, esta luta da Santa Igreja no meio deste “calvário” que estamos atravessando. Ouvir muitas vezes conferências de Dr. Plínio, Orlando F… Procurei na medida do possível tirar sempre alguma coisa positiva de ambos. Estive muitas vezes em suas sedes, constatei um exagero muito grande de “endeusamento” da pessoa de Dr. Plínio, de sua mãe. Isto levou-me a colocar as minhas “barbas de molho”. Ué! Como pode, um ser humano, ser tão bajulado. Fui percebendo muitas coisas que não estavam conforme os ensinamentos da Santa Igreja. Orlando, conversei algumas vezes também. Gostava muito das sua aulas de história. Depois passei a conhecer a Fraternidade São Pio X. Vi, nela uma defesa relacionada somente em defender a Tradição da Igreja. Nós não podemos perder de vista, que os seres humanos são falíveis, eles erram, caem, levantam… Nossa segurança, está sedimentada na doutrina da Santa Igreja. Quando alguém está subordinada a Ela, devemos apoia-las, caso contrário; devemos banir da nossa vida.
Joelson Ribeiro Ramos.
Caros Srs. Gabriel, Robert e N. Oliveira. Em nenhum momento fiz crítica a Plínio Correa de Oliveira socorrendo-se das acusações de Orlando Fedeli. Sequer suscitei a gnose para acusar o ilustre presidente da TFP. Antes de apresentar a crítica cheguei a ressaltar sua combatividade. Aliás, aqui mesmo neste forum fiz críticas ao Sr. Orlando Fedeli. Apenas mencionei um posicionamento doutrinário frontalmente contrário à doutrina católica, e isso ESTÁ ESCRITO. Se não vejamos. Diz Plínio Correa de Oliveira, na obra mencionada:
“Por vezes vem-nos o pensamento de que a entrada do Céu será como se fosse um país completamente estranho, onde não conhecemos ninguém. Ficamos, no fundo, um tanto apavorados… E pode-se ter a impressão de que o julgamento NÃO TEM MUITA RELAÇÃO COM A NOSSA BIOGRAFIA, MAS COM UMA TABELA DE DEZ MANDADOS QUE DEVERIAM TER PRATICADO. Não nos parece que vamos rever uma pessoa muito conhecida, mas ter contato com um desconhecido que nunca esteve diante de nós.
A expressão “talis vita, finis ita” só se explica se considerarmos “vita” como o existir da pessoa, ou seja, como o conjunto de ANELOS e das ASPIRAÇÕES que teve, e das BATALHAS QUE TRAVOU… NA BIOGRAFIA DA PESSOA, ARQUITETONICAMENTE CONCEBIDA POR DEUS, HÁ UM PRIMEIRO IMPULSO, E TUDO QUE SEGUE É DISPOSTO PELA PROVIDÊNCIA NA COERÊNCIA DESSE PRIMEIRO IMPULSO, PARA DIRIGI-LO A DETERMINADA ORIENTAÇÃO.
ASSIM SENDO, TODA A EXISTÊNCIA DELE TEM UM SIGNIFICADO. ISTO DIFERE DA CONCEPÇÃO COMUM SOBRE O QUE SÃO O EXISTIR DE UM HOMEM, O JUÍZO FINAL E O JULGAMENTO DE DEUS. É ALGO COMPLETAMENTE DIVERSO. É belíssimo.
Eis a concepção lógica e, ao mesmo tempo, atraente, suave, coerente e exaltante.
Na hora da morte acaba o exílio, porque termina o lusco-fusco e se vai ter o grande encontro: O grande encontro com Aquele com “A” maiúsculo, NO LAR PATERNO DA ALMA, COM AQUELE QUE É MAIS EU QUE EU MESMO, e em cujo convívio vou passar a viver e a existir por toda a eternidade.”
Senhores. A Revelação foi muito precisa no que concerne à salvação. Além da fé precisamos praticar boas ações, e estas foram codificadas na Tábua de Moisés. É SIMPLES, assim. Precisamos seguir os Dez Mandamentos. Isto foi-nos dado pela Escritura e confirmado pela Tradição.
Surpreendentemente, porque sempre reputei o Doutor Plínio como militante, ele nos deu uma nova interpretação para a salvação. E porque nova? Porque ele mesmo fala que ele nos deu a novidade “ISTO DIFERE DA CONCEPÇÃO COMUM sobre o que são o existir de um homem, o juízo final, e O JULGAMENTO DE DEUS. É ALGO COMPLETAMENTE DIVERSO”. Portanto, patente que o Sr. Plínio inovou a Revelação.
Biografia para Plínio Correa de Oliveira não é a vida praticada de acordo com os Dez Mandamentos, mas como O CONJUNTO DE ANELOS E DAS ASPIRAÇÕES E DE BATALHAS QUE TRAVOU dirigidas graças ao primeiro impulso da Providência. Se a pessoa tem um conjunto de anelos, aspirações e batalhas consideráveis então está salva. Mas a Sagrada Escritura não fala nada disso. Diz, SEM RODEIOS, que a salvação advém do cumprimento dos Dez Mandamentos. Neste contexto é possível dizer que Churchill salvou-se porque tinha uma considerável biografia, destacadamente a sua intrépida batalha contra o nazismo.
Mas o mais grave é formar antagonismo entre a dita biografia e os Dez Mandamentos. Com efeito, o Doutor Plínio pretende destacar como principal conceito do julgamento a verificação da biografia, em detrimento do julgamento meramente pelos Dez Mandamentos, porque se considerarmos por essa última proposição vivemos sob UMA IMPRESSÃO (sic). Não existe este antagonismo, porque o único conceito conhecido são os Dez Mandamentos. Com razão o Doutor Plínio dizer que a tese é uma novidade. Pode ser bela (sic), mas não é a da Revelação.
Ademais, essa biografia que o ilustre pensador descreve é a consonância do sujeito com o eu mais eu e perfeito que existe, ou seja, Deus, que nos receberá finalmente em sua ALMA PATERNA (sic).
Por isso, meus caros, o que eu disse não tem nada de vazio, gratuito. Mas é baseado na doutrina católica, na mestra da verdade.
Em matéria de salvação não se deve ter teses que necessitam de interpretações humanas. Ou é, ou não é. Devemos ensinar esse conceito para aqueles que honestamente seguem o Catolicismo com a esperança da salvação? Esse negócio que o Doutor Plínio quis dizer que não existe um anjo no céu esperando pelo indivíduo nem sequer ele falou! Doutor Plínio falou, e foi bem claro. E está ESCRITO. Ficam dispensadas interpretações para justificar.
E nem preciso alongar-me em justificar minha assertiva sobre a inovação à Revelação, porque o próprio autor disse que sua tese era uma novidade, que diferia da concepção comum.
Caro Watchman, pode me dizer de onde vem essa obra? Dizer que Dr. Plínio é controverso não é uma crítica??? Me diz qual obra mencionada você pegou isso? As pessoas falam isso, aquilo, mas não citam obras, fontes ,etc. fica difícil de jeito. Outra coisa, Gostaria de saber se você é um teólogo e porque se deteve num ponto sem saber se há um texto antes e depois para completar sua elocução. Me mostre o texto , vou repetir o comentário acima , me mostre a fonte.
Caro Robert. A fonte já tinha citada no post do último dia 04. A citação é do livro Inocência Primeva. A Contemplação Sacral do Universo, de autoria de Plínio Correa de Oliveira, Ed. Artpress. Portanto, não é verdade que não tinha mencionado a fonte. Certas realidades católicas são tão claras que não necessitam de aprofundamento teológico. Basta o senso católico. Com base na Mãe e Mestra da Verdade é fácil concluir que a salvação dá-se com a fé e a prática de boas obras, estas com base nos Dez Mandamentos. Se houvesse complexidade neste ponto os homens alegariam ignorância para se salvarem. A Igreja nunca ensinou que a “biografia” salva, entendendo-se biografia, segundo a ótica do insigne pensador, aquilo que já externei em post anterior. Não há homem no mundo, por mais militante que seja, que possa inovar a Revelação. Plínio Correa de Oliveira foi mais transparente que o senhor. Ele explanou a teoria, e pronto. O senhor para me refutar não entra no cerne, e fica saltando nos galhos do acidental pedindo fontes, textos anteriores, textos posteriores (embora já tinha anteriormente mencionado a obra daquele autor), se sou teólogo. Se o senhor tem algum texto anterior ou posterior que desfaça o que disse o autor, então que apresente. Por enquanto, prevalece o que dito pelo Doutor Plínio, errado, é verdade, mas dito sombranceiramente sem pular de galhos em galhos do secundário. Aos demais frates, que entendem que os modernistas gostam da discórdia desse forum, tenho a dizer que o que eles não gostam SÃO DAS BALIZADAS CRÍTICAS que via de regra sofrem neste forum pelos apropriados artigos e pelos eruditos comentários. Todavia, não podemos enfocar o embate tradicionalistas x modernistas como um jogo de futebol, onde ficamos torcendo pela nossa vitória. A questão é mais séria e profunda. Se atacamos erros daquele lado a justiça manda que observemos nossos erros, pois a “verdade vos libertará”. Mais que qualquer homem, Nosso Senhor é o grande guia dos tradicionalistas. Neste forum já foi dito que grupos como o Sillon e Action Française fizeram muito na luta contra o revolucionário socialismo. Mas mesmo assim o Papado não se omitiu, e em nome da verdade condenou ambos movimentos. Se PCO errou nesta matéria não vejo porque colocar seu erro embaixo do tapete, e para disfarçar ao visitante, mesmo que modernista, calcar bem o pé para que o escondido não apareça. A questão não é de torcida, mas de verdade.
Boa tarde. Convivi no meio tradicionalista por pouco tempo, sendo aluno de Prof. Augusto Florestano, que talvez nenhum de vocês saiba quem é. O que percebia nessa época, e que parece ainda existir, é uma “protestantização” dos tradicionalistas católicos. Montfort diz A, FSSPX diz B, IPCO diz C sobre como enfrentar a crise modernista pós CV II. Ora, o inimigo do meu inimigo é meu amigo… Todas as organizações deveriam se unir pelo Bem Maior, que é a defesa da Fé, da Moral Cristã. Mas ao invés disso, se degladiam em fóruns, blogs, etc. Como foi dito acima em outro comentário, os modernistas, progressistas, etc. veem e riem dizendo “vejam como se odeiam”. Como dizia Dom Bosco “dai-me almas e ficai com o resto”. Quanto prejuízo essas picuinhas trazem à Fé Católica! Quantos jovens, que como eu, buscam viver a verdadeira catolicidade, se veem no fogo cruzado dessa briga e acabam esmorecendo… Peço a Nossa Senhora Auxiliadora que nos ajude a passar por essa tormenta e chegarmos sãos e salvos à Morada Eterna.
Recordo-me, em particular, um padre muito ligado à Montfort que foi chamado a pregar um retiro aqui na cidade. Era para ser uma “porta de entrada” à verdadeira tradição para muitos jovens, mas foi mais ataques, ataques, ataques… Ao papa, à TFP, à Administração Apostólica… Nem os bispos e cardeais mais conservadores escaparam. No fim, um dos jovens mais modernistas me disse: A prova que os tradicionalistas estão errados é que há muita divisão, e “um reino dividido contra si mesmo não resistirá”.
Engoli seco. Ele não estava completamente errado.
Penso, inclusive, que este é o grande triunfo do modernismo no meio Tradicional: A divisão dos Tradicionalistas, já que eu quase todo grupo se desvia o foco e se perde (muito) tempo ou com ataque aos outros grupos (Caso da Montfort e da FSSPX, por exemplo), ou com defesa de si próprio (Caso da Administração Apostólica e da TFP, por exemplo)
Enquanto isso, a auto-demolição vai virando auto-implosão, e os grupos modernistas arrebanham cada vez mais gente…
Muito bom Artur, conheci o professor Florestano como também vários alunos dele, o Janilson, Miguel, Fabiano, etc e outros mais. Penso como você, enquanto os “tradicionalistas ficam se digladiando, o modernismo leva almas para o inferno, rezemos caro Artur, siga adiante em tudo o que o Professor ensinou. Salve Maria!
É impressionante que em qualquer referência que se faça à TFP, seja aqui ou em qualquer outro site, vem logo uma turma comentando sobre as acusações do Orlando Fedeli. Quem lesse os comentários e não o artigo, jamais saberia dizer se o cardeal prefaciou o livro do Fedeli ou comentou sobre o professor Plinio Corrêa de Oliveira, por que os comentaristas não sabem se ater ao tema do artigo. Sempre é preciso descer para essa história tão velha e tão respondida.
Eu tenho certeza quase absoluta, que nenhum ou quase nenhum dos opinadores leu os livros escritos contestando as acusações apaixonadas do Fedeli.
Peço licença para sugerir ao leitor que tem o belo pseudônimo de Famulus Cor Mariae (Servo do Coração de Maria) que o corrija: Famulus Cordis Mariae. Cor, cordis, genitivo neutro da 3ª declinação.
No mais, meus parabéns. Que a Virgem o guarde em seu sagrado coração maternal.
Robert e Watchman
Não tinha a pretensão de intervir mais na discussão dado a falta de tempo para assuntos que exige pesquisa e reflexão. Com a ultima postagem do Robert me animei a colocar algumas observações rápidas.
Gostaria de registrar aqui dois parágrafos que o Watchman retirou do texto em que publicou do livro “A Inocência Primeva…”. Quando truncamos um texto, é preciso deixar claro, com pontilhados, por ex., que se está truncando. Textos fora do contexto é o que os protestantes fazem com as Sagradas Escrituras.
Vejam;
Trecho do livro na pag. 27.
“…para dirigi-lo a uma determinada orientação.
* Expressão consagrada da teologia católica: Tal como foi a vida, será o fim. Sentido: a eternidade será como tiver sid.o a vida
(texto retirado) É como se Nosso Senhor dissesse, a respeito dele: “Isto faço com bondade, com condescendência, com misericórdia, e no fim da vida ele vai ver isto de modo perfeito, inexcedível, o que vai atraí-lo a Mim”.
Assim sendo, toda…
( segundo texto retirado) O mesmo sucederá também em relação a Nossa Senhora, Medianeira entre Deus e os homens. O sorriso e a fisionomia d`Ela vão nos convidar a ver o aspecto de Deus que, desde o inicio de nossa vida, queria que víssemos”.
Queria também deixar claro que dizer que Dr. Plinio inovou a Revelação explicitando algo que pode estar, de maneira simples, no “senso comum” é colocar na boca de alguém o que ele não disse.
São Joao ao dizer que no fim de nossas vidas seremos julgados segundo o amor exclui com isto a obediência aos Dez Mandamentos da Lei de Deus? Para qualquer católico sincero isto quer dizer que viver este amor é obedecer estes Mandamentos.
Para não dizer que sou parcial, gostaria de cumprimentar o Watchman por manter a discussão em um clima doutrinário e não em ataques pessoais, o que é uma qualidade a destacar.
Gostaria de finalizar meu comentário onde aqui não me pronuncio mais a esse respeito. Acho em boa hora a colocação sua Gabriel N.S., talvez pelo cansaço do dia a dia e a falta de tempo não parei para colocar um ponto simples nessa questão como “São João da Cruz”, realmente citar um trecho qualquer e jogar ao vento, qualquer um pode interpretar ao seu livre exame. Precisamos de pressupostos também, quem conviveu com o Dr. Plínio haverá de colher outras reuniões que foram dadas antes e depois dessa colocação e explicitação que pode haver uma continuação desse tema onde Dr. Plínio nunca diz uma vez só. Ele sempre trata de suas teses várias vezes e sempre dentro a luz da DOUTRINA CATÓLICA. Caro watchman não posso respondê-lo por lá, peço licença ao Gabriel responder por aqui. Espero com isso debatermos de um modo católico e sensato. Salve Maria!
Em primeiro lugar gostaria de agradecer as palavras de Gabriel N. S. E mantendo o seu nível, peço licença para discordar.
Bem sabe o colega que os comentários dos posts não são sítios adequados para se estender em citações. Sei que os comentários não podem ser muito longos sob pena de serem lidos até a metade. Preocupado em enxugar o texto, que exige digressões, deixei de colocar os pontilhados. Contudo, eu me ative no essencial enquanto meus contentores ofereceram o acidental. Com efeito, o que favoreceu a tese de Plínio Correa de Oliveira, de que é a biografia que salva e não os Dez Mandamentos, dizer que ele também imaginou Nosso Senhor falando da condescendência, da bondade, que atrairá para Si aquele que será julgado, ou a tese que Nossa Senhora receberá o julgado com sorriso para fazer ver o aspecto que desde princípio queria que visse? Mesmo assim a tese continua errada porque as menções não desconsideram a biografia e nem resgatam os Dez Mandamentos. De outra feita, o outro trecho protestado sequer é do autor, mas uma nota do editor para definir a expressão “talis vita, finis ita”. Para o caso a menção do editor é absolutamente dispensável.
Infelizmente o Doutor Plínio errou. O antagonismo entre a biografia e os Dez Mandamentos não existe na Doutrina Católica. porque inexiste qualquer manifestação do Magistério a favor da biografia como guia da salvação. Somente a fé e as boas ações salvam. Esse é o ensinamento tradicional. Se é o ensinamento tradicional então o que defende PCO é novidade! O antagonismo é patente quando ele usa a conjunção “mas” entre a frase que defende a biografia e a outra frase a respeito dos mandamentos.
Diz ele que “… e pode-se ter a impressão de que o julgamento não tem muita relação com nossa biografia, MAS com uma tabela com os Dez Mandamentos que se deveriam ter praticado.”
Ora, a conjunção é adversativa, usada quando se quer ter uma idéia de oposição entre a frase anterior e a posterior. Logo, o autor apresentou uma oposição entre os Dez Mandamentos (segunda frase) e a biografia (primeira frase) ressaltando a biografia em detrimento dos Mandamentos.
O autor não se equivocou na aplicação da gramática, porque era sabidamente um homem letrado.
De outro lado, a definição de salvação não se dá por impressão (sic), mas por literal disposição do Magistério. Doutor Plínio pode ter tido essa impressão, mas a Tradição não.
De outra feita, não há como entender que a salvação dá-se pela biografia, entendida “como o conjunto de anelos, e das aspirações que teve, e das batalhas que travou”, como procura ver o autor. Com efeito, se entendermos que esse é o critério então aqueles que foram agraciados pela Providência com mais anelos, aspirações e batalhas, têm mais chances de salvação, desqualificando aqueles que tiveram uma biografia singela, desprovidos de substanciais anelos, aspirações e batalhas. Desta forma, a enjeitada tese esbarra na predestinação, tão querida de Lutero, o que de si já revela porque deve ser rejeitada. Vejam que não falo que o autor defendeu Lutero, o que destoa de seus reconhecidos ensinamentos, mas que ele empolgou-se com uma tese que esbarrou naquilo que o fundador do protestantismo usou em seu proselitismo.
Por fim, a tese do autor não me parece estar no “senso comum”, mas em uma explicitação daquele seu entendimento sobre a salvação. Não creio que ele, sabidamente erudito, iria explicitar o que o “senso comum” pontifica. Mas mesmo assim estaria errado, e não livraria o Doutor Plínio da condição de inovador da Revelação, porque se assim fosse estaria ele e o “senso comum” errados, porque a tese da salvação é dogma da Igreja Católica.
As acusações do Sr. Watchman contra Dr. Plinio carecem, no mínimo, das devidas matizações das quais a sã teologia é tão dependente.
A interpretação seca e precipitada feita pelo acusador – apesar do mesmo afirmar que não está interpretando – contra o texto discutido seria definitiva e não passível de contra argumentação: “Dr. Plinio errou”, diz o Sr. Watchman, ponto final!
Alguns exemplos das necessárias matizações podem ser tirados do processo de canonização de Sta. Terezinha do Menino Jesus. Escreve a famosa carmelita de Lisieux: “A fé e a esperança já não eram mais necessárias, fazendo-nos o amor encontrar sobre a terra Aquele que procuramos.”
Diria o método de interpretação do Sr. Watchman que Terezinha “errou” neste ponto, pois excluiu duas das três virtudes teologais indispensáveis para “salvação”. E “nem é necessário interpretar, ela mesma declara a exclusão das duas virtudes”!
Ora, não é o que pensa o Censor Teológico do processo de canonização que assim escreve: “Não é conforme a verdade, que a fé e a esperança não são necessárias enquanto peregrinamos rumo ao senhor, pois o amor de caridade, in via, embora nos una intimamente a Cristo e nos faça degustar de algum modo a presença dEle, sempre exige a fé, pela qual é regulado. As palavras da Serva de Deus podem ser retamente explicadas no sentido de que era tão ardente e suave seu amor para com Cristo, que não necessitava, como os demais mortais, recorrer aos motivos de fé e esperança, para permanecer fiel ao serviço de Deus”.
Há inúmeras outras passagens da Santa que poderiam ser “interpretadas” de maneira desfavorável, denotando pretensos erros contra a doutrina católica.
O mesmo se pode dizer do texto aparentemente controverso de Dr. Plinio. As palavras nele “podem ser retamente explicadas no sentido de que” diante da “biografia” de uma pessoa estão TAMBÉM incluídos os Dez Mandamentos. Pois na “biografia” se somam as “lutas que travou”, lutas essas que pressupõem o cumprimento dos Dez Mandamentos.
Quanto à aventada “inovação” de Dr. Plinio, também aqui a expressão “pode ser retamente explicada” no sentido de uma explicitação, por exemplo, para espíritos impregnados de certo calvinismo ou jansenismo. Para esses últimos, um postulado verdadeiro como “cumprir os Dez Mandamentos” é levado a tal ponto de exagero que todo o restante de preceitos, dogmas e costumes são deixados de lado.
Note-se que nossa tese é, portanto, de que a conclusão do Sr. Watchman é temerária, que toma por base apenas o trecho em tela, tirando daí um possível erro contra a fé.
Para se demonstrar, cabalmente, de que Dr. Plinio exclui dos Dez Mandamentos da salvação seria necessário, por honestidade intelectual, apresentar um corpo de doutrina do autor no mesmo sentido.
Os fatos e documentos revelam o contrário. Tomamos um exemplo. Plinio Corrêa de Oliveira escreveu em 1963 a obra Liberdade da Igreja no Regime Comunista. Neste estudo, Dr. Plinio levou a tal ponto as considerações do cumprimento dos Dez Mandamentos – especificamente o 7º e o 10º – que recebeu uma carta altamente elogiosa da Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades. Para essa Congregação, a dita obra de Dr. Plinio é um “eco fidelíssimo dos Documentos do supremo magistério da Igreja”.
Por fim, é preciso levar em consideração que o trecho é tirado da transcrição de conversas, como é explicado no prefácio do livro Inocência Primeva. E, portanto, imprecisões como uma CONJUNÇÃO ADVERSATIVA podem ocorrer: “…esses diálogos plinianos, não inteiramente ‘lapidados’ na forma – em razão de sua própria natureza – mas denso de luz em sua substância. Os que agora são aqui estampados, mesmo não tendo sido revistos por ele [Dr. Plinio] – portanto, não carreando sua plena responsabilidade intelectual – certamente surpreenderão a não poucos, por se tratar de um pensamento notavelmente claro, profundo e, em muitos pontos, novo e original”, pág. 18.
Além disso, ad argumentandum tantum, se se demonstrasse acertada a acusação do Sr. Watchman, ainda assim Dr. Plinio “se declarava disposto a renunciar prontamente a qualquer de suas teses, ‘desde que se distancie, ainda que de leve, do ensinamento da Santa Igreja, nossa Mãe, Arca da Salvação e Porta do Céu’”, pág. 16.
Mas tal demonstração de distanciamento – por definição – não cabe na seção de comentários de um site da internet.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que, a despeito da sua insistência, eu não interpretei nada. Eu somente apliquei o ensinamento tradicional da Igreja quanto à salvação. Quem interpretou a esse respeito foi o Senhor e o Doutor Plínio.
A sua refutação pode ser dividida em quatro tópicos diferentes, porém excludentes entre eles.
Primeiro o Senhor afirma que minha assertiva carece de matização. Depois a matização é posta de escanteio, e o Senhor afirma que na definição de biografia estão incluídos os Dez Mandamentos. Em terceiro o Senhor novamente olvida a matização para suscitar critério histórico, posto que o Doutor Plínio em obra de 1963 já destacava os Mandamentos de Deus. E finalmente já desconsidera por completo a matização porque suscita que pode ter ocorrido um erro de forma na transcrição das palavras do autor.
A despeito das variações, não me escuso de refutar.
Concluo, pelas suas palavras, que reputa que é verdade o que eu disse, pelo menos no essencial, porque se o que carece na minha alegação são matizes, ao se considerar essas como acessório da proposição, então segundo a sua ótica o que eu disse na parte essencial é verdade (os critérios da salvação são a fé e as boas ações). Teria errado em não atribuir ao essencial o aspecto acessório (as matizes).
Há de se cuidar na aplicação de matizes na teologia. Assim como no entardecer há matizes amareladas no céu revelando que ainda existe claridade da tarde, também há matizes de cinza anunciando a chegada da escuridão. Também na teologia nem sempre é conveniente a aplicação indiscriminada de matizes com o risco de fazer da claridade a escuridão do entendimento, pois a matização das ideias pode rapidamente fazer chegar ao relativismo. Por isso, é preciso uma âncora que evite que as ideias corram à deriva nas águas do exotismo. E essa âncora não é nenhum homem, mas é a Igreja Católica, depositária da Revelação.
Que matiz devemos aplicar na frase de Nosso Senhor “Eu sou Aquele que é”? É conveniente a aplicação de matiz quando Nosso Senhor ensinou que a linguagem deve ser sim, sim; não, não, e o que passar disso vem do maligno? E qual a matiz a ser aplicada nas Palavras de São Paulo alertando que se ele próprio ou um anjo pregasse um novo evangelho então que se desse anátema?
Ora, o mesmo deve ser dito em relação dos critérios da salvação. A interpretação extensiva, a ponto de se admitir matizes, não deve ser considerada em matéria teológica tão relevante como a da salvação, sob pena de perdas de almas. Afinal, no exame de consciência analisamos nossas violações aos Mandamentos ou ficamos questionando as matizes cabíveis? E me permita dizer que esse rigor não deve ser atribuído a jansenistas e calvinistas, porque sequer consideravam a confissão. O rigor é católico, com base no Magistério, e é bom que assim seja.
E neste sentido é inapropriada a citação de Santa Terezinha, que certamente desaprovaria a caça de matizes para justificar uma definição inusual de salvação. Ademais, as virtudes teologais são dons de Deus. Desta forma, nada impede que uma pessoa como Santa Terezinha possa estar tão consoante a Deus somente pelo amor dispensando as demais virtudes teologais, como bem disse o referido Censor. Não vejo nenhuma matiz neste aspecto.
Ademais, no tema em discussão as matizes foram sufocadas pela chancela do ensinamento do Magistério.
Ainda, a minha proposição (a respeito dos Dez Mandamentos) é elemento objetivo, que em uma discussão deve prevalecer sobre um elemento subjetivo (as matizes), que meu contendor procurar inverter dando prevalência ao subjetivismo.
Outrossim, em nenhum momento o Sr. Lighthouse trouxe qualquer matiz a respeito da salvação ensinada na teologia que dê guarida ao entendimento do Doutor Plínio. Porém, adianto-me a afirmar que a matéria somente permite uma exceção, que na verdade nem é matiz. É a misericórdia.
Falei que o Doutor Plínio tinha incluído um critério novo ao julgamento de Deus além dos Dez Mandamentos, ou seja, a biografia. O Sr. Lighthouse defendeu que não existe um elemento novo, que o autor incluiu os Dez Mandamentos na definição de biografia, que os preceitos dados por Moisés estavam incluídos na ideia de batalhas que mencionou Doutor Plínio. Mas se fosse assim a definição pliniana seria totalmente inútil, por que qual o valor de se dizer que diante da biografia também estão incluídos implicitamente os Dez Mandamentos? É obvio que Os Dez Mandamentos regram a VIDA, vale dizer, a biografia do indivíduo. O que há de novo e belo, segundo palavras de Doutor Plínio, nesta definição? Ele proferiria tal obviedade na presença de várias pessoas na reunião onde se colheram suas palavras?
Como entender as palavras de Doutor Plínio neste contexto de obviedade ao definir sua visão de julgamento divino quando diz “…isso difere da concepção sobre o que são o existir de um homem, o juízo final e o julgamento de Deus. É algo completamente diverso. E é lindíssimo”?
Não. Doutor Plínio não fez uma definição acaciana, que aliás não era seu costume. Ele atribuiu um novo critério ao julgamento de Deus, qual seja, a biografia, que concorre distintamente com os Dez Mandamentos. E pelo que publicado, apresentou um antagonismo entre esses critérios, em que atribuiu prevalência à biografia em detrimento aos Dez Mandamentos. Isto é fácil perceber, tanto que meu contendor protesta porque não faço atenuantes sob a varinha mágica cognominada “matizes”. E Doutor Plínio ainda disse que a sua definição era uma inovação, porque “…isso difere da concepção… É algo completamente diverso…” Portanto, não há obviedade que o Sr. Lighthouse procura dar.
Doutor Plínio errou. E diferentemente do que afirma o Sr. Lighthouse, a minha assertiva não se fechou à contra argumentação. A todos que não aceitaram meu posicionamento respeitosamente respondi.
E frente ao argumento que é preciso ver o contexto, dispenso-me de refutá-lo, de tão velho e batido. Se existe um contexto que me tragam.
Doutor Plínio errou. Errou como qualquer outra pessoa poderia errar, pois não está escrito que o justo peca sete vezes ao dia? É que o Sr. Lighthouse, fiel seguidor do Doutor Plínio, é partidário da tese (repleta de matizes) que o Doutor Plínio era inerrante, por isso protesta. Mas não há de se olvidar que até Santo Agostinho errou, tanto que no final da vida escreveu Retratações, obra do qual reconsiderava várias de suas ideias.
De outra feita, se houve algum engano na transcrição das palavras de Doutor Plínio, como na falada conjunção adversativa, então que os editores daquela obra façam a retificação na próxima edição.
Infelizmente, tivemos que nos estender aqui em demasia. Esta discussão já vai longe e os leitores interessados, se ainda os há, quererá ouvir algo além dos antigos argumentos. Apenas em parte, poderemos atendê-los em razão dos volteios do acusador.
O leitor que talvez ache enfadonha a resposta completa, poderá ir para o final: Resumo e Conclusão.
O Sr. Watchman parece ter lido mal a réplica – tréplica ou resposta à tréplica, tanto faz – ou se a leu bem, continua aplicando sua própria hermenêutica. Ele a dividiu em 4 partes. Seguimo-las…
PRIMEIRA PARTE. MATIZES CONTRA MATIZES E OBJETIVIDADE
Apesar de transparecer que não gosta de assuntos colaterais, o Sr. Watchman tergiversou. Tergiversou ao fazer uma carreata inglória de “matizações” contra as… “matizações” ou contra o perigo que as mesmas podem representar! Passamos ao largo, num primeiro momento, portanto, desta primeira parte da sua curiosa exegese autodestrutiva, apesar da necessidade de voltarmos a ela mais adiante.
Poderia nos poupar de discussões terminológicas. Enfim, com terminologias ou não, a contradição metodológica persiste.
De passagem, as considerações do Sr. Watchman sobre objetividade de conceitos, como os Dez Mandamentos, suscitam uma interessante polêmica. Elas nos fazem rememorar um velho estudo onde Viktor Cathrein magistralmente refutou as objeções de Bergbohm, quando este último se aventurou em considerações sobre Lei Natural e Mandamentos.
Trataremos disso em outra oportunidade, se ela houver.
SEGUNDA PARTE. INTERPRETAÇÕES E MATIZES
Demos um exemplo claro de como um texto de Sta. Terezinha, à primeira vista heterodoxo, PODE SER RETAMENTE EXPLICADO conforme o entendimento do seu Censor. Assim, o Censor simplesmente MATIZOU – apesar de o Sr. Watchman não ver nenhuma matiz – o que estava escrito do texto, dando-lhe um sentido favorável.
Daí outra contradição flagrante: num primeiro momento, o Sr. Watchman diz que colocamos a matização “para escanteio”. Depois diz que não vê matização no mesmo texto em que há “matização” feita pelo Censor!!! Se nós colocamos a matização para escanteio, por que tentar demonstrar que não vê matização?!
Dirá o Sr. Watchman que como ELE não vê matização, conclui-se que colocamos a matização para escanteio?! Será que o Sr. Watchman se arvora como o único Censor e OBSERVADOR criterioso e válido?
Talvez o Sr. Watchman escape do dilema trazendo ponderações terminológicas. O que significa matiz, quando ela se aplica ou não, matiz no conceito, matiz no método, etc. Quem sabe…
Ainda assim, o Sr. Watchman estará fazendo, mais uma vez, MATIZAÇÕES!
Mais adiante em nossa resposta, mostramos como as palavras de Dr. Plinio também PODEM SER RETAMENTE EXPLICADAS no sentido de que não há exclusão absoluta dos Mandamentos, pois eles estão evidentemente no contexto das lutas que a pessoa travou durante a vida.
De passagem… O epíteto ACACIANA à explicação só procede se se admitir a extrapolação feita pelo Sr. Watchman. O que sem mais negamos.
O Sr. Watchamm não tem obrigação de aceitar a expressão “PODEM SER RETAMENTE EXPLICADAS” no caso das palavras de Dr. Plinio. Como também não tem obrigação de aceita-la no caso do texto de Sta. Terezinha! O Sr. Watchman pode dizer à vontade: “A Santa errou e está acabado”.
Mas, curiosamente, não foi isso que o Sr. Watchman fez! Pois deu uma interpretação favorável a ela, MATIZANDO e EXPLICANDO o texto exatamente como o Censor fez!
Com relação à Sta. Terezinha, o Sr. Watchaman admite critério subjetivo: “…nada IMPEDE QUE UMA PESSOA COMO SANTA TEREZINHA POSSA ESTAR tão consoante a Deus somente pelo amor…”
Critério subjetivo (UMA PESSOA COMO SANTA TEREZINHA) admitido em oposição ao critério objetivo: virtudes teologais, dons de Deus.
Por que não admitir o mesmo critério para Dr. Plinio?
Escapará o Sr. Wachtman da contradição apenas afirmando que pelo fato de serem dons de Deus, as virtudes teologais não são objetivas?
Sim! Ele dirá, pois lhe convém agora como critério de análise.
Estranhos critérios do Sr. Watchman!
Eis um critério objetivo: a um texto aparentemente heterodoxo o Censor lhe dá uma explicação favorável. Com que fundamento? Analisando sistematicamente outros escritos da autora, no caso de Sta. Terezinha. É óbvio. O Censor teve que estudar todos os escritos e não se aferrou a um único texto isolado.
Diante do texto aparentemente heterodoxo de Dr. Plinio, porque não aplicar o mesmo critério? Qual seja, dar-lhe uma explicação favorável, tendo como base outros escritos do autor?
Não! Dirá o Sr. Watchman. A análise de outros escritos – ditos históricos – não vale!
Então, a análise de textos pretéritos de Sta. Terezinha também não vale, por históricos?!
As contradições ululam!
Pedimos que o Sr. Watchman use os seus mesmos estranhos critérios aplicados ao Dr. Plinio nos textos a seguir:
“Eu vos peço de me tirar a liberdade de Vos desagradar”.
Não é repreensível tal afirmação? Não será pedir algo contra a ordem da Providência Divina, que nos deu a liberdade para merecermos? Não serão conceitos objetivos a Providência Divina e a liberdade?
“Eu estava há muito pouco tempo em confissão (direção espiritual); eu jamais dizia uma palavra de meus sentimentos interiores; […] eu não necessitava de outro guia a não ser Jesus. Para mim, o bom Deus não se servia de intermediários, mas agia diretamente”.
Para o Sr. Watchman, a Comunhão dos Santos, um dos artigos do Credo, não será critério objetivo? Negar a direção espiritual não cheira a presunção?
“Se vossa justiça gosta de se descarregar, ela que não se estende senão sobre a terra etc”.
Será conforme à verdade que haja justiça só na terra? E o inferno? E o purgatório? Quem está para o Céu, não está também por justiça?
“Digo que se ama mais aquele a quem mais se perdoou, pode-se dizer o mesmo com mais razão quando Jesus perdoou antecipadamente os pecados”.
A locução estará defendendo a predestinação? Não será erro dizer que os pecados foram perdoados antes de serem cometidos?
Lembramos que conforme o método do acusador, devemos analisar os textos isolados, não se pode sistematiza-los com outros textos.
Seguindo os critérios do Sr. Watchman, o que diríamos dessas afirmações? 1ª Todas encerram em erros e ambiguidades? Ou: 2ª Poderíamos tentar dar uma EXPLICAÇÃO RETA a eles? Nesta explicação poderíamos usar de MATIZAÇÕES e ASPECTOS favoráveis?
A escolha da 1ª está conforme as pontificações do Sr. Watchman! Todas encerram em ERRO!
A 2ª opção é a que tomou o Censor de Sta. Terezinha. Os textos acima são todos dela aos quais o Censor deu uma interpretação benigna.
E não adianta o Sr. Watchman dizer que são “inapropriadas as citações”. Nós as utilizamos como teste do critério de análise do acusador, para um texto à primeira vista controverso.
Desta feita, o mesmo teste pode ser aplicado às palavras de Dr. Plinio.
TERCEIRA PARTE. CRITÉRIO HISTÓRICO.
O Sr. Watchman o deixa de lado, dizendo que tal critério é “olvidar a matização”.
Por que arguir critério histórico é esquecer a matização? Aliás, só por que uma obra foi escrita em 1963, ela não vale como critério documental para a análise de outra tese?
O Sr. Watchman esquivou-se de uma interpretação sistemática. Não é o que um Censor criterioso faria.
QUARTA PARTE. ERRO DE FORMA NA TRANSCRIÇÃO.
A interpretação benéfica aplicada pelo Censor à Sta. Terezinha é sobre um texto escrito.
Mais se poderia dizer sobre uma conversa! E este benefício é “de pronto” negado pelo Sr. Watchman a Dr. Plinio: anátema definitivo.
E nem há que falar aqui de uma admissão de nossa parte de que a assertiva redunda em erro. Apenas admitimos que uma interpretação malévola pode ser feita a partir das referidas palavras. Aí está o Sr. Watchman como prova.
Contra isso, de antemão, o Sr. Watchman deveria levar em consideração que: “…esses diálogos plinianos, não inteiramente ‘lapidados’ na forma – em razão de sua própria natureza […], mesmo não tendo sido revistos por ele [Dr. Plinio] – portanto, não carreando sua plena responsabilidade intelectual […].
O Sr. Watchman não quer admitir que, mesmo antes de atirar seus anátemas contra o texto discutido, ele poderia, desapaixonadamente, suscitar uma dúvida sobre como precisar melhor as palavras de Dr. Plinio.
Assim como qualquer um poderia trazer à baila uma precisão nas palavras de Sta. Terezinha, antes de condená-la.
O anatematizador Watchman não quis assim. Preferiu acusar, atacar e condenar sem possuir legitimidade e oportunidade para tanto.
Por fim, e tomando em consideração um MATIZ bem diverso de toda refrega, de fato é digna de elogio a comparação feita pelo Sr. Watchman entre Sto. Agostinho e Dr. Plinio.
A obra Revolução e Contra-Revolução foi comparada com justeza à Civitate Dei de Sto. Agostinho.
A Santa Igreja ainda poderá se pronunciar oficialmente sobre isso, num processo de análise legítimo e amplo dos escritos e palavras de Dr. Plinio, bem longe de acusações apaixonadas online.
Neste processo se terá como um dos critérios lapidares algo que o Sr. Watchman considera, apaixonadamente, como “atenuantes sob a varinha mágica cognominada “matizes’”. Bento XIV – segundo Aloísio Toeschi, Advogado no processo de Sta. Terezinha – coloca antes de tudo diante dos olhos daqueles que são designados para a revisão das obras dos Servos de Deus as regras ensinadas pelos sábios, as quais convém empregar na leitura das obras dos Padres ou Escritores. Dessas regras, a primeira é que seus ditos, na medida do possível, devem ser tomados in benigniorem partem (no sentido mais benigno) (Bento XIV, lib. II, Cap. 28, n. 8).
Seguidores de Dr. Plinio, nos orgulhamos de ser. E na certeza de que há realmente matizes no conceito de inerrância – ao menos neste ponto matizes são admitidas pelo acusador – lembramos que tal foi suscitado pelo Sr. O. Fedeli há décadas.
Esperamos que o Sr. Watchman não insista em cantilenas, como o Sr. O. Fedeli fez, repisando teses já cabalmente refutadas e nunca respondidas e revelando triste sectarismo.
RESUMO E CONCLUSÃO
O Sr. Watchman emprega critérios de análises diferentes quando lhe convém. No caso de Dr. Plinio, anátemas e pontificações sem rodeios para apontar pretensas heterodoxias. Em outros casos, benevolências e matizações para salvar a ortodoxia do texto, sob pena de ir de encontro a uma autoridade eclesiástica, isto é, o Censor de Sta. Terezinha.
Toda a estrutura dos argumentos do acusador claudica pela base. Traz enorme arrazoado contra as MATIZAÇÕES ou contra seus perigos. Mas ao mesmo tempo, em rigor de lógica, utiliza de MATIZAÇÕES para explicar seus critérios, conceitos de objetividade, subjetividade, interpretação extensiva, etc. Uma contradição que faz ruir seu edifício de argumentação como um castelo de cartas.
Apresenta o elemento objetivo dos Dez Mandamentos como critério de análise, num primeiro caso e, de outra feita, se apega a um critério subjetivo, negando o primeiro.
Não admite uma interpretação benéfica a um texto dito controverso, contrariando conselho do Papa Bento XIV em casos análogos.
Ilegitimamente e temerariamente pontifica, define e condena, mesmo tendo diante de si que o texto discutido pode não estar “inteiramente lapidado”, conforme advertência do prefácio do livro Inocência Primeva, o que evitaria interpretações malévolas.
Levanta o véu de um provável sectarismo e, portanto, parcialidade, mencionando o termo “inerrância”, que está no bojo de outra polêmica. Polêmica esta já encerrada há 3 décadas com dois grossos volumes escritos, chancelados por respeitados teólogos e não refutados.
Como é óbvio, toda a apreciação acima não é feita para convencer ao Sr. Watchman. Não temos ilusões sobre isso. Apenas ela é feita para o leitor consciencioso e imparcial perceber que os ataques e definições feitas pelo acusador são ilegítimos, temerários e faltos de bom-senso.
Pois é, caríssimos fratres, depois de ter de romper com o IBP por causa do convite ao De Mattei, com Dom Schneider por ele se hospedar na sede da TFP, a Montfort-Zucchi tem de romper agora com o Cardeal Burke:
http://www.montfort.org.br/sermao-do-cardeal-burke-missa-summorum-pontificum/
Mais um em pecado mortal, apesar de sua valente resistência no Sínodo das Famílias.
Alberto Zucchi está ao lado (como na fota publicada em seu site) de quem apoia Plínio Correa de Oliveira?
Será o Sr. Zucchi coerente com o que brada em suas reuniões?
Fará o Cardeal Burke parte da falsa direita, que o chefete não cessa de denunciar?
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Marcel,
Acredito que você, como eu, também tenha lido a surra que o Guilherme Chenta deu no Alberto e acho louvável sua tentativa de desmascarar a politicagem sem vergonha do Sr. Zucchi, porém não acredito que seu trabalho aqui nos comentários do Fratres tenha alguma eficácia, pois ele consegue levar os montfortianos no bico. Você está convencendo quem já está convencido, isto é, observadores que não estão com a cabeça enfiada no buraco da Montfort-Zucchi e que já perceberam o veneno das calúnias e difamações que brotam desse grupo.
Um abraço fraterno,
José Roberto
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Quantos pecados terá cometido o Cardeal Burke. O Chenta foi acusado de umas dezenas. Como o outro é Cardeal deve ter muito mais pecado com essa afirmação. Será que o Montfort diria ao Cardeal que era melhor ter ido a um cine etc. do que ter dito isso? Ou não?
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São dois (2) exemplos para os católicos: Dr. Plínio, uma vida devotada à Igreja e a Santíssima Virgem, da qual foi ” escravo” conforme os ensinamentos de São Luiz Maria Grignion de Montfort; Cardeal Burke, guerreiro atual, cruzado altaneiro nos tempos difíceis do pós-modernismo.
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Concordo plenamente.
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Resumo de “No país das maravilhas: a Gnose burlesca da TFP e dos Arautos do Evangelho”
http://www.montfort.org.br/resumo-de-no-pais-das-maravilhas-a-gnose-burlesca-da-tfp-e-dos-arautos-do-evangelho-2/
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Se até o papa pode errar, quanto mais o cardeal Burke. E errou feio. Plínio Correia de Oliveira foi péssimo. Além do estudo de Orlando Fedeli, tenho outra péssima referência dele por um padre que frequentou por muitos anos a TFP.
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Caro Luis , vc não conheceu e não conhece o Dr. Plinio. Já teve conversas com ele pessoalmente? Referências não servem ao seu infeliz comentário, se o papa pode errar, quanto mais o cardeal Burke, imagine as referências do sacerdote…
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E esses dois, fedeli e o tal padre, tb podem ter errado feio, ou “maquiado” o fato por pura conveniência. O outros erram feio e esses dois acertam… curiosa lógica.
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O cardeal Burke é um dos impávidos defensores da causa de Cristo, que, por sua vez, está presente na doutrina católica. Burke seria um grande Papa! Enquanto este grande cardeal luta arduamente pelo Magistério de Cristo e da Igreja, Bergoglio alia-se a empedernidos hereges como Boff, Baldisseri, Kasper, Marx e Christoph Schönborn, que é arcebispo de Viena. Schönborn, em 1963, entrou na Ordem dos Dominicanos, também chamada Ordem dos Pregadores, que é uma ordem religiosa católica que tem como missão “a pregação da palavra e mensagem de Jesus Cristo e a conversão ao cristianismo”. Infelizmente, hoje, Schönborn não prega a palavra de Cristo, pois se opõe, terminantemente, à sã doutrina católica. Uma vergonha para os Dominicanos, que se veem afrontados com este péssimo comportamento! Ademais, ele é um dos heréticos prelados modernistas austríacos que advogam que se deve dar a comunhão a divorciados recasados, favorecem a união homoafetiva, dentre outros atos absurdos.
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Doutor Plínio foi um grande servo da Igreja, defensor vitalício da Tradição dos Apóstolos, um dos maiores combatentes e denunciantes da infiltração modernista e comunista na Igreja, durante décadas.
Por isso, a TFP foi tão odiada pela esquerda, tanto a católica e quanto pela não-católica.
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Salve Maria !
Recomendo vivamente a todos a audição desta fala aqui do Dr. Plínio :
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Sei pouca coisa do Prof. Plínio. A única certeza que tenho, segundo testemunhos que ouvi, é que o legítimo tradicionalismo brasileiro, capitaneado pelo Prof. Plínio durante décadas, NUNCA foi nem jamais flertou com o fascismo. Isto é a “Direita” eclesiástica nacional sempre foi extremamente zelosa contra as pretensões dessa lepra, que é o fascismo, condenado pela Igreja sobretudo nos tempos de Pio XI. A constelação tradicionalista Europeia nem sempre parece muito atenta ao necessário cuidado higiênico de não se misturar a santa doutrina da Esposa de Cristo com as doutrinas racistas, imundas e demoníacas do fascismo.
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Salve Maria!
Inicio estas linhas informando que possuo amigos no IPCO, nos Arautos e na Montfort, pessoas de bem e bons católicos, mas, vamos ao que interessa…
Apesar das resistências que, pessoalmente, tenho contra o culto exagerado ao Dr. Plínio e sua mãe, D. Lucília, o que inclusive foi fartamente denunciado pelo Professor Orlando Fedeli, reconheço no IPCO o legítimo continuador da TFP. Eles são muito combativos e, sem sombra de dúvida, dignos herdeiros de um homem tão influente como o Dr. Plínio Correia de Oliveira o qual, digam o que disserem dele, lutou contra a implantação do Comunismo no Brasil e contra a Crise da Igreja que se acentuou após o CV II. Assim, quanto ao IPCO, só tenho elogios.
Por outro lado, lamento profundamete a falta de combatividade do ramo que se separou deles, os Arautos do Evangelho… perderam totalmente a combatividade contra o aborto e o “casamento” gay, não empreendem mais qualquer luta pela Missa Tradicional e, embora ainda mantenham uma lembrança perene do fundador e possuam alguns bons leigos e sacerdotes em suas fileiras, percebe-se que há anos estão “deitados eternamente em berço esplêndido”.
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Quem reconhece que – não sou muito de acompanhar esses assuntos – lutou muito contra o comunismo foi o Mons. Lefebvre, citado no livro do De Mattei (li uns trechos Vaticano II etc…) como tendo sido um dos responsáveis pelo Brasil não ter caído no comunismo. É preciso reconhecer o valor dessa grande figura, Plinio Correa de Oliveira, concorde ou não com a TFP ainda que fosse só esse fato. Eu penso assim.
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Agora o Excelentíssimo Cardeal vai direto para o inferno. risos
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Pelo texto e pela foto deduzo que foi aquele grupo de fiéis brasileiros sorridentes que presenteou o Cardeal com o livro sobre o Sr. Dr. Plínio. Não é isso?
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Deve ter presenteado, Sidney, afinal não perderiam a oportunidade. E, se o fizeram, será que receberam uma cartinha elogiosa ao autor, tal como o Cardeal enviou ao membro da TFP elogiando PCO?
Não?!?!?!
Xiiiiii……..
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Orgulho-me de ser discípulo de Dr. Plínio. Já li tudo o que o Fedeli escreveu, e já tive conversas com muitos Srs. da Montfort. Tem coisa que é verdade, exageros da parte de muitos antigos membros e mesmo atitudes criticáveis por parte da TFP e de seu fundador, mas tem muita coisa que ainda não sei se é desonestidade ou burrice dos que atacam.
Fico com S. Eminência… Dr. Plínio é um dos meus maiores modelos em militância católica. Sua perda foi irreparável.
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Dr. Plínio Correa de Oliveira teve grande mérito ao combater os primeiros sintomas da heresia modernista no Brasil (os desvios do movimento litúrgico e da Ação Católica) publicando o livro “Em defesa da Ação Católica”, que lhe custou uma cruel perseguição por parte da hierarquia. Foi condenado ao isolamento e ao ostracismo.
Como político católico fez um grande bem á Igreja na Constituinte de 1934. Ainda que seus detratores digam o contrário.
Foi um bom jornalista em matéria de política internacional durante a Segunda Guerra Mundial.
Mais tarde fundou a TFP, que passou a render-lhe culto, como que querendo mostrar aos bispos e à sociedade brasileira que aquele Plínio tão desprezado por eles tinha fundado uma grande entidade que se propagava pelo mundo afora à margem da hierarquia eclesiástica. Daí certa desconfiança dos plinianos em relação ao clero em geral.
Orlando Fedeli o acusou de ser gnóstico-romântico. Mas não procede tal acusação. OF queria demolir todos os pensadores católicos do século XIX e XX. Não via o ridículo de sua pretensão.
D. Sigaud que conhecia muito bem Correa de Oliveira nunca o acusou disso. D. Castro Mayer tampouco.
O que diz o Espírito Santo pela boca do apóstolo (Provai de todas as coisas e ficai com o que é bom), vale principalmente para os católicos da tradição do Brasil.
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Sobre uma de suas obras e também sobre sua pessoa: Revolução e Contra-Revolução.
O livro Revolução e Contra-Revolução é um best-seller internacional com 35 edições, que perfazem um total de 141.450 exemplares. Foi publicado em português, espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, bielorusso, romeno e polonês.
Ao longo dos anos, Plinio Corrêa de Oliveira recebeu inúmeras cartas elogiosas à sua obra-magna. Seguem alguns trechos.
Do Revmo. Pe. Cesar Dainese, S.J. (Superior de Residência dos Padres Jesuítas)
“Seu estudo é um riquíssimo índice analítico de uma monumental enciclopédia da Teologia da História, que a sua inteligência lúcida e perspicaz, a sua vasta cultura, os seus dotes literários e a sua segurança doutrinária, filosófica e teológica poderiam realizar. […] Teríamos então a edição atualizada, ampliada e completa da grandiosa obra de Santo Agostinho, ‘De Civitate Dei,’ para os homens de hoje”.
Do Conde de Neufbourg (Membro-correspondente do Instituto de França)
“Vossa excelente obra é muito bem escrita, e ainda melhor pensada. Foi com o maior interesse que li essas páginas proféticas de uma tão alta concepção da História”.
Do Prof. Hans Ludwig Lippmann (Da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da Universidade da Guanabara)
“O vigor do conteúdo, verdadeiro fortificante de nossa vida espiritual, […] manancial da autêntica doutrina e ação católica que, sem dúvida, despertará no mundo inteiro os encômios de todos os que querem, realmente, nos destroços da cultura contemporânea, construir a Cidade de Deus”.
Do Prof. Fernando Serrano (Da Faculdade de Direito de Madri)
“Terminei, felizmente, e reli uma segunda vez o magistral número de Catolicismo. Na minha modesta opinião, Revolução e Contra-Revolução tem toda a categoria de uma Encíclica”.
Do Prof. Lucas Nogueira Garcez (ex-Governador do Estado de São Paulo)
“Acabo de ler o magnífico estudo […]. Temos que admirar o idealismo, o vigor e o espírito verdadeiramente cristão que anima o grande pensador católico, dos maiores da terra americana”.
Do Conde René Regis de Coniac (Angers, França)
“Estou disposto a pensar que se trata de um monumento, que deveria ter lugar na história do pensamento católico. O seu trabalho parece-me capital, é uma Suma; a questão está por fim colocada em toda a sua amplitude, em todas as suas dimensões, com a ciência de um teólogo, de um historiador, e a apresentação de um advogado”.
Do Barão Meurice de Charrette (Paris, França)
“Minha convicção contra-revolucionária viu-se reforçada e iluminada por este magistral trabalho: apreciei especialmente a retidão de pensamento de Oliveira e a profundidade de sua fé católica”.
Do Revmo. Pe. Bernardo Pani, O. Cister (Itaporanga, Brasil)
“Li o famoso trabalho do consagrado escritor Plinio Corrêa de Oliveira, e posso dizer que é uma obra que cristaliza a ‘Civitas Dei’ de Santo Agostinho. Plinio é admirável no estilo, na forma, no saber e na objetividade”.
Da Imperatriz Zita (Zita de Bourbon-Parma Habsburgo, Imperatriz da Áustria)
“Já tinha ouvido falar deste livro, com grandes louvores, e por isso me pus a lê-lo com alegria”.
De Mr. John Steinbacher (no prefácio à primeira edição da Revolução e Contra-Revolução em inglês)
“Este livro é um catecismo da Contra-Revolução. A história registrou catecismos revolucionários no passado: Mein Kampf de Adolph Hitler, Das Kapital de Karl Marx e o catecismo revolucionário de Netchaev. Mas nunca houve um livro como este”.
De S. Excia. Revma. Dom Salvador Quesada (Bispo de Aguascalientes, México)
“Espero que a Cristandade receba grande bem com a dita obra, ao receber suas magníficas orientações”.
De S. Emcia. o Cardeal Thomas Tien, SVD (Arcebispo de Pequim)
“Tão belo livro, Revolução e Contra-Revolução. Nós que estamos aqui enfrentando um dos três inimigos, o comunismo, podemos devidamente analisar o valor do livro; e diga ao autor que eu lhe agradeço de coração por esse livro de tanta valia, ao qual, também de coração, dou minha bênção”.
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Plínio Correa de Oliveira é controverso. De fato tinha um viés combativo. Porém, tinha alguns posicionamentos surpreendentes. Declarou que o que salva é a biografia do sujeito, e não o cumprimento dos Dez Mandamentos. A salvação vem da harmonia entre o sujeito e ” do eu que é mais do que eu”, que no caso é Deus (in Inocência Primeva. A Contemplação Sacral do Universo). Não gostei. A tese contraria a doutrina tradicional da Igreja Católica. Inovou a Revelação. Também não percebi grande elogio de Dom Burke ao Doutor Plínio. Somente respondeu de forma gentil e diplomática uma gentileza que recebeu.
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Fedeli força esta compreensão que “a salvação não vem pelos Dez Mandamentos” para imputar a Dr. Plínio a gnose que ele via até em um rato-toupeira-pelado. O que Dr. Plínio disse – e não é tão difícil compreender ao ler o texto – é que o julgamento não é simplesmente um anjo na porta do céu com um check-list de seus pecados, mas sim como balanço da vida, a “biografia” da pessoa. Aí vem o Fedeli e diz que “Dr. Plínio mudou a concepção de salvação” e – como interpreta bem! – que assim o cumprimento dos dez mandamentos não interessa…
Diga lá: É burrice ou desonestidade?
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Me mostre essa declaração e a fonte por gentileza.
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Não basta elogiar o dr. Plínio: isso é fácil. Melhor é tentarem refutar, se possível, suficiente e pormenorizadamente, as acusações a ele feitas pelo prof. Orlando e também por outros ex-tefepistas.
Sem dúvida, dr. Plínio tem méritos enormes a serem reconhecidos; mas isso não impede que tenha também as suas culpas, talvez até graves, – e é preciso distinguir aqueles destas, com verdadeira imparcialidade não-passional.
Penso que essa imparcialidade é o que tem faltado aos dois lados do debate: tanto aos que canonizam dr. Plínio, quanto aos que o demonizam. Um dia, por exemplo, eu ouvi um sr. da TFP afirmando solenemente que dr. Plínio “foi, sem dúvida, o maior homem da história”… E, por outro lado, um dia também questionei o prof. Orlando, pessoalmente, dizendo-lhe: “Mas, prof. e o que a tfp fez de bom, não deve ser levado em conta?” E ele me respondeu: “Mas e o que é que a tfp fez de bom? Eles nunca fizeram nada que fosse minimamente certo…”
Dos exageros passionais, livrai-nos Senhor!
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Penso igual. Nem Dr. Plínio nem a TFP eram perfeitos. Sem dúvidas muitos membros são de tal modo entusiasmados com a personalidade do fundador que perderam as beiras. E talvez até o próprio Dr. Plínio tenha cometido erros graves neste quesito… Mas também fazer o que o Fedeli fez já é demais. Não dá. É uma obsessão, um ódio, uma arrogância que beira à histeria.
E com essa briguinha “MONTFORT versus TUDO E TODOS” a Tradição parece cada vez mais enfraquecida… E ridicularizada. “Veja como se odeiam”, devem dizer.
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O problema da TFP é querer fazer do Dr. Plínio uma espécie de Santo Agostinho ou de um Santo Tomás dos nossos tempos. Ou ainda superior a eles. Revolução e Contra-Revolução seria incomparavelmente superior À Cidade de Deus e à Suma Teológica. Seria perda de tempo ler estas obras e não RCR. Esse fanatismo e endeusamento do Plínio acabam prejudicando a formação moral e intelectual dos plinianos. O problema do OF é querer destruí-los completamente e não ajudá-los a corrigir-se e melhorar.
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Vejam como são os que atacam Dr. Plínio. No caso, o Watchman acima. Ele transcreve uma frase retirada totalmente do contexto e sem a menor explicação: “do eu que é mais do que eu”, que no caso é Deus…
Quem conviveu com Dr. Plinio por décadas, como é meu caso, ouviu dele inúmeras vezes o incentivo da obediência aos 10 mandamentos da Lei de Deus.
Por outro lado, quando um cardeal da Santa Igreja diz: “é sob tantos aspectos um modelo para nós nestes tempos difíceis na vida da Igreja!”, será apenas “gentileza e diplomacia”?
O muito bom texto do Robert acima, citando elogios de figuras tão proeminentes à obra de Dr. Plínio. Isso não diz nada ao Watchman?
Dr. Plínio, com seu apostolado, é quem está na origem das eventuais posições boas de muitos que hoje o caluniam ou caluniaram, por ex., o Prof. Orlando Fedeli. Aliás, fique bem claro que o Prof. Fedeli nunca treplicou as respostas dadas às suas primeiras calunias. E sem treplicar, ele e seus seguidores continuaram, entretanto, as campanhas de calunias e publicações no mesmo sentido. Não sei como ficam suas consciência com tantas detrações…
Não poderia terminar sem antes agradecer a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora por ter conhecido e convivido com Dr. Plínio. Considero isto como uma das maiores graças de minha vida. São 45 anos de comunhões diárias, devoção a Nossa Senhora, amor a Santa Igreja e luta pela causa católica. Isso tudo devo ao fato de ele ter impregnado na minha alma bons exemplos e bons conselhos.
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Perfeito sr. Gabriel. Também convivi com Dr. Plínio, não tanto tempo assim, mas o pouco tempo que o tive como fundador de uma obra e pai espiritual (daqui a pouco vão dizer que é pai espiritual é apenas para ordem religiosa). Enfim, graças a sua correspondência e chamado de vocação, aprendi a amar verdadeiramente a Santa Igreja, o Papado, Nossa Senhora, respeitar o sublime, o sobrenatural, amar o próximo com uma verdadeira caridade. Infelizmente teremos os que o odeiam, caluniam e dizem maledicências. Sou contra os que o ofendem, mas rezo por suas almas. Não tenho ódio de ninguém aqui que falam mal do Dr. Plínio. É fácil dizer que o Dr. Plínio foi péssimo,(Luís Fernando), sobretudo para alguém que já faleceu e não pode se defender. Mas enquanto tiver alguém que o calunie, haverá sempre alguém que o defenda. Faço das minhas palavras a sua sr. Gabriel, “Não poderia terminar sem antes agradecer a Deus Nosso Senhor e a Nossa Senhora por ter conhecido e convivido com Dr. Plínio. Considero isto como uma das maiores graças de minha vida. São 10 anos de comunhões diárias, devoção a Nossa Senhora, amor a Santa Igreja e luta pela causa católica. Isso tudo devo ao fato de ele ter impregnado na minha alma bons exemplos e bons conselhos.”
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Caros Fratres,
Salve Maria!
Alguns associam a TFP a assim chamada “Tradição Católica”.
Considero risível essa tese. Explico:
Moro em Belo Horizonte/MG.
Consta que nesta cidade a TFP está presente há várias décadas.
Até onde sei, e pouco não é, a TFP não conseguiu nem um Padre ou capela ou autorização para que a Missa Tridentina aqui fosse dita.
Ao contrário, amigos vários que foram alunos do Professor Orlando Fedeli fizeram, em bem poucos anos, muitíssimo pela Missa Tridentina aqui em Belo Horizonte: local fixo e padre para as celebrações dominicais.
Os fatos (os frutos) falam por si.
Salve Maria!
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Segundo o Sr. Zucchi, a TFP enganou o Cardeal… Vejam carta publicada hoje no site, em que ele afirma:
“A TFP agora consegue uma carta de apoio do Cardeal Burke citando favoravelmente a Plinio Correa. É muito triste. Quem conhece a turma do IPCO, sabe que a manobra é muito simples: assim como eles conseguiram enganar Dom Mayer por trinta anos, agora também enganam ao Cardeal Burke.”
Fica agora a pergunta: foié só a TFP que enganou o Cardeal Burke? E a Montfort – Zucchi?
Será que o Cardeal Burke (e também Dom Pozzo, Dom Odilo, et alii) sabem as reais posições da Montfort? Sabem os Cardeais que “o concílio Vaticano II é gnóstico”, que “é pecado assistir a missa nova”, e um sem fim de absurdos que defende a Montfort?
Talvez o Sr. Zucchi seja também escolado na simples manobra que a TFP usou para enganar Dom Mayer e o Cardeal Burke…
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Muito bem observado, Laura!
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Exatamente. Sempre me admiro com a cara lavada da Montfort em acusar todos os seus inimigos (que nem dá para contar) de “enganarem a hierarquia”… Conseguiram a Missa Tradicional Brasil afora “jurando” serem parte de um Coetus Fidelium conforme o Motu Proprio, enquanto isso os membros mantém as posições mais cripto-lefebvristas possíveis, dizendo – inclusive em bom tom – que a Missa Nova é ilícita e protestantizante e que o Vaticano II é (no mínimo) suspeito de heresia
Não que eu esteja criticando o que dizem. Mas esse pessoal dizer essas coisas nas reuniões (secretas? Seita?!?!?!?!), e depois fazer carinha de anjo para ganhar o apreço da Hierarquia é MUITA HIPOCRISIA!!!
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Me mostre a manobra da TFP em documentos para enganar Dom Mayer e o Cardeal Burke, ou fatos ou teses que me ajudariam a entender isso. Por gentileza.
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Para conhecimento de todos e principalmente para os da Montfort. Mais um aliado na campanha frenética contra a TFP. O aliado é de peso, e se assemelha muito com a persuasão do chefe da Montfort, o Sr. Zucchi. Vejam o vídeo e de sua opinião:
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Aprecio o….equilibrio em materia de espiritualidade e de.tudo na vida!!!!! Exageros….não me agradam…geram em mim….desconfianças mil !!!
Nem TL,nem “bergoglismos”..nem OPUS DEI,LEGIONARIOS DE CRISTO,nem TFP.Desculpem-me mas é assim.
Amo e adoro JESUS…mas não aprecio certos grupinhos e certas “interpretaçoes” que são dadas ao Cristianismo…..Nossa..!
DEUS me livre de fanatismos de qualquer direcão:sejam de “esquerda”…de “direita”…ou de “centro”..de norte,de sul,de leste,de.oeste…
Amém.
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O eminente Prof. Plinio Correa realmente faria singular diferença nesse momento de um vácuo na fé no Brasil e no mundo, a começar da falta de espírito profético de diversos do clero e até da alta hierarquia coniventes, acuados e silentes com o caos atual – ou nada percebendo de anormal… – como no que tange à situação atual de muitos países, hoje ex cristãos, pelo decréscimo da prática assumida do cristianismo, como o Brasil, praticamente imerso no marxismo e a hierarquia de modo geral mais se comportando como mera espectadora.
Temos escassos exemplos similares do Prof Plinio no clero, raros entre leigos, praticamente nomeáveis, pelo menos na net e, se estivesse presente, seria uma força de elite adicional de confrontação com os ideologistas que infestam nosso ambiente, como vírus pestilentos, inclusive se esforçando para implantar o revolucionarismo dentro da Igreja.
Entretanto, no seu tempo foi uma voz profética: denunciava destemido, até mesmo previa o que sucederia á frente se não se endireitassem os caminhos sob a fé; como não se tomaram a serio suas palavras, chegamos ao momento num verdadeiro impasse, em que o relativismo adentrou a maior parte das mentes, as quais mais se parecem repletas de estrume, daí, submetendo-se ao niilismo, redundando numa sociedade alienada numa encruzilhada, insegura para o porvir.
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Um dos problemas da Montfort é a inveja. A Montfort não dispõe, por exemplo, da enormidade de adeptos e simpatizantes que a TFP e o IPCO alcançaram em todo o mundo! A Montfort não chega nem perto. Não é pouca coisa a obra das inúmeras TFP’s na Europa, nos USA, no Leste Europeu, etc. Se o saudoso Dr. Plinio fundasse algo tão perigoso e daninho como a Montfort tenta fazer transparecer, e tenta fazer convencer aos mais ignorantes, eu creio que Deus não permitiria que prosperasse tanto.
Igualmente, a Montfort se morde de inveja por não ter a qualidade e a enormidade de assinantes da excelente revista “Catolicismo”, elogiada e apreciada em todo o território nacional, e além fronteiras também. Taí uma ideia pra esse pessoal: editem uma revista que tenha, como um dos seus objetivos, atacar a TFP, e vamos ver quantos assinantes conseguirão.
Dá para dizer o mesmo sobre os Arautos do Evangelho, e a revista que eles publicam. Aliás, vejam a beleza do santuário católico que eles construíram em Caieiras!
Um aviso final aos membros da Montfort: dor de cotovelo tem cura.
Luiz
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“Briga de cachorro grande, vira lata não late”. Não sei se posso ajudar em alguma coisa nesta “briga” de Cardeal, Plínio, Orlando F…Eu conheci praticamente todos os mencionados cidadãos. Acompanhei e acompanho, esta luta da Santa Igreja no meio deste “calvário” que estamos atravessando. Ouvir muitas vezes conferências de Dr. Plínio, Orlando F… Procurei na medida do possível tirar sempre alguma coisa positiva de ambos. Estive muitas vezes em suas sedes, constatei um exagero muito grande de “endeusamento” da pessoa de Dr. Plínio, de sua mãe. Isto levou-me a colocar as minhas “barbas de molho”. Ué! Como pode, um ser humano, ser tão bajulado. Fui percebendo muitas coisas que não estavam conforme os ensinamentos da Santa Igreja. Orlando, conversei algumas vezes também. Gostava muito das sua aulas de história. Depois passei a conhecer a Fraternidade São Pio X. Vi, nela uma defesa relacionada somente em defender a Tradição da Igreja. Nós não podemos perder de vista, que os seres humanos são falíveis, eles erram, caem, levantam… Nossa segurança, está sedimentada na doutrina da Santa Igreja. Quando alguém está subordinada a Ela, devemos apoia-las, caso contrário; devemos banir da nossa vida.
Joelson Ribeiro Ramos.
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Caros Srs. Gabriel, Robert e N. Oliveira. Em nenhum momento fiz crítica a Plínio Correa de Oliveira socorrendo-se das acusações de Orlando Fedeli. Sequer suscitei a gnose para acusar o ilustre presidente da TFP. Antes de apresentar a crítica cheguei a ressaltar sua combatividade. Aliás, aqui mesmo neste forum fiz críticas ao Sr. Orlando Fedeli. Apenas mencionei um posicionamento doutrinário frontalmente contrário à doutrina católica, e isso ESTÁ ESCRITO. Se não vejamos. Diz Plínio Correa de Oliveira, na obra mencionada:
“Por vezes vem-nos o pensamento de que a entrada do Céu será como se fosse um país completamente estranho, onde não conhecemos ninguém. Ficamos, no fundo, um tanto apavorados… E pode-se ter a impressão de que o julgamento NÃO TEM MUITA RELAÇÃO COM A NOSSA BIOGRAFIA, MAS COM UMA TABELA DE DEZ MANDADOS QUE DEVERIAM TER PRATICADO. Não nos parece que vamos rever uma pessoa muito conhecida, mas ter contato com um desconhecido que nunca esteve diante de nós.
A expressão “talis vita, finis ita” só se explica se considerarmos “vita” como o existir da pessoa, ou seja, como o conjunto de ANELOS e das ASPIRAÇÕES que teve, e das BATALHAS QUE TRAVOU… NA BIOGRAFIA DA PESSOA, ARQUITETONICAMENTE CONCEBIDA POR DEUS, HÁ UM PRIMEIRO IMPULSO, E TUDO QUE SEGUE É DISPOSTO PELA PROVIDÊNCIA NA COERÊNCIA DESSE PRIMEIRO IMPULSO, PARA DIRIGI-LO A DETERMINADA ORIENTAÇÃO.
ASSIM SENDO, TODA A EXISTÊNCIA DELE TEM UM SIGNIFICADO. ISTO DIFERE DA CONCEPÇÃO COMUM SOBRE O QUE SÃO O EXISTIR DE UM HOMEM, O JUÍZO FINAL E O JULGAMENTO DE DEUS. É ALGO COMPLETAMENTE DIVERSO. É belíssimo.
Eis a concepção lógica e, ao mesmo tempo, atraente, suave, coerente e exaltante.
Na hora da morte acaba o exílio, porque termina o lusco-fusco e se vai ter o grande encontro: O grande encontro com Aquele com “A” maiúsculo, NO LAR PATERNO DA ALMA, COM AQUELE QUE É MAIS EU QUE EU MESMO, e em cujo convívio vou passar a viver e a existir por toda a eternidade.”
Senhores. A Revelação foi muito precisa no que concerne à salvação. Além da fé precisamos praticar boas ações, e estas foram codificadas na Tábua de Moisés. É SIMPLES, assim. Precisamos seguir os Dez Mandamentos. Isto foi-nos dado pela Escritura e confirmado pela Tradição.
Surpreendentemente, porque sempre reputei o Doutor Plínio como militante, ele nos deu uma nova interpretação para a salvação. E porque nova? Porque ele mesmo fala que ele nos deu a novidade “ISTO DIFERE DA CONCEPÇÃO COMUM sobre o que são o existir de um homem, o juízo final, e O JULGAMENTO DE DEUS. É ALGO COMPLETAMENTE DIVERSO”. Portanto, patente que o Sr. Plínio inovou a Revelação.
Biografia para Plínio Correa de Oliveira não é a vida praticada de acordo com os Dez Mandamentos, mas como O CONJUNTO DE ANELOS E DAS ASPIRAÇÕES E DE BATALHAS QUE TRAVOU dirigidas graças ao primeiro impulso da Providência. Se a pessoa tem um conjunto de anelos, aspirações e batalhas consideráveis então está salva. Mas a Sagrada Escritura não fala nada disso. Diz, SEM RODEIOS, que a salvação advém do cumprimento dos Dez Mandamentos. Neste contexto é possível dizer que Churchill salvou-se porque tinha uma considerável biografia, destacadamente a sua intrépida batalha contra o nazismo.
Mas o mais grave é formar antagonismo entre a dita biografia e os Dez Mandamentos. Com efeito, o Doutor Plínio pretende destacar como principal conceito do julgamento a verificação da biografia, em detrimento do julgamento meramente pelos Dez Mandamentos, porque se considerarmos por essa última proposição vivemos sob UMA IMPRESSÃO (sic). Não existe este antagonismo, porque o único conceito conhecido são os Dez Mandamentos. Com razão o Doutor Plínio dizer que a tese é uma novidade. Pode ser bela (sic), mas não é a da Revelação.
Ademais, essa biografia que o ilustre pensador descreve é a consonância do sujeito com o eu mais eu e perfeito que existe, ou seja, Deus, que nos receberá finalmente em sua ALMA PATERNA (sic).
Por isso, meus caros, o que eu disse não tem nada de vazio, gratuito. Mas é baseado na doutrina católica, na mestra da verdade.
Em matéria de salvação não se deve ter teses que necessitam de interpretações humanas. Ou é, ou não é. Devemos ensinar esse conceito para aqueles que honestamente seguem o Catolicismo com a esperança da salvação? Esse negócio que o Doutor Plínio quis dizer que não existe um anjo no céu esperando pelo indivíduo nem sequer ele falou! Doutor Plínio falou, e foi bem claro. E está ESCRITO. Ficam dispensadas interpretações para justificar.
E nem preciso alongar-me em justificar minha assertiva sobre a inovação à Revelação, porque o próprio autor disse que sua tese era uma novidade, que diferia da concepção comum.
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Caro Watchman, pode me dizer de onde vem essa obra? Dizer que Dr. Plínio é controverso não é uma crítica??? Me diz qual obra mencionada você pegou isso? As pessoas falam isso, aquilo, mas não citam obras, fontes ,etc. fica difícil de jeito. Outra coisa, Gostaria de saber se você é um teólogo e porque se deteve num ponto sem saber se há um texto antes e depois para completar sua elocução. Me mostre o texto , vou repetir o comentário acima , me mostre a fonte.
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Caro Robert. A fonte já tinha citada no post do último dia 04. A citação é do livro Inocência Primeva. A Contemplação Sacral do Universo, de autoria de Plínio Correa de Oliveira, Ed. Artpress. Portanto, não é verdade que não tinha mencionado a fonte. Certas realidades católicas são tão claras que não necessitam de aprofundamento teológico. Basta o senso católico. Com base na Mãe e Mestra da Verdade é fácil concluir que a salvação dá-se com a fé e a prática de boas obras, estas com base nos Dez Mandamentos. Se houvesse complexidade neste ponto os homens alegariam ignorância para se salvarem. A Igreja nunca ensinou que a “biografia” salva, entendendo-se biografia, segundo a ótica do insigne pensador, aquilo que já externei em post anterior. Não há homem no mundo, por mais militante que seja, que possa inovar a Revelação. Plínio Correa de Oliveira foi mais transparente que o senhor. Ele explanou a teoria, e pronto. O senhor para me refutar não entra no cerne, e fica saltando nos galhos do acidental pedindo fontes, textos anteriores, textos posteriores (embora já tinha anteriormente mencionado a obra daquele autor), se sou teólogo. Se o senhor tem algum texto anterior ou posterior que desfaça o que disse o autor, então que apresente. Por enquanto, prevalece o que dito pelo Doutor Plínio, errado, é verdade, mas dito sombranceiramente sem pular de galhos em galhos do secundário. Aos demais frates, que entendem que os modernistas gostam da discórdia desse forum, tenho a dizer que o que eles não gostam SÃO DAS BALIZADAS CRÍTICAS que via de regra sofrem neste forum pelos apropriados artigos e pelos eruditos comentários. Todavia, não podemos enfocar o embate tradicionalistas x modernistas como um jogo de futebol, onde ficamos torcendo pela nossa vitória. A questão é mais séria e profunda. Se atacamos erros daquele lado a justiça manda que observemos nossos erros, pois a “verdade vos libertará”. Mais que qualquer homem, Nosso Senhor é o grande guia dos tradicionalistas. Neste forum já foi dito que grupos como o Sillon e Action Française fizeram muito na luta contra o revolucionário socialismo. Mas mesmo assim o Papado não se omitiu, e em nome da verdade condenou ambos movimentos. Se PCO errou nesta matéria não vejo porque colocar seu erro embaixo do tapete, e para disfarçar ao visitante, mesmo que modernista, calcar bem o pé para que o escondido não apareça. A questão não é de torcida, mas de verdade.
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Boa tarde. Convivi no meio tradicionalista por pouco tempo, sendo aluno de Prof. Augusto Florestano, que talvez nenhum de vocês saiba quem é. O que percebia nessa época, e que parece ainda existir, é uma “protestantização” dos tradicionalistas católicos. Montfort diz A, FSSPX diz B, IPCO diz C sobre como enfrentar a crise modernista pós CV II. Ora, o inimigo do meu inimigo é meu amigo… Todas as organizações deveriam se unir pelo Bem Maior, que é a defesa da Fé, da Moral Cristã. Mas ao invés disso, se degladiam em fóruns, blogs, etc. Como foi dito acima em outro comentário, os modernistas, progressistas, etc. veem e riem dizendo “vejam como se odeiam”. Como dizia Dom Bosco “dai-me almas e ficai com o resto”. Quanto prejuízo essas picuinhas trazem à Fé Católica! Quantos jovens, que como eu, buscam viver a verdadeira catolicidade, se veem no fogo cruzado dessa briga e acabam esmorecendo… Peço a Nossa Senhora Auxiliadora que nos ajude a passar por essa tormenta e chegarmos sãos e salvos à Morada Eterna.
Ora pro nobis, Sancta Dei Genitrix
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Recordo-me, em particular, um padre muito ligado à Montfort que foi chamado a pregar um retiro aqui na cidade. Era para ser uma “porta de entrada” à verdadeira tradição para muitos jovens, mas foi mais ataques, ataques, ataques… Ao papa, à TFP, à Administração Apostólica… Nem os bispos e cardeais mais conservadores escaparam. No fim, um dos jovens mais modernistas me disse: A prova que os tradicionalistas estão errados é que há muita divisão, e “um reino dividido contra si mesmo não resistirá”.
Engoli seco. Ele não estava completamente errado.
Penso, inclusive, que este é o grande triunfo do modernismo no meio Tradicional: A divisão dos Tradicionalistas, já que eu quase todo grupo se desvia o foco e se perde (muito) tempo ou com ataque aos outros grupos (Caso da Montfort e da FSSPX, por exemplo), ou com defesa de si próprio (Caso da Administração Apostólica e da TFP, por exemplo)
Enquanto isso, a auto-demolição vai virando auto-implosão, e os grupos modernistas arrebanham cada vez mais gente…
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Muito bom Artur, conheci o professor Florestano como também vários alunos dele, o Janilson, Miguel, Fabiano, etc e outros mais. Penso como você, enquanto os “tradicionalistas ficam se digladiando, o modernismo leva almas para o inferno, rezemos caro Artur, siga adiante em tudo o que o Professor ensinou. Salve Maria!
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É impressionante que em qualquer referência que se faça à TFP, seja aqui ou em qualquer outro site, vem logo uma turma comentando sobre as acusações do Orlando Fedeli. Quem lesse os comentários e não o artigo, jamais saberia dizer se o cardeal prefaciou o livro do Fedeli ou comentou sobre o professor Plinio Corrêa de Oliveira, por que os comentaristas não sabem se ater ao tema do artigo. Sempre é preciso descer para essa história tão velha e tão respondida.
Eu tenho certeza quase absoluta, que nenhum ou quase nenhum dos opinadores leu os livros escritos contestando as acusações apaixonadas do Fedeli.
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Peço licença para sugerir ao leitor que tem o belo pseudônimo de Famulus Cor Mariae (Servo do Coração de Maria) que o corrija: Famulus Cordis Mariae. Cor, cordis, genitivo neutro da 3ª declinação.
No mais, meus parabéns. Que a Virgem o guarde em seu sagrado coração maternal.
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Robert e Watchman
Não tinha a pretensão de intervir mais na discussão dado a falta de tempo para assuntos que exige pesquisa e reflexão. Com a ultima postagem do Robert me animei a colocar algumas observações rápidas.
Gostaria de registrar aqui dois parágrafos que o Watchman retirou do texto em que publicou do livro “A Inocência Primeva…”. Quando truncamos um texto, é preciso deixar claro, com pontilhados, por ex., que se está truncando. Textos fora do contexto é o que os protestantes fazem com as Sagradas Escrituras.
Vejam;
Trecho do livro na pag. 27.
“…para dirigi-lo a uma determinada orientação.
* Expressão consagrada da teologia católica: Tal como foi a vida, será o fim. Sentido: a eternidade será como tiver sid.o a vida
(texto retirado) É como se Nosso Senhor dissesse, a respeito dele: “Isto faço com bondade, com condescendência, com misericórdia, e no fim da vida ele vai ver isto de modo perfeito, inexcedível, o que vai atraí-lo a Mim”.
Assim sendo, toda…
( segundo texto retirado) O mesmo sucederá também em relação a Nossa Senhora, Medianeira entre Deus e os homens. O sorriso e a fisionomia d`Ela vão nos convidar a ver o aspecto de Deus que, desde o inicio de nossa vida, queria que víssemos”.
Queria também deixar claro que dizer que Dr. Plinio inovou a Revelação explicitando algo que pode estar, de maneira simples, no “senso comum” é colocar na boca de alguém o que ele não disse.
São Joao ao dizer que no fim de nossas vidas seremos julgados segundo o amor exclui com isto a obediência aos Dez Mandamentos da Lei de Deus? Para qualquer católico sincero isto quer dizer que viver este amor é obedecer estes Mandamentos.
Para não dizer que sou parcial, gostaria de cumprimentar o Watchman por manter a discussão em um clima doutrinário e não em ataques pessoais, o que é uma qualidade a destacar.
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Gostaria de finalizar meu comentário onde aqui não me pronuncio mais a esse respeito. Acho em boa hora a colocação sua Gabriel N.S., talvez pelo cansaço do dia a dia e a falta de tempo não parei para colocar um ponto simples nessa questão como “São João da Cruz”, realmente citar um trecho qualquer e jogar ao vento, qualquer um pode interpretar ao seu livre exame. Precisamos de pressupostos também, quem conviveu com o Dr. Plínio haverá de colher outras reuniões que foram dadas antes e depois dessa colocação e explicitação que pode haver uma continuação desse tema onde Dr. Plínio nunca diz uma vez só. Ele sempre trata de suas teses várias vezes e sempre dentro a luz da DOUTRINA CATÓLICA. Caro watchman não posso respondê-lo por lá, peço licença ao Gabriel responder por aqui. Espero com isso debatermos de um modo católico e sensato. Salve Maria!
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Em primeiro lugar gostaria de agradecer as palavras de Gabriel N. S. E mantendo o seu nível, peço licença para discordar.
Bem sabe o colega que os comentários dos posts não são sítios adequados para se estender em citações. Sei que os comentários não podem ser muito longos sob pena de serem lidos até a metade. Preocupado em enxugar o texto, que exige digressões, deixei de colocar os pontilhados. Contudo, eu me ative no essencial enquanto meus contentores ofereceram o acidental. Com efeito, o que favoreceu a tese de Plínio Correa de Oliveira, de que é a biografia que salva e não os Dez Mandamentos, dizer que ele também imaginou Nosso Senhor falando da condescendência, da bondade, que atrairá para Si aquele que será julgado, ou a tese que Nossa Senhora receberá o julgado com sorriso para fazer ver o aspecto que desde princípio queria que visse? Mesmo assim a tese continua errada porque as menções não desconsideram a biografia e nem resgatam os Dez Mandamentos. De outra feita, o outro trecho protestado sequer é do autor, mas uma nota do editor para definir a expressão “talis vita, finis ita”. Para o caso a menção do editor é absolutamente dispensável.
Infelizmente o Doutor Plínio errou. O antagonismo entre a biografia e os Dez Mandamentos não existe na Doutrina Católica. porque inexiste qualquer manifestação do Magistério a favor da biografia como guia da salvação. Somente a fé e as boas ações salvam. Esse é o ensinamento tradicional. Se é o ensinamento tradicional então o que defende PCO é novidade! O antagonismo é patente quando ele usa a conjunção “mas” entre a frase que defende a biografia e a outra frase a respeito dos mandamentos.
Diz ele que “… e pode-se ter a impressão de que o julgamento não tem muita relação com nossa biografia, MAS com uma tabela com os Dez Mandamentos que se deveriam ter praticado.”
Ora, a conjunção é adversativa, usada quando se quer ter uma idéia de oposição entre a frase anterior e a posterior. Logo, o autor apresentou uma oposição entre os Dez Mandamentos (segunda frase) e a biografia (primeira frase) ressaltando a biografia em detrimento dos Mandamentos.
O autor não se equivocou na aplicação da gramática, porque era sabidamente um homem letrado.
De outro lado, a definição de salvação não se dá por impressão (sic), mas por literal disposição do Magistério. Doutor Plínio pode ter tido essa impressão, mas a Tradição não.
De outra feita, não há como entender que a salvação dá-se pela biografia, entendida “como o conjunto de anelos, e das aspirações que teve, e das batalhas que travou”, como procura ver o autor. Com efeito, se entendermos que esse é o critério então aqueles que foram agraciados pela Providência com mais anelos, aspirações e batalhas, têm mais chances de salvação, desqualificando aqueles que tiveram uma biografia singela, desprovidos de substanciais anelos, aspirações e batalhas. Desta forma, a enjeitada tese esbarra na predestinação, tão querida de Lutero, o que de si já revela porque deve ser rejeitada. Vejam que não falo que o autor defendeu Lutero, o que destoa de seus reconhecidos ensinamentos, mas que ele empolgou-se com uma tese que esbarrou naquilo que o fundador do protestantismo usou em seu proselitismo.
Por fim, a tese do autor não me parece estar no “senso comum”, mas em uma explicitação daquele seu entendimento sobre a salvação. Não creio que ele, sabidamente erudito, iria explicitar o que o “senso comum” pontifica. Mas mesmo assim estaria errado, e não livraria o Doutor Plínio da condição de inovador da Revelação, porque se assim fosse estaria ele e o “senso comum” errados, porque a tese da salvação é dogma da Igreja Católica.
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Salve Maria!
As acusações do Sr. Watchman contra Dr. Plinio carecem, no mínimo, das devidas matizações das quais a sã teologia é tão dependente.
A interpretação seca e precipitada feita pelo acusador – apesar do mesmo afirmar que não está interpretando – contra o texto discutido seria definitiva e não passível de contra argumentação: “Dr. Plinio errou”, diz o Sr. Watchman, ponto final!
Alguns exemplos das necessárias matizações podem ser tirados do processo de canonização de Sta. Terezinha do Menino Jesus. Escreve a famosa carmelita de Lisieux: “A fé e a esperança já não eram mais necessárias, fazendo-nos o amor encontrar sobre a terra Aquele que procuramos.”
Diria o método de interpretação do Sr. Watchman que Terezinha “errou” neste ponto, pois excluiu duas das três virtudes teologais indispensáveis para “salvação”. E “nem é necessário interpretar, ela mesma declara a exclusão das duas virtudes”!
Ora, não é o que pensa o Censor Teológico do processo de canonização que assim escreve: “Não é conforme a verdade, que a fé e a esperança não são necessárias enquanto peregrinamos rumo ao senhor, pois o amor de caridade, in via, embora nos una intimamente a Cristo e nos faça degustar de algum modo a presença dEle, sempre exige a fé, pela qual é regulado. As palavras da Serva de Deus podem ser retamente explicadas no sentido de que era tão ardente e suave seu amor para com Cristo, que não necessitava, como os demais mortais, recorrer aos motivos de fé e esperança, para permanecer fiel ao serviço de Deus”.
Há inúmeras outras passagens da Santa que poderiam ser “interpretadas” de maneira desfavorável, denotando pretensos erros contra a doutrina católica.
O mesmo se pode dizer do texto aparentemente controverso de Dr. Plinio. As palavras nele “podem ser retamente explicadas no sentido de que” diante da “biografia” de uma pessoa estão TAMBÉM incluídos os Dez Mandamentos. Pois na “biografia” se somam as “lutas que travou”, lutas essas que pressupõem o cumprimento dos Dez Mandamentos.
Quanto à aventada “inovação” de Dr. Plinio, também aqui a expressão “pode ser retamente explicada” no sentido de uma explicitação, por exemplo, para espíritos impregnados de certo calvinismo ou jansenismo. Para esses últimos, um postulado verdadeiro como “cumprir os Dez Mandamentos” é levado a tal ponto de exagero que todo o restante de preceitos, dogmas e costumes são deixados de lado.
Note-se que nossa tese é, portanto, de que a conclusão do Sr. Watchman é temerária, que toma por base apenas o trecho em tela, tirando daí um possível erro contra a fé.
Para se demonstrar, cabalmente, de que Dr. Plinio exclui dos Dez Mandamentos da salvação seria necessário, por honestidade intelectual, apresentar um corpo de doutrina do autor no mesmo sentido.
Os fatos e documentos revelam o contrário. Tomamos um exemplo. Plinio Corrêa de Oliveira escreveu em 1963 a obra Liberdade da Igreja no Regime Comunista. Neste estudo, Dr. Plinio levou a tal ponto as considerações do cumprimento dos Dez Mandamentos – especificamente o 7º e o 10º – que recebeu uma carta altamente elogiosa da Sagrada Congregação dos Seminários e Universidades. Para essa Congregação, a dita obra de Dr. Plinio é um “eco fidelíssimo dos Documentos do supremo magistério da Igreja”.
Por fim, é preciso levar em consideração que o trecho é tirado da transcrição de conversas, como é explicado no prefácio do livro Inocência Primeva. E, portanto, imprecisões como uma CONJUNÇÃO ADVERSATIVA podem ocorrer: “…esses diálogos plinianos, não inteiramente ‘lapidados’ na forma – em razão de sua própria natureza – mas denso de luz em sua substância. Os que agora são aqui estampados, mesmo não tendo sido revistos por ele [Dr. Plinio] – portanto, não carreando sua plena responsabilidade intelectual – certamente surpreenderão a não poucos, por se tratar de um pensamento notavelmente claro, profundo e, em muitos pontos, novo e original”, pág. 18.
Além disso, ad argumentandum tantum, se se demonstrasse acertada a acusação do Sr. Watchman, ainda assim Dr. Plinio “se declarava disposto a renunciar prontamente a qualquer de suas teses, ‘desde que se distancie, ainda que de leve, do ensinamento da Santa Igreja, nossa Mãe, Arca da Salvação e Porta do Céu’”, pág. 16.
Mas tal demonstração de distanciamento – por definição – não cabe na seção de comentários de um site da internet.
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Sr. Lighthouse.
Em primeiro lugar gostaria de dizer que, a despeito da sua insistência, eu não interpretei nada. Eu somente apliquei o ensinamento tradicional da Igreja quanto à salvação. Quem interpretou a esse respeito foi o Senhor e o Doutor Plínio.
A sua refutação pode ser dividida em quatro tópicos diferentes, porém excludentes entre eles.
Primeiro o Senhor afirma que minha assertiva carece de matização. Depois a matização é posta de escanteio, e o Senhor afirma que na definição de biografia estão incluídos os Dez Mandamentos. Em terceiro o Senhor novamente olvida a matização para suscitar critério histórico, posto que o Doutor Plínio em obra de 1963 já destacava os Mandamentos de Deus. E finalmente já desconsidera por completo a matização porque suscita que pode ter ocorrido um erro de forma na transcrição das palavras do autor.
A despeito das variações, não me escuso de refutar.
Concluo, pelas suas palavras, que reputa que é verdade o que eu disse, pelo menos no essencial, porque se o que carece na minha alegação são matizes, ao se considerar essas como acessório da proposição, então segundo a sua ótica o que eu disse na parte essencial é verdade (os critérios da salvação são a fé e as boas ações). Teria errado em não atribuir ao essencial o aspecto acessório (as matizes).
Há de se cuidar na aplicação de matizes na teologia. Assim como no entardecer há matizes amareladas no céu revelando que ainda existe claridade da tarde, também há matizes de cinza anunciando a chegada da escuridão. Também na teologia nem sempre é conveniente a aplicação indiscriminada de matizes com o risco de fazer da claridade a escuridão do entendimento, pois a matização das ideias pode rapidamente fazer chegar ao relativismo. Por isso, é preciso uma âncora que evite que as ideias corram à deriva nas águas do exotismo. E essa âncora não é nenhum homem, mas é a Igreja Católica, depositária da Revelação.
Que matiz devemos aplicar na frase de Nosso Senhor “Eu sou Aquele que é”? É conveniente a aplicação de matiz quando Nosso Senhor ensinou que a linguagem deve ser sim, sim; não, não, e o que passar disso vem do maligno? E qual a matiz a ser aplicada nas Palavras de São Paulo alertando que se ele próprio ou um anjo pregasse um novo evangelho então que se desse anátema?
Ora, o mesmo deve ser dito em relação dos critérios da salvação. A interpretação extensiva, a ponto de se admitir matizes, não deve ser considerada em matéria teológica tão relevante como a da salvação, sob pena de perdas de almas. Afinal, no exame de consciência analisamos nossas violações aos Mandamentos ou ficamos questionando as matizes cabíveis? E me permita dizer que esse rigor não deve ser atribuído a jansenistas e calvinistas, porque sequer consideravam a confissão. O rigor é católico, com base no Magistério, e é bom que assim seja.
E neste sentido é inapropriada a citação de Santa Terezinha, que certamente desaprovaria a caça de matizes para justificar uma definição inusual de salvação. Ademais, as virtudes teologais são dons de Deus. Desta forma, nada impede que uma pessoa como Santa Terezinha possa estar tão consoante a Deus somente pelo amor dispensando as demais virtudes teologais, como bem disse o referido Censor. Não vejo nenhuma matiz neste aspecto.
Ademais, no tema em discussão as matizes foram sufocadas pela chancela do ensinamento do Magistério.
Ainda, a minha proposição (a respeito dos Dez Mandamentos) é elemento objetivo, que em uma discussão deve prevalecer sobre um elemento subjetivo (as matizes), que meu contendor procurar inverter dando prevalência ao subjetivismo.
Outrossim, em nenhum momento o Sr. Lighthouse trouxe qualquer matiz a respeito da salvação ensinada na teologia que dê guarida ao entendimento do Doutor Plínio. Porém, adianto-me a afirmar que a matéria somente permite uma exceção, que na verdade nem é matiz. É a misericórdia.
Falei que o Doutor Plínio tinha incluído um critério novo ao julgamento de Deus além dos Dez Mandamentos, ou seja, a biografia. O Sr. Lighthouse defendeu que não existe um elemento novo, que o autor incluiu os Dez Mandamentos na definição de biografia, que os preceitos dados por Moisés estavam incluídos na ideia de batalhas que mencionou Doutor Plínio. Mas se fosse assim a definição pliniana seria totalmente inútil, por que qual o valor de se dizer que diante da biografia também estão incluídos implicitamente os Dez Mandamentos? É obvio que Os Dez Mandamentos regram a VIDA, vale dizer, a biografia do indivíduo. O que há de novo e belo, segundo palavras de Doutor Plínio, nesta definição? Ele proferiria tal obviedade na presença de várias pessoas na reunião onde se colheram suas palavras?
Como entender as palavras de Doutor Plínio neste contexto de obviedade ao definir sua visão de julgamento divino quando diz “…isso difere da concepção sobre o que são o existir de um homem, o juízo final e o julgamento de Deus. É algo completamente diverso. E é lindíssimo”?
Não. Doutor Plínio não fez uma definição acaciana, que aliás não era seu costume. Ele atribuiu um novo critério ao julgamento de Deus, qual seja, a biografia, que concorre distintamente com os Dez Mandamentos. E pelo que publicado, apresentou um antagonismo entre esses critérios, em que atribuiu prevalência à biografia em detrimento aos Dez Mandamentos. Isto é fácil perceber, tanto que meu contendor protesta porque não faço atenuantes sob a varinha mágica cognominada “matizes”. E Doutor Plínio ainda disse que a sua definição era uma inovação, porque “…isso difere da concepção… É algo completamente diverso…” Portanto, não há obviedade que o Sr. Lighthouse procura dar.
Doutor Plínio errou. E diferentemente do que afirma o Sr. Lighthouse, a minha assertiva não se fechou à contra argumentação. A todos que não aceitaram meu posicionamento respeitosamente respondi.
E frente ao argumento que é preciso ver o contexto, dispenso-me de refutá-lo, de tão velho e batido. Se existe um contexto que me tragam.
Doutor Plínio errou. Errou como qualquer outra pessoa poderia errar, pois não está escrito que o justo peca sete vezes ao dia? É que o Sr. Lighthouse, fiel seguidor do Doutor Plínio, é partidário da tese (repleta de matizes) que o Doutor Plínio era inerrante, por isso protesta. Mas não há de se olvidar que até Santo Agostinho errou, tanto que no final da vida escreveu Retratações, obra do qual reconsiderava várias de suas ideias.
De outra feita, se houve algum engano na transcrição das palavras de Doutor Plínio, como na falada conjunção adversativa, então que os editores daquela obra façam a retificação na próxima edição.
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Salve Maria!
Infelizmente, tivemos que nos estender aqui em demasia. Esta discussão já vai longe e os leitores interessados, se ainda os há, quererá ouvir algo além dos antigos argumentos. Apenas em parte, poderemos atendê-los em razão dos volteios do acusador.
O leitor que talvez ache enfadonha a resposta completa, poderá ir para o final: Resumo e Conclusão.
O Sr. Watchman parece ter lido mal a réplica – tréplica ou resposta à tréplica, tanto faz – ou se a leu bem, continua aplicando sua própria hermenêutica. Ele a dividiu em 4 partes. Seguimo-las…
PRIMEIRA PARTE. MATIZES CONTRA MATIZES E OBJETIVIDADE
Apesar de transparecer que não gosta de assuntos colaterais, o Sr. Watchman tergiversou. Tergiversou ao fazer uma carreata inglória de “matizações” contra as… “matizações” ou contra o perigo que as mesmas podem representar! Passamos ao largo, num primeiro momento, portanto, desta primeira parte da sua curiosa exegese autodestrutiva, apesar da necessidade de voltarmos a ela mais adiante.
Poderia nos poupar de discussões terminológicas. Enfim, com terminologias ou não, a contradição metodológica persiste.
De passagem, as considerações do Sr. Watchman sobre objetividade de conceitos, como os Dez Mandamentos, suscitam uma interessante polêmica. Elas nos fazem rememorar um velho estudo onde Viktor Cathrein magistralmente refutou as objeções de Bergbohm, quando este último se aventurou em considerações sobre Lei Natural e Mandamentos.
Trataremos disso em outra oportunidade, se ela houver.
SEGUNDA PARTE. INTERPRETAÇÕES E MATIZES
Demos um exemplo claro de como um texto de Sta. Terezinha, à primeira vista heterodoxo, PODE SER RETAMENTE EXPLICADO conforme o entendimento do seu Censor. Assim, o Censor simplesmente MATIZOU – apesar de o Sr. Watchman não ver nenhuma matiz – o que estava escrito do texto, dando-lhe um sentido favorável.
Daí outra contradição flagrante: num primeiro momento, o Sr. Watchman diz que colocamos a matização “para escanteio”. Depois diz que não vê matização no mesmo texto em que há “matização” feita pelo Censor!!! Se nós colocamos a matização para escanteio, por que tentar demonstrar que não vê matização?!
Dirá o Sr. Watchman que como ELE não vê matização, conclui-se que colocamos a matização para escanteio?! Será que o Sr. Watchman se arvora como o único Censor e OBSERVADOR criterioso e válido?
Talvez o Sr. Watchman escape do dilema trazendo ponderações terminológicas. O que significa matiz, quando ela se aplica ou não, matiz no conceito, matiz no método, etc. Quem sabe…
Ainda assim, o Sr. Watchman estará fazendo, mais uma vez, MATIZAÇÕES!
Mais adiante em nossa resposta, mostramos como as palavras de Dr. Plinio também PODEM SER RETAMENTE EXPLICADAS no sentido de que não há exclusão absoluta dos Mandamentos, pois eles estão evidentemente no contexto das lutas que a pessoa travou durante a vida.
De passagem… O epíteto ACACIANA à explicação só procede se se admitir a extrapolação feita pelo Sr. Watchman. O que sem mais negamos.
O Sr. Watchamm não tem obrigação de aceitar a expressão “PODEM SER RETAMENTE EXPLICADAS” no caso das palavras de Dr. Plinio. Como também não tem obrigação de aceita-la no caso do texto de Sta. Terezinha! O Sr. Watchman pode dizer à vontade: “A Santa errou e está acabado”.
Mas, curiosamente, não foi isso que o Sr. Watchman fez! Pois deu uma interpretação favorável a ela, MATIZANDO e EXPLICANDO o texto exatamente como o Censor fez!
Com relação à Sta. Terezinha, o Sr. Watchaman admite critério subjetivo: “…nada IMPEDE QUE UMA PESSOA COMO SANTA TEREZINHA POSSA ESTAR tão consoante a Deus somente pelo amor…”
Critério subjetivo (UMA PESSOA COMO SANTA TEREZINHA) admitido em oposição ao critério objetivo: virtudes teologais, dons de Deus.
Por que não admitir o mesmo critério para Dr. Plinio?
Escapará o Sr. Wachtman da contradição apenas afirmando que pelo fato de serem dons de Deus, as virtudes teologais não são objetivas?
Sim! Ele dirá, pois lhe convém agora como critério de análise.
Estranhos critérios do Sr. Watchman!
Eis um critério objetivo: a um texto aparentemente heterodoxo o Censor lhe dá uma explicação favorável. Com que fundamento? Analisando sistematicamente outros escritos da autora, no caso de Sta. Terezinha. É óbvio. O Censor teve que estudar todos os escritos e não se aferrou a um único texto isolado.
Diante do texto aparentemente heterodoxo de Dr. Plinio, porque não aplicar o mesmo critério? Qual seja, dar-lhe uma explicação favorável, tendo como base outros escritos do autor?
Não! Dirá o Sr. Watchman. A análise de outros escritos – ditos históricos – não vale!
Então, a análise de textos pretéritos de Sta. Terezinha também não vale, por históricos?!
As contradições ululam!
Pedimos que o Sr. Watchman use os seus mesmos estranhos critérios aplicados ao Dr. Plinio nos textos a seguir:
“Eu vos peço de me tirar a liberdade de Vos desagradar”.
Não é repreensível tal afirmação? Não será pedir algo contra a ordem da Providência Divina, que nos deu a liberdade para merecermos? Não serão conceitos objetivos a Providência Divina e a liberdade?
“Eu estava há muito pouco tempo em confissão (direção espiritual); eu jamais dizia uma palavra de meus sentimentos interiores; […] eu não necessitava de outro guia a não ser Jesus. Para mim, o bom Deus não se servia de intermediários, mas agia diretamente”.
Para o Sr. Watchman, a Comunhão dos Santos, um dos artigos do Credo, não será critério objetivo? Negar a direção espiritual não cheira a presunção?
“Se vossa justiça gosta de se descarregar, ela que não se estende senão sobre a terra etc”.
Será conforme à verdade que haja justiça só na terra? E o inferno? E o purgatório? Quem está para o Céu, não está também por justiça?
“Digo que se ama mais aquele a quem mais se perdoou, pode-se dizer o mesmo com mais razão quando Jesus perdoou antecipadamente os pecados”.
A locução estará defendendo a predestinação? Não será erro dizer que os pecados foram perdoados antes de serem cometidos?
Lembramos que conforme o método do acusador, devemos analisar os textos isolados, não se pode sistematiza-los com outros textos.
Seguindo os critérios do Sr. Watchman, o que diríamos dessas afirmações? 1ª Todas encerram em erros e ambiguidades? Ou: 2ª Poderíamos tentar dar uma EXPLICAÇÃO RETA a eles? Nesta explicação poderíamos usar de MATIZAÇÕES e ASPECTOS favoráveis?
A escolha da 1ª está conforme as pontificações do Sr. Watchman! Todas encerram em ERRO!
A 2ª opção é a que tomou o Censor de Sta. Terezinha. Os textos acima são todos dela aos quais o Censor deu uma interpretação benigna.
E não adianta o Sr. Watchman dizer que são “inapropriadas as citações”. Nós as utilizamos como teste do critério de análise do acusador, para um texto à primeira vista controverso.
Desta feita, o mesmo teste pode ser aplicado às palavras de Dr. Plinio.
TERCEIRA PARTE. CRITÉRIO HISTÓRICO.
O Sr. Watchman o deixa de lado, dizendo que tal critério é “olvidar a matização”.
Por que arguir critério histórico é esquecer a matização? Aliás, só por que uma obra foi escrita em 1963, ela não vale como critério documental para a análise de outra tese?
O Sr. Watchman esquivou-se de uma interpretação sistemática. Não é o que um Censor criterioso faria.
QUARTA PARTE. ERRO DE FORMA NA TRANSCRIÇÃO.
A interpretação benéfica aplicada pelo Censor à Sta. Terezinha é sobre um texto escrito.
Mais se poderia dizer sobre uma conversa! E este benefício é “de pronto” negado pelo Sr. Watchman a Dr. Plinio: anátema definitivo.
E nem há que falar aqui de uma admissão de nossa parte de que a assertiva redunda em erro. Apenas admitimos que uma interpretação malévola pode ser feita a partir das referidas palavras. Aí está o Sr. Watchman como prova.
Contra isso, de antemão, o Sr. Watchman deveria levar em consideração que: “…esses diálogos plinianos, não inteiramente ‘lapidados’ na forma – em razão de sua própria natureza […], mesmo não tendo sido revistos por ele [Dr. Plinio] – portanto, não carreando sua plena responsabilidade intelectual […].
O Sr. Watchman não quer admitir que, mesmo antes de atirar seus anátemas contra o texto discutido, ele poderia, desapaixonadamente, suscitar uma dúvida sobre como precisar melhor as palavras de Dr. Plinio.
Assim como qualquer um poderia trazer à baila uma precisão nas palavras de Sta. Terezinha, antes de condená-la.
O anatematizador Watchman não quis assim. Preferiu acusar, atacar e condenar sem possuir legitimidade e oportunidade para tanto.
Por fim, e tomando em consideração um MATIZ bem diverso de toda refrega, de fato é digna de elogio a comparação feita pelo Sr. Watchman entre Sto. Agostinho e Dr. Plinio.
A obra Revolução e Contra-Revolução foi comparada com justeza à Civitate Dei de Sto. Agostinho.
A Santa Igreja ainda poderá se pronunciar oficialmente sobre isso, num processo de análise legítimo e amplo dos escritos e palavras de Dr. Plinio, bem longe de acusações apaixonadas online.
Neste processo se terá como um dos critérios lapidares algo que o Sr. Watchman considera, apaixonadamente, como “atenuantes sob a varinha mágica cognominada “matizes’”. Bento XIV – segundo Aloísio Toeschi, Advogado no processo de Sta. Terezinha – coloca antes de tudo diante dos olhos daqueles que são designados para a revisão das obras dos Servos de Deus as regras ensinadas pelos sábios, as quais convém empregar na leitura das obras dos Padres ou Escritores. Dessas regras, a primeira é que seus ditos, na medida do possível, devem ser tomados in benigniorem partem (no sentido mais benigno) (Bento XIV, lib. II, Cap. 28, n. 8).
Seguidores de Dr. Plinio, nos orgulhamos de ser. E na certeza de que há realmente matizes no conceito de inerrância – ao menos neste ponto matizes são admitidas pelo acusador – lembramos que tal foi suscitado pelo Sr. O. Fedeli há décadas.
Esperamos que o Sr. Watchman não insista em cantilenas, como o Sr. O. Fedeli fez, repisando teses já cabalmente refutadas e nunca respondidas e revelando triste sectarismo.
RESUMO E CONCLUSÃO
O Sr. Watchman emprega critérios de análises diferentes quando lhe convém. No caso de Dr. Plinio, anátemas e pontificações sem rodeios para apontar pretensas heterodoxias. Em outros casos, benevolências e matizações para salvar a ortodoxia do texto, sob pena de ir de encontro a uma autoridade eclesiástica, isto é, o Censor de Sta. Terezinha.
Toda a estrutura dos argumentos do acusador claudica pela base. Traz enorme arrazoado contra as MATIZAÇÕES ou contra seus perigos. Mas ao mesmo tempo, em rigor de lógica, utiliza de MATIZAÇÕES para explicar seus critérios, conceitos de objetividade, subjetividade, interpretação extensiva, etc. Uma contradição que faz ruir seu edifício de argumentação como um castelo de cartas.
Apresenta o elemento objetivo dos Dez Mandamentos como critério de análise, num primeiro caso e, de outra feita, se apega a um critério subjetivo, negando o primeiro.
Não admite uma interpretação benéfica a um texto dito controverso, contrariando conselho do Papa Bento XIV em casos análogos.
Ilegitimamente e temerariamente pontifica, define e condena, mesmo tendo diante de si que o texto discutido pode não estar “inteiramente lapidado”, conforme advertência do prefácio do livro Inocência Primeva, o que evitaria interpretações malévolas.
Levanta o véu de um provável sectarismo e, portanto, parcialidade, mencionando o termo “inerrância”, que está no bojo de outra polêmica. Polêmica esta já encerrada há 3 décadas com dois grossos volumes escritos, chancelados por respeitados teólogos e não refutados.
Como é óbvio, toda a apreciação acima não é feita para convencer ao Sr. Watchman. Não temos ilusões sobre isso. Apenas ela é feita para o leitor consciencioso e imparcial perceber que os ataques e definições feitas pelo acusador são ilegítimos, temerários e faltos de bom-senso.
DILATENTUR SPATIA VERITATIS. DILATENTUR SPATIA CARITATIS.
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