São Paulo, Capela São Pio X, 22 de novembro de 2015: Sua Excelência Reverendíssima Dom Bernard Fellay, superior geral da Fraternidade São Pio X, celebra Missa e administra crisma a fiéis do Priorado Padre Anchieta. Em passagem por alguns dias no Brasil, o bispo visitou fiéis (Ribeirão Preto, Varre Sai, etc) e acompanhou o desenvolvimento do apostolado da Fraternidade pelo país.
Mês: novembro 2015
Reflexões sobre temas da Sagrada Escritura: Profecia que condena o Modernismo.
Por Padre Élcio Murucci | FratresInUnum.com
“Conjuro-te diante de Deus e de Jesus Cristo, que há de julgar os
vivos e os mortos, pela sua vinda e pelo seu reino: prega a palavra,
insiste, quer agrade quer desagrade, repreende, suplica, admoesta com
toda a paciência e doutrina, porque virá tempo em que não suportarão a
sã doutrina, mas multiplicarão para si mestres ao capricho de suas
paixões, (levados) pelo prurido de ouvir novidades. Afastarão os
ouvidos da verdade e os aplicarão às fábulas” (II Timóteo IV, 1-4).
Há homens de coração reto que têm sede de uma luz infinita. E esta sede do infinito, só Deus pode saciá-la. E Deus se fez Homem para lhes dar a segurança dizendo: Eu sou a Verdade.
E o grande foco da luz divina é a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Divino Mestre cingiu a fronte de sua Esposa mística com o diadema visível de Rainha da Verdade. A unidade, a indefectibilidade, a santidade e a infalibilidade refulgem na coroa da Igreja, quais gemas preciosas, prendas que são deste Divino Esposo e que distinguirão a Igreja das rugas das adulterações humanas e das manchas das sociedades heréticas ou cismáticas. Dado o orgulho humano, estas últimas, infelizmente, sempre existirão. Daí as exortações do Apóstolo ao seu discípulo e bispo Timóteo, exortações estas sobre as quais vamos ora refletir.
São Paulo, num tom pleno de solene gravidade, conjura o seu discípulo caríssimo, o Bispo Timóteo, a ser fiel à sua missão de pregar a doutrina imutável de Nosso Senhor Jesus Cristo. E, portanto, deverá insistir, quer agrade quer desagrade, e repreender aqueles que dela se afastarem. O Apóstolo dos Gentios, exorta o seu discípulo a ter sempre firmeza em defender a verdade, a doutrina de Nosso Senhor Jesus Cristo que não muda, e, ao mesmo tempo, mostra que é mister fazê-lo sempre com bondade e paciência, isto é, sem discussões e altercações. Não há a mínima dúvida de que São Paulo faz aqui uma profecia: “virá tempo” afirma ele. Já na primeira carta ao mesmo Bispo Timóteo, o Apóstolo São Paulo já alertava: “O Espírito (Santo) diz claramente que nos últimos tempos alguns apostatarão da fé, dando ouvido a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios…” (I Tim., IV, 1). E ao terminar esta mesma carta, faz esta exortação: “Ó Timóteo, guarda o depósito (da fé), evitando as novidades profanas de palavras e as contradições de uma ciência de falso nome, professando a qual, alguns se desviaram da fé” (I Tim. VI, 20 e 21).
A lídima Palavra de Deus da qual os bons têm sede, causa náuseas aos orgulhosos. Não suportam ouvir a sã doutrina. Almejam uma multidão de pregadores que adulem suas paixões. Por isso, São Paulo, já na primeira epístola, havia dito a Timóteo: “Se alguém ensina, de modo diferente e não abraça as sãs palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo e aquela doutrina que é conforme à piedade, é um soberbo…” (I Tim., VI, 3 e 4). Não suportam ouvir sempre a mesma coisa; desejam ardentemente ouvir novidades. Em lugar do Evangelho, da verdade confirmada com tantos milagres, e assim tornada a mais evidente e incontestável, abraçarão fabulosas, estranhas e inacreditáveis doutrinas. Assim agiram os gnósticos, maniqueus e outros hereges.
Em verdade, esta profecia de São Paulo vem se realizando desde os primeiros séculos; mas, com certeza se realizará plenamente nos últimos tempos, na época do Anti-Cristo. Mas, não resta a mínima dúvida de que ela se cumpre ao pé da letra em relação aos modernistas.
São Pio X dizia que o Modernismo é a reunião de todas as heresias, e a sua origem está no orgulho humano que procura novidades que agradam. Agravando-se o espírito de contestação contra a Tradição e os dogmas, compreende-se que os modernistas não suportem mais ouvir a verdade. Daí vem a apostasia da fé, e passam a pregar abertamente doutrinas diabólicas. Os modernistas são pessoas ávidas de popularidade, que lançam a divisão na Igreja e nas famílias. Organizam conciliábulos e preparam os cismas dentro da Igreja. Procuram ensinar outras coisas diferentes e rejeitam a linguagem escolástica tradicional. Cabe aqui perfeitamente seguirmos a mesma exortação que S. Paulo fez a Tito: “Foge do homem herege, depois da primeira e da segunda correção, sabendo que tal homem está pervertido e peca, como quem é condenado pelo seu próprio juízo” (Tito, III, 10 e 11).
Caríssimos, um só é o código que liga nossas almas aos destinos eternos: o Evangelho genuíno sem alterações e acomodações humanas. Guardemo-lo com toda fidelidade e amor. A graça de Deus seja com todos vós. Amém.
Faleceu o bispo diocesano de Assis, SP, Dom José Benedito Simão.

Blog em recesso.
Depois de um ano intenso, sobretudo pela cobertura do Sínodo sobre a Família, o Fratres entra em um merecido período de descanso.
Algumas publicações foram programadas e notícias importantes poderão ser publicadas a qualquer momento. No entanto, a liberação dos comentários demorará um pouco mais que o habitual.
Até breve!
A Medalha Milagrosa e a conversão de Afonso Ratisbonne.
Por Padre Élcio Murucci | FratresInUnum.com
“Nessa maravilhosa conversão manifesta-se o dedo de Deus; aí se admira o poder de Maria Santíssima, pois não havia nada, absolutamente nada que dispusesse Afonso Ratisbonne para receber tão assinalado favor.
Nasceu Afonso em Strasburgo, no meio de uma rica família israelita. Eram ao todo dez irmãos. Teodoro, doze anos mais velho que Afonso, chega à fé cristã após longas e penosas pesquisas, na calma da reflexão e na plena madureza de espírito.
Teodoro, recebeu o batismo aos 25 anos, após haver concluído seu curso de Direito. Abraçou o estado eclesiástico e foi sagrado sacerdote cinco anos depois do seu batismo.
Seu irmão Afonso, desde a primeira mocidade jactava-se de não ter nenhuma religião. “Eu era judeu de nome, diz ele; eis tudo, porque eu não acreditava nem sequer em Deus. Nunca abri um livro de religião e, na casa do meu tio, bem como entre meus irmãos e irmãs, não se praticava a menor prescrição do judaísmo”.
Um ano e quatro meses antes da sua conversão, enfermara gravemente um dos seus sobrinhos, filho do seu irmão mais velho. O Padre Teodoro, que então exercia os seus ministérios sacerdotais em Paris, desejava pelo menos abrir as portas do céu a seu sobrinho, conferindo-lhe o santo batismo.
Teria talvez alcançado o assentimento do pai, se não fosse a intervenção do seu irmão Afonso que, cheio de indignação e de furor, enxotou violentamente para longe do pequenino moribundo o ministro de Deus. Este, que já havia sofrido tanto da parte da sua família e de toda a colônia israelita, retirou-se com calma, disposto a sofrer ainda mais pelo nome de Jesus Cristo e pela salvação dos seus.
No Santuário de Nossa Senhora das Vitórias, onde trabalhava, fazia o piedoso sacerdote ferventes preces pela conversão do seu irmão Afonso que o não podia tolerar. Como explicar tamanho ódio contra seu bondoso irmão Teodoro, se Afonso era judeu religiosamente falando só de nome? É que ele se filiara a maçonaria e então era implacável inimigo dos cristãos.
Havia Afonso concluído seu curso de Direito e estava para completar 27 anos, quando os desejos da sua família, corroborados por simpatia recíproca, o induziram a casar-se com a sua sobrinha, filha do seu irmão mais velho. “Pensei, então, narra Afonso, que a minha felicidade fosse completa. Via minha família no auge da alegria, pois devo dizê-lo, há poucas famílias cujos membros se unem tanto como a minha… Só um dos seus membros me parecia odioso: era meu irmão Teodoro. Entretanto ele também nos amava, mas seu hábito me causava repulsa, seu pensamento me turbava, sua palavra grave e séria excitava a minha cólera”.
“E, continua Afonso, “por causa da conversão de Teodoro eu nutria acerbíssimo ódio contra os padres, as igrejas, os conventos, e sobretudo contra os jesuítas, cujo nome só bastava para provocar o meu furor”.
A noiva de Afonso contava 16 anos apenas, pelo que julgaram seus pais conveniente diferir por algum tempo o casamento.
Neste meio tempo Afonso empreenderia uma viagem ao estrangeiro com o duplo fim de distrair-se e de revigorar a sua saúde.
Afonso deixou Strasburgo a 17 de novembro de 1841, decidido a visitar Nápoles, a passar o inverno em Malta e a voltar pelo Oriente. Outros, porém, eram os desígnios da Providência. Demorou alguns dias em Marselha e partiu para Nápoles.

Durante a viagem fundeou o navio em Civitavecchia: era o dia 8 de dezembro e a artilharia disparava algumas salvas. Maravilhado, perguntou Afonso qual era o motivo daqueles rumores de guerra nas terras pacíficas do Papa. Responderam-lhe que era a festa da Imaculada Conceição. Sacudiu os ombros com desdém e não quis desembarcar. Não tinha nenhum desejo de visitar Roma, embora dois amigos seus o estimulassem vivamente a dar esse passo. Deus, porém, o guiava para o Cidade Eterna. Ao deixar Nápoles, em vez de comprar passagem para Palermo. por engano achou-se numa diligência que se dirigia para Roma e lá chegou a 6 de Janeiro.
Era o ano de 1842. Afonso Ratisbonne achava-se em Roma, a cidade eterna, da qual cada pedra é uma lembrança sagrada e tem uma voz para celebrar as grandezas da fé cristã. Ali Ratisbonne encontrou seu companheiro de infância Gustavo Bussíère, irmão do barão Teodoro de Busssière.
Teodoro de Bussière era íntimo amigo do Padre Teodoro Ratisbonne. O Barão abandonara o protestantismo para fazer-se católico e por esta razão inspirava a Afonso Ratisbonne uma profunda antipatia. Gustavo Bussière mantinha-se protestante e, em companhia de Afonso Ratisbonne, metia freqüentemente a rídiculo a Igreja Católica.
A 15 de Janeiro, nove dias apenas depois de sua chegada, resolveu Afonso deixar Roma e se viu na dura contingência de ir apresentar suas despedidas ao indesejável barão Teodoro de Bussière. O distinto e piedoso barão suportou pacientemente, durante uma hora, uma saraivada de sarcasmos proferidos pelo jovem Afonso contra o catolicismo, procurando evidentemente atingir os dois Teodoros convertidos: o seu irmão Ratisbonne convertido do judaísmo; e o irmão de Gustavo Bussière, convertido do protestantismo.
“Então, – refere o barão – apresentou-se à minha mente uma ideia maravilhosa, uma ideia celeste, que os sábios do mundo teriam julgado rematada loucura: “Já que sois um espírito tão forte e seguro de vós mesmo, lhe disse, não recusareis trazer o que estou para dar-vos”.
– De que se trata? perguntou secamente Afonso. – “Respondi-lhe mansamente – disse Bussière, trata-se simplesmente desta medalha”. Era a medalha milagrosa de Nossa Senhora das Graças. Recusou-a Afonso com um misto de indignação e de espanto.
“Mas – acrescentou o barão Bussière friamente – segundo o vosso modo de ver, isto vos deve ser absolutamente indiferente, ao passo que para mim trará um grandíssimo prazer”. – “Oh! – exclamou Afonso rindo a bom rir, a bandeiras despregadas – “então a trarei por mera complacência para mostrar-vos que é sem razão que acusam os judeus de obstinação e de invencível teimosia. Além disso me fornecereis um belíssimo capítulo para as minhas notas e impressões de viagem”.
“E, prossegue o barão, “Ratisbonne continuava com motejos que me ralavam o coração… Entretanto, passei-lhe ao pescoço uma fita à qual minhas netinhas tinham pregado uma medalha. Mas restava-me ainda uma coisa mais difícil de obter: queria que ele recitasse a piedosa invocação de São Bernardo: “Lembrai-vos, ó piíssima Virgem Maria…” Revoltou-se ao ouvir este segundo pedido. “Mas uma força interior impelia-me, prossegue B. de Bussuère, a lutar contra as suas reiteradas recusas com uma espécie de obstinação. Apresentei-lhe a oração suplicando-lhe que a trouxesse consigo e que tivesse a bondade de copiá-la porque eu não dispunha de outro exemplar”. Então, com um movimento de impaciência e ironia, para se ver livre das minhas importunações, disse ele: “Bem! eu escreverei; dar-vos-ei a minha cópia e conservarei a vossa”. E retirou-se visivelmente contrariado.
Afonso cumpriu a palavra; copiou a oração, leu-a e releu-a tantas vezes que já a sabia de cor. As palavras de “Memorare” não lhe saíam da memória.
No dia 20 de Janeiro, festa de São Sebastião, Afonso ainda se achava em Roma, onde o retinha uma força misteriosa. Ao meio dia conversou num café com dois amigos. “Se neste momento – diz ele – um terceiro interlocutor se tivesse aproximado de mim e me tivesse dito: “Afonso, dentro de um quarto de hora adorarás Jesus Cristo, teu Deus e teu Salvador… e renunciarás ao mundo, a suas pompas, a seus prazeres, a tua fortuna, a tuas esperanças, a teu futuro, e se for necessário renunciarás ainda a tua noiva, à afeição da tua família… Digo que se algum profeta me tivesse feito semelhante predição, só a um homem eu julgaria mais insensato que ele, e seria aquele que tivesse dado crédito à possibilidade de tal loucura”.
Era 20 de Janeiro de 1842. Ratisbonne acha-se ainda em Roma. Saindo de um Café onde acabara de conversar com dois amigos, encontra uma carruagem: é do Barão de Bussière que o convida para dar um passeio. Afonso, sem muito entusiasmo, mais para não fazer uma descortesia àquele do qual pouco antes tinha sido hóspede, aceita o convite. Acharam-se logo diante da igreja de Santo André delle Fratte. O piedoso conde de Laferronays devia receber as honras fúnebres e o Barão de Bussière fora encarregado de reservar uma tribuna para a família do defunto.
“Será coisa de dois minutos, diz ele a Afonso que, durante este tempo resolve visitar a igreja. Esperava-o nesta igreja a misericórdia de Maria Santíssima. Soara a hora da graça que desde a conversa no café, já trabalhava suavemente em sua alma. A Mãe de Deus se deixara comover pelas orações do barão de Bussière , do conde de Laferronays que morrera repentinamente depois de ter dito à sua esposa: “Repeti hoje mais de cem vezes o Lembrai-vos”, e sobretudo pelas orações e lágrimas ardentes que em seu Santuário derramava seu diletíssimo servo o Padre Teodoro, irmão de Afonso Ratisbonne.
Tenta Afonso descrever o que então se passou em sua alma: “Esta igreja é pobre e deserta; creio que nela me achei mais ou menos só… Nenhum objeto de arte atraiu a minha atenção… Subitamente nada mais vejo… ou antes, ó meu Deus, vejo uma só coisa! Como seria possível falar do que vi? Oh! não, a palavra humana não deve tentar exprimir o que se não pode exprimir; toda descrição, por sublime que seja, não seria mais que uma profanação da inefável realidade…”
Tornando à igreja, Barão de Bussière não encontra Afonso onde o havia deixado, mas ajoelhado diante da capela de São Miguel Arcanjo e de São Rafael, submergido em profundo recolhimento.
“A esta vista, pressentindo um milagre, depõe o barão, apoderou-se de mim um frêmito religioso. Dirijo-me a ele, agito-o várias vezes sem que ele dê conta da minha presença. Afinal, voltando para mim seu rosto banhado de lágrimas, junta as mãos e me diz: “Oh! como este senhor rezou por mim!”
Compreendi logo que se tratava do falecido Conde de Laferronays. Amparado, quase levado por mim, sobe à carruagem. Onde quereis ir? pergunto-lhe eu.
_ “Levai-me para onde quiserdes. Depois do que vi, obedeço”.
Declara-me em seguida que só falará com o consentimento de um padre, porque o que eu vi – acrescenta ele – só o posso dizer de joelhos”.
Conduzido à igreja do Jesú, dos padres jesuítas, ao lado do padre Villefort que o convida a explicar-se, tira Afonso a medalha, abraça-a, mostra-a e exclama: “Eu a vi! Eu a vi!… Havia uns instantes que eu estava na igreja, quando repentinamente me senti dominado por uma turbação inexprimível. Ergui os olhos; todo o edifício desparecera à minha vista; só uma capela tinha, por assim dizer, concentrado toda a luz; e, no meio desta irradiação, apareceu, em pé sobre o altar, grande, brilhante, cheia de majestade de doçura a Virgem Maria, tal qual está em minha medalha; uma força irresistível atraiu-me para ela. A Virgem com a mão me fez sinal para que me ajoelhasse. Pareceu dizer-me: “Está bem! Não me falou nada, mas eu compreendi tudo”.
Mais tarde dirigiu-se Afonso à Basílica de Santa Maria Maior a fim de agradecer a sua celeste benfeitora o grande benefício recebido.
Ao entrar na capela de Nossa Senhora, exclamou: “Oh! como estou bem aqui! Gostaria de ficar aqui para sempre: parece-me que já não estou na terra!”
Ao fazer a visita ao Santíssimo Sacramento, por pouco não desfaleceu. Apavorado, exclamou: “que coisa horrível estar na presença do Deus vivo sem ser batizado!”
Afirma o Padre Roothan, geral da Companhia de Jesus, que “depois da sua conversão o senso da fé nele se manifestava de modo tão intenso que lhe fazia sentir, penetrar e reter tudo o que lhe era proposto, tanto que em pouco tempo o julgaram suficientemente instruído para receber o santo Batismo”.
Ratisbonne recebeu sem dúvida uma assistência toda especial de Deus e da Santíssima Virgem.
A 31 de Janeiro, 11 dias após a aparição, Afonso Ratisbonne abjura solenemente a maçonaria e recebe o batismo na igreja do Gesú das mãos do cardeal Patrizzi. O vasto e suntuoso templo estava repleto. Ali se encontrava o escol da sociedade romana e estrangeira. Acompanhado pelo Padre Villefort e por seu padrinho, o barão de Bussière, Afonso foi levado à porta da igreja. Vestido de uma longa túnica de damasco branco, trazia o Terço e a medalha de Nossa Senhora nas mãos.
– Que pedes à Igreja de Deus? pergunta-lhe o oficiante.
– A fé!
Ah! diz uma testemunha ocular dessa cena majestosa, já tinha a fé católica aquele a quem a estrela da manhã iluminara com os seus raios.
Afonso beija a terra e fica prostrado até ao fim dos exorcismos.
Levanta-se e, guiado pelo pontífice, encaminha-se para o altar entre as bênçãos de uma imensa multidão que respeitosamente se abre à sua passagem.
Perguntam-lhe qual é o seu nome.
– Maria! responde num arrebatamento de amor e de gratidão.
– Que desejas?
– O batismo.
– Crês em Jesus Cristo?
– Creio!
– Queres ser batizado?
– Quero!
Com um sorriso de celeste beatitude levantou sua cabeça ainda umedecida da água batismal. Acabava de transpor um abismo: era cristão.
Afonso, cheio de Deus, radicalmente transformado pela graça, deixa o mundo e entra na Companhia de Jesus. Nela viveu dez anos vida exemplar e só a deixou, desfeito em lágrimas, para fazer a vontade de Deus que o queria ao lado do seu irmão, o Padre Teodoro, para com ele trabalhar numa obra tão grata ao mesmo Deus e de tanta relevância, qual é a da conversão dos judeus.
O piedoso Padre Maria Afonso Ratisbonne nunca se esqueceu de sua Mãe amantíssima que o arrancou das trevas da incredulidade para os esplendores da verdadeira fé.
Inclinava-se profundamente sempre que ouvia no canto das ladainhas a invocação: “Refúgio dos pecadores, rogai por nós!”
Os que o ouviam falar da sua Mãe Celeste adivinhavam o que se passava no seu coração; seu olhar fulgurante parecia que ainda contemplava a mais bela e a mais pura das virgens.
A medalha milagrosa, que exercera papel preponderante em sua conversão, era o seu mais caro tesouro. Julgou um dia que a havia perdido; sua aflição foi extrema; parecia-lhe que fora abandonado pela Virgem misericordiosíssima. Suas lágrimas não cessaram de correr até que a encontrou.
Maria Santíssima foi a sua consolação em todas as penas e seu grande motivo de esperança em todas as provações. Dizia que Maria Santíssima não é outra coisa que uma mão de Deus, não a mão que castiga, mas a mão das misericórdias.
Dizem os historiadores que quando o Padre Ratisbonne pregava sobre Nossa Senhora, todos os ouvintes se comoviam, muitos pecadores se convertiam. Leiam por gentileza o próximo post deste blog e verão a conversão mais importante que o Padre Maria Afonso obteve por intercessão de Maria Santíssima.
Caríssimos leitores, possa esse episódio tão comovente, que acabais de ler, reavivar em vossos corações a chama da devoção a Santíssima Virgem Maria.
Se quisermos assegurar o único bem desejável que é a eterna salvação de nossa alma, vivamos, como bons filhos, no Coração maternal de Maria Santíssima.
Os que a ela recorrem não deixam de ser ouvidos; os que choram em seu regaço materno não deixam de ser consolados e os que nela depositam inteira confiança e evitam tudo o que possa magoar-lhe o coração, nada têm que temer nem na vida nem na morte.
A devoção sincera a Maria Santíssima é penhor seguro de salvação. Deus quis que por ela tivéssemos Jesus. E Jesus é a nossa salvação. Por isso o pedido que nos faz a Nossa Mãezinha do Céu é este: “Não ofendam mais o meu Filho!”
As coisas aqui narradas foram quase integralmente extraídas do livro: “O caminho que leva para Deus” do Pe. Arlindo Vieira, S. J.
Bebê é abandonado na manjedoura de uma igreja em Nova York.
O Globo | NOVA YORK — Uma cena que mais parecia uma um milagre de Natal ocorreu em Nova York na segunda-feira. Um bebê de poucas horas de vida foi abandonado no presépio de uma igreja no Queens. A criança foi encontrada por um funcionário da paróquia que chegava do almoço quando ouviu o choro da criança.
Segundo a polícia, uma mulher foi flagrada em um vídeo entrando com o menino enrolado em uma toalha, mas saiu de lá sem ele. Após ser descoberto, o bebê foi levado ao Hospital Jamaica Center para ser examinado. Os médicos que o atenderam informaram que o cordão umbilical dele não foi corretamente cortado e que a criança nasceu quatro ou cinco horas antes de ser deixada na manjedoura.
O reverendo Christopher Ryan Heanue, 28, disse que não via a ação da mulher como um fato triste, mas sim inspirador, pois não havia lugar melhor para ela deixar a criança.
— Eu acho bonito — disse o padre. — A igreja é a casa para todos os necessitados. E ela achou neste estábulo – o lugar onde Jesus achou seu lar – um lar para o filho dela.
Como em muitos estados americano, Nova York possui uma lei que determina alguns locais onde os pais podem deixar seus filhos sem medo de repressão. A igreja está incluída nesses lugares, assim como hospitais e Corpo de Bombeiros. Mas os pais devem alertar alguém para a presença do bebê, o que não ocorreu neste caso.
A polícia agora procura a mulher do vídeo, que acredita ser a mãe do bebê, mas ainda não há pistas sobre ela. Segundo o Hospital Jamaica Center, a criança passa bem.
Peregrinação Summorum Pontificum 2015.
Por Manoel Gonzaga Castro* | FratresInUnum.com
Como anunciamos, outro evento importante relacionado aos católicos tradicionais ocorrido em outubro foi a 4ª edição da Peregrinação Summorum Pontificum. Desde 2012, o evento tem ocorrido sempre no final de outubro em Roma, com seu término marcado por uma Missa Pontifical na própria Basílica de São Pedro.
Essa peregrinação reúne os católicos ligados à Missa Tridentina vinculados à Comissão Pontificia Ecclesia Dei. Em uma promoção da paz litúrgica e deixando de lado as diferenças, fiéis de todo mundo têm ido a Roma uma vez por ano manifestar sua comunhão com o Santo Padre.
Algumas ausências são sentidas: a FSSPX tem preferido não participar por apontar um silêncio dos participantes sobre pontos que considera críticos em relação ao Concílio Vaticano II e à reforma litúrgica pós-conciliar.
O capelão oficial da peregrinação é o sacerdote francês Claude Barthe, que fora ordenado por Dom Marcel Lefebvre em 1979 no seminário de Écône. Posto à margem da FSSPX, ele foi acusado de sedevacantismo e permaneceu em situação canônica irregular até 2005, quando regularizou seu status junto à Comissão Ecclesia Dei.

Este ano, a peregrinação contou com a presença de 200 sacerdotes e seminaristas e com cerca de dois mil fiéis, vindos de todo o mundo. Entre os institutos a participar, destacam-se a Fraternidade Sacerdotal São Pedro, o Instituto do Bom Pastor e o Instituto Cristo Rei e Soberano Pontífice.
Do Brasil, os principais participantes são os membros da Associação Cultural Montfort, que, desde o início dessas peregrinações, tem se ocupado em organizar caravanas para a Cidade Eterna com esse propósito. O alto custo das viagens nunca foi dificuldade para o grupo, que, generosamente, não poupa esforços para estar presente, sempre com um número considerável de peregrinos.
Unidade na diversidade
Na peregrinação se irmanam institutos de tendências diversas — por exemplo, o Instituto Cristo Rei, amigo da TFP de longa data, e o IBP, historicamente próximo à Montfort (embora o IBP tenha, no Padre Raffray, superior da América Latina, também um simpatizante da TFP).
Igualmente demonstrando abertura e superação de divergências passadas, a organização da peregrinação, que hoje tem por delegada brasileira a Sra. Lucia Zucchi, em 2013 convidou para celebrar a Missa Solene Pontifical de encerramento, na Basílica de Santa Maria sopra Minerva, o bispo da Administração Apostólica Dom Fernando Arêas Rifan.
É belo ver pessoas que habitualmente que se evitam, reencontrarem-se diante da Sé de Pedro para dar testemunho da plena comunhão. Trata-se da busca sincera da “reconciliação interna no seio da Igreja”, como pediu Bento XVI (Carta aos Bispos que acompanha o motu proprio Summorum Pontificum).
Oxalá mais e mais brasileiros possam participar desse evento, que aumenta a visibilidade da liturgia tradicional e permite a todos uma manifestação visível de fidelidade ao Santo Padre, cum Petro e sub Petro.
* Fale com o autor:
Frutos da Comunhão na mão.
A politicamente correta ACI não ousa afirmar o óbvio ululante: tal profanação só é possível graças à nefasta prática da Comunhão na Mão, somada ao descuido dos ministros que entregam a Sagrada Hóstia como um biscoito qualquer e sequer se dão ao trabalho de conferir se foi devidamente comungada.
Artista rouba 242 hóstias consagradas e forma palavra “pederastia” com elas em mostra profana
MADRI, 23 Nov. 15 / 03:00 pm (ACI).- O município de Pamplona (Espanha) permitiu a mostra sacrílega de Abel Azcona, que, depois de roubar 242 hóstias consagradas durante as missas simulando que ia comungar, colocou-as no chão formando a palavra “pederastia”. As fotos de como foi realizado o roubo das hóstias estão expostas em uma sala pública de arte em Pamplona, patrocinada pela prefeitura da cidade governada pela aliança independentista vasca, Bildu. A Plataforma “Abogados Cristianos” (em português: Advogados Cristãos) fez uma denúncia contra Azcona por violação do Código Penal espanhol e estipulou que até a próxima quinta-feira a prefeitura retire tal exposição sacrílega.
A assessora de cultura do município, Maider Beloki, apresentou a mostra com o título de “Enterrados” durante a última sexta-feira, a qual contém fotografias de como as hóstias consagradas foram roubadas e colocadas no chão. As hóstias permaneceram no chão até que um cidadão as retirou da exposição.
Polonia Castellanos, porta-voz da Plataforma Abogados Cristianos, declarou ao Grupo ACI que colocaram uma queixa contra o autor da exposição por “haver cometido em delito contra os sentimentos religiosos e a profanação, que estão nos artigos 524 e 525 do Código Penal espanhol”.
“O município de Pamplona também recebeu o prazo para que até a próxima quinta-feira a exposição seja fechada. Caso contrário, ampliaremos a queixa em grau de cumplicidade e cooperação necessária”, precisou Castellanos.
Nesse sentido, a Plataforma Abogados cristianos também manifestou que ficou surpreendida pela colaboração do município nesta profanação. “Não sei por que um município, de qualquer política que seja, permitiu algo que claramente é considerado um delito”.
“Em princípio, os poderes públicos como o município existem a fim de velar que delitos como estes não aconteçam, mas não para ajudar que estes sejam cometidos. O código penal é o mesmo para todos e se não tirarem a exposição antes desta quinta-feira, deverão responder por isso”, assegurou Castellanos.
Caso Abel Azcona tivesse antecedentes penais, como existem indícios disso, poderia pagar não só uma multa, mas também passaria pela prisão.
A plataforma Maslibres.org se manifestará hoje à tarde ante a Prefeitura de Navarra a fim de protestar pelo uso “de um espaço municipal para albergar o maior ataque dos últimos anos contra os católicos”.
Conforme explica Maslibres.org, a exposição fotográfica “é um flagrante ataque às liberdades e um espetáculo que demonstra a pobreza moral e criativa do suposto artista”.
“A cessão de um espaço municipal que todos os cidadãos da capital forense contribuem a manter com seus impostos, converte o Governo municipal em cúmplice do que se pode considerar o maior ataque dos últimos anos contra os católicos”, acrescentou Miguel Vidal, porta-voz da associação.
Até agora foram recolhidas mais de 18 mil assinaturas na plataforma change.org a fim de que a Prefeitura retire totalmente e de maneira imediata tal exposição que atenta contra os sentimentos religiosos.
Para assinar a retirada desta exposição sacrílega acesse esta página em espanhol: https://www.change.org/p/ayuntamiento-de-pamplona-paren-ya-esta-grave-profanaci%C3%B3n-p%C3%BAblica-es-un-delito
Quando a Maçonaria decide “ajudar o Papa”…
“Francisco está sereno.” Claro, Nuzzi o está ajudando
Por Maurizio Blondet, Chiesa e post concilio – 05 de novembro de 2015 | Tradução: Gercione Lima – FratresInUnum.com: Dando por descontadas as figuras desprezíveis, os maus costumes e as ações repugnantes por parte de alguns prelados envolvidos nos últimos escândalos do Vaticano, tudo nos leva a farejar uma meta bem precisa. Basta apenas pôr em relevo a cronologia, a sequência de eventos provocados, e uma vasta e bem coordenada operação reflete uma estratégia ampla e harmoniosa envolvendo muitas mãos.
Fase 1 – São anunciados não um, mas dois livros sobre os escândalos do Vaticano, escritos de forma independente por dois autores que dizem não se conhecer um ao outro, e lançados simultaneamente por duas editoras.
Fase 2 – Em seguida, são anunciadas as clamorosas prisões feitas pela gendarmeria pontifícia de dois personagens conhecidos como “os corvos”, os quais teriam vazado informações “confidenciais” aos dois jornalistas, autores de dois livros a serem lançados em breve. Vazamento de documentos confidenciais que é “fruto de uma traição grave à confiança depositada por parte do Papa”.
O caso, sem precedentes na modernidade, de dois personagens lançados nas masmorras do Vaticano (a bonitona Chaouqui e “um prelado do Opus Dei”, arregalam os olhos dos jornais), e, naturalmente, geram uma grande publicidade para os dois livros, que ainda não foram lançados [ndt: quando da redação deste artigo], mas que todos agora aguardam espasmodicamente. No mundo inteiro, editores já firmaram contratos de publicação e traduções em 15 países.
A Sala de Imprensa bergogliana emite então um estranhíssimo comunicado, como se já soubesse de antemão o conteúdo dos livros e o aprovasse, deplorando apenas o “modo” utilizado para se obter as informações.
“Publicações deste tipo não contribuem de forma alguma para estabelecer a clareza e a verdade, mas sim para criar confusão e interpretações parciais e tendenciosas. É necessário absolutamente evitar o equívoco de pensar que esta é uma maneira de ajudar a missão do papa”. Por que, talvez, alguém poderia suspeitar que toda a manobra foi feita para “ajudar” a missão do Papa? E qual missão?
Fase 3 – Os dois livros continuam não disponíveis [ndt: como dito, no momento da redação deste artigo]; ninguém ainda os leu, mas a mídia já recebeu antecipações suculentas e fazem entrevistas com seus autores. “Riqueza, desperdícios e jogos de poder – atrizes e viagens de ouro, alfaiates e assinaturas de canais pornográficos; despesas-fantasmas de milhões que foram roubados das ofertas das Missas”, são apenas alguns dos títulos.
Fase 4 – O frenesi da mídia ao explicar com unanimidade: este novo Vatileaks é um outro complô de “conservadores” que impedem o Papa de “fazer as reformas.” Os corruptos, ladrões de ofertas das Missas e do hospital do Menino Jesus, os proprietários de coberturas de 700 metros quadrados, são os mesmos que “não querem a renovação”, a “limpeza nas finanças do Vaticano”, são os estelionatários que usam o IOR para lavagem de dinheiro… e assim por diante. Mas, absolutamente, não é verdade – muitos dos envolvidos foram nomeados pelo próprio Bergoglio para os cargos dos quais tiraram proveito, os modernistas, os carreiristas e puxa-sacos. Mas, a mensagem que deve ser passada é essa: vejam… a Igreja “velha” é corrupta, as hierarquias “conservadoras” são ricas e escandalosas, os cardeais são nojentos e imundos. São exatamente aqueles que se opõem ao “novo”… Apenas o Papa é limpo, honesto e inovador, verdadeiramente santo… E essa é exatamente a mensagem que Bergoglio e sua junta sul-americana fizeram de tudo pra passar desde o início.
“A mídia italiana vive em uma verdadeira bolha de papolatria”, escreve Socci, com razão: “Bergoglio é visto como o bem absoluto e quem não concorda com ele é retratado como um conspirador sinistro ou um emissário do mal”.
Fase 5 – O escândalo não deixa indignado e nem entristece muito Sua Santidade. “Francisco é calmo e sabe o que fazer… Ele prossegue sem incertezas no caminho da sua boa administração”.
Fase 6 – Nuzzi, um dos autores dos dois livros simultâneos, ao falar na conferência de imprensa de lançamento do seu volume, repete a palavra de ordem combinada: “Eu acho que este Papa está levando avante as reformas e encontra uma série de dificuldades” . É a tese que se deve passar. As “reformas”, as “reformas”: a comunhão para divorciados, o casamento gay, a Igreja pobre pelos pobres, todo o repertório. Se tivesse sido Bergoglio a sugerir a estratégia, não poderia fazer melhor a seu favor. Nuzzi, na conferência de imprensa, também disse outra coisa, do nada: que ele não teve nenhum contato com o Papa. E por que ele deveria ter tido algum contato com o Papa? Quem pensaria nisso? E então ele acrescenta: “Se eu tivesse tido, certamente não iria torná-lo público, porque se converteria em outra forma de instrumentalização”. E se, talvez, Nuzzi tenha mesmo se encontrado com o Papa? E se tudo isso fosse, de fato, um belo complô arquitetado a favor de Francisco? Graças a estes “escândalos”, (muitos dos quais antigos e já conhecidos, outros nem tanto, como o dinheiro que corre para as causas de beatificação) o partido sul-americano poderá proceder com novos expurgos na cúria romana.
Se isso soa conspiração absurda, lembre-se que este papado tem a confiança da Maçonaria. Bergoglio foi eleito em 13 de março de 2013. No mesmo dia, algumas horas mais tarde, um comunicado oficial do Grande Oriente foi emitido. Nele, o Grão-Mestre Gustavo Raffi previa com incontida alegria: “Com Papa Francisco, nada será como antes.”
Pergunta ingênua que não quer calar: como é que Raffi sabia disso de antemão? Antes de todos? E por que ele cumprimentou o Papa com uma declaração oficial em papel timbrado do Grande Oriente, portanto, não uma missiva pessoal, mas da Fraternidade Universal? Antecipando ainda mais as razões de propaganda e motivos ideológicos que o argentino iria colocar no centro da sua ação: “o jesuíta que está muito próximo da história recente tem a grande oportunidade de mostrar ao mundo o rosto de uma Igreja que precisa recuperar o “anúncio de um nova humanidade (note a terminologia construída). Bergoglio conhece a vida real e recordará a lição de um dos seus teólogos de referência, Romano Guardini, para o qual não se pode separar a verdade do amor”.
“A cruz simples que ele usa sobre as vestes brancas – disse o grão-mestre do Palazzo Giustiniani – nos dá a esperança que uma Igreja do povo reencontre a capacidade de dialogar com todas as pessoas de boa vontade e com a Maçonaria, que, como ensina a experiência da América Latina, trabalha para o bem e o progresso da humanidade, tendo como referências Bolivar, Allende e José Martí, para citar alguns”.
Alguns dos personagens secularíssimos que arquitetaram o novo escândalo do Vaticano têm ares e palavras de maçons. Quando a Maçonaria decide que é hora de “ajudar o Papa”, pode muito bem organizar o concerto papolátrico tão evidente na mídia. Depois, se esse tambor semear desgosto, náuseas e consternação entre os fiéis, melhor ainda.
Maurizio Blondet, 05 de novembro de 2015
Summorum Pontificum no Brasil: Santa Missa em Santo Amaro, SP.
