Bergoglio contra Jesus: o Papa que se acha melhor do que Nosso Salvador.

Por Antonio Socci, 10 de abril de 2016 | Tradução: FratresInUnum.comE não é que tinha razão o Cardeal Kasper, que há um mês anunciou a “grande revolução”? Com a Exortação Apostólica “Amoris Laetitia” será que Bergoglio derruba o Magistério da Igreja, colocando-se acima das palavras de Cristo e dos Mandamentos de Deus?

A palavra é não, ele diz que não muda a doutrina. Mas, na verdade, hoje deu abertura a algo que até agora a Sagrada Escritura e a Igreja sempre proibiram.

A operação “dupla verdade” está embutida na ambiguidade dos discursos esfumaçados e enganosos. Por quê? Será que é para camuflar a “revolução”, já que não é permitido na Igreja derrubar a lei de Deus?

Sim, mas antes de tudo por uma questão de prudente gradualismo: é a estratégia da rã cozida que está sendo aplicada na Igreja.  Sabemos que se jogarmos uma rã numa panela de água fervente ela irá saltar fora. Mas se, ao invés, colocamos a rã em uma panela de água morna que aos poucos vai se esquentando, no fim ela acabará cozida sem perceber.

Assim, nos últimos meses, estamos assistindo a uma contínua demolição da doutrina católica. Todos os dias um golpe diferente. No final, a Igreja será empurrada a se dissolver em uma espécie de ONU das religiões com um toque de Greenpeace e CGIL.

De resto – repito – foi o próprio cardeal Kasper que falou sobre “primeiro passo” da “revolução” e Kasper é aquele que, em fevereiro de 2014, no Consistório, foi usado por Bergoglio para lançar a “bomba” da comunhão para divorciados novamente casados. 

FORA DO CAMINHO 

Esta “revolução” ocorre principalmente mediante a supressão da noção de “pecado mortal”. Algo que o próprio Cardeal Muller já havia alertado:

“O maior escândalo que pode dar a Igreja não é o fato de que dentro dela existam pecadores, mas que deixe de chamar pelo nome a diferença entre o bem e o mal e passe a relativá-la, que pare de explicar o que é o pecado ou finja justificá-lo em nome de uma alegada maior proximidade e misericórdia para com o pecador”.

João Paulo II já havia explicado que alertar sobre a gravidade do pecado e do risco de condenação eterna é a maior caridade materna por parte da Igreja.

Essa deveria ser a tarefa fundamental do papa: o mandato de Jesus Cristo a Pedro é “confirmar na fé” os irmãos, e não confundi-los, desestabilizá-los e desviá-los.

Mas na era de Bergoglio não é assim. O mesmo Cardeal Muller, guardião da fé, disse a um jornalista do Die Zeit, há três meses, que não considerava Bergoglio um papa herético, mas acrescentou: “Algo completamente diferente é quando um ensinamento de fé apresentado oficialmente seja talvez expresso de uma maneira lamentável, enganosa ou vaga”.

Considerando o papel desempenhado pelo cardeal, estas palavras parecem-me muito duras. Porque ser “desviante” significa levar para fora do caminho. E será que é admissível um papa desviante?

Além disso, a Exortação demonstra que esta ambiguidade desviante não é um acidente involuntário, mas uma estratégia deliberada e precisa. Tanto é assim, que desde ontem explodiu para todos os lados uma mistura violenta de interpretações da Exortação, devido à nebulosidade do texto e suas gritantes contradições.

DUPLA VERDADE 

A confusão, portanto, é alimentada pelo próprio papa Bergoglio que tem o dever – de acordo com o Evangelho – de falar com absoluta clareza: “que o vosso falar”, Jesus ordena: “seja sim (em caso afirmativo) ou não (se é não). Mais do que isso, vem do Maligno “(Mt 05, 37).

Em vez disso, hoje, o duplo binário e a dupla verdade são evidentes porque o partido bergogliano, para os de dentro de casa, tenta tranquilizar afirmando que nada muda (então por que causar esse terremoto dentro da Igreja nos últimos dois anos e soltar agora esse documento de 260 páginas?), enquanto para os de fora soa a fanfarra anunciando uma reviravolta épica. Não é sem motivo que todos os jornais seculares ultrabergoglianos comemoram com manchetes como: “Sínodo, as aberturas de papa Francisco: Comunhão possível para divorciados novamente casados” (Repubblica.it); “Sacramentos para os recasados. O Papa abre” (Corriere.it).

Por que Bergoglio não nomeia então padre Lombardi para desmentir essa interpretação dos jornais, uma vez que sempre o manda correndo para negar os boatos banais sobre a sua saúde física? Será que não é mais importante defender a fé contra possíveis falsas declarações do que desmentir problemas de saúde?

Um exemplo perfeito dessa ambiguidade proposital foi a constrangedora conferência de imprensa para apresentar a exortação, conduzida pelo Cardeal Schonborn, que ficou pisando em ovos pelo menos por duas horas.

É a dupla verdade que domina hoje no Vaticano.

DESPREZÍVEL

Aqui está um exemplo impressionante no texto da Exortação. Para ser capaz de afirmar – em palavras – que não muda nada na doutrina, Bergoglio deveria recordar de alguma forma em que condição até agora a Igreja permitiu aos recasados de se aproximarem da comunhão, ou seja, sob a condição de que eles vivam “como irmão e irmã.”

Essa foi a passagem decisiva da “Familiaris Consortio” de João Paulo II que deveria  ser central na Exortação de Bergoglio, se ela estivesse em continuidade com o Magistério de sempre.

Mas esta regra, Bergoglio nem sequer menciona no texto, prefere relegá-la a uma nota de rodapé, no No. 329, e logo depois acaba por demoli-la de vez, ao dizer que sem uma certa “intimidade” acabaria comprometida  a “fidelidade”.

O que demonstra que para Bergoglio não há mais diferença entre famílias e casais irregulares. Aliás, na verdade, não existem mais situações “irregulares” e “não se pode dizer”  que se trata em si mesmo de “pecado mortal”. Este é o ponto decisivo.

De fato, ainda que não se diga explicitamente que esses casais podem ser admitidos à comunhão sacramental, dá a entender que esta pode ser concedida “caso a caso”. 

LIQUIDAÇÃO DA IGREJA

Comprovadamente, a exortação contradiz a letra e o espírito do decreto sobre a justificação do Concílio de Trento, a Constituição dogmática Lumen Gentium (Vaticano II) e a encíclica sobre moral de João Paulo II, Veritatis Splendor.

Na verdade, ela não coloca como um bem absoluto a ser preservado o fato de estar na graça de Deus e, portanto, a salvação das almas (lei suprema da Igreja), mas sim considerações sociais, sociológicas e sentimentais, iludindo e enganando seriamente os fiéis sobre a sua situação perante Deus, colocando em grave perigo a salvação de suas almas.

Bergoglio evita falar da “lei moral” que a Igreja compilou por séculos em dogmas e regras canônicas ou, quando o faz, apresenta-os com desprezo como algo “abstrato” que não pode ser aplicado a situações “concretas”.

Ele chega ao ponto de desafiar o próprio Jesus em seu confronto com os fariseus sobre a questão do divórcio (Mt 19, 3-12). Com efeito, Bergoglio sustenta que não se deve apresentar “um ideal teológico do matrimônio demasiado abstrato, quase artificialmente construído, muito longe da situação real e das reais possibilidades da família como ela é” (36).

Seria uma “idealização excessiva”. Pior ainda: “não se deve jogar sobre duas pessoas limitadas o enorme fardo de ter que reproduzir de modo perfeito a união que existe entre Cristo e sua Igreja” (122).

Em compensação, Bergoglio institui novos pecados graves: o pecado  dos chamados “rigoristas”, culpados de recordar a lei de Deus. Mais especialmente, aqueles que não compartilham suas visões políticas sobre questões sociais.

No n. 186,  Bergoglio, finalmente, recorda a passagem de São Paulo, que impõe receber “dignamente o Corpo de Cristo”, caso contrário se “come e bebe a própria condenação”. Mas, para explicar o que significa “de modo digno” não diz “na graça de Deus” (como a Igreja sempre ensinou).

Não adverte casais em um estado de “pecado mortal”, mas sim aquelas “famílias que se fecham em seu próprio comodismo… que permanecem indiferentes ao sofrimento das famílias pobres e mais necessitadas”.

Os pecados morais são assim desclassificados, enquanto em contrapartida, Bergoglio institui os pecados sociais (ou socialistas). Portanto, para o bom entendedor, deveriam se abster de receber a Eucaristia todos aqueles que não compartilham de seus pontos de vista sobre a imigração.

Antonio Socci

Libero, 10 de abril de 2016

13 comentários sobre “Bergoglio contra Jesus: o Papa que se acha melhor do que Nosso Salvador.

  1. Quero saber o que os ridículos e balofos “conservadores” da igreja conciliar irão doravante propor à consciência dos fieis. Pois cumpre-se dia a dia aquilo que Mons. Lefebvre disse quando das sagrações episcopais de 1988: os caminhos da Igreja conciliar levam “tout simplement” à apostasia (em 1:53 do video).

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  2. Crer-se-ia que haveriam interesses de deturparem a doutrina da Igreja em nome de uma suposta e mal entendida “misericordia”, como para com os adúlteros, aparentemente favorável aos que estão em situação objetiva e gravemente faltosa, pecadores públicos, péssimos exemplos como cristãos, escandalosos; doutro lado, tais concessões facilitariam, pior ainda, a perversão dos parentes mais próximos e dos eventuais filhos por causa dos procedimentos relativistas, incentivadores de esses se converterem em suas futuras réplicas!
    Temos também diversas conferências episcopais mais envolvidas em ecohumanismos, legando a fé a um segundo ou ao último plano, ao darem suporte ao acima, preterindo a fé em sua integridade, assim como varios dentro do Vaticano, como o cardeal Kasper e associados, procedendo como rebelados e demolidores da fé católica de sempre, modernistas, mais se parecendo conspiradores infiltrados a serviço de podres poderes!
    Essa do “caso a caso”, faz-nos recordar das quatro principais conjunções adversativas: “mas, porém, todavia, contudo” e, se checarmos sua aplicação no contexto acima, concluiremos “não se muda a doutrina da Igreja”, PORÉM, cada caso é peculiar, será examinado cada um em seu contexto, e poderiam sair da regra geral, ou seja, a leis do Senhor Deus e da Igreja são essas, TODAVIA, a práxis poderia ser mudada em cada caso particular!
    Conte comigo, mas em certos momentos…
    Passa-nos a impressão que haveria um abuso do conceito de misericórdia, e se tenderia ocultar a justiça do Senhor Deus; isso poderia ser uma cilada para mais rapidamente alienarem as mentes por aceitação de uma cristianismo fácil, como nas seitas, a criterio pessoal – v opta e decide – e introduzirem um cristianismo macaqueado, o pretendido pela religião globalista.
    Por quais motivos existiriam pontos obscuros, ambiguos, enigmáticos, imprecisos depois de tanto tempo de preparação para lançamento, por ex., mitigando ou abolindo o Sexto Mandamento?
    Até hoje nada ouvi, nem uma micro, melhor, nano observação de parte do clero e da Alta Hierarquia nas homilias e boletins paroquiais, excetuando os raros de sempre, de interpelarem certos alocuções e documentos contenedores de dúvidas e conduzentes ao relativismo; muito ao contrario – desmedidos elogios!
    E nos deparamos com cada saída que os cleaners e equilibristas conseguem!…

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  3. Não sou teologo,apenas um professor de historia,e católico,mas vejo,sacerdotes,doutores das leis e fariseus,procurando encontrar uma brecha para derrubar,o chefe da Igreja,assim como queriam derrubar Jesus no seu tempo.Que o espirito Santo ilumine o Santo Papa.Quem vai julgar o que o Papa faz com a Igreja, é Deus Pai Criador de todas as coisas,elevo a Deus minhas preces pelo Papa Francisco.

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    1. Prezado Carlos Antonio,

      O que se espera de um professor da história, é que conheça história (e um pouco de gramática).

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  4. O que tem a ver esse texto com imigracao? Posicao do autor e politica com argumento teologico. Perdeu credibilidade. Nao concordo com expressoes liberais do papa. Mas sua enciclica e expressoes so podem ser interpretadas de acordo com magisterio, apesar de novas linguagem, cuja nao pode ter o mesmo significado popular ou secular.

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  5. Diante de fatos inegáveis de leis eclesiásticas que dão azo, espaço e mesmo motivos para abusos prejudiciais às almas, alguns concluem que o Papa não é papa. Caem no Sedevacantismo. Isto porque não admitem, que fora do campo da Infalibilidade um papa possa prejudicar as almas com leis ambíguas.
    Outros, pelo mesmo motivo, ou seja, o papa não pode errar nunca em se tratando de leis eclesiásticas porque, além da infalibilidade positiva, existe uma outra chamada “negativa”, aliás mais abrangente do que a própria infalibilidade absoluta e positiva. Então, temos que aceitar tudo de olhos fechados. E muitos caem no Progressismo. Existe sim a infalibilidade “passiva”, ou seja, os fiéis, devidamente instruídos pelo Magistério Vivo, Perene e Infalível, também não erram, seguindo fielmente estes ensinamentos.
    Estamos em tempo de crise na Igreja. Em tempos normais não seriam necessárias estas advertências.
    Mas o próprio Código das leis eclesiásticas, isto é, o Código de Direito Canônico, cânon 212 § 3 assim reza: “Os fiéis, segundo a ciência , a competência e a proeminência de que desfrutam, têm o direito e mesmo por vezes o dever, de manifestar aos sagrados Pastores a sua opinião acerca das coisas atinentes ao bem da Igreja, e de exporem aos restantes fiéis, salva a integridade da fé e dos costumes, a reverência devida aos Pastores, e tendo em conta a utilidade comum e a dignidade das pessoas.”
    Aqui, reconhece-se o direito à liberdade de expressão e de opinião pública dentro da Igreja acerca das coisas atinentes ao bem da Igreja. Não há esta liberdade quando se trata de dogmas. Fora do campo da Infalibilidade há este direito, mas deve ser exercido com toda reverência devida aos Pastores.

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  6. Muito sábias as palavras do Padre Elcio, em especial a infabilidade passiva. Seguindo os ensinamentos do insigne padre no que tange ao respeito aos pastores, mesmo que discordando, suscito um estado de espírito que pode atenuar a observação que fazemos de Bergoglio. Quem conhece as favelas nunca mais será o mesmo. De fato as condições de vida de alguns são lamentáveis (existem moradias decentes, inclusive com dois ou três pavimentos). Portanto, não condeno a proposição eclesiástica em denunciar essas precárias condições. Sabemos que Bergoglio agiu nas favelas de Buenos Aires, e por certo seu espírito foi acoimado, tal qual aqueles que viviam nas degradantes condições, por impulso da natural compaixão. Devemos, então, entendê-lo nas suas agruras neste aspecto. Conquanto, Bergoglio teve a glória de ser agente da consagração da Hóstia, bem como o orgulho de pertencer à vetusta ordem dos Jesuítas. Tal qual a miséria o feriu, também as eternas disposições religiosas haveria de sensibilizá-lo, mesmo que antigas e tradicionais. Ora, o que sucedeu com o Papa, bem como com os modernistas, é a que debruçam-se obstinadamente nas questões seculares tornando-se gradativamente desinteressados nas questões espirituais mais elevadas.

    Os favelados mereciam, sim, uma comiseração, mas tal atitude deveria ser acompanhada com uma vigorosa ação religiosa, o que antigamente se chamava de apostolado, pois ficariam amparados na barriga e na alma. Porém, as vetustas disposições espirituais contrapõem-se ao hedonismo moderno, e os progressistas não querem condenar o hedonismo (mas condenam a miséria física), pelo contrário querem adaptar-se a essa nova realidade, que de nova não tem nada, porque advém dos longínquos anos 30, quando da ascensão do “american way life”.

    O resultado é essa situação capenga. Os bens espirituais são protelados, e o discurso social exaltado. Pois bem, assim agindo Bergoglio é condenado por ele mesmo, porque em alocução passada disse que a Igreja não é uma ONG. Ora, a ONG é uma organização laica que se dispõe resolver questões seculares, inclusive sociais. Destarte, é patente que a Igreja está tornando-se uma ONG, a despeito da própria crítica do Papa. O acolhimento ilimitado dos recasados e dos casais gays sob o pretexto que a “praxis” supera a doutrina, revela que o secular sobrepôs-se sobre o espiritual, e que a atual diretriz de Roma assemelha-se a uma ONG.

    Cada qual com a sua missão. Está certo Bergoglio. A Igreja não é uma ONG. A Igreja é a esposa de Cristo, e como tal, tem como missão primordial a ação no campo espiritual, e em decorrência desta missão debruça-se nas questões seculares sem, contudo, perder o seu norte, vale dizer, a expressão espiritual, que também é fortificada pela sua sagrada doutrina.

    Ora, a doutrina religiosa não é norma civil. A norma civil pode ser derrogada. Pode acontecer de uma lei ser suspensa, ou mesmo extinta. A doutrina, diferentemente, não pode ser suspensa ou derrogada, porque emanada do Magistério, e em decorrência da Revelação. Então, não pode a Igreja colocar “de molho” a doutrina, hibernando pela vontade dos homens, para que neste hiato suceda modificações na esfera moral, mesmo em nome da misericórdia, pois os ditames foram estabelecidos por Deus, que por misericórdia, e aí sim de forma integral, veio a terra para reforçar a verdadeira lei.

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  7. Luís Martins, você deveria ler as mensagens do facebook…. Não existe nenhuma afirmação do padre sobre a aceitação da comunhão aos divorciados, pelo contrário, pois ele escreveu: As portas para os sacramentos sempre estiveram abertas para os divorciados que voltaram a casar. As únicas exigências necessárias são as mesmas que se faz a qualquer fiel, sem distinção. A saber, para os sacramentos da Penitência e Comunhão: arrependimento sincero dos pecados, e estado de graça. Sempre foi assim!

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  8. Nildo Liborio, o que tem a ver esse texto com imigracao? Se você estivesse vivendo na Europa invadida por muçulmanos disfarçados de refugiados e com um Papa ameaçando e vociferando contra aqueles que não querem essa horda de invasores, saberia muito bem do que Socci está falando.
    No passado os Papas enviaram as Cruzadas para liberar os locais santos da ocupação islâmica. E o que fazer agora quando é o próprio homem que ocupa o ofício papal que dá boas vindas a essa ocupação a ponto de trazer para o Vaticano em seu próprio avião 11 famílias muçulmanas, enquanto deixa pra trás os cristãos?
    Na cartilha de Bergoglio, sodomitas, adúlteros, travestis, aborteiros são todos bem vindos à mesa da Comunhão, mas aqueles que se recusam a acolher a invasão islâmica na Europa ou os mexicanos que invadem ilegalmente o USA pela fronteira , esses sim não são cristãos e nem deveriam se aproximar da Comunhão.

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  9. Lá vem pedrada

    A coragem do papa Francisco ao se interessar por ecologia é um alento para a lucidez universal que vê os perigos se intensificarem, mas é uma provocação para os imediatistas. Estes são em número desproporcional aos preservacionistas. Se não fossem, a Terra não estaria na contradição de verdadeira “lata de lixo“, como bem assimilou o pontífice.

    A cupidez desenfreada tenta desqualificar a preocupação com o papa. Li um editorial em que ele é acusado de utopista, ingênuo e, em seguida, de incoerente. Por que motivo a incoerência? Porque a Igreja Católica se descuida do planejamento familiar e incentiva a procriação sem limites, como se o “crescei-vos e mutiplicai-vos” não fora uma recomendação para os primórdios da povoação da Terra. O argumento é descabido, quando se constata que Francisco foi o primeiro a ter coragem de afirmar que os homens não devem “procriar como coelhos“. Isso foi recente! Recado para aqueles que povoam o mundo sem condições de propiciar saudável qualidade de vida aos seus descendentes.

    A verdade é que o mundo está sendo dilapidado, maltratado, dizimados e morto por aqueles que não têm a menor sensibilidade e ridicularizam os ambientalistas. A igreja Católica, instituição bimilenar e conservadora, acordou para a calamidade que só os cegos morais e os surdos éticos não querem enxergar nem ouvir.

    Já ultrapassamos o limite do tolerável. Lamente-se que as crianças, inocentes e insuscetíveis de serem responsabilizadas, serão as que mais sofrerão com nossa cumplicidade. Já não somos apenas inertes e omissos. Somos cúmplices, coautores, igualmente responsáveis pelo crime inominável e inafiançável, que é o de sepultar o futuro da humanidade. Ler a encíclica papal é urgente. Quanto aos críticos, isso é o que mais tem produzido a mediocridade, assim como os resíduos não reciclados resultam em pestilências mortais.

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