Testamento espiritual do Pe. Amorth: “Com Cristo ou com satanás, não existe meio termo”

ACI – Em sua última entrevista à imprensa, o exorcista Pe. Gabriele Amorth, falecido há alguns dias, deixou como testamento espiritual a seguinte frase “Com Cristo ou com satanás”.

 

Em uma inédita entrevista com David Murgia de TV2000, o sacerdote deixou seu testamento espiritual: “que esta frase ‘Com Cristo ou com Satanás, não existe meio termo”, fique gravada nas pessoas que tiverem a paciência para escutar-me”.

Em um vídeo publicado em Youtube, o Pe. Amorth recorda que “o diabo existe e é o principal inimigo de Deus. Deus quer levar a todas as pessoas ao paraíso e o diabo quer leva-los ao inferno”.

Deste modo ressalta que “aqueles que dizem – muitas pessoas se identificarão com esta frase–, por exemplo: ‘eu acredito em Deus, mas não sou praticante’, estão com Satanás, estão com Satanás! ”.

“Alguma vez, durante um congresso de bispos, gostaria que o cardeal que o presida tivesse a coragem de perguntar ‘levante a mão quem já fez exorcismos’ e logo depois de que poucos levantassem a mão, todas deveriam estar levantadas, porque o bispo tem o poder único e exclusivo de nomear exorcistas, deveriam ser muitos”, prosseguiu.

Ao concluir, o Pe. Amorth exortou a permanecer sempre com o Senhor: “Estejam com Jesus! E recordem que não pode ser de outra maneira: quando não estamos com Jesus, estamos com Satanás”.

O Pe. Gabriele Amorth faleceu na sexta-feira, 16 de setembro, às 19h50, hora da Itália, aos 91 anos.

O religioso se encontrava há algumas semanas no hospital da Fundação Santa Luzia de Roma devido a doenças pulmonares. Chegou a realizar dezenas de milhares de exorcismos.

Outro sacerdote espanhol, Pe. José Antonio Fortea, escreveu que o Pe. Amorth sempre foi “uma luz para os outros exorcistas”, uma missão “realmente dada por Deus”.

“O Padre Amorth não era apenas mais um exorcista”, pois com “sua voz forte, vigorosa, falou com milhões de pessoas a respeito da ação do demônio”, ressaltou.

10 comentários sobre “Testamento espiritual do Pe. Amorth: “Com Cristo ou com satanás, não existe meio termo”

  1. “Existem dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande.” – Didaque

    “De tudo isso podemos aprender que existem sobre a terra duas raças humanas e
    realmente apenas essas duas: a ‘raça’ das pessoas direitas e a das pessoas torpes.” – Viktor Frankl, Em Busca de Sentido

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  2. Jesus é o Mestre por excelencia exigente: não aceita meios termos de adesão nem nem divisão em O servir e a outros poderes, a começar de:
    “Conheço as tuas obras, que nem és frio nem quente; quem dera foras frio ou quente!
    Assim, porque és morno, e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca”. Ap 3 15-16.
    Pe Gabrielle Amorth foi bastante contundente e enfático ao definir as fronteiras entre o bem e o mal: não há meio termo: ou se está com Jesus ou com o diabo!
    Quem não se enquadrar perfeitamente dentro dos limites que o Mestre propõe, automaticamente se exclui, podendo recordar o caso do jovem rico que deixou de seguir a Jesus por ser rico: interessara-se, mas tinha seus apegos; idem poderia suceder conosco com outras preferencias das quais não queiramos abrir mão e que comprometeriam adesão a Ele, sem ressalvas!
    Há até a absoluta necessidade de “odiar” os familiares e a própria vida. “Se alguém vier a mim, e não aborrecer a seu pai, e mãe, e mulher, e filhos, e irmãos, e irmãs, e ainda também a sua própria vida, não pode ser meu discípulo” Lc 1426 e 12:51-53).
    Parecem-nos serem duras palavras, embora autênticas: deixar de lado todos os interesses que impeçam uma entrega completa e uma lealdade totais a Cristo. Entenda-se esse “ódio” comparado ao amor que Jesus exigira no parágrafo acima, pois os discípulos têm que amar Jesus mais do que a todos os outros, e serem fiéis e leais a ele em primeiro lugar, transcendendo a todas as relações de família e todos os desejos pessoais.
    Hoje em dia há uma tendencia perniciosa de se exaltar uma mal entendida misericordia, podendo-se aliar a certos modernismos sem que nos causem divisões, pois se a enfatiza demasiado e praticamente se suprime a Sua justiça, assim dando a entender que se poder praticar um cristianismo dividido, sem que cause nenhum mal, pois a “misericordia” compensaria…

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  3. Pe Amorth nunca foi insipido, fez a diferença. Quando muitos relativizam e procuram situar-se à sinistra ele manteve-se firme na destra até o fim. Bendito do Senhor…
    “Vós sois o sal da terra. Se o sal perde o sabor, com que lhe será restituído o sabor? Para nada mais serve senão para ser lançado fora e calcado pelos homens.
    Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre uma montanha, nem se acende uma luz para colocá-la debaixo do alqueire, mas sim para colocá-la sobre o candeeiro, a fim de que brilhe a todos os que estão em casa.
    Assim, brilhe vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem vosso Pai que está nos céus.” (São Mateus 5:13,14,15,16)
    “Então o Rei dirá aos que estão à direita: – Vinde, benditos de meu Pai, tomai posse do Reino que vos está preparado desde a criação do mundo…” (São Mateus 25:34)

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  4. Tinha vista o vídeo dessa entrevista com o Pe. Gabriele. Fico contente de agora ver a sua tradução. Aproveito para partilhar o vídeo.

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  5. Por declarações como essa, é que o Pe. Gabriele Amorth era admirado! Além, é claro, de sua imensa caridade e trabalho incansável em prol da libertação das pessoas que sofriam alguma forma de distúrbio diabólico.

    Não é a toa que ele sempre falava da necessidade de os bispos nomearem exorcistas, pois ele sabia da omissão dos bispos nesse sentido e, consequentemente, do grande abandono das pessoas que se encontram possuídas ou atormentadas pelo demônio.

    A leia da Igreja relativa ao exorcismo, nesse sentido, se tornou uma lei anacrônica e rígida demais, pois nos tempos em que vivemos há um crescimento alarmante de pessoas que sofrem de algum tipo de distúrbio diabólico, incluindo a possessão. Os motivos disso são vários, como a apostasia generalizada, a perda da fé, o neo paganismo, o satanismo e as diversas práticas ocultistas.

    O Pe. Gabriele Amorth também tinha tentando obter do Papa Francisco uma mudança da lei eclesiástica sobre o exorcismo, a fim de tornar o exorcismo acessível a todos os sacerdotes, mas infelizmente não consegui.

    Ele deixa de certa forma a sua missão aos exorcistas que ficaram.

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  6. No livro Hostage of the devil, um romance de autoria de Malachi Martin, baseado em casos reais de possessão demoníaca, ele alertava sobre uma atmosfera de satanismo na sociedade americana. Infelizmente, hoje em dia, podemos estender esse alerta a todas as sociedades do mundo.

    Diante de um alerta como esse, podemos entender um pouco mais por que o Pe. Gabriele Amorth sempre pregava a necessidade de os bispos nomearem exorcistas.

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  7. Transcrevo algumas citações de Hostage to the Devil, de Malachi Martin, que estão no segundo vídeo que partilhei.

    Essas citações ajudam a entender por que estão aumentando os casos de possessão demoníaca, além das outras formas de distúrbio diabólico.

    “No none lives far from some geographical area where some form of ritualistic Satanism is practiced.” (Malachi Martin)

    “Ritualistic Satanism and its inevitable consequence, demonic possession, are now part and parcel of the atmosphere of life in America.” (Malachi Martin)

    Tradução

    “Ninguém mais vive longe de alguma região geográfica onde alguma forma de satanismo ritualístico seja praticado.” (Malachi Martin)

    “Satanismo ritualístico e sua consequência inevitável, a possessão demoníaca, são agora parte e parcela da atmosfera da vida nos EUA.” (Malachi Martin)

    E isso também nós podemos dizer com relação ao resto do mundo.

    Não era a toa que o Pe. Gabriele Amorth sempre pregava a necessidade de os bispos nomearem exorcistas. E é impressionante como é grande a cegueira espiritual dos bispos em relação a essa necessidade.

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  8. Sinal dos tempos!
    Penso que ele era um dos últimos exorcistas vivos.
    O mundo está se tornando uma grande possessão diabólica, a exemplo de Jerusalém na época da crucifixão de Cristo, desde as crianças, idosos, jovens, religiosos, autoridades políticas… toda a população (com raras exceções) estavam sob um ambiente de possessão diabólica. E, hoje, vivemos sob uma sociedade pós-cristã, que defende a Cultura da Morte (aborto, pílula do dia seguinte, preservativos, eutanásia, fome, guerras, atentados, violência, corrupção…).
    É preciso voltar-se a Cristo, cabeça da Igreja.
    E Maria é um atalho para retomar a caminhada rumo ao Reino de Deus, defendendo a Cultura da Vida (e vida em abundância para todos).
    Convertei-vos e credes no Evangelho da vida!
    No fim, o Imaculado coração de Maria triunfará.
    2017 está às portas!!!

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  9. Eu vi uma notícia ( http://www.acidigital.com/noticias/o-latim-e-a-melhor-lingua-para-o-exorcismo-74236/ ) de que lançaram nos EUA um seriado cujo personagem principal é um padre exorcista.

    Até a televisão e o cinema também já perceberam que está acontecendo algo no mundo, que o mundo não é mais o mesmo que era antigamente, que há um ambiente favorável às possessões e aos casos de demonização, como comentou um irmão. Mas infelizmente a hierarquia, pelo menos no Brasil, ainda não se deu conta disso.

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  10. Como o exorcismo é tabu para o episcopado e para o clero brasileiro, gostaria de insistir nesse assunto.
    Infelizmente para o clero brasileiro, exorcismo é coisa da Idade Média, é coisa de gente fanática e louca. Quem dera que o episcopado brasileiro fosse, por exemplo, como o episcopado americano que quadruplicou o número de exorcistas nos últimos 10 anos:

    “In the US, over the past 10 years, the number of official priest exorcists has more than quadrupled from 12 to 50.

    But for two of America’s most active exorcists – Father Gary Thomas, whose training in Rome was chronicled in Matt Baglio’s book The Rite: The Making of a Modern Exorcist, and Father Vincent Lampert, whose work was depicted on Paranormal Witness – it is an ongoing struggle to keep up with the demand.”

    http://www.telegraph.co.uk/news/2016/09/26/leading-us-exorcists-explain-huge-increase-in-demand-for-the-rit/

    Tradução

    “Nos EUA, ao longo dos últimos 10 anos, o número de exorcistas oficiais mais do que quadruplicou, passando de 12 para 50.

    Mas para dois dos mais ativos exorcistas dos EUA – Padre Gary Thomas, cujo treinamento em Roma foi registrado no livro de Matt Baglio The Rite: The Making of a Modern Exorcist [O Rito, A Formação de Um Moderno Exorcista], e Padre Vincent Lampert cujo trabalho foi representado em Paranormal Witness [Testemunha Paranormal] – é uma contínua luta atender a demanda [por exorcismos].”

    Infelizmente para o clero brasileiro o sofrimento psíquico ou espiritual não merece o cuidado pastoral da Igreja. Para o clero brasileiro, só entra na categoria de sofrimento o sofrimento material causado pela pobreza. Os sofrimentos morais ou espirituais não são considerados sofrimento para o clero brasileiro que só se preocupa com as coisas materiais.

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